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A bastonária da Ordem dos Nutricionistas (ON) promoveu uma série de encontros no Algarve, para conhecer o trabalho dos profissionais na região do país onde os portugueses mais adicionam sal aos alimentos.

“Esta é a região nacional onde os portugueses mais adicionam sal aos alimentos quando estes já estão no prato (36%) e na qual mais de 55% da população tem excesso de peso ou obesidade”, salientou a ON, em comunicado, citando um estudo do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.

Este hábito “traduz-se facilmente em números”, acrescenta a ordem, uma vez que 33% dos algarvios são hipertensos, uma doença crónica que está associada diretamente às opções alimentares, nomeadamente ao consumo excessivo de sal.

“As mudanças de hábitos alimentares são fundamentais, mas só são possíveis quando há um conjunto de ações destinadas a melhorar os conhecimentos e comportamentos da população e quando se verifica uma mudança da disponibilidade no ambiente alimentar. A presença de nutricionistas nos centros de saúde, locais mais próximos da população, é essencial para alterar este e outros costumes prejudiciais à saúde”, relembrou, em comunicado, Alexandra Bento, bastonária da Ordem dos Nutricionistas.

Contudo, na região do Algarve, existem apenas seis nutricionistas nos cuidados de saúde primários, ou seja, nos centros de saúde, um rácio que a responsável considera “muito aquém do preconizado pela Ordem dos Nutricionistas para fazer face às necessidades daquela população”.

Fonte: região-sul.pt

A canela é conhecida pelas suas propriedades benéficas para o sistema gastrointestinal, por ajudar a combater problemas como flatulência, diarreia e aparecimento de parasitas, devido ao seu efeito antibacteriano. As partes desta especiaria utilizadas são a sua casca e o seu óleo essencial.

Também tem propriedades anti-inflamatórias e ajuda no tratamento de gripes, constipações e febres, aliviando, também, alguns sintomas de asma. Mas há mais motivos que o devem levar a consumir canela com regularidade.

Vários estudos, feitos ao longo do tempo, têm demonstrado os benefícios desta especiaria. Em 2010, por exemplo, uma investigação realizada pelo Center for Applied Health Sciences, em Ohio, EUA, deu conta de que uma solução de canela e água contém antioxidantes capazes de reduzir até 23% as hipóteses de desenvolver obesidade ou diabetes.

Já em 2014, um outro estudo conduzido por investigadores do Rush University Medical Center, em Chicago, EUA, descobriu que a canela pode ajudar a atrasar o desenvolvimento da doença de Parkinson, ao bloquear a perda de proteínas que ajudam a proteger as células e os neurónios, melhorando as funções motoras.

Em 2017, um estudo apresentado numa conferência da Associação Americana do Coração (American Heart Association) deu conta que a canela ajuda a reverter os efeitos de uma dieta rica em gordura. A investigação foi feita através de uma experiência com 12 ratos, os quais foram alimentados com suplementos de canela.

Os cientistas encontraram mais moléculas antioxidantes e anti-inflamatórias que protegem o corpo de danos causados pelo stress, mas também foram observadas perdas de peso e diminuição da gordura na barriga, apesar de estarem a consumir uma dieta rica em gordura.

O mesmo estudo refere, ainda, que a canela diminui a temperatura do estômago, ajudando na digestão, e ajuda na diminuição dos níveis de açúcar no sangue.

Esta especiaria traz, ainda, outros benefícios para a saúde. Estes são os principais:

- Ajuda a combater o colesterol, devido à presença de antioxidantes

- Controla o apetite, já que é rica em fibras

- É afrodisíaca: melhora a circulação sanguínea e aumenta a sensibilidade e o prazer

- Diminui a fadiga e melhora o humor

- É antisséptica

- Ajuda no tratamento de distúrbios digestivos, como distensões abdominais, flatulência e diarreias

- Tem propriedades antifúngicas, indicada para o tratamento de candidíases

- Protege as vias respiratórias, já que é um expectorante natural

Fonte: Visão

Todas as vítimas "terão ingerido xima [farinha de milho] com feijão", referiu Lídia Cunha, diretora clínica da unidade hospitalar.

Três pessoas morreram em Chiúta, enquanto outras seis ainda chegaram a dar entrada no hospital de Tete, mas não sobreviveram.

Outras duas permanecem internadas em estado grave, enquanto as restantes oito que participaram no convívio, mas sem sinais de intoxicação, foram observadas num posto de saúde em Chiúta e já tiveram alta, acrescentou.

Amostras dos alimentos ingeridos vão ser analisados em laboratório para averiguar as causas das mortes, concluiu Lídia Cunha.

Fonte: Diário de Notícias

Durante a conferência “Investigação e inovação europeias na nossa vida diária”, em Bruxelas, Luis Serrano defendeu, a partir da ideia de que no corpo humano “há mais bactérias do que células”, projetos orientados para promover as “bactérias boas” como veículos de defesa.

“As pequenas bactérias são o melhor suporte, pode-se fazer engenharia com elas para detetar problemas no organismo, segregar moléculas (…) e curar o doente”, afirmou o investigador.

O projeto MycoSynVac parte de uma bactéria encontrada no pulmão humano, da foi removido material genético mas mantendo a “estrutura” da bactéria para introduzir os componentes das bactérias patogénicas que afetam os animais e criar um vacina sintética eficaz.

Posteriormente, esta bactéria convertida em vacina será injetada nos animais de quinta, para, com uma única dose, os imunizar contra diferentes infeções, defendeu Serrano.

A investigação pretende reduzir o uso de antibióticos, utilizados em muitos casos para aumentar a produção de leite e de carne e que acabam por entrar nos produtos alimentares vendidos ao consumidor.

Fonte: Sapo24

Nós só comemos as bagas, e tal como todos os frutos vermelhos, os mirtilos são muito ricos em compostos fenólicos, o que lhe confere as propriedades antioxidantes, mas existem outras partes do arbusto igualmente ricas em compostos bioativos (por exemplo, compostos fenólicos) que permanecem nas terras de cultivo sem qualquer aproveitamento. Os compostos fenólicos estão presentes em todas as partes do arbusto do mirtilo, mas nas folhas em particular e, em determinados períodos do ano, sobretudo após a frutificação (de setembro até novembro), as folhas ficam muito mais enriquecidas destes compostos. Já a folha verde não perde os compostos fenólicos, não têm exatamente os que são necessários para a investigação, pois são em menor quantidade e diferentes em termos de qualidade.

O que esta nova investigação portuguesa vai fazer é pegar nas folhas de mirtilo, que servem eventualmente para fazer infusões e pouco mais, neste caso fornecidas pela Cooperativa dos Agricultores de Mangualde, e processá-las. “Vamos otimizar um processo inovador de processamento das folhas de mirtilo, em detrimento das tradicionais infusões, por forma a obter uma biomassa enriquecida em compostos bioativos. O resultado preconizado é a geração de um novo produto nutracêutico capaz de atuar no sistema nervoso central com potencial neuroprotetor e neuroregenerador na esclerose múltipla e eventualmente em outras doenças do foro neurológico e psiquiátrico”, explicam Sofia Viana, uma das investigadores responsáveis pelo projeto, a par de Flávio Reis, ambos a trabalharem em farmacologia e terapêutica experimental da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.

Este trabalho está ainda numa fase muito embrionária e “resultados concretos em relação ao seu potencial terapêutico só em 2019”, alertam os investigadores, que contam com uma equipa multidisciplinar com formação avançada nas áreas de bioquímica, biotecnologia, farmácia e neurologia, do Instituto de Farmacologia e Terapêutica Experimental e do Instituto de Investigação Clínica e Biomédica de Coimbra da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, em colaboração com a Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica do Porto.

“Ninguém vai mascar folhas de mirtilo, estas vão ser processadas de forma a preservar estes compostos que consideramos ter utilidade terapêutica”, salienta Sofia Viana. O objetivo final é conseguir usar a biomassa como um suplemento alimentar, seja em comprimido ou em cápsula, no tratamento da esclerose múltipla, uma doença neurodegenerativa com incidência crescente em adultos jovens e para a qual as atuais estratégias terapêuticas são insuficientes, tornando imperativo a procura de novas soluções.

Fonte: Visão

De acordo com o estudo do Centro Helmholtz de Pesquisa Polar e Marinha, que realiza pesquisas nomeadamente nos oceanos Ártico e Antártico, com as alterações climáticas e a subida das temperaturas há uma alta probabilidade de se perderem os atuais locais de criação do bacalhau.

Se a meta de conter o aquecimento global no 1,5 graus acima de valores da era pré-industrial, conforme previsto no Acordo de Paris sobre redução de emissões de gases com efeito de estufa, não for alcançada, com o aquecimento e acidificação do oceano, o bacalhau do Atlântico e o bacalhau polar serão forçados a procurar novos habitats no extremo norte e as populações podem diminuir, indica a investigação.

Os investigadores dizem que tal pode ser "desastroso", porque o bacalhau polar é a mais importante fonte alimentar para as focas e aves marinhas do Ártico. Ao mesmo tempo, os pescadores podem perder a região mais produtiva do mundo para a captura do bacalhau, localizada a norte da Noruega.

Os resultados do estudo indicam que uma política climática rigorosa pode prevenir as piores consequências, quer para animais quer para seres humanos.

Há peixes, como o bacalhau, que preferem água fria e só desovam em água fria. O bacalhau do Atlântico, um dos alimentos preferidos dos portugueses, desova em águas entre três a sete graus e o bacalhau polar desova a temperaturas entre os zero e os 1,5 graus celsius.

Os investigadores Flemming Dahlke e Daniela Storch defendem que esta dependência da água fria pode ser fatal para as duas espécies, devido às mudanças climáticas, especialmente o aquecimento das águas do Atlântico Norte e do Ártico.

A juntar-se a esse aquecimento, a menos que se reduzam drasticamente as emissões de dióxido de carbono e gases com efeito de estufa, vai acontecer a acidificação das águas. Porque quanto mais dióxido de carbono é lançado para a atmosfera mais se dissolve no oceano, onde na ligação com a água forma ácido carbónico, que acidifica quando decai.

"Isso significa que o bacalhau do Atlântico e o bacalhau polar serão duplamente stressados no futuro, o seu habitat irá aquecer e ao mesmo tempo acidificar", diz Flemming Dahlke, ecologista marinho.

A investigação concentrou-se especialmente nos embriões, concluindo que no momento da eclosão os bacalhaus são muito sensíveis às mudanças das condições ambientais. As descobertas dos cientistas indicam que nas duas espécies de bacalhau um mesmo que pequeno aumento da temperatura pode causar a morte dos ovos ou produzir deformações nas larvas.

E com a acidificação da água, ainda que ela esteja a uma temperatura ótima, o número de embriões que não sobrevive sobe de 20% para 30%, de acordo com as experiências dos investigadores.

As costas da Islândia e da Noruega abrigam atualmente as maiores populações de bacalhau do Atlântico, onde são pescadas todos os anos cerca de 800 mil toneladas, no valor de dois mil milhões de euros.

Fonte: RTP Notícias

A Guarda Nacional Republicana (GNR) elaborou 17 autos de notícias por contraordenação, apreendeu 580 litros de bebidas alcoólicas e 148 quilos de pescado, no âmbito de um conjunto de acções direccionadas para a prevenção e combate às infracções tributárias e aduaneiras e de vigilância da costa e do mar territorial em toda a Região Autónoma da Madeira, realizadas entre os dias 27 e 29 de Novembro.

Numa nota emitida, esta força militarizada explicou que no dia 27 de Novembro foram elaborados 17 autos de notícia por contraordenação, no âmbito de uma operação de fiscalização de controlo e circulação de mercadorias. Onze por falta de apresentação do código enviado pela Autoridade Tributária (código obrigatório nas guias de transporte), quatro por falta de guia de transporte e dois por falta da indicação da hora do início do transporte.

No decurso de uma acção de fiscalização, direccionada para o combate à introdução irregular no consumo de produtos sujeitos a Impostos Especiais sobre o Consumo, no dia 28, os militares procederam à apreensão de 580 litros de bebidas alcoólicas, num valor total e presumível de 3.500 euros. A GNR referiu que a apreensão foi efectuada por não cumprirem as regras de selagem, embalagem, detenção e comercialização.

“De referir que este tipo de ilícito, para além de poder corresponder à aplicação de uma coima com um valor máximo de 165 mil euros, promove também a concorrência desleal entre os operadores económicos, podendo transformar-se de igual forma, num problema de saúde pública e segurança alimentar, uma vez que este tipo de bebidas não é sujeito a qualquer tipo de controlo em termos sanitários”, explicou.

No dia 29 de Novembro foram apreendidos 148 quilos de pescado, no Cais de Câmara de Lobos. A acção foi efectuada no âmbito de uma denúncia radicada na actividade ilícita da pesca, tendo sido identificada uma embarcação quando efectuava a descarga do pescado, sendo o mesmo apreendido por excesso de captura proveniente de embarcação de recreio. Foi identificado um homem e elaborado o respectivo auto de notícia por contraordenação.

Fonte: Dnotícias.pt

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) determinou a suspensão de nove padarias e pastelarias na sequência de uma operação de fiscalização no âmbito da segurança alimentar, tendo ainda instaurado 51 processos de contraordenação.

Em comunicado este sábado divulgado, a ASAE diz que a operação foi realizada a nível nacional, no âmbito da Segurança Alimentar, e foi direcionada para a verificação das condições e requisitos obrigatórios no setor da panificação.

No total, foram fiscalizados cerca de 150 operadores económicos, tendo sido instaurados 51 processos de contraordenação, destacando-se como principais infrações detetadas o incumprimento dos requisitos gerais e específicos de higiene, a violação dos deveres gerais dos estabelecimentos a inexistência ou irregularidades relativamente ao HACCP, a falta de mera comunicação prévia, irregularidades relativas à rotulagem de pão e produtos afins, entre outras.

Foi determinada a suspensão da atividade de nove operadores económicos "por incumprimento dos requisitos gerais e específicos de higiene", tendo ainda sido efetuadas apreensões num valor aproximado de 550 euros, acrescenta.

"Durante as ações de fiscalização foram verificados os locais de fabrico de pão e produtos de pastelaria, designadamente as regras de higiene, segurança e qualidade dos géneros alimentícios, o seu licenciamento, verificando-se ainda o tipo de matérias-primas utilizadas, a sua qualidade e o seu acondicionamento e, quando aplicável, as condições e temperatura dos veículos de transporte de pão e produtos afins", explica. A ASAE refere ainda que seis dos locais fiscalizados exerciam a atividade de forma ilegal.

Fonte: Correio da Manhã

Seis pessoas vão responder em tribunal por terem produzido queijo artesanal numa exploração de Baião e o comercializarem "sabendo que os animais se encontravam infetados" com brucelose, diz o Ministério Público. Registaram-se 19 casos de brucelose em pessoas residentes no concelho que terão consumido o queijo e os seis arguidos foram agora acusados de crimes de perigo relativo a animais e vegetais, desobediência e de corrupção de substâncias alimentares.

O caso remonta a 2014, quando surgiram casos de brucelose no concelho. Desde logo se associou a doença ao consumo de queijos frescos, produzidos de forma artesanal em exploração agrícola e vendidos na rua. A investigação chegou a quem produziu e comercializou os queijos. A exploração agrícola não estava licenciada para a produção e comércio de queijo. Na altura, a Autoridade Regional de Saúde (ARS) do Norte disse que os primeiros casos de brucelose foram detetados em julho de 2014 e que em novembro houve um pico de situações, com algumas pessoas a estarem internadas em duas unidades hospitalares do Porto. Todos recuperaram.

O MP diz que "no período compreendido entre os meses de agosto e novembro de 2014, registaram-se pelo menos 19 casos de Brucella melitensis (Brucelose), em pessoas residentes no concelho de Baião, maioritariamente das freguesias de Gôve e Campelo, por força da ingestão de queijo fresco ou cru de leite de cabra."

O procurador acusa os seis arguidos de produzirem ou comercializarem, "entre maio e julho/agosto de 2014, artesanalmente, numa exploração de animais existente no concelho, bem sabendo que os animais se encontravam infetados".

A informação foi divulgada pela Comarca do Porto Oeste, esclarecendo que a acusação do MP foi deduzida por procurador da República no núcleo de Baião do DIAP da comarca, na sequência de uma investigação realizada pela ASAE. A nota não esclarece se entre as seis pessoas arguidas existe alguma que seja pessoa coletiva.

O MP pede julgamento em Processo Comum Coletivo, por envolver penas de prisão superiores a cinco anos, com o crime de corrupção de substâncias alimentares a ser o mais grave, podendo ser punido com pena de prisão de um a oito anos.

A brucelose é uma doença animal que pode ser transmitida ao homem e também é conhecida como febre ondulante ou febre-de-malta. Há quatro bactérias do género Brucella que causam esta doença, mas é a Brucella melitensis a mais comum, como acontece neste caso de Baião, que infeta cabras e ovelhas. A doença transmite-se pelo consumo de alimentos contaminados, mas também por inalação da bactéria ou por contacto direto com um animal infetado. A transmissão entre pessoa é rara.

A brucelose pode causar complicações ao nível dos ossos, dos sistemas nervoso central, respiratório e cardiovascular e aumento do volume do fígado. Segundo um trabalho da DECO, o tratamento é simples, com antibióticos, mas pode ser demorado e durar meses. O atraso no diagnóstico é o principal problema. A doença causa a morte em 2% dos casos.

Fonte: Diário de Notícias

Segundo documentos confidenciais dos serviços sanitários holandeses, aos quais o jornal francês Le Monde teve acesso, entre 800 mil e 1,6 milhões de alimentos para animais de consumo humano estão potencialmente contaminados com OGMs.

Uma porta-voz da Comissão Europeia confirmou à AFP que as autoridades já tinham sido alertadas para o facto. "Confirmo que o RASFF (sigla em inglês de sistema de alerta rápido para a alimentação) foi ativado. Confirmo que os alertas estão relacionados com os OGMs mencionados pelo Le Monde".

Riboflavina, um corante alimentar

O produto em questão é um aditivo alimentar para animais, a vitamina B2, também chamada de "riboflavina (80%)". Segundo o jornal, a descoberta deste problema por um laboratório alemão remonta a 2015, num lote fabricado na China.

A riboflavina favorece o metabolismo das gorduras, açúcares e proteínas e é utilizada como corante alimentar, ou seja, para dar um aspeto aparentemente mais saudável à carne.

Em março de 2018, a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA) publicou um primeiro relatório apontando o "risco" para "animais, consumidores, cidadãos e meio ambiente", segundo o jornal.

A Comissão Europeia suspendeu a autorização dos OGMs em 19 de setembro e pediu a sua retirada do mercado a 10 de novembro. Mas a matéria perigosa já se disseminou por toda a cadeia agroindustrial, chegando potencialmente ao consumidor humano.

Segundo o jornal, há lotes contaminados com OGMs na Alemanha, Noruega, Rússia, Finlândia, Islândia e França.

O que são os OGMs?

Os organismos geneticamente modificados podem ser definidos como organismos (plantas ou animais) nos quais o material genético (DNA) foi alterado de um modo que não ocorre na natureza por reprodução ou recombinação natural. A tecnologia é denominada frequentemente “biotecnologia moderna” ou “engenharia genética” e permite que genes selecionados individualmente sejam transferidos de um organismo para outro, mesmo em espécies não relacionadas, com o objectivo de acrescentar novas características à espécie que já existia naturalmente.

Para produzir estes organismos, também designados transgénicos, não se transfere apenas o gene ou genes que vão induzir determinadas características. É necessário também um marcador (que permita a distinção entre os organismos manipulados e os outros) e um promotor e terminador (que permitam “copiar” o gene para o novo organismo).

Segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), a probabilidade de existirem riscos para a saúde humana por contaminação através de OGMs ou produtos obtidos a partir de OGMs é tanto mais elevada quanto mais frequente e/ou mais prolongada for a exposição a estes organismos como é o caso dos trabalhadores que fazem manipulação, transporte e identificação de OGMs e, especialmente, quando estes constituem ingredientes alimentares ou alimentos destinados ao consumo humano.

Não obstante, os transgénicos fazem parte cada vez mais da nossa realidade quotidiana. Neste momento, já existem diversos alimentos geneticamente modificados. Alimentamo-nos, sem o sabermos na maioria das vezes, de plantas transgénicas e de animais alimentados com rações geneticamente modificadas. O milho e a soja constituem o grosso de plantas transgénicas. Mas também se produzem, entre outros, algodão, chicória e colza geneticamente modificados. Já existem animais geneticamente modificados embora até à data não sejam comercializados.

Fonte: Sapo Lifestyle