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Os microplásticos já chegaram aos lugares mais remotos do Planeta, mas novos estudos indicam que em alguns lugares do mundo estes já vêm também misturados com a chuva. No oeste dos Estados Unidos da América (EUA), a estimativa é que esteja a chover mil toneladas de microplásticos por ano.

Uma equipa de cientistas da Universidade de Utah, durante uma investigação de 14 meses em 11 parques nacionais dos EUA, conseguiu identificar vários microplásticos e material particulado (PM). Após análise, cerca de 4% das partículas atmosféricas analisadas correspondiam a polímeros sintéticos.

Recentemente, uma nova investigação tentou perceber a origem destes microplásticos e chegou à conclusão de que estes são principalmente provenientes de fontes de emissões secundárias; 84% dos fragmentos vieram das estradas, 11% dos oceanos e 5% dos solos agrícolas.

De acordo com os autores, os microplásticos transformam-se em partículas ainda mais pequenas no oceano e os ventos transportam-nos para a atmosfera “durante uma hora ou até seis dias”, sublinham.

“É incrível que tanto plástico esteja na atmosfera naquele nível e, infelizmente, a acumular-se nos oceanos e na terra e apenas a recircular e a mover-se para todos os lugares, incluindo para lugares remotos”, afirma Natalie Mahowald, uma das autoras do estudo, em comunicado à Universidade de Cornell.

“Os nossos dados sugerem que os polímeros não biodegradáveis existentes continuarão a circular pelos sistemas da Terra. Devido a observações limitadas e compreensão dos processos de origem, permanecem grandes incertezas no transporte, deposição e atribuição da origem dos microplásticos. Assim, temos como prioridade futuras pesquisas direcionadas para a compreensão do ciclo do plástico.”

Fonte: Greensavers

Segundo o anuário agrícola, Portugal deverá alcançar uma produção de azeite de apenas 100 mil toneladas, ou seja, menos 28% do que na campanha 2019/2020.

Esta quebra é considerada normal, tendo a ver com a safra e contra-safra. ou seja, após uma campanha de elevada produção de azeitona e azeite, como foi a de 2019/2020, é normal que na campanha seguinte, ou seja a atual, haja menos produção.

Em adição, as condições climáticas também afetaram a campanha, devido às chuvas da primavera que afetaram a polarização e a floração.

De acordo com o site “A Planície” Henrique Herculano da Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos salientou que “referente ao ano de 2020, em relação à azeitona elaborada, houve uma quebra de 25%. O que em quantidade de azeite agravou o ano para 35%, na medida em que se verificaram rendimentos de laboração muito baixos, em linha, mais ou menos, como se passou na generalidade do Alentejo”.

Sobre a qualidade adiantou que “quanto à qualidade temos uma boa qualidade organolética, embora tenha sido verificado alguns problemas a nível de acidez que são problemas de análise simoquimica, que não reflete no sabor do azeite, apenas nos dão algum trabalho adicional na construção dos laços nada mais”.

A quebra da produção de azeite vai-se registar a nível nacional com uma produção apenas de 100 000 toneladas, o que equivale a menos 28%.

De recordar que a região do Alentejo produz quase 75% do azeite nacional.

Fonte: Agroportal

Quase 20 pessoas adoeceram na Suécia este mês por envenenamento por histamina em peixes do Vietname. O surto alimentar no início de abril afetou 19 pessoas em Estocolmo. Consumidores que se alimentaram com atum em três restaurantes diferentes em Estocolmo reportaram sintomas de envenenamento por histamina. Os três restaurantes compraram lombos de atum congelados com o mesmo prazo de validade do mesmo fornecedor, indicando que níveis elevados de histamina ocorreram antes de o atum ser trazido do Vietname para a Suécia, via Holanda.

Problema recorrente

Em março, as autoridades italianas reportaram um surto causado por histamina em lombos de atum albacora congelados do Vietname, via Holanda, mas não disseram quantas pessoas foram afetadas. Em 2020, a Suécia registrou três surtos de envenenamento por histamina em atum do Vietname em três meses. Esses surtos afetaram cerca de 60 pessoas, mas não foram diretamente relacionados, uma vez que o atum tinha origem em diferentes lotes.

Os consumidores afetados eram de diferentes áreas do sul e centro da Suécia. O início dos sintomas de intoxicação alimentar por histamina podem variar de minutos a várias horas após a ingestão da toxina. Normalmente, o período médio de incubação antes da doença é de uma hora. Os sintomas mais comuns da histamina, também conhecidos como envenenamento por peixe escombóide, são formigueiro ou sensação de queimado na boca, inchaço facial, erupção cutânea, urticária e prurido na pele, náuseas, vómitos ou diarreia. Por norma desaparecem dentro de várias horas sem intervenção médica.

A produção de histamina está relacionada com o manuseamento incorreto dos alimentos devido ao armazenamento em temperaturas incorretas. Uma vez produzida, a histamina não pode ser eliminada pela cozedura normal ou temperaturas de congelamento.

Novas regras e estudo de Salmonella

Enquanto isso, uma nova legislação surgiu este mês na Suécia, que inclui que as autoridades de controlo de alimentos têm a possibilidade de fazer compras revelando apenas posteriormente a sua identidade como agência oficial. Isto torna mais fácil verificar se os alimentos disponíveis no mercado são o que afirmam ser, se não induzem em erro os consumidores e se não são nocivos para a saúde. Aplica-se a compras à distância, como comércio eletrónico e lojas físicas.

Anteriormente, não havia a possibilidade legal para que as autoridades agissem sem se darem a conhecer a sua identidade. As alterações foram feitas para alinhar as regras nacionais com os regulamentos da UE. Finalmente, o governo encomendou ao Conselho de Agricultura Sueco e ao Instituto Veterinário Sueco um estudo de viabilidade sobre medidas para prevenir e controlar com eficácia a presença de Salmonella em animais de quinta. No ano passado, o número de casos de Salmonella aumentou em animais produtores de alimentos e em rebanhos de suínos. Isso aumenta os custos para os proprietários de animais e para o estado no combate aos surtos. O trabalho investigará possíveis fontes de infecção e incluirá novos conhecimentos sobre métodos de análise. As descobertas serão relatadas até o final de janeiro de 2022.

Fonte: Food Safety News

O consumo de alimentos “plant-based” está a crescer a níveis recorde na Europa, segundo dados Nielsen divulgados pelo projeto Smarty Protein.

Realizado em parceria com a ProVeg International, o relatório analisou dados dos supermercados de 11 países europeus, ao longo dos últimos três anos, concluindo que, em todos os mercados, o consumo destes produtos está a crescer, atingindo os 49% a nível europeu. O sector atingiu vendas no valor de 3,6 mil milhões de euros.

Maior crescimento nas alternativas aos lacticínios

Na Alemanha, um dos mercados analisados, o sector cresceu 226%, para os 181 milhões de euros. Neste país, as compras de alternativas vegetais ao queijo cresceram 77%, mas percentagem bem superior foi registada na Holanda: 140%.

As alternativas ao leite são o sector mais importante na maioria dos países, seguida das alternativas à carne. O leite de aveia lidera o sector das alternativas ao leite, denotando a mais elevada taxa de crescimento na maioria dos mercados analisados. “Finalmente, vemos um tremendo crescimento nos alimentos ‘plant-based’ na Europa, ao longo dos últimos anos, refletido em números. O estudo claramente revela o enorme aumento nas vendas de alimentos e ‘plant-based’ e dá luz verde à indústria alimentar em termos de prosseguir com mais opções”, afirma Kai-Brit Bechtold, Senior Consumer Research Scientist na ProVeg International.

Fonte: Grande Consumo

A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), a Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) e a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) garantem que os centros comerciais reúnem todas as condições para a reabertura no próximo dia 19 de abril, assegurando as condições de higiene para a salvaguarda da saúde pública e a segurança dos seus clientes, fornecedores e trabalhadores.

Os operadores dos centros comerciais reforçaram ainda mais as exigentes regras sanitárias com o objetivo de responder à expectável afluência de consumidores, depois de um longo período encerrados.

Reabertura com total confiança

A forma como os associados da APCC, da APED e da AHRESP prepararam os seus espaços e equipas para a reabertura “são a melhor garantia de que as lojas e os estabelecimentos de restauração e similares são locais seguros que merecem a confiança dos consumidores“. As associações garantem que houve um esforço acrescido na formação e testagem de colaboradores e um reforço, entre outros, no que aos equipamentos de proteção individual e barreiras de proteção, diz respeito.

A experiência adquirida com a reabertura anterior alicerçada nos “Guias de Boas Práticas” agora revistos e validados pela Direção Geral de Saúde, mostra bem a forma responsável, exigente e rigorosa como a segurança e higiene pública são encaradas pela AHRESP, pela APED e pela APCC.

O conhecimento técnico partilhado entre as três associações contribuirá para que as empresas que funcionam nos centros comerciais iniciem esta nova fase de desconfinamento da melhor forma, garantindo a segurança de todos.

Fonte: Grande Consumo

Portugal é o sexto país da União Europeia (UE) com maior consumo per capita associado à desflorestação tropical, e o nono com mais desflorestação importada proveniente dos trópicos, revela o novo relatório publicado hoje pela Associação Natureza Portugal (ANP/WWF) e a World Wildlife Fund (WWF).

O “Em crescimento? O impacto continuado do consumo da UE na natureza a nível global” indica que a UE é um dos maiores importadores de desflorestação tropical e emissões associadas, estando à frente de países como a Índia, Estados Unidos da América e do Japão. Em causa está também a destruição de ecossistemas não-florestais como prados e zonas húmidas.

Os dados sugerem que entre 2005 e 2017, a UE foi responsável por 16% da desflorestação ligada ao comércio internacional, o equivalente a 203 mil hectares e a 116 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) emitidas.

O problema deve-se em grande parte a produtos importados como a soja (89.047 hectares anuais), o óleo de palma (69.198 hectares anuais), a carne de bovino (27.692 hectares anuais), o cacau (17.586 hectares anuais) e o café (14.487 hectares anuais). Os três primeiros alimentos estão a provocar maior impacto, respetivamente, na América do Sul (soja e cacau) e no Sudeste Asiático (óleo de palma).

Catarina Grilo, Diretora de Conservação da ANPlWWF, afirma: “este relatório fornece informação essencial para uma ação concertada e urgente em defesa das florestas e da biodiversidade existente. Sabíamos que o consumo dos países da União Europeia tem um impacto significativo na desflorestação das regiões tropicais e na conversão de habitats, mas não sabíamos com o rigor científico que nos é apresentado agora que a UE apenas é ultrapassada pela China, consumindo mais florestas tropicais e destruindo outros ecossistemas que a Índia, Estados Unidos e Japão. A forma como comemos em Portugal e na Europa está literalmente a devorar as florestas mundiais e outros ecossistemas também.“

Numa altura em que a Comissão Europeia planeia apresentar uma nova legislação relativamente ao combate à desflorestação, a organização apela a um enquadramento justo e eficaz. “A Comissão Europeia, e Portugal, deverão considerar os resultados deste estudo como um alerta e criar uma proposta de legislação forte e capaz de combater a pegada da UE – é importante impedir que os produtos que contribuem para a destruição da natureza (legalmente ou ilegalmente) e que violam direitos humanos, entrem nos mercados europeus, e garantir que as empresas cumprem as regras definidas, indo por isso muito além das atuais medidas voluntárias existentes”, sublinha Catarina Grilo.

A garantia de que “os produtos e bens de base colocados no mercado da UE são sustentáveis, em vez de apenas serem considerados “legais” de acordo com o país de origem” e a introdução de “requisitos obrigatórios para empresas e para o setor financeiro para garantir a devida diligência, rastreabilidade dos produtos de base e transparência da cadeia de abastecimento”, são algumas das medidas que a WWF pede que se encontrem na nova legislação.

Consulte o relatório completo aqui.

Fonte: Greensavers

Conferência de Alto Nível sobre Suplementos Alimentares reunirá, por videoconferência, EFSA, Comissão Europeia, autoridades portuguesas e da Bélgica e representantes do sector. Contará com a abertura de S. Exa. o Ministro da Economia e da Transição Digital e será encerrado por S. Exa. a Ministra da Agricultura.
 
Com esta Conferência debater-se-á a situação actual dos Suplementos Alimentares no contexto do Mercado Único, visando soluções que garantam maior segurança para os consumidores e leal concorrência entre operadores. Visa-se influenciar o processo decisório europeu, alertando para a necessidade de harmonização da regulamentação europeia na entrada do mercado e no controlo oficial, mitigando ainda os produtos-fronteira no mercado.
 
Para proceder ao registo consulte o link.
 
Fonte: ASAE

O Dia Mundial da Segurança Alimentar (WFSD) celebrado em 7 de junho de 2021 visa chamar a atenção e inspirar ações para ajudar a prevenir, detetar e gerir os riscos de origem alimentar, contribuindo para a segurança alimentar, saúde humana, prosperidade económica, agricultura, acesso ao mercado, turismo e desenvolvimento sustentável.

O tema deste ano, ‘Alimentos seguros hoje para um amanhã saudável’, enfatiza que a produção e o consumo de alimentos seguros trazem benefícios imediatos e a longo prazo para as pessoas, o planeta e a economia. Reconhecer as conexões sistémicas entre a saúde das pessoas, animais, plantas, o meio ambiente e a economia ajudar-nos-á a atender às necessidades do futuro.

Reconhecendo a carga global de doenças transmitidas por alimentos, que afetam indivíduos de todas as idades, em particular crianças com menos de 5 anos e pessoas que vivem em países de baixo desenvolvimento, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou em 2018 que a 7 de junho seria o Dia Mundial da Segurança Alimentar.

Em 2020, a Assembleia Mundial da Saúde adotou ainda uma decisão sobre o fortalecimento dos esforços em segurança alimentar para reduzir a carga de doenças transmitidas por alimentos. A OMS e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) facilitam em conjunto a observância do Dia Mundial da Segurança Alimentar, em colaboração com os Estados-Membros e outras organizações relevantes.

A segurança alimentar é uma responsabilidade compartilhada entre governos, produtores e consumidores. Todos têm um papel a cumprir, do prado ao prato, para garantir que os alimentos que consumimos sejam seguros e saudáveis. Por meio do Dia Mundial da Segurança Alimentar, a OMS trabalha para incorporar a segurança alimentar na agenda pública e reduzir a carga de doenças transmitidas por alimentos em todo o mundo.

A segurança alimentar é assunto de todos.

Fonte: WHO

A redução do uso de produtos fitofarmacêuticos, prevista no âmbito da estratégia ‘Farm to Fork’ da União Europeia, pode levar a uma quebra mínima anual de 330 milhões de euros no rendimento agrícola em Portugal, segundo um estudo da ANIPLA.

No âmbito do ‘Green Deal’ e da estratégia ‘Farm to Fork’, a União Europeia quer reduzir a utilização de produtos fitofarmacêuticos em 50% até 2030.

“Considerando apenas a receita perdida nestas cinco fileiras [vinha para vinho, olival para azeite, pera rocha, milho grão e tomate para indústria], as estimativas apontam para uma perda anual de cerca de 332 milhões de euros”, lê-se no “Estudo o Impacto da Redução da Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos na Produção Vegetal”, desenvolvido pela Associação Nacional da Indústria para a Proteção das Plantas (ANIPLA) com a AGRO.GES.

No entanto, conforme explicou o diretor executivo da ANIPLA, em declarações à Lusa, este valor pode ser muito mais elevado, tendo em conta que a análise abrangeu apenas um terço da produção vegetal nacional e o rendimento ligado à produtividade.

“Este é um valor base de produção […]. Não tem em conta todas as consequenciais a jusante. Por exemplo, o vinho é um produto transformado, o azeite, o tomate de indústria também. Há várias fábricas, vários postos de trabalho, toda uma componente que não está contabilizada”, precisou António Lopes Dias.

Segundo o estudo, a produção de milho e tomate para indústria vão ser as mais afetadas por esta redução, podendo ficar completamente comprometidas.

No caso das culturas de milho grão no Ribatejo, os produtos utilizados são retirados do mercado, “deixando alternativas incompletas”.

Por exemplo, deixa-se de poder utilizar o herbicida de pré-emergência, passando apenas a estar disponível os de pós-emergência, uma alternativa “mais arriscada”, uma vez que não é certo que tenha a mesma eficácia.

A confirmar-se o objetivo da União Europeia, segundo a mesma análise, o mercado vai deixar de oferecer alternativas de inseticidas para tratamento da rosca, estimando-se assim que a produtividade seja reduzida em cerca de metade.

Também no Minho, a impossibilidade de combater a rosca pode levar a perdas superiores a 40%.

Por sua vez, no caso da produção do tomate de indústria no Ribatejo “existem alterações significativas no protocolo fitossanitário da cultura, com a retirada de algumas substâncias ativas, nomeadamente, o metame de sódio e a metribuzina”.

A retirada do metame de sódio terá um “impacto muito elevado” nas explorações que precisem de fazer desinfeção do solo, uma vez que não existem alternativas, levando a quebras de produtividade entre os 20% e 25%.

“Esta alteração pode levar mesmo a que os produtores optem por não produzir a cultura. Quanto aos herbicidas (metribuzina), haverá um problema grave nesta cultura, pois as principais infestantes são as solanáceas, não existindo alternativas para o seu combate”, acrescentou.

A solução poderá ser a monda manual, o que, no entanto, acarreta “elevados custos”.

Neste caso, as perdas de produtividade estimadas situam-se entre os 20% e os 30%.

Perante este impacto, António Lopes Dias alertou para um “conjunto de cenários a nível social, organização do território, económico e ambiental bastante preocupantes”.

O vinho para vinha, nomeadamente, vinhos verdes, do Douro, das Beiras, de Lisboa e Vale do Tejo e vinho do Alentejo, de uma forma geral, não vão registar grandes problemas com a retirada destas substâncias no mercado.

Contudo, vão sofrer, de Norte a Sul do país, um aumento dos custos face à necessidade de realizar tratamentos com “maior diversidade de produtos de forma a compensar aqueles que desaparecerão, nomeadamente os folpetes, fungicida de contacto, que não têm substitutos diretos”.

Já no que concerne ao olival tradicional no Alentejo, a substituição da deltametrina como forma de controlar a praga determinante (mosca) é feita com recurso à s.a. spinosade, o que vai levar à redução do período de ação de produto e ao aumento do risco de se produzir azeitona picada pela mosca.

Assim, a redução da produtividade será na ordem dos 5%, a que se junta uma perda do valor comercial da azeitona, “por via da menor produção de azeite virgem extra em cerca de 40%”.

No olival tradicional em Trás-os-Montes, tendo em conta que não são considerados tratamentos de inseticida no cenário base, não é perspetivada uma mudança na tecnologia de produção.

A análise concluiu ainda que, no caso do olival em copa e em sebe no Alentejo, “há uma alteração importante no protocolo fitossanitário”, passando a ser necessário recorrer a “alternativas menos testadas e mais caras” no combate a fungos, o que, consequentemente, levará a uma redução de 5% de produtividade e de perda de qualidade do azeite produzido em cerca de 40%.

Por último, no caso da pera-rocha do Oeste existem alternativas aos produtos que vão sair do mercado, nomeadamente para inseticidas e herbicidas.

“Quanto aos fungicidas, para o tratamento especialmente da estenfiliose e pedrado, apesar das alternativas, estas apresentam limitações no que diz respeito ao número de aplicações por ano, o que reduz o número de tratamentos fitossanitários que o produtor poderá realizar, em três unidades, e consequentemente redução de custos bem como de produtividade, no caso desta última em aproximadamente 20%”, adiantou.

A nível das exportações, de acordo com o estudo, a perda será de cerca de 200 milhões de euros só no caso do tomate para indústria, a que se juntam mais de 900 postos de trabalho agrícola, a tempo inteiro, em risco e o agravamento da dependência externa do país e de uma maior insegurança alimentar.

“Vamos ter menos produtividade a nível da Europa e ter menor disponibilidade de alimentos em quantidade e diversidade, perante isto vamos ter que importar mais fora do espaço europeu. Todas as análises que são feitas aos produtos produzidos no espaço europeu indicam que eles são de elevada segurança alimentar. Se vamos começar a importar mais, estamos a pôr em risco também essa parte”, vincou o diretor executivo da ANIPLA.

Para a associação, antes de cada Estado-membro aplicar esta redução, seria necessário fazer um estudo e incluir objetivos e metas locais mais adaptadas, garantindo que a agricultura continua a ser “um pilar” da economia e da produção territorial.

“Esta questão da redução de produtos fitofarmacêuticos tem sido sempre uma preocupação da indústria, sobretudo, no desenvolvimento de novas tecnologias mais eficientes […]. A questão é dotar toda a gente de formação suficiente para utilizar este tipo de produtos e aumentar este leque de soluções químicas ou não químicas e biológicas. O nosso papel é contribuir para que as que produções sejam protegidas, sobretudo quando estamos perante alterações climáticas, onde vão surgir novas pragas e doenças que nem se sabe como vão contornar”, concluiu António Lopes Dias.

Para a realização desta análise foram identificados um conjunto de produtos fitofarmacêuticos em risco de saída e elaborados casos de estudo representativos de cada fileira.

Adicionalmente, foram considerados dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pecas (IFAP) e do Instituto do Vinho e da Vinha (IVV).

Fonte: Agroportal

O Município de Paredes trás à vida já em setembro a terceira edição do Concurso e Feira de Hortícolas Gigantes de Paredes, “O Maior da Minha Aldeia”. “Abóboras, melancias, melões e tomates… Todos são bem-vindos, quanto mais pesados, melhor”, garante o Município.

Os hortícolas mais pesados têm direito a prémio, consoante a cultura e o lugar no pódio. Com as abóboras, por exemplo, os vencedores dos três primeiros lugares recebem 1000, 500 e 200 euros respetivamente. Já com as melancias, os prémios vão dos 500, aos 200 e aos 100 euros. Relativamente ao tomate a ao melão, os valores são os mesmos para os três classificados: 200, 100 e 50 euros.

O concurso realiza-se no âmbito do projeto “Cá Paredes” que promove a dinamização do concelho e o conceito de agricultura sustentável. Em 2020, “O Maior da Minha Aldeia” contou com 56 participantes e contou com uma ábobora vencedora de 696 quilogramas e uma melancia de 53,5 quilogramas.

De acordo com Beatriz Meireles, vereadora da cultura de Paredes, “Cá Paredes é um projeto turístico e de valorização patrimonial cultural, de fomento da agricultura e de desenvolvimento do sul do concelho de Paredes, multidisciplinar e de uma enorme exigência técnica, até pela necessidade de capacitação dos intervenientes com conhecimentos na área da agricultura”,

As inscrições são gratuitas e estão abertas até ao dia 5 de setembro pelo que, se tem interesse em participar, só lhe falta mesmo começar a semear. Consulte o regulamento, preencha o formulário e envie o mesmo para o email This email address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it..

Fonte: Greensavers