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A peste suína africana que levou ao abate de milhares de porcos na China, em 2018 e 2019, pode ter aberto portas à entrada do coronavírus SARS-CoV-2 na vida das pessoas, sugere um estudo em pré-publicação (que ainda não foi revisto por cientistas independentes) de uma equipa britânica e chinesa.

"As flutuações graves no mercado de carne suína antes de dezembro de 2019 podem ter aumentado a transmissão de patógenos zoonóticos [com origem nos animais], incluindo coronavírus relacionados com a síndrome respiratória aguda grave [SARS], de animais selvagens para humanos, de animais selvagens para o gado e de animais não-locais para animais locais”, escrevem os autores.

Quando a doença atinge os animais, a única solução é o abate. Considerando que a China é o maior produtor mundial de carne de porco e que esta é a principal fonte de carne da sua dieta, depois da crise de 2018, a população teve de procurar fontes alternativas, incluindo animais selvagens.

O contacto com os animais selvagens aumenta a probabilidade de os humanos serem infetados com novos vírus que podem, eventualmente, evoluir de forma a tornar-se transmissível entre humanos.

"O fornecimento de carne, cadeias de frio e redes de transporte de alta velocidade bem conectadas podem ter ajudado a manter a transmissão ao transportarem o SARS-CoV-2 até uma grande parte da população imunologicamente ingénua [que ainda não tinha tido contacto com o vírus]”, escrevem no artigo.

Para evitar que situações como a que vivemos atualmente voltem a acontecer, o ideal seria descobrir qual a origem do SARS-CoV-2, como evoluiu e como entrou em contacto com os humanos pela primeira vez. Esse era o objetivo da equipa da Organização Mundial de Saúde na China, mas até ao momento ainda não é possível ter certezas sobre a forma como o vírus chegou aos humanos.

Os investigadores receiam que a disseminação da peste suína africana no sudeste asiático pode ter as mesmas consequências no fornecimento de carne e abrir portas à disseminação de outros vírus comuns nos morcegos daquela região. “Estas condições possibilitam o aparecimento de umas nova pandemia de SARS-2.1 ou SARS-3.”

Fonte: Observador

 

É do conhecimento geral que o setor alimentar é responsável por grande parte das emissões de gases de efeito de estufa (GEE). Agora, um estudo pioneiro publicado na Nature, analisou a quantidade de emissões em todas as partes correspondentes ao setor, desde a produção, ao transporte, à energia gasta e ao desperdício.

É com base nesta investigação que a Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO) das Nações Unidas revela vários dados: Que o setor alimentar corresponde a mais de um terço das emissões de GEE, e que por ano, corresponde entre 11 a 19 mil milhões de emissões.

Os países que mais contribuem para a poluição neste setor são respetivamente, a China, a Indonésia, os Estados Unidos, o Brasil, a União Europeia e a Índia. Na Europa, este setor é responsável por 30% das emissões.

A produção dos alimentos corresponde à maior parcela de emissões, com 39% do total. Já o uso dos solos corresponde a 38% das emissões e a distribuição dos produtos alimentares corresponde a 29%.

“O metano (CH4) é responsável por cerca de 35% das emissões de GEE do sistema alimentar, praticamente o mesmo em países desenvolvidos e em desenvolvimento, e provém principalmente da pecuária e do cultivo de arroz”, explica a FAO.

O estudo revela ainda que as embalagens contribuem “com cerca de 5,4% das emissões globais do sistema alimentar, mais do que qualquer outro fator da cadeia de abastecimento, incluindo o transporte. No entanto, a intensidade das emissões varia notavelmente por produto”.

Para a presente investigação e para ajudar a mitigar estas emissões, a equipa desenvolveu o EDGAR-FOOD, o primeiro banco de dados a nível global que revela as emissões de todos os países em relação a este setor – desde a produção até à deposição dos resíduos. Esta ferramenta será essencial para monitorizar as emissões do sistema alimentar em todo o mundo e para impulsionar a criação de medidas que combatam a problemática.

Fonte: Greensavers

No mês de abril, decorre mais um período obrigatório de Declarações de Existências de Suínos (DES), conforme Aviso PCEDA (Plano de Controlo e Erradicação da Doença de Aujeszky), da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, publicado neste portal.

A declaração das existências de suínos poderá ser efetuada diretamente pelo produtor na Área Reservada do portal do IFAP, ou em qualquer departamento dos Serviços de Alimentação e Veterinária Regionais ou ainda nas organizações de agricultores protocoladas com o IFAP, através do Modelo 800/DGV desmaterializado.

Para o efeito, deverão ser seguidas as instruções constantes no Portal da DGAV.

Fonte: DGAV

Comunicado DGAV: Rinopnemonia equina

  • Thursday, 11 March 2021 12:46

A 24 de fevereiro 2021, foi notificado um foco de rinopneumonia equina (HVE-1) em Espanha. O foco foi confirmado pelo Laboratório Central Veterinário de Algete (Laboratório Nacional de Referência para As Doenças dos Equídeos), num centro equestre localizado no município de Godella (Valência), onde se realizou uma competição internacional de saltos a cavalo. Vários cavalos presentes no local do evento desenvolveram sintomatologia compatível com a doença, tendo sido confirmados vários casos.

A 3 de Março tivemos conhecimento de 4 casos em Portugal, sendo que apenas 1 deles apresentava a forma neurológica da doença (em recuperação), os restantes apenas apresentaram sinais clínicos referentes à forma respiratória (tosse e corrimento nasal, durante 3 a 4 dias). Nenhum destes animais esteve presente no evento de Valência.
 
A rinopneumonia equina é uma doença clínica dos equinos, altamente contagiosa, resultante da infeção por herpes vírus – 1 ( EHV-1) e herpes vírus – 4 (EHV-4), que afetam o aparelho respiratório superior e cuja gravidade depende da idade e do estado imunitário dos animais infetados. A infeção por herpes vírus – 1 ( EHV-1) pode causar complicações de maior gravidade tais como aborto, morte de potros recém-nascidos e alterações do sistema nervoso, podendo causar mieloencefalites.

Tal como outras herpesviroses, a infeção pode manter-se latente durante largos períodos de tempo, sendo reativada em situações de stress ou gestação. Podem também existir reinfeções múltiplas ao longo da vida dos animais, muitas vezes subclínicas. 

A doença não representa qualquer risco de saúde para os humanos.

Muitas vezes esta infeção respiratória está na origem do cancelamento de eventos desportivos de cavalos.

Neste contexto, é importante evitar o contacto entre cavalos de origens e proveniências diferentes, pelo que não se recomenda a circulação de equinos e a sua participação em eventos e competições durante este período, incluindo os animais vacinados.

A vacinação dos equinos é recomendada mas não garante total proteção contra a rinopneumonia equina, podendo no entanto reduzir o impacto da doença.

Embora não exista nenhuma vacina autorizada para esta doença em Portugal, não há qualquer impedimento, do ponto de vista sanitário, para a vacinação em território nacional contra a rinopneumonia equina, devendo para o efeito ser efetuado o pedido de autorização de utilização especial de medicamento veterinário de  acordo com o artigo 55º do Decreto-lei n.º 148/2008 de 29 de Julho alterado pelo Decreto-lei n.º 314/2009 de 28 de Outubro.

Para tal, deverá ser enviado para a DGAV o formulário específico para AUE (ver)

Fonte: DGAV

O período durante a pandemia em que população residente em Portugal percecionou a ameaça como mais baixa coincidiu com os primeiros casos de COVID-19 confirmados no país e com o único dia em que o país registou zero óbitos. Também no período de Natal se verificou baixa perceção de ameaça, potencialmente associada em parte à “sensação de segurança” nos encontros familiares e às consequências do longo período de esforço no mês(es) precedente(s), indicador de fadiga pandémica, que limita capacidades para se ser vigilante. O maior grau de ameaça avaliada verificou-se em janeiro de 2021, quando Portugal atravessou a mais grave situação epidemiológica desde o início da pandemia. 

Estes resultados mostram que para compreender oscilações nos comportamentos de prevenção de contágio durante a pandemia necessitamos de os estudar para compreender como diferentes pessoas em diferentes momentos, avaliam e respondem de forma diferente, às exigências colocadas pela pandemia. 

Estas são as principais conclusões do estudo “Um ano de pandemia aos olhos dos portugueses: Resultados da monitorização das suas perceções, emoções e inquietações, partilhadas nas redes sociais”, realizado entre janeiro de 2020 e janeiro de 2021, com base na análise de mais de 120 mil comentários públicos de utilizadores de redes sociais, em resposta a publicações sobre a COVID-19 emitidas pela Direcção-Geral da Saúde e por sete meios de comunicação social nacionais. 

As principais conclusões são agora apresentadas pelo Centro de Investigação do Bem-Estar Psicológico, Familiar e Social (CRC-W) da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa, antecipando um relatório detalhado sobre estas perceções, que deverá ser publicado em formato de livro em maio.

O estudo foi desenvolvido no âmbito do projeto ResiliScence 4 COVID-19, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e coordenado por Rui Gaspar, Docente e Investigador do Católica Research Centre for Psychological, Family and Social Wellbeing, em parceria com a Direção-Geral da Saúde, o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, a Ordem dos Psicólogos Portugueses e o ISPA-Instituto Universitário.

Globalmente, o nível de ameaça sentido pela população residente em Portugal ao longo da pandemia tendeu a refletir a situação epidemiológica (novas infeções e óbitos) a cada momento, mas houve períodos em que isso não aconteceu, devido a incerteza/desconfiança face à gravidade dos números comunicados. Também se registaram perceções de um elevado grau de ameaça quando os números não o evidenciavam, o que coincidiu com as preocupações relacionadas com o início do ano letivo.

Nas exigências específicas expressadas pelos cidadãos, indicadores de esforço foram sempre predominantes face ao perigo e incerteza existentes na situação, o que confirma que a atual crise de saúde se tornou crónica, predominando a denominada “fadiga pandémica”.

Como evidência de uma sociedade resiliente, após cada “período de crise”, em que a ameaça percebida aumentou consistentemente até atingir o pico, foi verificado um “período de restauração”, onde a ameaça percebida diminuiu consistentemente, atingindo os níveis médios do ciclo anterior.

Estes resultados podem indicar resiliência social e individual, indicando que após cada crise existe recuperação. Servem também como alerta, dado que a repetição de vários ciclos de crise-recuperação pode levar a um incremento de fadiga pandémica e consequente maior tempo de recuperação após cada período de crise, caso não sejam providenciados recursos sociais e pessoais aos cidadãos, que tornem a recuperação mais eficaz.

O estudo centrou-se na análise do comportamento humano como fator central na evolução da pandemia, devendo estar no centro das estratégias de combate à atual mas também a futuras crises de saúde pública.

Para incrementar a adesão dos cidadãos às diferentes recomendações de comportamentos de prevenção de contágio emitidas pelas autoridades de saúde, importa compreender os fatores que podem influenciá-la, nomeadamente como os cidadãos respondem a uma crise de saúde pública e socioeconómica, como a que carateriza a atual pandemia, e como estes avaliam os acontecimentos ao longo do tempo. Entre os quais destacam-se, por exemplo, as primeiras notícias vindas da China, a entrada do vírus na Europa e as consequências na emergência de preconceito e racismo, as exigências do 1º confinamento e a esperança no futuro durante o 1º desconfinamento, o aparente “normal” no verão e a perceção de risco no regresso à escola, a constatação do “não normal” em outubro/novembro e o aparente relaxamento do “efeito Natal”, seguido da perceção de perigo extremo associado ao maior grau de ameaça percecionada em Portugal desde o início da pandemia.

Esta avaliação pode ser analisada ao longo do tempo, com base em indicadores de como as pessoas percecionaram as exigências colocadas pela pandemia (perigo; esforço; incerteza) e os recursos de que dispunham para lidar com ela (conhecimento e habilidades; disposições; suporte externo).

Para este fim, foram avaliados um conjunto de indicadores de perceção de risco (para a saúde pública, social, económico e saúde psicológica), em 87 períodos de monitorização, de 4 em 4 dias, desde janeiro de 2020 a janeiro de 2021. Foram analisados 120.267 comentários públicos de utilizadores de redes sociais, em resposta a publicações sobre COVID-19 emitidas pela Direcção-Geral da Saúde de Portugal e por sete meios de comunicação social nacionais (Expresso, TVI24, RTP3, SIC Notícias, Correio da Manhã, Público e Observador), com vista a providenciar recomendações para uma eficaz comunicação de risco e comunicação de crise e mobilização social.

Fonte: DGS

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) instaurou dois processos de contra-ordenação no concelho de Estremoz.

De acordo com a  informação avançada na página oficial da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) as contraordenações foram instaurados 2 processos de contraordenação, em retalhistas, por: "infrações relativas à falta de fornecimento pelo fornecedor de bens ou prestador de serviços de todos os elementos necessários relativamente ao livro de reclamações; falta de dístico da proibição de fumar; falta de horário de funcionamento; e falta de livro de reclamações."

Fonte: Radio Campanário

O setor automóvel é responsável por uma grande parte das emissões de gases poluentes para a atmosfera. Nas cidades, devido à grande concentração de população e de veículos, é possível observar o acumular de todos estes gases nos indicadores de qualidade do ar, que geralmente marcam valores muito altos de concentração.

Um novo estudo do Observador Cetelem Automóvel 2021 entrevistou pessoas de 15 países diferentes, entre eles Portugal, chegou à conclusão que a consciência ambiental e a sensibilização para as alterações climáticas gerou uma mudança no pensamento das populações face a este setor.

Portugal foi o segundo país com a percentagem mais alta (83%) em que os inquiridos concordaram com as críticas ambientais ao setor automóvel, sendo apenas ultrapassado pelo Brasil. Em todos os 15 países inquiridos este valor é superior a 50%. Mesmo nos Estados Unidos, com o conturbado quadro político sobre o ambiente, esta opinião é partilhada por 68%.

Porém, a Bélgica, a França e a Alemanha distinguem-se como os países menos críticos nesta vertente. A Cetelem justifica esta situação como uma “expressão de uma forma de maturidade no julgamento”, explicando que a “crítica faz agora parte da opinião pública, como se fosse óbvia, e os debates contraditórios levaram a que surgissem pontos de vista opostos que vieram moderá-la”.

Relativamente aos veículos mais poluentes, 80% considera que devem existir limitações de dióxido de carbono (CO2), 63% que devem impor-se limitações à cilindrada e 62% que os impostos para esses veículos devem aumentar.

Em comparação a outros setores, como a construção, o da energia e o da agricultura, grande parte dos inquiridos consideram que o do automóvel continua a ser o mais criticado. Partilham desta opinião 53% dos portugueses, 59% dos italianos e 63% dos espanhóis.

Fonte: Greensavers

A IACA – Associação Portuguesa dos Industriais dos Alimentos Compostos para Animais promove nos dias 10 e 11 de março, às 14h00 um webinar que analisa o mercado ibérico dos alimentos para animais após um ano de pandemia. O evento dá um destaque especial, no dia 11, ao acesso das empresas a cereais e a proteína no mercado mundial de matérias-primasprodutos que têm vindo a sofrer aumentos relevantes no último ano. As empresas portuguesas de alimentação animal têm sido especialmente impactadas com o aumento dos preços do milho, trigo, cevada e oleaginosas, como a soja, e seus derivados. As subidas na ordem dos 35 a 40% em particular no último trimestre de 2020 e a previsão da manutenção desta tendência altista faz com que os industriais estejam preocupados e antevejam uma subida dos preços da alimentação no consumidor em Portugal já em 2021, por efeito da transmissão das referidas subidas nos vários agentes económicos a jusante.

webinar acontece numa altura em que o Índice de Preços da Alimentação da FAO, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, regista um aumento pelo nono mês consecutivo, atingindo uma média de 116 pontos, o nível mais alto desde julho de 2014. Contribuem para esta tendência e afetam diretamente a produção portuguesa de alimentação animal o aumento do preço das oleaginosas e de cereais, matérias-primas que registam, segundo a avaliação da mesma entidade, uma subida de 42,3% face ao período homólogo em janeiro de 2020 impulsionada pela forte procura da China. A China é, aliás, apontada como um dos principais responsáveis pelo aumento generalizado dos preços devido à compra de grandes quantidades de várias matérias-primas, entre as quais se encontram o milho e a soja, não só para acumular stocks para o médio e longo prazo, mas também para satisfazer as produções de suínos e frangos, no curto prazo.

Para apoiar a compreensão destas questões o evento conta com a participação de Emily French, representante da consultora Global Agprotein que apresenta a “Situação e perspetivas do mercado mundial dos cereais” e de Dave Hightower, representante da consultora Hartfield Trading Partners que aborda “A Situação e perspetivas do mercado mundial da proteína”. A destacar, ainda, a participação de José Romão Braz, Presidente da IACA, e de Fernando Antunez, Presidente da congénere espanhola que, respetivamente, analisam a situação atual do setor em Portugal e em Espanha e perspetivam a evolução dos mercados no período pós-Covid- 19.

O webinar é, ainda, momento para a análise do trabalho das empresas de alimentação animal rumo à sustentabilidade. Pedro Cordero, representante da FEFAC – Federação dos Fabricantes Europeus de Alimentos Compostos para Animais – aborda as características do Guia FEFAC 2021 para a aquisição de soja responsável. Também acerca de sustentabilidade, Janjoris Van Diepen, representante da Blonk Consultants, apresenta a análise sobre a Pegada Ecológica da Soja proveniente dos Estados Unidos da América (EUA), e Brent Babb, representante da USSEC, apresenta a soja dos EUA como uma solução para as exigências do mercado europeu. Erik Norland, representante da CME Group, a empresa americana de mercados globais, encerra a reunião com uma “Visão Geral da Situação Económica Mundial”.

Face ao contexto e numa antevisão das principais questões a discutir no webinar, José Romão Braz, Presidente da IACA, afirma “É importante percebermos que um país dependente de importações de cereais e oleaginosas, como o nosso, é naturalmente vulnerável, e fica mais exposto nestas alturas. A pandemia e as perspetivas de médio/longo prazo para a procura de matérias-primas obrigam-nos a pensar na questão da food security, isto é, na segurança do abastecimento alimentar à população, que decorre, naturalmente, das condições dos operadores para a produzirem. Atualmente essas condições estão cada vez mais exigentes e isso, claramente, vai refletir-se no preço da alimentação no consumidor final”.

Jaime Piçarra, Secretário-Geral da mesma entidade diz “é importante que no atual contexto de pandemia e tendo em conta o aumento persistente do custo das matérias-primas, a estratégia para a sustentabilidade ambiental do Velho Continente e os instrumentos europeus de recuperação, prevejam apoios efetivos às empresas para fazerem a transição para uma economia verde. Isso será, de facto, não deixar ninguém para trás.”

Fonte: Agroportal

Eurodeputados aprovam o programa UE pela Saúde para o período de 2021 a 2027, que visa preparar melhor os sistemas de saúde da União Europeia para futuras ameaças sanitárias e pandemias.

O novo programa UE pela Saúde irá intervir em domínios nos quais a União Europeia pode oferecer um claro benefício, complementando assim as políticas dos Estados-membros. O principal objetivo da iniciativa é reforçar os sistemas de saúde, ajudando os países a coordenar-se entre si e a partilhar dados, bem como tornar os medicamentos e os dispositivos médicos mais disponíveis, acessíveis e baratos.

Combater mais eficazmente as ameaças sanitárias transfronteiriças

Com o objetivo de aumentar a resiliência dos sistemas de saúde, o Programa UE pela Saúde irá prepará-los melhor para grandes ameaças sanitárias transfronteiriças. Tal deverá permitir à União Europeia enfrentar futuras epidemias e fazer face a desafios de longo prazo, como o envelhecimento da população e as desigualdades no domínio da saúde.

A iniciativa apoiará também ações relacionadas com a saúde em linha e a criação do espaço europeu de dados de saúde. Ajudará, ainda, a promover o acesso a cuidados de saúde de qualidade, incluindo os cuidados de saúde sexual e reprodutiva, a melhorar a saúde mental e a acelerar a luta contra o cancro.

Durante o debate na sessão plenária de terça-feira, os eurodeputados destacaram o papel fundamental que o novo programa vai desempenhar na luta contra as desigualdades na saúde, tanto entre os Estados-membros como entre os diferentes grupos sociais. Os parlamentares saudaram a criação de uma reserva de pessoal médico e de o apoio que podem ser mobilizados em caso de crise de saúde, assim como a criação de uma reserva europeia de material e equipamento médico essencial, que complementa o trabalho que está a ser efetuado sob programa rescUE.

Próximos passos

Após a aprovação final do Conselho, o regulamento entrará em vigor no dia seguinte à sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia. As novas regras serão aplicáveis com efeitos retroativos, a partir de 1 de janeiro de 2021.

Contexto

Em maio de 2020, em resposta à crise da COVID-19, a Comissão Europeia apresentou o novo programa autónomo UE pela Saúde para o período 2021-2027. A iniciativa visa ajudar os países europeus a se prepararem melhor para grandes ameaças sanitárias transfronteiriças e tornar os sistemas nacionais de saúde mais resilientes. O Parlamento e o Conselho alcançaram um compromisso em 14 de dezembro de 2020.

Fonte: Parlamento Europeu

Os preços mundiais dos produtos alimentares subiram em fevereiro, pelo nono mês consecutivo, com destaque para o açúcar e os óleos vegetais, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Especificamente, o índice de preços de alimentos da FAO registou, em média, 116 pontos, ou seja, 2,4% a mais que em janeiro e 26,5% a mais do que há um ano.

Assim, o índice de preços do açúcar subiu 6,4% em relação a janeiro, devido à queda de produção em alguns dos principais países produtores e a forte demanda por importações da Ásia suscitaram preocupações, que permanecem, sobre a redução da oferta mundial. As expectativas de uma recuperação na produção na Tailândia e uma safra abundante na Índia vão moderar o aumento.

Por sua vez, o índice de preços dos óleos vegetais aumentou 6,2%, atingindo o seu maior nível desde abril de 2012. Os preços dos óleos de palma, soja, colza e girassol subiram.

Da mesma forma, o índice de preços dos produtos lácteos aumentou 1,7%, impulsionado pelos preços internacionais de exportação da manteiga, sustentados por grandes importações da China e oferta limitada na Europa Ocidental. Os preços dos queijos caíram, em parte devido aos stocks abundantes nos Estados Unidos da América.

Já o índice de preços dos cereais foi em média 1,2% superior ao de janeiro. Os preços do sorgo aumentaram 17,4% durante o mês, impulsionados pela forte demanda contínua da China. Os preços internacionais de milho, trigo e arroz mantiveram-se estáveis ​​ou subiram ligeiramente.

Por último, o índice de preços da carne aumentou 0,6%, impulsionado pela limitação da oferta de carne bovina e ovina em importantes regiões produtoras. Por outro lado, os preços da carne suína caíram devido à redução das compras da China, num contexto de forte excesso de oferta, e aumento da produção suína sem saída para o mercado na Alemanha devido à manutenção da proibição das exportação para os mercados asiáticos.

Fonte: Grande Consumo