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O concurso para a dragagem da zona superior da Lagoa de Óbidos foi lançado na passada terça-feira, dia 5 de fevereiro, assim como anunciado pelo ministro do Ambiente, Matos Fernandes.

Totaliza dezasseis milhões de euros para fazer a dragagem da zona interior da parte nascente da lagoa”, disse o governante, acrescentando que a segunda fase da obra é fundamental para a ótima gestão deste recurso.

Segundo Matos Fernandes, foi um processo moroso porque "estamos a falar de uma zona de grande sensibilidade” onde decorre extensa atividade piscatória e de mariscadores, que nem sempre concordaram sobre a necessidade da dragagem. É pois fundamental a monitorização contínua da qualidade da água caso a proposta seja aprovada.

O ministro do Ambiente revelou que “os sedimentos estão banais, de grau 2 e só para a partir dos graus 3, sobretudo 4 e 5, é que mostram perigosidade”, no entanto, refere que apesar das análises normais, sem a dragagem, a pesca e a atividade dos mariscadores pode acabar.

Deste modo, assume-se uma postura de conservação da biodiversidade da lagoa, que assegura tantas atividades económicas. Segundo o ministro, a intervenção na Lagoa de Óbidos nunca poderá acabar, apelando ao apoio das autarquias de Óbidos e Caldas da Rainha.

Os problemas de assoreamento desta lagoa não são de agora, remontando a 1856. Dado o seu historial, o presidente da Câmara das Caldas destacou a importância da “longevidade da lagoa” ao passo que o presidente da Câmara de Óbidos sublinhou a importância de revisitar os canais que foram abertos em 2015, já que existem “sérios riscos de estarmos a fazer investimentos no corpo superior da lagoa e assistirmos a um continuado assoreamento do corpo inferior da lagoa”.

Fonte: Jornal das Caldas

Em resposta a uma sociedade que vive rápido, procurando o imediato e a comodidade de poder comprar em qualquer momento e qualquer lugar, uma empresa desenvolveu uma ferramenta tecnológica que promete impulsionar as vendas online da categoria dos produtos frescos.

Já recorremos à internet numa variedade de tarefas, tais como estabelecer contacto, efetuar transações bancárias, reservar alojamentos e comprar roupa, móveis e viagens. Mas, o que acontece com a alimentação? Porquê é que as vendas online não superam a quota do mercado?

Apesar de toda a tecnologia ao dispor, somos bastante seletivos quando se trata de frescos. Queremos ver o seu aspecto, inspecionar o seu preparo, receber conselhos do staff, selecionar os produtos que mais nos apelem e, obviamente, prezar pela frescura e qualidade dos mesmos.

Assim, esta nova solução permite a experiência de compra remota de frescos, partilhando imagens e stock da loja física, prometendo revolucionar o mercado online da alimentação.

Esta ferramenta é dividida em três componentes principais que são o sistema de gestão de fila, carro de compra único (para frescos e outros produtos) e, por fim, a interação em tempo-real com a loja e funcionários, através de câmeras.

O objetivo final é submergir o consumidor online numa experiência de compra similar aquela que teria numa loja física, observando o stock disponível e selecionando os artigos de maior interesse.

Para visualizar, com mais detalhe, a proposta desta empresa, por favor, clique aqui.

Fonte: Minsait

Genesis quer o Papa Francisco vegan na Quaresma

  • Wednesday, 06 February 2019 16:39

A carta aberta de uma menina vegetariana e ambientalista de 12 anos, suportada pela campanha Million Dollar Vegan, convida o Papa Francisco à abstenção de “todos os produtos de origem animal durante a Quaresma”.

Se o desafio for aceite, serão doados um milhão de dólares a instituições de solidariedade social à escolha do chefe da Igreja Católica.

Perante esta proposta, o Papa Francisco assume a relevância das questões nutricionais na conservação da sustentabilidade do planeta e do impacto da pecuária. Até à data ainda não se sabe a resposta.

O Papa tem o poder de influenciar as pessoas em todo o mundo com a sua decisão, e eu acredito que fará a coisa certa”, refere Genesis em entrevista por email ao Público.

Pedro Graça, diretor do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) discorda com a diabolização da carne, referindo que para protegermos o nosso planeta precisamos muito mais do que reduzir o consumo de carne.

Assim, o também diretor da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto (FCNAUP) defende que o primeiro pensamento deveria centra-se sobre a eficiência do próprio sistema, tendo em conta que um terço dos alimentos produzidos é deitado fora.

Refere ainda o consumo desnecessário de produtos ultra-embalados, com um desperdício elevado de energia, plástico e outros agressores ambientais.

Em última análise, a mudança do modelo alimentar parece mais premente quando comparada com o benefício do vegetarianismo na pegada ecológica da produção pecuária.

Além de Pedro Graça, outros especialistas de diversas áreas teceram comentários à carta aberta de Genesis Butler ao Papa Francisco, pelo que pode consultar as suas opiniões aqui.

 

Fonte: Público e SIC Notícias

Segundo o Despacho n.º 1254/2019, de 4 de fevereiro, existe agora uma comissão técnica de acompanhamento responsável pelo reconhecimento de organizações de produtores de cereais.

A esta compete monitorizar o funcionamento do regime de reconhecimento no setor dos cereais e respetivos resultados em termos de evolução estrutural da organização da produção em Portugal, propondo «eventuais melhorias, nomeadamente no tocante à simplificação do referido regime, bem como contribuir para a sua avaliação».

A comissão foi criada por despacho do Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos, publicado esta terça-feira no Diário da República, entrando hoje em vigor.

Fonte: Confagri

Decreto-Lei N.º 20/2019 já entrou em vigor e concretiza o quadro de transferência de competências nos domínios animal e da segurança dos alimentos para os órgãos municipais.

Assim, no que respeita aos animais de companhia, passa a competir ao presidente da câmara municipal decidir sobre os centros de recolha, bem como autorizar e receber comunicação prévia de alojamentos para hospedagem com ou sem fins lucrativos. Competir-lhe-á ainda autorizar concursos e exposições, permitir animais de companhia em prédios urbanos e promover ações ou campanhas públicas de profilaxia médica e sanitária.

No domínio dos animais de produção, compete ao presidente proceder ao registo da detenção caseira de espécies pecuárias, assegurar o controlo do cumprimento de requisitos e, por fim, assegurar o bem-estar e sanidade animal.

As transições de poder para as câmaras não foram exclusivas do setor animal pelo que as inspeções sanitárias ao nível da segurança alimentar, sem prejuízo das competências atribuídas a outras entidades, nomeadamente à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), são também agora responsabilidade municipal.

Deste modo, compete ao presidente da câmara atribuir o registo ou a aprovação de estabelecimentos agro-industriais envolvidos na exploração animal, executar planos de controlo oficiais, vistoriar a manutenção das condições higio-sanitárias nos matadouros e outros locais de manipulação, distribuição ou venda de carne e subprodutos.

Tanto ao nível animal como da segurança dos alimentos, o produto das coimas dos processos contra-ordenacionais constitui receita total ou parcial do município.

Os especialistas do setor põem em causa esta nova legislação. Em especial, os veterinários criticam a subordinação exclusiva aos municípios pois perdem a independência e imparcialidade técnica na tomada de decisões.

"Quando for necessário tomar uma decisão negativa para um agente económico, entram as pressões", critica Ricardo Lobo, membro da direção da Associação Nacional de Médicos Veterinários dos Municípios (ANVETEM).

Álvaro Mendonça, ex-diretor-geral de Alimentação e Veterinária, dá também o exemplo dos matadouros municipais para argumentar contra a nova legislação. "Se a câmara municipal é dona do matadouro e o inspetor é funcionário da câmara, claro que há um conflito de interesses. A independência dos veterinários está em causa e sem dúvida que a segurança alimentar fica em risco."

Será obrigatório que todos os veterinários municipais passem para alçada dos municípios até ao prazo limite de 2021, deixando de reportar à Direção-Geral da Alimentação e Veterinária (DGAV).

Fonte: Visão

O Centro de Investigação de Montanha (CIMO) do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) tem focado a sua investigação no setor alimentar, mais concretamente no desenvolvimento de ingredientes de base natural para corantes, conservantes e bioativos.

Uma das novidades, ainda em fase de desenvolvimento, é o "SpraySafe", que já foi testado em fiambre e que é pulverizado nos alimentos, criando um revestimento natural que conserva sem a necessidade de recorrer às atuais películas de plástico. A formulação do produto é de origem vegetal e é comestível, dissolvendo-se na água.

Isabel Ferreira, investigadora e diretora do CIMO, garante que tanto pode ser utilizado no retalho como em casa e que há já "imensas propostas de parcerias" quer com empresas interessadas em utilizar quer com as que comercializam plásticos e películas e que "estão sempre muito interessadas em ingredientes biodegradáveis alternativos", sendo porém cedo para avançar prazos de chegada ao mercado.

Fonte: Diário de Notícias

Em nome da defesa do consumidor e também dos direitos de propriedade das marcas, a ASAE apreendeu 1,750 litros de bebida espirituosa por uso abusivo da menção "Tequila".

A denúncia efetuada pelo Conselho Regulador da Tequila (TRC) surgiu na sequência de informações falsas no rótulo de uma bebida espirituosa, onde é evocada semelhança com a bebida original, sem qualquer tipo de autorização.

A comercialização ocorria em Portugal e como resultado da ação de fiscalização foram apreendidos 1,750 litros de bebida e 28,750 rótulos de garrafas, sendo que o valor total da apreensão ascende os 12,500€.

"(...) uma bebida espirituosa que claramente faz uma evocação da Appellation of Origin Tequila (AOT) através do uso da palavra “mequila” e das imagens presentes no respetivo rótulo”, explica a ASAE.

Ações irão continuar a ser desenvolvidas no sentido de retirar todo o produto colocado no mercado, em defesa do consumidor.

Fonte: Semanário

A economia circular é um conceito estratégico de redução, reciclagem e reaproveitamento de materiais e energia que pretende maximizar o valor económico de um produto através do prolongamento da sua vida útil.

Em substituição de um método linear, a economia circular permite uma redução significativa de emissões de GEE, através da melhoria na gestão de resíduos e redução das necessidades totais de recursos primários (como energia, água, terra e materiais), gerando impactos positivos para o sistema natural, bem como a diminuição da pressão sobre habitats, como o marinho (p. ex. redução da contaminação com plásticos), através da reutilização em larga escala, contribuindo também para a proteção da biodiversidade.

Plano de Ação para a Economia Circular em Portugal (PAEC) foi aprovado na Resolução do Conselho de Ministros n.º 190-A/2017, de 11 de dezembro de 2017, e prolonga-se até 2020.

Uma das ações deste plano designada Alimentar sem sobrar: produção sustentável para um consumo sustentável foi especificamente desenhada para a evolução circular de resíduos, subprodutos e matérias-primas secundárias do setor alimentar.

Assim, parece existir interesse na revisão de barreiras legais relativas ao uso de subprodutos da cadeia de valor para uso em cascata, reutilização ou upcycling, mas também na doação de bens-alimentares.

Um exemplo de reaproveitamento sustentável no sector frutícola é o uso de fruta com baixo valor comercial, isto é, fruta rejeitada pelos mercados transformando posteriormente em produtos de fruta desidratados e destinando os restantes resíduos (cascas e caroços) para agricultores locais usarem nas suas terras.

Para consultar mais exemplos de projetos e oportunidades de economia circular no sector dos resíduos, por favor, clique aqui.

 

Fonte: Diário da República

Super-alimentos, o grande mito do marketing

  • Monday, 04 February 2019 15:20

Os chamados "superalimentos" são, sem dúvida, nutritivos e saborosos, no entanto, não são superiores a outros com qualidades idênticas e de preço inferior. A designação é uma obra de puro marketing pelo que do ponto de vista ético é necessário desmistificar os seus atributos, que vão sendo disseminados como altamente benéficos sem qualquer validade científica.

Alguns géneros alimentícios que se agrupam nesta categoria descartam o conceito de sazonalidade alimentar e, além disso, não auxiliam a economia nacional. Entre eles, incluem-se o abacate, o açaí, as bagas de góji, o cacau, a espirulina, o gengibre, as sementes de chia e as sementes de linhaça.

Ao contrário do que a publicidade tem levado a acreditar, existem alternativas alimentares equivalentes que não só beneficiam o consumidor em termos económicos, como auxiliam na regularização do preço dos produtos na sua origem, onde, muitas vezes, constituem alimento-base como é o caso da quinoa.

Por exemplo, o azeite é um equivalente nutricional do abacate pois ambos são ricos em gorduras monoinsaturadas que promovem o colesterol HDL. Numa outra comparação nutricional, um quarto de laranja equivale a 30 gramas de bagas góji.

No caso do cacau, pode-se substituir por alfarroba, sendo que Portugal é um dos três principais países produtores desta vagem. Privilegiar a aveia também é uma alternativa de consumo económica e nacional.

Acima de tudo, promover uma alimentação diversificada, com base em escolhas conscientes, é a chave para a obtenção de todos os nutrientes, vitaminas e minerais essenciais, dispensando qualquer outro tipo de produto exótico ou suplementar para uma dieta saudável.

Fonte: Deco Proteste

Arranca hoje uma campanha sobre a interpretação de rótulos, nomeadamente dos prazos de validade. A iniciativa enquadra-se no âmbito da Estratégia Nacional de Combate ao Desperdício Alimentar e engloba mais de 1200 associados da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED).

O objetivo é ajudar o consumidor a interpretar e distinguir as diferentes indicações de datas de validade/durabilidade, ajudando-o a rentabilizar o consumo dos produtos alimentares e, acima de tudo, evitar o seu desperdício.

"Segundo dados da União Europeia, estima-se que o retalho seja responsável por 5% do desperdício alimentar", sendo que a maior fatia advém do consumo doméstico, com um peso de 42%, refere Gonçalo Lobo Xavier, diretor-geral da APED.

Nem todas as validades são iguais pelo que as cadeias de retalho envolvidas comprometeram-se a ter locais específicos nas suas lojas que facilitem a venda de produtos com prazo limite.

Quando do ponto de vista comercial termine o seu prazo, os produtos serão reencaminhados para Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e outras entidades que os consumam de imediato.

"Há produtos que estão a aproximar-se do fim de vida comercial, mas ainda estão em condições excelentes de consumo", sublinhou o responsável.

Apesar do início desta campanha ocorrer hoje em Lisboa, prevê-se o alargamento da mesma a outras grandes cidades do país.

 

Fonte: Sic Notícias