O setor das embalagens alimentares está perante uma transformação sem precedentes. O projeto NEWPACK, liderado pela Sovena em parceria com o Instituto Superior Técnico (IST), Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e Logoplaste Innovation Lab, representa um salto tecnológico que vai muito além da simples substituição do PET por materiais biodegradáveis.
Paula Allen Lopes, coordenadora do projeto, é clara sobre os objetivos: “A ideia nasceu da visão estratégica de antecipar tendências e responder de forma proativa aos desafios ambientais, regulatórios e de mercado.” O projeto, com conclusão prevista para dezembro de 2025, posiciona-se na convergência entre sustentabilidade, inovação tecnológica e performance industrial.
Biopolímeros que podem alimentar o mar
A principal inovação do NEWPACK centra-se no desenvolvimento de biopolímeros obtidos a partir de matérias-primas renováveis, concebidos especificamente para minimizar o impacto ambiental. “Estes materiais são desenhados para, em caso de descarte acidental no ambiente marinho, não serem tóxicos para a vida aquática, podendo eventualmente vir a apresentar valor nutritivo para os peixes”, explica Paula Allen Lopes.
Esta abordagem representa um paradigma disruptivo na conceção de embalagens. Em vez da tradicional filosofia de “não prejudicar”, o NEWPACK introduz o conceito de “benefício ambiental ativo”, onde as embalagens podem contribuir positivamente para os ecossistemas marinhos em caso de descarte acidental.
Os testes de validação estão a ser conduzidos em parceria com o IPMA, garantindo uma rigorosa validação científica da biodegradabilidade e do potencial valor nutritivo dos materiais em ambiente marinho, bem como pela obtenção de certificações e aprovações regulamentares a nível europeu e internacional”, sublinha a responsável.
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Fonte:iAlimentar