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Aglomeração de pessoas em lojas, afunilamento nas caixas, ausência da distância de segurança e funcionários desprotegidos são algumas das reclamações dos consumidores portugueses, preocupados com o incumprimento das regras sanitárias nas lojas. O Portal da Queixa recebeu, desde o início da pandemia, mais de 700 reclamações.

Uma análise efetuada pela plataforma ao sector do retalho, centros comerciais, lojas, hiper e supermercados revelou que o incumprimento das regras de segurança sanitária está a inquietar alguns consumidores. Entre março e 20 outubro, foram registadas 760 reclamações relacionadas com a falta de condições de segurança sanitárias nas lojas.

Os dados indicam que os meses com maiores reclamações (abril, maio e junho) coincidem com os períodos de aumento no número de infetados, um maior rigor no confinamento e, posteriormente, o desconfinamento, o que demonstra que, nos momentos mais críticos da pandemia, os consumidores não sentiram o cuidado das marcas no que se refere à segurança sanitária.

Cenários descritos

No Portal da Queixa, há relatos de consumidores que descrevem vários cenários: ajuntamentos de pessoas em centros comerciais, não cumprimento da distância obrigatória, clientes que se amontoam nas caixas de pagamento e filas de caixas a trabalhar em simultâneofuncionários que não trocam luvas com a regularidade necessária, etc.

Na opinião de Pedro Lourenço, CEO do Portal da Queixa e fundador da Consumers Trust, “a pandemia de Covid-19 veio colocar em causa a confiança dos consumidores relativamente ao consumo. Por isso, todas as medidas de proteção implementadas pelas marcas devem ser, não só, um mecanismo de prevenção pedagógico, como também um reforço da confiança junto dos seus clientes. Claramente, verificou-se que, em muitos casos, esse objetivo falhou redondamente, provocando o resultado oposto, ao afastar os clientes dos espaços comerciais públicos”.

Fonte: Grande Consumo

As exportações de pequenos frutos cresceram 2,1% em valor de janeiro a agosto para 178,7 milhões de euros e 0,6% em quantidade atingindo as 29,7 mil toneladas, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo a associação de produtores Lusomorango, a nível nacional, o destaque foi para a framboesa com vendas de 127,5 milhões de euros, nos primeiros oito meses do ano, embora 1,9% abaixo do registado no período homólogo.

Por sua vez, as exportações de mirtilos avançaram 39,5% em valor (28,9 milhões de euros), no período de referência, enquanto as de amoras rondaram os 11,3 milhões de euros, o equivalente a um crescimento de 10,2%.

“Apesar das grandes dificuldades que sentimos e que continuamos a sentir ao longo deste período marcado pelo contexto de pandemia, e que incluem, entre outras, o aumento de custos de produção e de logística, a Lusomorango e os seus produtores conseguiram dar uma resposta competitiva à procura dos mercados externos”, apontou, em comunicado, o presidente do Conselho de Administração daquela organização de produtores.

Conforme explicou Luís Pinheiro, isto deve-se não só à “qualidade e segurança alimentar dos pequenos frutos portugueses”, como ao facto de os pequenos produtores conseguirem “agilizar processos” para responder à procura.

Em abril, durante o período de confinamento devido à pandemia, entrou em vigor uma portaria que estendeu ao setor dos pequenos frutos o mecanismo de retirada de produtos do mercado, mitigando as dificuldades de escoamento da produção e a quebra de vendas e preços.

“Este instrumento europeu foi de extrema importância para assegurar a sobrevivência do setor dos pequenos frutos. Sendo certo que a compensação financeira aos produtores não cobriu os custos de produção, permitiu manter o emprego e a capacidade produtiva”, considerou o mesmo responsável.

Porém, o presidente do Conselho de Administração da Lusomorango ressalvou que “o pior pode ainda não ter passado” e, por isso, o setor “tem de estar atento” e pronto para a possibilidade de “um novo revés nas exportações”.

A Lusomorango é a única empresa nacional do setor primário a marcar presença na Fruit Attraction Madrid, feira internacional de frescos, que este ano, devido à pandemia, decorre em formato digital.

“Mesmo não contemplando a presença física, acreditamos que a presença digital neste evento, numa altura em que os consumidores procuram cada vez mais produtos hortofrutícolas, em fresco, nutritivos, vitamínicos e saudáveis – principais características dos pequenos frutos – é fundamental para assegurar a normalidade da atividade e, sobretudo, mostrar que esta fileira enfrentou as dificuldades de cabeça erguida e que, com muito esforço e dedicação dos seus produtores e força de trabalho, conseguiu superar as dificuldades impostas pela covid-19”, notou Luís Pinheiro.

No comunicado, este responsável alertou também para a necessidade de rever os apoios à promoção internacional, defendendo verbas específicas para a participação em feiras e certames.

A Lusomorango tem 42 associados e exporta 95% da sua produção, tendo registado, em 2019, um volume de negócios superior a 65 milhões de euros.

Fonte: Agroportal

A água mineral natural mantém a sua posição de preferência na cesta de compras dos consumidores em todo o mundo. De facto, o mercado de água engarrafada registou um crescimento de 5,3%, no período 2013-2018, o mesmo comportamento que em Espanha, onde o consumo de água mineral também aumentou, com uma taxa de crescimento anual de 4% para o mesmo período.

Assim o revela o estudo da European Federation of Bottled Waters (EFBW), recolhido pela consultoria Global Data, que indica também que a água engarrafada é a bebida não alcoólica mais consumida, com 48% do total; seguido por refrigerantes, com 39%; sumos e néctares, com 7% e bebidas solúveis com 6%.

No inquérito, realizado junto de consumidores europeus, em que também foram analisadas as tendências de consumo, depreende-se que a população está cada vez mais empenhada no cuidado da alimentação e se observa uma tendência clara para o consumo de produtos naturais e de qualidade, que os ajudam a manter um estilo de vida saudável. Especificamente, 57% dos consumidores afirmam que a sua decisão de compra é influenciada pelo fato de o produto ter um claro impacto positivo na sua saúde e bem-estar.

Por outro lado, deve-se destacar também que 44% dos consumidores valorizam produtos ecologicamente corretos e socialmente responsáveis ​​na decisão de compra.

Fonte: Grande Consumo

As alterações climáticas não estão apenas a afetar o Planeta, estão a afetar a vida humana e natural; Estão a prejudicar os ecossistemas, as espécies, os recursos alimentares, e a criar novos riscos para a humanidade difíceis de combater.

Segundo o mais recente relatório da Organização das Nações Unidas, os desastres ligados ao clima aumentaram 9% num espaço de 10 anos, e entre 1970 e 2019, corresponderam a 79% dos acontecimentos.

De acordo com outro relatório da Estratégia Internacional de Redução de Desastre das Nações Unidas, entre 2000 e 2019 registaram-se 7.348 desastres, sendo que 6.681 estiveram ligados ao clima, afetando 4 mil milhões de pessoas. Comparativamente aos 20 anos anteriores pode-se observar um grande aumento, dado que se se registaram cerca de 3.656 desastres climáticos.

Dentro desta categoria, registaram-se em 2019 desastres como ciclones, incêndios, cheias e ondas de calor. As perdas económicas ligadas a estes eventos foram cerca de 195,68 mil milhões de euros.

O relatório aponta como exemplo das graves consequências destes desastres os incêndios na Austrália, que vitimaram mais de mil milhões de animais e trouxeram graves consequências para a biodiversidade.

Miroslav Jenča, secretário-geral adjunto da Europa, Ásia Central e Américas,  dá o exemplo de outro risco derivado destes acontecimentos: “A emergência climática é um perigo para a paz. Não existe uma ligação direta entre a mudança do clima e o conflito. Mas a mudança do clima exalta os riscos existentes e cria novos. E as consequências variam de região para região.” Neste contexto, exaltam-se problemáticas como a escassez de recursos naturais e a mobilização da população para outras localidades.

Mami Mizutori, representante especial do secretário-geral da ONU para a Redução do Risco de Desastres, explicou ao Independent “Nenhum país do planeta está imune ao aumento dos desastres relacionados com o clima. É importante que tenhamos uma abordagem integrada que reconheça a natureza do risco e como o clima interage com outros fatores de risco, incluindo a pobreza, a crescente urbanização, a degradação ambiental e o uso da terra.”
 
Fonte: Greensavers

O projeto português “Flaw4life”, de aproveitamento da “fruta feia”, recebeu ontem o prémio LIFE para o Ambiente da União Europeia (UE), sendo também o mais popular entre o público.

O projeto, salienta a representação da Comissão Europeia em Portugal, em comunicado, reduziu até agora o desperdício alimentar em mais de 2.300 toneladas, um valor comparável à quantidade anual de alimentos desperdiçados por 13.000 pessoas.

Os prémios LIFE de 2020 foram hoje entregues no decorrer da “Semana Verde da UE”, que decorreu exclusivamente “online” devido à pandemia de covid-19 e que começou em Lisboa na segunda-feira e continua agora a partir de Bruxelas.

O programa LIFE da UE para o ambiente e ação climática distinguiu três categorias, a do Ambiente, para Portugal, a da Natureza, que premiou um projeto da Eslovénia, e da Ação Climática, para um projeto da Hungria.

Na Eslovénia foi premiada a equipa que geriu e monitorizou as populações de urso pardo nos Alpes, que permitiu uma redução de 43% dos ataques a ovinos e de um quarto do número de ursos afetados pelo tráfico.

E o prémio LIFE para a Ação Climática distinguiu uma equipa que formou professores, assistentes sociais, agricultores e peritos em prevenção de incêndios florestais sobre as formas de reforçar a prevenção de incêndios florestais. O número de incêndios florestais diminuiu um terço e a área ardida quase 90%.

“Todas estas iniciativas mostram que, com um investimento cuidadoso e muito trabalho, a Europa está preparada para enfrentar os enormes desafios climáticos com que nos deparamos”, disse, citado no comunicado, Frans Timmermans, vice-presidente executivo do Pacto Ecológico Europeu.

E o comissário europeu do Ambiente, Oceanos e Pescas, Virginijus Sinkevičius, citado no mesmo documento, diz que estas “histórias de sucesso individuais têm de ser reproduzidas em toda a UE – em velocidade e em escala – a fim de ajudar a UE a cumprir os ambiciosos objetivos do seu Pacto Ecológico Europeu”.

Os prémios LIFE reconhecem os projetos mais inovadores, inspiradores e eficazes nos domínios da proteção da natureza, do ambiente e da ação climática. Os vencedores foram selecionados entre 15 finalistas.

A UE atribuiu ainda um “prémio especial de adaptação à covid-19” ao projeto “PrepAIR”, de Itália, que monitorizou e melhorou a qualidade do ar para 23 milhões de pessoas no Vale do Pó (entre os Alpes e os Apeninos), e ajudou outro projeto italiano a investigar a ligação entre a poluição atmosférica e a propagação da covid-19.

O programa LIFE é o instrumento de financiamento da UE para o ambiente e a ação climática. Desde 1992 já cofinanciou cerca de 5.400 projetos em toda a UE e em países terceiros. O orçamento para 2014-2020 foi fixado em 3,4 mil milhões de euros, e para o próximo orçamento (2021-2027) a Comissão propõe aumentar o financiamento em quase 60%.

Os responsáveis do projeto português de “fruta feia” explicam na sua página que na Europa cerca de 30% das frutas e legumes é desperdiçado devido à aparência. Na origem do projeto está o facto de os consumidores ao irem ao supermercado escolherem a fruta mais bonita, e como os supermercados não vendem a fruta feia deixaram de a comprar aos agricultores, pelo que 30% da fruta ia para o lixo devido à cor, tamanho e formato.

A cooperativa de consumo “Fruta Feia” compra diretamente aos agricultores os produtos rejeitados pelos supermercados e vende-os aos consumidores em pontos de entrega. Em cada semana cada ponto de entrega com 300 consumidores salva mais de uma tonelada de frutas e legumes.

Fonte: Agroportal

Brexit: Consulta de Informação

  • Wednesday, 21 October 2020 09:34

A fim de garantir que a UE está totalmente preparada e equipada para gerir esta mudança, a Comissão publicou nos últimos meses vários avisos às partes interessadas, incluindo informação sobre: legislação alimentar, transporte de animais vivos, OGM's, fertilizantes, alimentação animal, produtos REACH entre outros temas.

Pode consultar os diferentes documentos aqui.

Fonte: DGAV/Comissão Europeia

A Câmara de Reguengos de Monsaraz, no distrito de Évora, vai avançar com um investimento de 331 mil euros num projeto de reutilização de água residual para rega e águas de serviço, anunciou o município.

Numa nota enviada à Lusa, a autarquia alentejana refere que, com o crescimento das instalações do matadouro de porco de raça alentejana (Maporal), estima-se um volume diário de água residual tratada e rejeitada no meio hídrico de 700 metros cúbicos (700 mil litros) que poderá ser reutilizada pela autarquia. O projeto permitirá reduzir os consumos de água potável em usos como a rega de espaços verdes, lavagem de ruas e de viaturas, assim como a utilização da água tratada para águas de serviço, nomeadamente em higiene urbana e infraestruturas de esgotos domésticos e pluviais.

“A autarquia tem também como objetivos incrementar a reutilização das águas residuais tratadas para usos agrícolas ou urbanos compatíveis com a sua qualidade final e aumentar a resiliência do sistema de abastecimento de água em baixa do concelho, em períodos de escassez de água, de modo a adaptar o sistema às alterações climáticas”, acrescenta o comunicado a que a Lusa teve esta segunda-feira acesso.

Com este projeto, designado “Economia circular — reutilização de água residual tratada para rega e águas de serviço”, a Câmara de Reguengos de Monsaraz espera reduzir o consumo de água do sistema público de distribuição do concelho em 37.650 metros cúbicos (37 milhões e 650 mil litros) por ano, que representam, atualmente, um custo de 22.590 euros. O projeto prevê a “recolha e envio da água residual tratada (tratamento secundário) para a estação de tratamento terciário (avançado)”, bem como “o tratamento avançado da água residual tratada de modo a garantir qualidade de água de reutilização de classe A” e o “armazenamento e distribuição” para os pontos de rega e usos de serviços.

Desta forma, será construído um poço de recolha de água residual tratada de nove metros cúbicos (9.000 litros) e a bombagem e rede de transporte de água residual tratada, numa extensão de 750 metros, entre a estação de tratamento e águas residuais e a estação de tratamento terciário. Será ainda construído o equipamento de tratamento terciário, que inclui a montagem do sistema de filtração e desinfeção ultravioleta, de um reservatório de 250 metros cúbicos (250 mil litros), do sistema de recirculação e afinamento, do sistema de bombagem para a rede de distribuição e dos filtros de carvão e areia para a remoção final do cloro.

A implementação do projeto prevê também a construção da rede de distribuição de água residual tratada final, numa extensão de 340 metros, até aos pontos de entrega para a rega do Parque da Cidade, e para o sistema de entrega de água reutilizada para águas de serviço e lavagem de viaturas.

Fonte: Observador

 

A ANEBE – Associação Nacional de Empresas de Bebidas Espirituosas apresentou, no dia 16 de outubro, a nova aplicação Alcooladora que permite estimar a taxa de alcoolemia no sangue após a ingestão de bebidas alcoólicas.

Alcooladora, um projeto da ANEBE desenvolvido em parceria com o IADE – Creative University da Universidade Europeia, é uma ferramenta de informação ao consumidor com propósitos de pedagogia preventiva e educativa, dirigida exclusivamente a adultos com idade legal para consumo de bebidas alcoólicas.

A aplicação surgiu de um trabalho de final de curso do ex-aluno, Bruno Costa com supervisão do Prof. Bruno Silva e que a ANEBE potenciou para o publico em geral através do seu programa de #responsibledrinking “Beba Com Cabeça”. A aplicação será apresentada no TALKFEST – International Music Festivals Forum e pode ser descarregada aqui.

Apesar da ferramenta não substituir outras fontes mais rigorosas de informação sobretudo – a reação das pessoas difere consoante níveis de álcool no sangue e a forma como são afetadas por determinadas quantidades de álcool – a “Alcooladora” fornece estimativas aproximadas para uma média de homens ou mulheres com um determinado peso.

ANEBE

A ANEBE reforça que o melhor conselho é evitar riscos de consumos nocivos, respeitar a lei e nunca beber se for conduzir, ou em casos de circunstâncias e públicos de maior risco associado.

João Vargas, secretário-geral da ANEBE, assume que “o consumo excessivo de bebidas alcoólicas é uma das maiores preocupações e prioridades de ação da ANEBE e de toda a indústria das bebidas espirituosas.” Por isso, “esta aplicação representa um passo adicional no compromisso permanente que assumimos com a responsabilidade social de prevenção em matéria de álcool”.

É nossa responsabilidade aumentar o leque de escolhas para os consumidores terem o máximo conhecimento sobre os produtos que estão a consumir e que efeitos no seu organismo e, obviamente com isso, mitigar o consumo excessivo e abusivo do álcool”.

Mesmo com todas as restrições e limitações ao consumo do álcool e o fecho de bares e discotecas e cancelamento de festivais de verão e outros eventos festivos, obviamente, achamos que esta APP será muito útil quando a vida voltar à sua normalidade. Enquanto isso, será uma importante ferramenta para reforçar a segurança rodoviária, bem como a indicação do histórico de consumo individual”, conclui João Vargas.

A ANEBE desenvolve com vários parceiros da sociedade civil – associações juvenis, associações académicas nas áreas da medicina e enfermagem, escolas, associações da economia social – o programa “Beba com Cabeça”.

Fonte: Grande Consumo

Desde que a pandemia de Covid-19 se espalhou a nível mundial, que uma das primeiras consequências relatadas foi a redução das emissões de gases de efeito de estufa para a atmosfera.

Um estudo do Potsdam Institute for Climate Impact Research (PIK) avaliou o impacto do vírus nos setores e no consumo global de energia. A equipa concluiu que se registou no primeiro semestre do ano a maior queda de emissões de Dióxido de Carbono (CO2), sendo incomparável a períodos semelhantes como a crise financeira de 2008 ou a Segunda Guerra Mundial.

Houve uma diminuição de 1551 milhões de toneladas de CO2, cerca de 8,8% em comparação ao mesmo período no ano de 2019.

A investigação conseguiu precisar os dados de acordo com cada país, que oscilaram consoante as medidas impostas e o período de confinamento. “Em abril, no auge da primeira onda de infecções por Corona, quando a maioria dos principais países encerrou a vida pública e partes da economia, as emissões caíram mesmo 16,9%”, afirma Zhu Liu da Universidade Tsinghua, em Pequim.

Entre os setores afetados, o de transporte terrestre foi o que teve uma maior redução. “Principalmente por causa das restrições de trabalho em casa, as emissões dos transportes diminuíram 40% em todo o mundo. Comparativamente, os setores de energia e da indústria contribuíram menos para a queda, com -22% e -17%, respetivamente, assim como os setores de aviação e navegação. Surpreendentemente, mesmo o setor residencial viu uma pequena queda nas emissões de 3%: em grande parte devido ao inverno anormalmente quente no hemisfério norte, o consumo de energia para aquecimento diminuiu com a maioria das pessoas a ficar em casa o dia todo durante os períodos de confinamento”, explicou em comunicado Daniel Kammen, professor da Universidade da Califórnia – Berkeley.

Os autores apontam que para manter uma mudança significativa nas emissões de CO2 é essencial reformular os setores da indústria e do comércio, procurando soluções mais sustentáveis e amigas do ambiente, especialmente a nível energético.

Fonte: GreenSavers

O “Estudo do Impacto da redução temporária da taxa do IVA no sector da Restauração e Similares”, solicitado pela AHRESP à PwC conclui que a aplicação temporária da taxa reduzida de IVA a todo o serviço de Alimentação e Bebidas, ajudaria a manter até 46 mil postos de trabalho e a contribuir para a sobrevivência das empresas.

A pandemia COVID-19 veio impactar drasticamente toda a economia mundial, particularmente as atividades da restauração e bebidas e do alojamento turístico, e Portugal não foi exceção.

Desde março que os sectores têm vindo a registar perdas consecutivas e, no mais recente inquérito mensal da AHRESP, reportado a setembro de 2020, 40% das empresas da restauração já despediram desde o início da pandemia e 18% assumem que não vão conseguir manter a totalidade dos postos de trabalho até ao final de 2020. Perante as perdas de faturação acima de 40%, registadas por mais de 63% das empresas, 32% dos agentes económicos demonstraram intenção de insolvência.

Perante este cenário de grave crise financeira nos sectores da restauração e bebidas e do alojamento turístico, e como medida de apoio indireto à tesouraria das empresas, a AHRESP tem vindo a defender a aplicação temporária, pelo período de 1 ano, da taxa reduzida de IVA a todo o serviço de alimentação e bebidas.

De acordo com o estudo da PwC, a redução da taxa do IVA permitira reter 606 milhões de euros na tesouraria das empresas, sustendo a perda de até 46 mil postos de trabalho e 10 mil empresas. Este investimento do Estado seria compensado em cerca de 516 milhões de euros, por via de receita de IRS, TSU e redução de despesa com subsídio de desemprego. Ou seja, o esforço público financeiro líquido indicativo, não ascenderia a mais de 90 milhões de euros, para permitir a manutenção de mais de 17% do emprego do sector.

No mesmo estudo é ainda feito um levantamento sobre os países que já optaram pela redução do IVA, como é o caso de Alemanha e Inglaterra, mas também de países como a Bélgica, a Grécia, Chipre, Bulgária e Lituânia.

Entre as medidas que a AHRESP considera essenciais para a manutenção dos mais de 267 mil postos de trabalho da responsabilidade das empresas de restauração e bebidas estão, além da descida temporária do IVA, a atribuição de incentivos não reembolsáveis (ao invés de empréstimos bancários), uma verdadeira campanha de dinamização do consumo, a isenção de impostos e contribuições sociais, a isenção das rendas, e ainda, o urgente e específico apoio às atividades de animação noturna, encerradas há 8 meses por imposição legal.

Para apresentar o estudo e em sequência da proposta de Orçamento de Estado para 2021, a AHRESP irá solicitar, com caráter de urgência, reuniões ao Governo e a todos os Grupos Parlamentares, para que, em sede de especialidade, se possam aplicar as medidas estruturantes para a sobrevivência dos negócios e a manutenção de milhares de postos de trabalho.

Fonte: Grande Consumo