A série ISO 22002 foi totalmente renovada em 2025, com grande destaque para o novo ISO 22002‑100:2025, que estabelece uma base comum de requisitos para os Programas Pré‑requisitos (PRPs) ao longo de toda a cadeia alimentar, e para a introdução do ISO 22002‑7:2025, que cobre o setor do retalho e grossistas.
Estrutura atualizada da série (em vigor desde 29 de julho de 2025):
- ISO 22002‑100:2025 – Requisitos comuns aplicáveis a todos os setores da cadeia alimentar;
- ISO 22002‑1:2025 – Fabrico alimentar;
- ISO 22002‑2:2025 – Restauração / Catering;
- ISO 22002‑3:2011 – Agricultura (sem alteração);
- ISO 22002‑4:2025 – Fabrico de embalagens alimentares;
- ISO 22002‑5:2025 – Transporte e armazenamento;
- ISO 22002‑6:2025 – Produção de alimentos para animais;
- ISO 22002‑7:2025 – Retalho e Comércio a Grosso (novo).
Principais alterações com o lançamento das normas de 2025:
- Eliminação da redundância: Os requisitos comuns como higiene, controlo de alergénios, rastreabilidade e defesa alimentar passam a estar centralizados no ISO 22002‑100. Cada parte sectorial agora referencia essa base comum e inclui só os requisitos específicos do setor, simplificando a documentação, formação e auditorias;
- Evolução de TS para norma ISO: Todos os documentos anteriormente designados ISO/TS foram atualizados para normas ISO com maior reconhecimento internacional, maior consenso técnico e força normativa;
- Integração e digitalização: O modelo permite melhor alinhamento com a futura versão da ISO 22000 e FSSC 22000, facilita objetivos de sustentabilidade e aplicação de tecnologias como rastreabilidade digital e IoT para monitorização da higiene.
O que devem fazer as organizações agora:
- Realizar análise de lacunas (gap analysis) entre os PRPs atuais e o novo ISO 22002‑100, bem como o módulo setorial aplicável;
- Atualizar a documentação, consolidando os PRPs comuns numa única referência (Parte 100) e adaptando procedimentos específicos do setor;
- Formar as equipas primeiro no fundamento ISO 22002‑100 e depois nas partes setoriais;
- Atribuir responsabilidades diferenciadas entre gestão dos PRPs comuns e dos específicos de cada setor.
Significado estratégico da norma:
Esta atualização representa um dos passos mais audaciosos da última década na segurança alimentar, promovendo sistemas mais consistentes, inteligentes e alinhados globalmente.
Fonte: Food Safety Works