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O primeiro ketchup surgiu no mercado americano no século XIX e a sua lista de ingredientes era surpreendentemente diferente da dos dias de hoje.

Era comum este molho ser considerado de pouca higiene e qualidade uma vez que era feito de sobras de tomate espessadas com casca de abóbora moída, restos de maçã após esta ser espremida para sumo, amido de milho e um corante vermelho berrante e enganador. Frequentemente, este molho era o ambiente ideal para bactérias, bolor e outros micróbios.

Foi então que no final do mesmo século, os produtores começaram a recorrer ao uso de conservantes químicos para abrandar a decomposição do ketchup engarrafado. No entanto, a real mudança, a invenção do ketchup moderno, ocorreu no século XX aquando da aliança improvável entre um dos mais ricos produtores de comida e um químico federal.

O uso indiferenciado de conservantes pouco estudados e respetivo impacto na saúde humana fizeram com que os produtores de comida se interessassem pelo desenvolvimento de novas soluções de conservação, livres deste tipo de químicos.

Assim, iniciou o estudo para o desenvolvimento de condimentos que apesar de inicialmente custoso, traria muitos benefícios em termos do prazo de validade e consequente tempo de prateleira do ketchup.

Foi então que, com o propósito de atingir uma concentração de ácido que criasse um ambiente hostil para bactérias, percebeu-se que era essencial o uso de tomates de alta qualidade e ricos em polpa dada a ocorrência natural de ácido péctico.

Esta descoberta, aliada ao uso do vinagre, permitiu a criação do molho de tomate que hoje conhecemos, tão saboroso e usado como tempero de várias refeições.

Fonte: National Geographic

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) realizou na passada semana, através da Unidade Regional do Sul, uma operação de fiscalização dirigida a estabelecimentos de restauração e bebidas localizados nos bairros históricos da cidade de Lisboa para verificação do cumprimento dos requisitos de Segurança Alimentar bem como outras regras disciplinadoras desta atividade económica.

Como resultado da ação foram fiscalizados 48 operadores económicos, incluindo estabelecimentos fixos e unidades amovíveis, vulgo roulotes, tendo sido instaurados dois processo crime, um por violação de denominação de origem protegida (DOP) em queijos e outro por bebida falsificada, bem como instaurados 26 processos de contraordenação destacando-se como principais infrações o incumprimento dos requisitos gerais e específicos de higiene, a falta ou deficiente implementação do HACCP, a falta de requisitos em géneros alimentícios, a falta de inviolabilidade de galheteiros (obrigatória no setor da restauração), entre outras.

Foi ainda determinada a suspensão parcial ou total da atividade de 7 restaurantes e 6 estabelecimentos amovíveis por se ter verificado o incumprimento dos requisitos de higiene obrigatórios.

 

Estas ações irão manter-se nos restantes bairros da capital Lisboeta, que acolhem os turistas que nos visitam, de forma a garantir a leal e sã concorrência entre os operadores económicos do setor, promovendo-se assim defesa do consumidor.

As ações dirigidas às unidades amovíveis foram realizadas em conjunto com a Polícia Municipal e Autoridade Tributária.

 

Fonte: ASAE

nió de Llauradors, organização que reúne os agricultores da Comunidade Valenciana, identificou a presença de produtos fitofarmacêuticos proibidos em laranjas importadas da África do Sul. Deste modo, apelou a suspensão da comercialização das mesmas dentro da União Europeia.

Um dos produtos encontrados foi o paraquat, herbicida que afeta os intestinos, os rins e o coração. Também foram descobertos vestígios de azinfos-metilo, uma substância proibida pela UE por ser um inseticida tóxico para os animais, como explica a notícia do jornal La Vanguardia sobre esta temática.

No entanto, a ASAE clarificou que as amostras oriundas da África do Sul apresentam “resultados conformes” e que apesar de “detectados múltiplos resíduos de pesticidas”, as substâncias estão dentro dos limites de segurança considerados legais para o consumo humano.

É importante continuar a investigar e acompanhar o assunto, salienta a entidade e, “caso considere necessário, desenvolverá outras ações com a inclusão de colheitas de amostras de citrinos com origem na África do Sul”.

Fonte: Observador

O fiambre de peru é um alimento perecível que deve ser mantido no frio e consumido assim que possível. A qualidade do produto pode rapidamente deteriorar-se pelo que é conveniente estar alerta para alguns fatores aquando da compra e conservação do fiambre de peru:

Tipo de fiambre

✓ Se optar por fiambre de peru pré-embalado, deve verificar o prazo de validade e ler o rótulo para confirmar as suas caraterísticas;

Temperatura

✓ Alimentos conservados no frio, como é o caso do fiambre, devem ser comprados em último lugar para evitar o aumento da temperatura;

✓ A temperatura de conservação deve manter-se entre 0ºC e 6ºC;

X Deve recusar produtos que abranjam outra gama de temperaturas, como sejam os fiambres que permanecem pousados na máquina de corte por longos períodos de tempo;

Tonalidade

✓ O fiambre não deve ser rosa acizentado intenso;

X A cor referida pode significar a adição excessiva de conservantes nocivos como é o caso dos nitritos;

Humidade

✓ O fiambre não deve exibir sinais de transpiração;

X Se o produto estiver inundado de água pode significar a adição excessiva de aditivos, nomeadamente fosfatos;

Embalagem

✓ O fiambre deve ser conservado no frigorífico dentro da própria embalagem ou dentro de uma caixa plástica fechada caso se trate de um produto a granel;

✓ A embalagem evita o contato com outros alimentos, o contágio por odores estranhos e minimiza a desidratação;

Se denotar que o fiambre de peru apresenta caraterísticas organoléticas pouco próprias tais como a formação de limo, cor esverdeada, cheiro desagradável e/ou sabor a acre deve evitar o seu consumo e imediatamente remover o produto do seu frigorífico.

Fonte: Deco Proteste

A estirpe Enterococcus faecium WEFA23 foi isolada de fezes de crianças chinesas e possuí interesse probiótico. O seu potencial anti-adesivo deriva das propriedades físico-químicas (hidrofobicidade, auto-agregação e co-agregação) associadas a sua superfície bacteriana.

Num estudo publicado no Jornal Canadiano de Microbiologia, foi investigada a atividade antagonista de E. faecium WEFA 23 no que se refere a adesão de patogéneos. Deste modo, a estirpe foi capaz de competir, excluir e deslocar a adesão de Escherichia coli O157:H7 , Salmonella Typhimurium ATCC 13311Listeria monocytogenes CMCC54007Staphylococcus aureusCMCC26003 e Shigella sonnei ATCC 25931 às células Caco-2, linhagem celular humana utilizada como modelo de barreira intestinal.

No caso de L. monocytogenes a capacidade anti-adesiva foi mais afetada pela temperatura elevada, densidade celular e fase de crescimento de E. faeciumWEFA23, sendo que o seu efeito máximo aconteceu aquando de uma densidade celular de 10^8 unidades formadoras de colónia (UFC) de células viáveis por mililitro em fase estacionária.

O isolamento das proteínas da camada-S de E. faecium WEFA23 e sua respetiva atividade foi também eficaz na redução da apoptose de células Caco-2 induzidas por L. monocytogenes.

 

Fonte: Canadian Journal of Microbiology

De acordo com o Regulamento (CE) n.° 178/2002, a qualquer género alimentício que se suspeite insegurança devem-se aplicar medidas adequadas, impondo restrições à sua colocação no mercado ou até exigir a sua retirada.

Assim, uma fórmula infantil de marca francesa, cuja produção ocorreu numa fábrica espanhola, retirou 16300 caixas do mercado devido a uma suspeita de surto de Salmonella. Quatro bebés adoeceram enquanto três casos continuam sob investigação.

A retirada é preventiva e nenhum alerta de saúde foi reportado. No entanto, a marca francesa procedeu à retirada dos seus produtos antes de obter os resultados finais das investigações a serem conduzidas em Espanha.

Fonte: Food Safety News

Os cientistas da Universidade de Cornell (EUA)desenvolveram um novo modelo de computador que permite a deteção, monotorização e previsão da presença de Listeria monocytogenes em unidades de processamento.

O modelo designa-se Environmental monitoring with an agent-based model of Listeria (EnABLe) e permite aos responsáveis de segurança alimentar testar a presença da referida bactéria em áreas selecionadas da sua organização. Deste modo, o modelo constitui uma importante ferramenta de prevenção no que se refere a contaminação alimentar.

É importante salientar que uma vez confirmado o seu sucesso, este modelo é passível de ser modificado e adaptado a uma variada gama de micróbios e respectivas localizações.

“O objectivo é construir uma ferramenta de suporte à decisão no controlo de patogéneos em ambientes complexos” refere Renata Ivanek, professora associada do Departamento de Medicina Populacional e Diagnóstico.

Para a estruturação deste sistema, toda a informação relevante incluindo perspectivas históricas, o parecer de especialistas, detalhes dos equipamentos usados, agendamento de limpezas, funções dos operários, materiais e pessoas que frequentam o espaço teve de ser acrescentada pelos seus criadores.

“Uma única pessoa pode não ser capaz de acompanhar tanta informação em simultâneo, este modelo, no entanto, permite com apenas um comando conhecer toda a distribuição de Listeria ao longo de uma semana e prever uma série de possíveis contaminações”, acrescenta Ivanek.

artigo que descreve o modelo referido foi publicado no passado dia 24 de Janeiro num volume da revista Scientific Reports, que faz parte do domínio da Nature. No estudo mencionado, EnABLe foi aplicado a uma unidade deprocessamento de salmão fumado com o propósito de mostrar a sua abordagem e validar a sua implementação.

O modelo EnABLe está disponível mediante pedido aos seus autores, tendo por base o programa de livre acesso NetLogo 6.0.

 

Fonte: Science Daily

Os robôs colaborativos estão entre as tendências mais interessantes para a automação de fábricas, contudo a falta de trabalhadores qualificados ameaça travar esta expansão.

Segundo um relatório recente da Federação Internacional de Robótica (IFR), o número de robôs industriais no mercado europeu pode ter aumentado cerca de 7% em 2018.

A IFR prevê que para o período de 2019-2021, a taxa de crescimento anual média seja de 10%. Apesar de a curto prazo o crescimento ser incerto e abrandado por flutuações económicas globais, a tendência geral para a robótica industrial continua positiva.

A entrada da robótica no mundo alimentar permitiu automatizar muitas linhas de produção, favorecendo a performance e lucro das empresas deste setor. No entanto, existem entraves à digitalização das mesmas.

Esta é a conclusão do inquérito CSB de 2018, destinado a gestores de empresas alimentares em diferentes países.

Na visão do setor alimentar, os fatores preponderantes que fazem recuar o domínio tecnológico são as exigências de um sistema de gestão integrado, cuja interface não é amiga do utilizador, assim como o pessoal não possuí ainda qualificação para lidar com este tipo de informatização dos dados e dos processos da organização.

Dito isto, apenas 17% dos inquiridos reconhecem os benefícios da digitalização. Entre eles, a integração da inteligência artificial e o uso do blockchain como novo standard de produção em rede, aproximando produtores e consumidores. Outros fatores relevantes são a capacidade de personalização da produção de modo custo-eficiente, incluindo a melhoria de processos já existentes, e a comunicação direta com os fornecedores.

O aumento dos requisitos na venda a retalho, a legislação internacional rígida e o aumento da procura de produtos frescos e de qualidade pelos consumidores são desafios que, alegadamente, a inovação digital pretende auxiliar a ultrapassar através da criação de ferramentas tecnológicas que permitam maior controlo sobre a rastreabilidade, por exemplo.

Assim, a solução passa por maximizar a oportunidade que a digitalização oferece através da contratação de serviços externos qualificados que possam dar suporte e orientação, adequando-se à dimensão e exigências da organização.

Fonte: TecnoAlimentar e Packaging Europe

A ocorrência de quatro casos de Peste Suína Africana (PSA)em javalis no sul da Bélgica, anunciada pelas autoridades oficiais a 14 de Setembro de 2018, veio alterar o perfil do risco associado à dispersão da doença, sobretudo na Europa.

A PSA é uma doença viral em porcos e javalis que é frequentemente mortal e para a qual não existe cura. Por esse motivo, acarreta consequências socioeconómicas graves para os países lesados, bem como afeta gravemente a saúde e qualidade de vida animal.

O vírus pode persistir vários meses no ambiente e nas carcaças dos animais. Além de que, numa perspetiva do consumo humano, a cura ou fumagem da carne de animais afetados pode não ser suficiente para destruir o vírus.

Apesar dos humanos não serem susceptíveis a esta doença, ajudam na disseminação da mesma através do contato direto com os animais, seja através da sua roupa ou de outro tipo de equipamento contaminado. O contágio também pode ser feito diretamente entre os porcos provenientes de áreas afetadas e através de uma alimentação à base de desperdícios alimentares (tal encontra-se regulado e proibido por Legislação EU desde 1980).

Porque os sinais da PSA nem sempre são claros, é fulcral estar alerta para alguma sintomatologia associada. Alguns dos sintomas são:

Sintomas:

• Febre;

• Fraqueza e relutância para permanecer em pé;

• Vómitos;

• Diarreia, por vezes, com sangue;

• Pele avermelhada/azulada, sobretudo na zona das orelhas e focinho;

• Tosse e dificuldade de respiração;

• Abortos;

Se detetar ou suspeitar de algum dos pontos acima referidos deve contactar imediatamente o seu veterinário oficial. É recomendável que não movimente os animais da área afetada, evitando o contato com o exterior. Além disto, deve rever a qualidade e proveniência das rações administradas, bem como mudar o seu vestuário com frequência.

Para visualizar o vídeo informativo sobre a PSA criado pela Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA), clique aqui.

 

Fonte: DGAV e EFSA

A população timorense enfrenta um gravíssimo problema ao nível da segurança alimentar e nutricional. Esta é a conclusão mais recente relativamente à Política Nacional de Segurança Alimentar, adotada em 2005 pelo primeiro governo constitucional.

 

As principais causas de insegurança identificadas foram a prática de agricultura de subsistência, a falta de fontes alternativas de rendimento e, assim uma falta de acesso a alimentos aliado a um fraco poder de compra. Estima-se que 30% dos timorenses enfrentam insegurança alimentar em todo o país.

A situação é particularmente grave em zonas como o enclave da Região Administrativa Especial de Oecusse-Ambeno (RAEOA) ou o município de Ermera, onde respetivamente 58% e 55% dos seus habitantes sofrem de insegurança grave crónica.

No que concerne à nutrição, Timor-Leste apresenta elevados índices de nanismoraquitismo entre crianças, bem como a maioria da população continua sem se alimentar adequadamente, de acordo com dados das Nações Unidas.

Neste sentido, foram estabelecidos alguns indicadores e meta-chaves para tentar colmatar os principais problemas até o ano de 2020. Entre eles, a diminuição da desnutrição e consequente promoção do crescimento, a redução do número de carências alimentares, o aumento sustentável do rendimento das pequenas produções, o aumento do consumo de peixe, o acesso à comida e, por fim, o combate à pobreza.

Se pretender aceder ao relatório completo, por favor, clique aqui.

Fonte: Observador