Apesar das crescentes preocupações com a saúde, o aspartame ainda é permitido em alimentos da União Europeia (UE) — incluindo produtos para crianças. Em uma cerimônia simbólica de entrega de presentes em Bruxelas, a Foodwatch pediu uma proibição preventiva.
Mais de 350.000 pessoas de toda a Europa exigem a proibição do adoçante artificial aspartame em toda a UE. Em uma ação simbólica em frente à Comissão Europeia, em Bruxelas, a Foodwatch, a Liga Francesa contra o Cancro (Ligue contre le cancer) e o aplicativo de consumo Yuka entregaram sua petição conjunta à presidente da Comissão, Ursula von der Leyen — ou pelo menos tentaram. A Comissão se recusou a se reunir.
A campanha responde às crescentes preocupações científicas sobre os riscos à saúde associados ao aspartame, cujo uso ainda é autorizado em milhares de alimentos e bebidas em toda a UE — incluindo itens frequentemente consumidos por crianças e gestantes. A recusa da Comissão em sequer receber a petição evidencia a falta de vontade política para agir diante da crescente preocupação pública.
O aspartame foi classificado pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) como "possivelmente cancerígeno para humanos". Desde o lançamento da petição em fevereiro de 2025, novos estudos reforçaram ainda mais as preocupações, associando o adoçante ao aumento dos riscos de câncer, diabetes tipo 2, derrames e efeitos negativos no microbioma intestinal.
Apesar disso, as instituições da UE não tomaram até agora nenhuma medida concreta para rever ou suspender sua autorização.
A UE deve agir agora para proteger a saúde
Apelamos à Comissão Europeia e aos Estados-Membros para que apliquem o princípio da precaução e suspendam a aprovação do aspartame sem demora. A UE tem a obrigação legal de proteger a saúde pública e não deve esperar por certeza científica absoluta para agir.
Fonte: FoodWatch