Quando tradição e futuro se encontram, nascem histórias de impacto real. A Banana da Madeira é exemplo disso mesmo: fruto da dedicação de pequenos produtores, do respeito pela terra e da aposta em práticas inovadoras, tornou-se referência nacional em sustentabilidade. O reconhecimento com o Prémio Escolha Sustentável 2025 não só valida este percurso, como abre portas para novos desafios e colaborações que prometem transformar o setor.
Para a Banana da Madeira esta distinção funcionou como um verdadeiro catalisador, reforçando internamente o sentido de missão das equipas e elevando, ainda mais, a fasquia no compromisso com a sustentabilidade.
Externamente, a visibilidade conquistada junto de clientes e parceiros foi imediata, originando novos contactos e propostas de colaboração. Um exemplo concreto foi a aceleração de um projeto-piloto de otimização hídrica com produtores locais, que já está a permitir poupanças superiores a 20% no consumo de água, sem comprometer a qualidade do fruto.
Indicadores que contam e dados que se comprovam
O caminho da Banana da Madeira assenta em métricas claras e auditadas, garantindo credibilidade e transparência:
- Emissões evitadas de CO₂ equivalente, fruto do uso de viaturas 100% elétricas e de transporte marítimo rápido — apenas dois dias até ao continente, reduzindo significativamente a pegada de transporte.
- Circularidade de materiais, com a substituição integral de sacos plásticos por sacos de TNT reutilizáveis, capazes de durar três a quatro utilizações, distribuídos gratuitamente aos produtores.
- Eficiência hídrica, através de técnicas avançadas de gestão de rega adaptadas à complexa orografia madeirense.
- Valor social, preservando práticas agrícolas tradicionais, não intensivas, e apoiando a integração e capacitação de pequenos produtores.
- Combate ao desperdício alimentar, com o apoio anual a mais de 130 instituições sociais, através da oferta de bananas e da colaboração em diversos projetos comunitários.
Estes resultados são validados por certificações e auditorias independentes, como GlobalG.A.P., ISO 22000:2023 e Certificação Biológica Europeia, reforçadas por monitorizações regulares de entidades externas.
Olhar em frente: inovação, escalabilidade e colaboração
A estratégia para os próximos anos assenta em três eixos:
- Inovação — reforçar sistemas inteligentes de rega e monitorização de nutrientes.
- Escalabilidade — consolidar a presença no mercado nacional e expandir para outros mercados europeus, mantendo a baixa pegada carbónica.
- Colaboração sectorial — partilhar metodologias e criar sinergias com os produtores.
No horizonte, porém, não faltam desafios: a volatilidade climática e a necessidade de conciliar a transição energética e logística com custos competitivos, sem abdicar de princípios ambientais.
O resultado é um fruto que transporta o sabor da tradição, a qualidade da certificação e um compromisso inabalável com o futuro do planeta.
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Fonte: Greensavers