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Quatro espécies de atum estão a recuperar a sua população, afirma IUCN

  • Thursday, 09 September 2021 09:37

No Congresso Mundial de Conservação da União Internacional para a Conservação da Natureza, realizado em Marselha, foi anunciado que entre as sete espécies existentes de atum mais pescadas comercialmente, quatro estão a recuperar a sua população.

Na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN, as espécies viram alterados os seus estatutos de conservação; o atum rabilho do Atlântico (Thunnus thynnus) passou de “ameaçado” para “menos preocupante”, o atum dosul ( Thunnus maccoyii) passou de “criticamente em perigo” para “ameaçado”, e o atum albacora (Thunnus albacares) e o atum voador (Thunnus alalunga) passaram de “quase ameaçado” para “menos preocupante”.

Esta melhoria deve-se, sobretudo, às cotas de pesca regionais e ao combate à pesca ilegal, desenvolvidos nos últimos 10 anos.

“Estas avaliações da Lista Vermelha são a prova de que as abordagens de pesca sustentável funcionam, com enormes benefícios a longo prazo para a subsistência e biodiversidade. Precisamos de continuar a impor cotas de pesca sustentáveis ​​e a reprimir a pesca ilegal”, afirma Bruce Baden Collette, presidente do Grupo de Especialistas em Atum e Billfish da IUCN SSC. “As espécies de atum migram por milhares de quilómetros, por isso, coordenar o seu movimento globalmente também é fundamental”, acrescenta.

Por outro lado, existem ainda muitos estoques regionais de atum que continuam esgotados. É o caso da menor população nativa do Atlântico ocidental de atum rabilho, que desova no Golfo do México, que veio a diminuir para mais de metade durante os últimos 40 anos, bem como do atum albacora, cuja sobrepesca se mantém no Oceano Índico, revela a IUCN.

As restantes espécies em estudo, o atum patudo (Thunnus obesus) e o atum gaiado (Katsuwonus pelamis), permanecem, respetivamente, categorizados como em estado “vulnerável” e “menos preocupante” de extinção. Já o atum rabilho do Pacífico (Thunnus orientalis) piorou, alterando o seu estatuto na lista de “vulnerável” para “quase ameaçado” de extinção.

Fonte: Greensavers