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Normas aplicáveis ao setor alimentar. Sabe distingui-las?

  • Wednesday, 27 March 2019 12:23

A introdução de perigos biológicos, físicos e químicos na produção de alimentos, bem como a sua adulteração ou contaminação intencional pode ocorrer em qualquer etapa da cadeia alimentar.

Assim, a globalização, a exigência dos mercados e dos consumidores, tem vindo a impor às organizações a adoção de sistemas mais consistentes e eficazes que assegurem a segurança e qualidade alimentar dos produtos ao longo de toda a cadeia.

Os princípios da segurança alimentar assim como boas práticas de higiene e de fabricação foram desde cedo definidos no Codex Alimentarius e implementados através da metodologia de Análise dos Perigos e Pontos Críticos de Controlo (APCC) no setor alimentar.

Contudo, a pretensão de entrada em novos mercados e a competitividade entre empresas fez com que surgissem normas de certificação como a Food Safety System Certification (FSSC 22000), o British Retail Consortium (BRC) e o International Featured Standards (IFS), entre outros, no âmbito da iniciativa Global Food Safety (GFSI).

No que se refere à FSSC 22000, esta difere da original ISO 22000, uma vez que é certificável e reconhecida pela GFSI. É também mais específica na sua aplicabilidade pelo que suscita maior interesse por parte das empresas.

Assim, a FSSC 22000 não é nada mais do que uma junção da ISO 22000, sistema de gestão de segurança alimentar, com a ISO 22003, especificação técnica da implementação do programa de pré-requisitos, e alguns requisitos adicionais estabelecidos pela própria FSSC.

Relativamente ao âmbito da ISO 22000, este é muito abrangente uma vez que assegura a segurança dos géneros alimentícios ao longo de toda a cadeia alimentar, até ao seu consumo final. Pelo contrário, as normas BRC e IFS são apenas destinadas a fornecedores de retalho, não abrangendo toda a cadeia.

Ambas são similares nos seus princípios, no entanto, utilizam terminologias diferentes no momento de auditoria, cujo objetivo final é a certificação. A BRC refere requisitos fundamentais, enquanto que a IFS possuí o termo Knock Out (KO), significando que basta o incumprimento de um para a não certificação.

Por outras palavras, o BRC aceita a certificação de um fornecedor mesmo que algum requisito fundamental não seja cumprido, desde que existam evidências objetivas de correção da situação em 28 dias.

Entre outras diferenças, o sistema de classificação final de auditoria do IFS utiliza um sistema de percentagens enquanto que o BRC utiliza letras. Para uma boa classificação IFS é conveniente obter uma percentagem superior a 95% enquanto que uma boa nota BRC seria A ou AA+.

Em ambos os casos, introduz-se também o conceito de auditoria não anunciada, que permanece em regime voluntário, mas estimula a possibilidade de classificações mais altas.

Quer saber mais sobre este tema? Visite os nossos conteúdos acerca das normas BRCIFS e ISO 22000.

Fonte: Qualfood