Pensa-se que o consumo de café como bebida surgiu na Etiópia através de abades que após fazerem uma bebida com os frutos do cafeeiro, notaram um aumento do estado de alerta durante as longas orações da noite.
Comercialmente são utilizadas duas espécies do cafeeiro (Coffea Rubiaceae): café arábica (C. arábica) e café robusta (C. canéfora). A primeira possui um sabor mais suave e aromático do que a segunda, por sua vez mais amarga e rica em cafeína.
Esta bebida apresenta ainda inúmeros efeitos ao nível da saúde. Os principais compostos bioativos do café que têm sido associados a um efeito positivo para a saúde são a cafeína, os polifenóis, a trigonelina e o ácido clorogénico. Vários estudos mostram que o consumo regular e moderado de café por pessoas saudáveis, isto é, o mesmo que 2 a 3 cafés por dia (ou 300 a 400mg por dia de bebidas contendo cafeína) pode contribuir para a prevenção de várias doenças crónicas.
A prevalência de doenças como a diabetes Mellitus tipo 2, de doença hepática e de cancro hepatocelular, assim como de doença de Parkinson e Alzheimer, parece ser menor em pessoas que referem um consumo regular e moderado de café. A nível desportivo, alguns estudos sugerem ainda que o café pode contribuir para melhorar a resistência em exercícios de longa duração.
Apesar de ser considerada uma bebida segura para a maioria das pessoas, é conveniente referir que a sensibilidade à cafeína é variável. As pessoas mais suscetíveis aos seus efeitos secundários são as crianças, adolescentes, grávidas, idosos. Em caso de gravidez ou amamentação é inclusive aconselhado um consumo inferior 200mg por dia de bebidas contendo cafeína.
Entre os principais sintomas de sensibilidade ou decorrentes do consumo excessivo de cafeína (acima de 400mg por dia) encontram-se a taquicardia, o aumento da pressão arterial, ansiedade, insónias e alterações gastrointestinais.
Porém, apesar das preocupações com os efeitos secundários da toma de café, não existe até à data uma relação inequívoca entre o seu consumo e o aumento do risco de doença.
Pessoas sensíveis à cafeína, podem optar por consumir descafeinado uma vez que a maior parte dos seus compostos nutricionais não são afetados de forma relevante pelo processo de descafeinação, à exceção da cafeína.
Descubra aqui os valores médios de cafeína em várias bebidas e alimentos.
Fonte: Sapo Lifestyle