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Nova campanha da Associação Limpeza Urbana quer valorizar a “Brigada Mais Presente”

  • Thursday, 23 December 2021 11:48

Estamos numa época em que o consumo excessivo, o desperdício e a falta de cuidado na deposição dos resíduos resultam em contentores sobrelotados, transformados em verdadeiras lixeiras ao ar livre.

No sentido de sensibilizar para esta realidade, a Associação Limpeza Urbana (ALU) – Parceria para Cidades + Inteligentes e Sustentáveis, lança uma nova campanha com o mote: Abra caminho à #BrigadaMaisPresente.#DesembrulheoNatal. Dividida em duas vertentes, esta iniciativa pretende apelar à redução de resíduos em plena época natalícia e à valorização dos trabalhadores de limpeza urbana.

“Pedimos mais atenção às pessoas quando colocarem os resíduos nos contentores. Sabemos que há mais embalagens, mais cartões, mais garrafas. Mas tudo isso pode ser devidamente separado, dobrado, espalmado e colocado no ecoponto respetivo. E se o ecoponto estiver cheio, podemos esperar por um dia de recolha normal para deitar fora as caixas e os embrulhos. Daí a ideia de desembrulhar o Natal, queremos retirar os embrulhos das ruas”, explica Luís Almeida Capão, presidente da direção da ALU.

Respeitar a “Brigada Mais Presente” é outra preocupação da ALU. Existem cerca de 27 mil trabalhadores de limpeza urbana e de recolha de resíduos no país.

“Durante a pandemia, houve alguma atenção relativamente aos trabalhadores da recolha de resíduos e da limpeza urbana, que nunca pararam, mas rapidamente esse cuidado se desvaneceu. Temos de valorizar estes trabalhadores que têm um trabalho difícil e pouco reconhecido no dia-a-dia e que trabalham quase todos os dias. São, de facto, a Brigada Mais Presente. Em Portugal, existem cerca de 12 mil trabalhadores de limpeza urbana e mais de 15 mil trabalhadores de recolha de resíduos, que todos os dias e noites “patrulham” as ruas: esvaziam os caixotes do lixo, limpam e lavam o chão, cortam as ervas, limpam os grafitis, desentopem as sarjetas, arranjam os jardins, entre outras tarefas que muitas vezes nem damos conta, mas sem as quais não passamos”, sublinha o representante.

Outro apontamento da Associação é o custo associado ao serviço de limpeza das rua, que varia entre os 30 euros por habitante/ano. Como explica Luís Almeida Capão, “É outra questão que muitas vezes não nos lembramos: deitar uma pastilha, uma beata ou um papel para o chão tem muito mais custos para todos, do que ter o trabalho de colocar a pastilha, a beata ou o papel no caixote de lixo mais perto”.

Fonte: Greensavers