O aspartame é hoje um dos adoçantes mais utilizados no mundo. Promovido como uma alternativa inofensiva ao açúcar, a sua história é, na verdade, repleta de controvérsias, dúvidas científicas e forte pressão por parte da indústria alimentar.
Muito antes do aspartame entrar no mercado, outros adoçantes artificiais foram introduzidos com grande alarde, mas acabaram por ser retirados. Um caso notável é o dulcin, sintetizado em 1884. Considerado 250 vezes mais doce que o açúcar, foi inicialmente considerado seguro e útil, especialmente para pessoas com diabetes.
Na década de 1940, porém, surgiram sinais preocupantes de toxicidade, incluindo lesões na bexiga e possíveis ligações com o cancro. As autoridades americanas proibiram o dulcin em 1950, e outros países logo seguiram o exemplo.
Esta história destaca uma lição clara: substâncias outrora promovidas pela indústria como inovações seguras podem mais tarde revelar-se prejudiciais. O caso do dulcin sublinha por que razão o princípio da precaução — consagrado na legislação da UE ao abrigo do artigo 191.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia — deve ser aplicado sempre que a incerteza científica se deparar com riscos graves para a saúde.
Assim como o dulcin foi finalmente proibido, as evidências crescentes dos riscos à saúde associados ao aspartame exigem que a UE remova esse aditivo dos nossos alimentos e bebidas.
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Fonte: foodwatch