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A qualidade e excelência dos vinhos portugueses vão ser dadas a conhecer até dia 12 de Novembro na ProWine China 2020, o maior evento vitivinícola do país e um dos mais importantes do mundo. Uma comitiva de 14 representantes dos produtores portugueses integram o pavilhão da “Wines of Portugal”, a chancela da ViniPortugal para a promoção nos mercados internacionais. Elevar a notoriedade e conhecimento dos vinhos portugueses junto de profissionais do mercado chinês é o objectivo central desta acção promocional.

A ProWine China 2020 volta a ser uma das apostas da ViniPortugal junto de um mercado que se tem vindo a revelar disponível para conhecer novos vinhos e produtores de destinos vitivinícolas mundiais em afirmação. O presidente da ViniPortugal, Frederico Falcão, afirma: «Em 2020, o sector vitivinícola tem vindo a sofrer meses de incertezas e perturbações. Enquanto nos esforçamos por construir um ‘novo normal’ no combate à pandemia, a “Wines of Portugal” está empenhada em ajudar a revigorar o mercado vinícola chinês. O apoio à ProWine 2020 é um desses esforços. Iremos certamente fazer mais e reforçar ainda mais a nossa dinâmica neste mercado».

O pavilhão da “Wines of Portugal” conta com a presença dos produtores Encosta de Alqueva, Henriques & Henriques, Justino’s Madeira, Lavradores de Feitoria, Madeira Wine Company, Mouchão, Enoport, Pereira D’Oliveira, Quinta do Paral, Quinta do Silval, The Loyalty Wine Family, Vidigal Wines e Wine & Soul – Maritávora. Para facilitar o diálogo entre os visitantes da feira e os produtores nacionais, a “Wines of Portugal” inovou, construindo um Mini Programa WeChat, através do qual distribuidores e profissionais do vinho podem marcar directamente uma reunião com os produtores.

«Os vinhos portugueses orgulham-se das suas mais de 250 uvas autóctones, séculos de cultura vitivinícola, bem como do seu património de criação de vinhos de lote. Eles oferecem uma experiência única ao tirar partido da diversidade dos terroirs e castas portuguesas. Vir ao nosso Pavilhão na ProWine China 2020 seria um bom ponto de partida para se ter o gosto de um mundo de diferença oferecido pelos vinhos portugueses», afirma Frederico Falcão.

A China é um dos mais relevantes mercados de diversificação da actividade promocional da marca “Wines of Portugal”. O valor das exportações de vinhos (excluindo Vinho do Porto e Madeira) ultrapassaram os 17 milhões de euros em 2019. Os dados de 2020 revelam que, entre Janeiro e Agosto, as exportações totais de vinho português para o mercado chinês atingiram os 7 milhões de euros, com o vinho IGP a ser a categoria em evidência em valor.

Em termos globais, de Janeiro a Agosto de 2020, as exportações portuguesas de vinho cresceram 2,3% em valor em comparação com o mesmo período em 2019, ultrapassando os 508 milhões de euros. No mesmo período, o aumento de volume ascendeu a 3,4%.

Fonte: Agroportal

A ministra da Agricultura anunciou ontem, no parlamento, que Portugal tem um potencial identificado de 69 novos mercados para 336 produtos, esclarecendo que a aposta passa pelos produtos onde o país tem excedentes de produção.

“Temos potencial identificado de 69 novos mercados para 336 produtos”, assegurou Maria do Céu Antunes, em resposta aos deputados, numa audição parlamentar conjunta com as comissões de Orçamento e Finanças e Agricultura e Mar.

A governante disse que o ministério está a trabalhar com os negócios estrangeiros para “acrescentar valor” a este trabalho, precisando que a aposta tem que se focar nas áreas em que Portugal “tem uma capacidade excedentária de produção”.

Maria do Céu Antunes enalteceu o papel da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) na abertura de novos mercados, notando que este processo segue “rigorosos protocolos”.

A ministra da Agricultura lembrou também que, em cinco anos, foram abertos 69 novos mercados para 269 produtos, 16 dos quais na atual legislatura.

Só durante a pandemia de covid-19 foi aberta a possibilidade de exportação de 13 produtos para 10 países diferentes, avançou.

Fonte: Agroportal

As exportações de produtos alimentares e bebidas foram as únicas a registar um aumento homólogo entre janeiro e setembro deste ano, num contexto de redução generalizada das vendas para o exterior devido à pandemia, divulgou esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo as “Estatísticas do Comércio Internacional” de setembro, nos primeiros nove meses de 2020 “verificaram-se decréscimos em todas as grandes categorias, em ambos os fluxos [exportações e importações], exceto nas exportações de ‘produtos alimentares e bebidas’, que aumentaram 92 milhões de euros”.

O crescimento verificou-se sobretudo na subcategoria ‘produtos transformados destinados principalmente ao consumo dos particulares’, cujas exportações aumentaram 68 milhões de euros.

Em termos de taxas de variação homóloga, o INE refere que as exportações de ‘produtos alimentares e bebidas’ têm evoluído “de forma mais favorável” que as exportações globais, apresentando uma variação positiva na maioria dos meses do ano, atingindo +5,2% em setembro.

Globalmente, os dados apontam uma diminuição das exportações e das importações em setembro de 0,4% e 9,9%, respetivamente, em termos homólogos nominais, após quebras de 1,9% e 10,4% em agosto, pela mesma ordem.

Fonte: Hipersuper

Muitos dos alimentos que usamos fazem uma longa viagem desde climas exóticos até à bancada das nossas cozinhas. Mas o seu trajecto não tem de terminar aí – podemos conceder-lhes algumas tarefas extra antes de os condenar ao caixote do lixo. Saiba como através das dicas seguintes.

O que fazer com as borras de café?

     1.Amaciar a pele

 Esfregue-se com um esfoliante corporal feito de pó de café, óleo de coco e um pouco de açúcar mascavado. Massaje esta fórmula pela pele suavemente enquanto toma duche, enxaguando no final.

     2.Cuide das flores

Use borras de café na cobertura do solo de plantas como rosas, azaléias, rododendros, hortênsias e camélias. As borras melhoraram a acidez natural e os nutrientes que contêm o solo.

    3.Afastar as formigas

Salpique borras de café em torno das áreas infestadas de formigas, de forma a detê-las.

    4.Deter os gastrópodes

As borras podem ser também utilizadas para repelir caracóis e lesmas – para isso, polvilhe as áreas problemáticas.

    5.Simplifique a limpeza da lareira

Antes de limpar a lareira, polvilhe-a com borras de café usado humedecidas, que irão fazer pesar as cinzas e eliminar, assim, as nuvens de fumo e pó.

    6.Faça uma pintura a sépia

Mergulhe saquinhos de borras de café em água quente e use como tinteiro em tecido, papel, ou outro material, e consiga uma pintura em tons de castanho.

     7.Manter os gatos longe das plantas

Mantenha os gatos afastados do seu jardim usando uma mistura de cascas de laranja e borras de café, colocada em torno das plantas.

     8.Incentivar o crescimento das cenouras

Para aumentar a colheita de cenouras, misture as sementes com borras de café secas antes de as semear. O volume extra faz com que as sementes pequeninas sejam mais fáceis de manusear, enquanto o aroma do café pode nutrir o solo e ajudar a afastar pragas.

  O que fazer com as folhas e saquinhos de chá?

      9.Picadas e queimaduras

Sacos de chá frios aliviam em situações de picadas de insectos e queimaduras leves, incluindo queimaduras solares. Para irritações de pede em geral, pode usar folhas de chá usadas, mergulhando-as antes em água.

    10.Acalme os seus olhos

O tanino, presente no chá, tem efeitos anti-inflamatórios, daí que saquinhos frios sejam frequentemente utilizados em olhos inchados (o frio também ajuda a resolver o inchaço.)

      11.Alimentar o jardim

Use as folhas do chá como alimento para as plantas do jardim. O chá verde é rico em nitrogénio e, como bónus, as suas folhas podem repelir pragas e insectos. Esta dica é também útil para plantas de casa, por isso adicione folhas de chá usadas à água com que as rega.

     12.Melhore as plantas de vaso

Nas plantas de vaso, coloque alguns sacos de chá usados ​​na parte superior da camada de drenagem, antes de adicionar terra. Os sacos de chá irão ajudar a reter a água e a filtrar alguns nutrientes para o meio de envasamento.

      13.Neutralize o cheiro da caixa do gato

Polvilhe folhas de chá usadas e secas na caixa da areia do seu gato, para ajudar a reduzir o mau cheiro.

      14.Acabe com os odores de outros animais de estimação

Polvilhe a alcofa, cama, casota do cão ou outros lugares malcheirosos com folhas usadas secas de chá verde e elimine o mau odor.

      15.Refresque o tapete

Coloque folhas de chá secas sobre o tapete, esmague-as levemente, deixe descansar cerca de 10 minutos e depois aspire-o. Isto irá refrescar o tapete e aromatizar o seu aspirador de pó. Esta dica é especialmente útil se tiver animais de estimação.

     16.Cuide do cão

Em último caso, uma pilha de folhas de chá são um deleite para os cães se rebolarem. Além disso, o cheiro e brilho que dão ao pêlo são óptimos.

     17.Esteiras e camas frescas

No sudeste asiático, é comum lavar os colchões de palha em banheiras de água para onde o chá foi adicionado. O chá funciona como um desinfectante, por isso pode aplicar este método em tapetes de ioga e colchões de ar.

     18.Guardar no frigorífico

Se não tiver bicarbonato de sódio, use sacos ou folhas de chá verde usados e secos numa tigela pequena e aberta no seu frigorífico, de forma a ajudar a absorver odores.

      19.Lave as mãos

Livre as mãos de odores de alimentos (alho, cebola, etc.), esfregando-as com folhas de chá verde molhadas, um aromatizante instantâneo.

     20.Desinfecte superfícies da cozinha

Esfregue folhas de chá molhadas sobre tábuas de corte e outras superfícies para remover os odores dos alimentos.

Saiba ainda como conseguir obter folhas secas de chá usado:

Quando terminar de preparar o seu chá, coloque as folhas num escorredor. Pressione-as para que saia a maior quantidade de água possível, e em seguida, espalhe as folhas sobre papel. Deixe-as secar cuidadosamente, virando-as várias vezes durante o processo. Tenha em atenção que o chá molhado deixa manchas, por isso se estiver a usar folhas de chá molhadas sobre ou perto de uma superfície porosa, certifique-se de que faz este processo primeiro num outro lugar.

Fonte: Greensavers

O Grupo Parlamentar do PAN – Pessoas-Animais-Natureza conseguiu o acolhimento do Governo, em sede de discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2021, de uma medida que visa agravar a taxa de IVA dos adubos sintetizados e fertilizantes não-orgânicos de 6% para 13% em 2021, com o objetivo de fomentar a prática da agricultura em modo biológico.

É sabido que algumas práticas agrícolas, como as fertilizações, têm um impacto significativo no meio ambiente, em especial sobre os solos, a vegetação e a qualidade das águas. Os problemas de poluição causados por fertilizantes refletem-se não só sobre o ambiente, mas também sobre a saúde humana e sobre a qualidade dos produtos agrícolas.

Consulte a proposta de alteração na integra, aqui.

Fonte: Agroportal

A persistente e agravada situação pandémica tem provocado uma inibição do consumo e uma drástica redução da faturação. O inquérito mensal da AHRESP, relativo ao mês de outubro, vem revelar uma intenção de requerer insolvência de 41% das empresas de restauração e 19% das empresas de alojamento.

Ao nível do emprego, 47% das empresas de restauração e 27% das empresas de alojamento indicaram que já efetuaram despedimentos desde o início da pandemia.

A faturação do mês de outubro foi devastadora, com mais de 43% das empresas de restauração e bebidas a registarem quebras homólogas acima dos 60%. No alojamento turístico, mais de 36% das empresas registaram quebras homólogas de faturação acima dos 90%.

 

Manutenção do emprego

Como consequência da forte redução de faturação, cerca de 14% das empresas de restauração e bebidas não conseguiram efetuar o pagamento dos salários em outubro e 11% só o fez parcialmente. Cerca de 23% das empresas assumem que não vão conseguir manter todos os postos de trabalho até ao final do ano.

No alojamento turístico, 23% das empresas não registaram qualquer ocupação no mês de outubro e 30% indicou uma ocupação máxima de 10%. Para o mês de novembro, cerca de 50% das empresas estimam uma taxa de ocupação zero e mais de 24% perspetiva uma ocupação máxima de 10%. Para os meses de dezembro e janeiro, a estimativa de ocupação zero agrava-se, sendo referida por mais de 57% das empresas.

Como consequência da forte redução de faturação, cerca de 21% das empresas não conseguiram efetuar o pagamento dos salários em outubro e 9% só o fez parcialmente. Mais de 15% das empresas assumem que não vão conseguir manter todos os postos de trabalho até ao final do ano.

Estes resultados nacionais, quer da restauração e bebidas, quer do alojamento turístico, não evidenciam diferenças significativas entre as várias regiões.

 

Programa de Emergência

Perante os resultados evidenciados neste inquérito, a AHRESP elaborou e apresentou um Programa de Emergência, com 10 medidas para salvar empresas e postos de trabalho. A associação considera que, com as novas restrições em grande parte do território português, o funcionamento das atividades económicas será necessariamente agravado, sendo, por isso, ainda mais urgente a disponibilização de medidas para estes sectores. Exemplo desse agravamento são os dados publicados pelo INE, referentes ao terceiro trimestre (período normal de maior empregabilidade), revelando que a restauração e o alojamento perderam 49.200 postos de trabalho face ao mesmo período de 2019.

Fonte: Grande Consumo

Durante o mês de DEZEMBRO, decorre mais um período obrigatório de Declarações de Existências de Suínos (DES), conforme Aviso PCEDA (Plano de Controlo e Erradicação da Doença de Aujeszky), da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária.

A declaração das existências de suínos poderá ser efetuada diretamente pelo produtor na Área Reservada do portal do IFAP, ou em qualquer departamento dos Serviços de Alimentação e Veterinária Regionais ou ainda nas organizações de agricultores protocoladas com o IFAP, através do Modelo 800/DGV desmaterializado.

Para o efeito, deverão ser seguidas as instruções constantes no Portal da DGAV.

Fonte: DGAV

Uma empresa tecnológica portuguesa lançou um equipamento 100% português, denominado Ara, que mede de forma instantânea a temperatura corporal e deteta o uso de máscara. O equipamento, composto por um ecrã de sete polegadas, feito de raiz em Portugal com o objetivo de “concorrer com o mercado chinês para salvaguardar a saúde pública no combate à Covid-19”, realça a empresa com 15 anos de experiência no desenvolvimento de soluções de sinalética digital e interativas.

“O objetivo é disponibilizar a tecnologia para todos os espaços públicos, nomeadamente escolas, edifícios públicos, universidades, lojas e serviços, aumentando o sentimento de segurança nestes locais”. A solução dispõe de notificações visuais e sonoras que alertam caso se verifique uma não conformidade quer da temperatura quer do uso de máscara.

“Estamos capazes de entregar de forma rápida um equipamento fiável e que funciona como uma ferramenta de controlo e redução da propagação do vírus”, afirma o co-fundador do grupo. “O ARA evita também a situação intimidatória de ter alguém a ‘apontar-nos’ um termómetro”, acrescenta.

A empresa estima que a procura por este tipo de soluções aumente, sobretudo no mercado europeu e nos EUA.

Fonte: Hipersuper

O tempo seco e o cancelamento de certames devido à pandemia da covid-19 são os principais problemas que afetam a produção e a venda de castanha em Marvão, no Alto Alentejo, lamentaram hoje os produtores.

“Este ano está tudo complicado, a produção quebrou cerca de 50% devido ao tempo, choveu, mas foi fora das épocas do que deveria chover e esta última castanha precisava de chuva”, disse hoje à agência Lusa o produtor e empresário José Mário.

O microclima da Serra de São Mamede, propício à produção de castanha, já levou a que as entidades que tutelam o setor considerassem a castanha de Marvão como de “origem protegida”.

Numa zona do distrito de Portalegre onde predominam nos campos as espécies Bária e Clarinha, o mesmo produtor indicou que, apesar dos “contratempos” que estão a enfrentar, o calibre da castanha é “razoável” este ano.

A pandemia da covid-19 também dificultou a atividade dos produtores que escoavam grande parte do seu produto para feiras e festas, na maioria promovidas por municípios e juntas de freguesias.

“Não há Feira da Castanha de Marvão, os outros eventos não se fazem, eu tinha clientes que me pediam mil quilos e agora pedem quinhentos quilos, como é o caso de câmaras e juntas de freguesia que tinham eventos e não fazem”, lamentou.

Apesar destes problemas, José Mário garantiu que se “tem vendendo” castanhas a um preço a rondar os dois euros o quilo [calibre 32] e que a sua produção está “quase despachada”.

Contactado pela Lusa, o produtor Mário Galego explicou que a produção “não está má”, mas que o calibre da castanha é “complicado” devido, “provavelmente”, ao tempo seco.

“O escoamento está muito complicado, está a vender-se com mais dificuldade, não há feiras, não há nada e estamos a preparar para enviar para a indústria que é o único escoamento que temos neste momento”, acrescentou.

Para minimizar o impacto económico negativo junto dos produtores, a Câmara de Marvão está a promover este mês uma iniciativa gastronómica dedicada à castanha em 16 restaurantes aderentes do concelho.

O evento “Mês Gastronómico da Castanha”, que começou no domingo e vai decorrer até ao dia 29 deste mês, pretende promover Marvão enquanto “destino gastronómico de eleição” e está integrado no conjunto de iniciativas intitulado “Mês da Castanha em Marvão”.

Segundo a autarquia, o principal objetivo da iniciativa gastronómica é “incentivar a utilização da castanha de Marvão, classificada como produto de Denominação de Origem Protegida (DOP), na gastronomia, motivando a sua inclusão nas ementas e pratos típicos dos restaurantes do concelho”.

As iniciativas integradas no “Mês da Castanha em Marvão” visam “minimizar, tanto quanto possível, o impacto económico negativo” do cancelamento da edição deste ano da Feira da Castanha – Festa do Castanheiro, em Marvão, devido à pandemia de covid-19.

Fonte: Agroportal

As autoridades francesas renovaram os alertas sobre o consumo de cogumelos selvagens, após centenas de casos de envenenamento nos últimos meses.

A Agência Francesa para Alimentos, Saúde e Segurança Ocupacional e Ambiental (ANSES) informou que os centros de controlo de venenos registaram um aumento acentuado de casos, desde o início da temporada de colheita de cogumelos no início do outono, especialmente nas últimas semanas.

Os riscos de envenenamento incluem a confusão de um tipo comestível com uma espécie tóxica ou o consumo de cogumelos comestíveis em más condições, com má cozedura ou que foram armazenados incorretamente. A maioria dos casos é devido à colheita errada, mas ocasionalmente são devido à compra em mercado/loja, ou ao consumo num restaurante.

Estatísticas de intoxicação mais recentes

Desde julho de 2020, os centros de controlo de intoxicações registaram 732 casos de intoxicação, incluindo cinco pessoas em estado grave.

A confusão entre as espécies por vezes acontece por meio do uso de aplicativos de reconhecimento de fungos em smartphones, que identificam incorretamente os cogumelos, segundo a ANSES.

Em 2019, mais de 2.000 casos foram notificados aos centros de controlo de intoxicações entre julho e dezembro. Enquanto a maioria dos envenenamentos foram menores, houve 24 casos de alta gravidade com prognóstico de risco de vida e três mortes. Mais da metade de todos os casos ocorreram em outubro, quando as condições climatéricas combinando chuva, humidade e temperaturas mais baixas favoreceram o crescimento e a colheita de cogumelos selvagens.

Os sintomas são principalmente digestivos e incluem dor abdominal, náuseas, vómitos e diarreia. O início da doença varia e geralmente ocorre algumas horas após o consumo, mas pode demorar mais e ultrapassar 12 horas. As pessoas devem tomar nota da hora da última refeição e o início dos primeiros sintomas, e manter quaisquer sobras de cogumelos selvagens para identificação.

Este tipo de envenenamento pode ter consequências graves para a saúde, como distúrbios digestivos graves, complicações renais ou danos no fígado que podem exigir hospitalização ou levar à morte.

O mesmo problema em outro lugar

Em outubro deste ano, o Ontario Poison Center alertou o público sobre os perigos da colheita de cogumelos após um aumento nas chamadas. O aumento incluiu casos em que as pessoas tiveram de ser hospitalizadas após consumir cogumelos selvagens. Em setembro, o centro recebeu 72 ligações diretamente relacionadas a exposições a cogumelos, em comparação com 38 em setembro de 2019.

No mesmo mês, funcionários da cidade italiana de Sassari detetaram três casos de envenenamento por cogumelos selvagens. O primeiro envolveu uma criança que comeu cogumelos porcini comestíveis. A segunda intoxicação foi causada pelo consumo em quantidades excessivas de cogumelos da espécie Leucopaxillus lepistoides. O terceiro caso ocorreu após ingestão de Amanita phalloides e a paciente necessitou de tratamento hospitalar.

Autoridades em Hong Kong investigaram suspeitas de envenenamento relacionado ao consumo de cogumelos selvagens em setembro. Um menino de cinco anos e uma mulher de 47 anos desenvolveram náuseas, vómitos e diarreia por cerca de uma hora após consumir cogumelos em casa. Um mês antes, uma mulher de 54 anos relatou náuseas, dor abdominal e diarreia uma hora depois de cozinhar cogumelos em casa e necessitar de tratamento hospitalar.

Em maio, uma série de envenenamentos graves ocorreram em Victoria, Austrália, devido aos cogumelos Death Cap e Yellow-colored. A temporada de cogumelos na Austrália do Sul coincidiu com mais pessoas em casa e houve um aumento nas ligações para a linha direta de informações sobre venenos daqueles que buscavam ajuda após comer cogumelos selvagens. No total, 21 das 30 chamadas em 2020 envolveram crianças pequenas e cinco foram encaminhadas para o hospital.

Fonte: Food Safety News