Continua a subir o número de focos de gripe das aves em Portugal desde o início do ano: são agora 50, após terem sido confirmados mais quatro nos distritos de Santarém, Faro e Leiria, segundo a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).
Quais estes quatro focos?
- Em Santarém, numa exploração comercial de galinhas reprodutoras;
- Em Tomar, um foco numa exploração comercial de perus de engorda;
- Em Albufeira, num pilrito-das-praias (ave selvagem);
- Em Pombal, num ganso-patola (ave selvagem).
Os casos também sobem na Europa?
A Comissão Europeia atualizou hoje as zonas de proteção e vigilância contra a gripe aviária de alta patogenicidade (GAAP) devido ao aparecimento de 74 novos casos em explorações avícolas dos Estados-membros.
Na UE, os países que já tiveram explorações afetadas são:
- Portugal;
- Alemanha;
- Bélgica;
- Bulgária;
- República Checa;
- Dinamarca;
- Eslováquia;
- Espanha;
- França;
- Irlanda;
- Itália;
- Letónia;
- Lituânia;
- Hungria;
- Países Baixos;
- Áustria;
- Polónia;
- Suécia.
Como se controla a disseminação entre as aves?
A DGAV tem vindo a alertar para o “alto risco de disseminação” da doença, pelo que determinou o confinamento das aves domésticas em todo o território do continente.
Além disso, está proibida a realização de feiras, mercados, exposições e concursos de aves de capoeira e aves em cativeiro.
Nas zonas de proteção e vigilância, é proibida a circulação de aves a partir de estabelecimentos aí localizados, o repovoamento de aves de espécies cinegéticas, feiras, mercados e exposições e a circulação de carne fresca a partir de matadouros ou estabelecimentos de manipulação de caça.
Também é proibida a circulação de ovos para consumo humano e de subprodutos de animais obtidos de aves detidas a partir de estabelecimentos localizados nestas zonas.
O vírus passa para os humanos?
A transmissão do vírus H5N1 ocorre quase sempre através do contacto com animais infetados, embora aconteça raramente.
Segundo o SNS24, o período de incubação está estimado até sete dias, sendo que geralmente se situa entre dois a cinco dias, após a última exposição a animais doentes ou mortos.
Por outro lado, não há nenhuma evidência de que a gripe das aves possa ser transmitida aos seres humanos através do consumo de alimentos, nomeadamente de carne e ovos.
Nos humanos, a infeção pode levar a um quadro clínico grave, com sintomas como febre alta (tipicamente superior a 38ºC), rinite aguda, conjuntivite, faringite ou pneumonia. Alguns casos também registaram diarreia, vómitos, dores abdominais, sangramento do nariz ou encefalite.
Fonte: Sapo.pt