Pelo menos um bebé, em Espanha, contraiu salmonelose devido à ingestão de leite em pó contaminado de uma marca francesa. A confirmação foi dada pelo Instituto de Pasteur de Paris.
A fundação, escreve o jornal La Vaguardia, suspeita também de um outro caso de um bebé contaminado com salmonela, na Grécia, sendo que este ainda não foi confirmado.
O bebé contaminado foi tratado no hospital de Cruces (Barcaldo) de onde recebeu alta, dado que não apresentava um quadro clínico grave, conforme informaram fontes do ministério da Saúde.
França detetou em dezembro que vários lotes de leite em pó da empresa em questão estavam contaminados e ordenou a sua retirada do mercado, embora não tenha sido imediatamente interrompida a comercialização.
Antes da ordem da retirada do leite contaminado, em França, 18 crianças foram hospitalizadas.
A marca exporta para 66 países, incluindo 12 países da UE. Portugal não será um deles, uma vez que, segundo a SIC, a ASAE não recebeu qualquer aviso sobre o produto em causa.
Fonte: Notícias ao Minuto
O Governo elaborou um diploma para prevenir surtos de infeção causados pela bactéria Legionella, como os de Vila Franca de Xira e Lisboa, que prevê auditorias trianuais e sanções acima dos 40 mil euros em caso de incumprimento.
O diploma, uma proposta de lei elaborada pelos ministérios do Ambiente e da Saúde, será submetido a aprovação do Conselho de Ministros na próxima semana, adiantou o ministro aos jornalistas, no final da conferência.
Depois de aprovada, a proposta de lei será remetida ao parlamento para que possa ser apreciada em conjunto com outras iniciativas legislativas, apresentadas por partidos políticos, e que baixaram à especialidade.
A ideia, segundo João Matos Fernandes, é ter uma nova legislação que reúna os contributos de Governo e partidos.
Justificando a iniciativa do Governo, o ministro do Ambiente disse aos jornalistas que o diploma assume que "a Legionella não é um agente poluidor", mas "uma bactéria que provoca uma doença", uma infeção respiratória conhecida como Doença dos Legionários.
Assim sendo, de acordo com João Matos Fernandes, tem de haver "uma legislação própria" que defina "as obrigações de cada um", nomeadamente em termos de garantia da qualidade do ar interior e exterior, e um "regime sancionatório diferente" para punir os incumprimentos.
A proposta de lei determina obrigações e sanções diferenciadas consoante o grau de risco de propagação da bactéria e de infeção e as características dos equipamentos, como torres de arrefecimento de sistemas de climatização, sendo aplicável "a todos os setores de atividade públicos e privados", incluindo fábricas, escritórios, centros comerciais, hospitais, escolas e hotéis.
O registo obrigatório das torres de refrigeração, um dos potenciais focos de disseminação da bactéria, terá de ser feito numa plataforma digital a ser criada para esse efeito.
A falta de registo de uma torre de refrigeração ou a ausência de realização de auditorias pode levar a uma sanção até 44.890 euros, precisou o ministro do Ambiente na conferência "Legionellosis - Gestão de Risco em Sistemas de Água dos Edifícios".
A obrigatoriedade da realização de auditorias trianuais e do registo das torres de refrigeração, assim como a elaboração de uma análise de risco e de um plano de prevenção e controlo da Legionella, com medidas de monitorização, manutenção e limpeza, aplica-se aos operadores de equipamentos com maior perigo de propagação da bactéria.
Nestes equipamentos estão incluídos, além das torres de refrigeração, sistemas que usam água para fins terapêuticos ou recreativos, como as termas e as piscinas.
Para os sistemas de rega ou fontes ornamentais, que apresentam menor perigo de disseminação da bactéria, é exigida uma medida mais suave, a realização de um programa de manutenção e limpeza. O seu incumprimento é punido com uma sanção até 20 mil euros.
Caberá a várias entidades, como as inspeções de Saúde e do Ambiente, a Autoridade para as Condições do Trabalho e a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, fiscalizar o cumprimento das obrigações.
A Legionella é uma bactéria responsável pela Doença dos Legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia.
A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até dez dias.
A infeção pode ser contraída por via respiratória, através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada. Apesar de grave, a infeção tem tratamento efetivo.
Em novembro de 2014, o concelho de Vila Franca de Xira, no distrito de Lisboa, foi afetado por um surto de infeção pela Legionella, que causou 12 mortes e atingiu 375 pessoas.
Mais recentemente, em novembro de 2017, um outro surto chegou ao Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, afetando 56 pessoas, das quais seis morreram.
Fonte: TSF
Mais de 15 toneladas de alimentos foram apreendidas pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) num entreposto ilegal que armazenava produtos no concelho de Leiria.
Em comunicado divulgado, este sábado, a ASAE refere que a ação de fiscalização foi realizada durante a última semana e que a atividade do entreposto foi suspensa e instaurado um processo de contraordenação.
Ascende a 56 mil euros o valor dos produtos apreendidos, incluindo queijos, carnes de bovino, suíno e frango, produtos de pesca e pratos pré-cozinhados, como rissóis e pastéis de bacalhau.
Este entreposto, que ficou com atividade suspensa, armazenava produtos a temperatura controlada, mas sem que tivessem sido feitas as respetivas vistorias e sem a autorização necessária das autoridades.
Fonte: Rádio Renascença
A peregrinação é caraterizada como uma viagem (no caso europeu e em Portugal, muitas vezes a pé) realizada por um devoto de uma determinada religião a um lugar considerado pela mesma como sagrado. A realização de peregrinações como atividade espiritual é uma prática comum a muitas religiões. No entanto, este tempo espiritual não é realizado em pleno se não existir, paralelamente, um tempo para cuidar do corpo e da saúde. Neste sentido, a Direção-Geral da Saúde atenta aos milhares de peregrinos que todos os anos se fazem à estrada e também a todos aqueles que empreendem longas caminhadas como forma de lazer e de prática de atividade física ao longo de todo o ano, não poderia deixar de estar atenta a tão importante fenómeno religioso e social, e menos ainda, de criar um conjunto de orientações simples que permitam realizar estas atividades com segurança e saúde.
A alimentação adequada é decisiva para a superação dos desafios proporcionados pelas peregrinações. Sem alguns cuidados básicos de alimentação, os percursos podem tornar-se mais penosos, colocar em risco a saúde do peregrino e até eliminar eventuais benefícios para a saúde desta atividade.
Pode consultar o manual aqui .
Fonte: Nutrimento
Um pequeno filme para ajudar a compreender a história da nutrição em Portugal.
Fonte: Nutrimento
Numa ação de fiscalização a estabelecimentos, polícias da Esquadra de Intervenção e Fiscalização Policial de Vila Real procederam à apreensão de embalagens de bolos (donuts e queques), num restaurante da cidade, que se encontravam expostas para venda, com o prazo de validade expirado.
O responsável do estabelecimento foi identificado e os bolos apreendidos, o auto de contraordenação vai ser enviado à Autoridade de Saúde Alimentar e Económica (ASAE), para instrução do processo.
De referir que o estabelecimento em causa, se encontra relativamente perto de uma escola, e por esse facto, vários alunos deslocam-se com frequência ao mesmo, para aquisição deste tipo de produtos.
Fonte: A Voz de Trás os Montes
Investigadores da Universidade do Porto concluíram num estudo que os adolescentes portugueses têm baixos níveis vitamina D, um micronutriente que desempenha “um papel central no metabolismo do cálcio e no crescimento ósseo”.
“Até ao momento, foram publicados dois artigos, cujos resultados apontam para baixos níveis de vitamina D, nesta população, tendo-se concluído que os jovens com maiores níveis deste micronutriente no sangue têm menores valores de colesterol”, explicam os investigadores do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) e da Faculdade de Medicina da U.Porto (FMUP).
Com estes estudos, “fazemos um retrato do estado da vitamina D em adolescentes portugueses. Na adolescência, a vitamina D desempenha um papel central no metabolismo do cálcio e no crescimento ósseo, funções que são essenciais para os adolescentes. Esta fase é também particularmente importante, porque é um período sensível para o despoletar de um perfil de risco cardiovascular, cujas manifestações se detetam mais tarde na vida”, salientam, em comunicado.
As investigações avaliaram adolescentes pertencentes à coorte EPITeen, um estudo longitudinal que arrancou em 2003 com o objetivo de compreender como os hábitos e os comportamentos adquiridos na adolescência se refletem na saúde do adulto.
Os jovens foram avaliados aos 13 anos de idade, nas escolas públicas e privadas da cidade do Porto, tendo sido analisadas a vitamina D ingerida (obtida a partir da alimentação), através de um questionário de frequência alimentar, e a vitamina D sérica, quantificando os níveis de 25-hidroxivitamina D nas amostras de sangue.
Os investigadores referem que um número crescente de estudos tem sugerido uma relação entre a falta de vitamina D no organismo e o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, osteoporose, diabetes, cancro e várias patologias autoimunes, o que tem suscitado o interesse pelo estudo deste micronutriente.
Maria Cabral, primeira autora da investigação, explica que “existem duas fontes principais de vitamina D: a que advém da exposição à luz solar e a que provém da vitamina D ingerida (obtida a partir da dieta)”.
A produção interna deste micronutriente depende de fatores como a idade, a pigmentação da pele, a exposição ao sol, a estação do ano e a latitude.
“Além do mais, em regiões com latitudes superiores a 40 graus Norte, a síntese cutânea de vitamina D pode não ser suficiente, sobretudo durante o período do inverno, em que existe menos luz solar. Neste contexto, a contribuição dos alimentos ricos neste micronutriente poderá ser importante para ajudar a manter níveis de vitamina D saudáveis”, alerta Maria Cabral.
A este propósito, o estudo designado Relationship between dietary vitamin D and serum 25-hydroxyvitamin D levels in portuguese adolescents, publicado na revista “Public Health Nutrition”, revela que “há uma relação entre o que é ingerido e os níveis de vitamina D no sangue, suportando que o aumento das fontes alimentares de vitamina D pode ser benéfico para elevar também os níveis da vitamina D sérica (obtida a partir da dieta e da síntese cutânea)”, refere a investigadora.
Assim, aumentar a ingestão de alimentos ricos nesta vitamina como o pescado, poderá ajudar a combater os baixos níveis de vitamina D sérica dos jovens portugueses.
Já no artigo intitulado Vitamin D levels and cardiometabolic risk factors in Portuguese adolescents, e publicado no “International Journal of Cardiology”, os investigadores concluíram que os jovens que tinham mais vitamina D no organismo apresentavam menores níveis de colesterol.
Fonte: Dnotícias.pt
Dados da associação Alimenta revelam que, só entre as crianças, a incidência de alergias cresceu cerca de 50%.
O número de pessoas com alergias alimentares em Portugal aumentou cerca de 18% na última década. No caso das crianças, o aumento é de aproximadamente 50%, revelam os dados fornecidos ao CM pela Alimenta - Associação Portuguesa de Alergias e Intolerâncias Alimentares.
Atualmente, e "por comparação internacional, estima-se que cerca de 8% das crianças e 4% dos adultos sofram de alergias alimentares", explica Ana Lúcia Silva, nutricionista do Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa, em Lisboa, e vice-presidente da Alimenta.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, as "alergias alimentares são reações adversas desencadeadas por alimentos, mais concretamente pelas proteínas alimentares, designadas de alergénios. Estão associadas a mecanismos de resposta imunológicos".
Na prática, "o sistema imunológico reconhece erradamente um alimento como se de um agente agressor ao organismo se tratasse", explica a nutricionista.
Os sintomas podem levar entre alguns minutos até duas horas após a ingestão do alimento a manifestarem-se, causando reações cutâneas, respiratórias, gastrointestinais e cardiovasculares. A anafilaxia é a manifestação alérgica mais grave, que pode resultar em dificuldade respiratória, perda de consciência ou mesmo morte, se não for imediatamente tratada.
"Reação grave aos 4 meses"
Marlene Pequenão, 39 anos, descobriu que o filho, Pedro, de seis, era alérgico às proteínas do leite de vaca quando este tinha quatro meses, depois de ter feito uma "reação alérgica grave a uma papa".
Os pais foram apanhados de surpresa porque não havia nenhum caso de alergias alimentares na família. "Tivemos de suprimir praticamente tudo o que tenha proteínas do leite de vaca, lemos sempre os rótulos, acautelamos questões como a contaminação cruzada e andamos sempre com um kit de emergência", explica a mãe do menino.
Alergia ao marisco é comum
Entre os alimentos que mais alergias alimentares causam estão "o leite de vaca, o ovo, o amendoim e frutos secos de casca rija, o peixe, o marisco, o trigo e a soja. Estes alimentos são responsáveis por aproximadamente 90% das reações alérgicas", afirma a nutricionista Ana Lúcia Silva.
A resposta alérgica varia consoante a quantidade ingerida/contactada, porque "pode ser desencadeada por vapores ou migalhas", podendo ainda por vezes existir uma alergia a um alimento e não a outros dentro do mesmo grupo alimentar.
"É possível uma pessoa ser alérgica a leite e não a iogurtes ou outros derivados, ou ainda a um animal e não a outros, como ao leite de vaca e não ao leite de cabra ou ovelha", esclarece Ana Lúcia Silva, acrescentando que "alguns produtos que sofreram a ação do calor podem deixar de provocar a resposta alérgica".
A abordagem terapêutica passa pela prevenção e tratamento das reações. A adrenalina/epinefrina subcutânea autoinjetável é aplicada no tratamento de emergência, em situações de anafilaxia.
A leitura dos rótulos dos produtos alimentares "é fundamental e aconselha-se a conhecer todas as designações do alergénio alimentar", diz a nutricionista Ana Lúcia Silva. Segundo a especialista, a população deve ter especial cuidado, em caso de alergia ou intolerância, na forma como as refeições são preparadas em contexto não familiar. Pode haver uma manifestação alérgica devido à contaminação cruzada.
"Aparecem em todas as idades"
Ana Lúcia Silva - Vice-presidente da associação Alimenta
CM - Em que idade aparecem as alergias alimentares?
Ana Lúcia Silva – É mais comum aparecerem na infância, dada a imaturidade imunológica da barreira intestinal. Mas podem aparecer em todas as idades.
– A história familiar é uma das causas para o aparecimento das alergias?
– Os mecanismos que desencadeiam as respostas adversas não estão totalmente esclarecidos. As características da flora intestinal, introdução precoce de alimentos e imaturidade gastrointestinal na criança são fatores determinantes no que diz respeito às causas das alergias alimentares, tal como a genética.
Fonte: ANILACT
Consumir alguns tipos de açúcar pode afetar drasticamente as funções do cérebro, segundo cientistas neozelandeses que descobriram novas provas sobre os malefícios do "coma de açúcar".
Cientistas da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, decidiram estudar de que forma o açúcar em excesso no organismo pode afetar as capacidades cognitivas, para além dos malefícios óbvios e amplamente conhecidos: como o aumento do risco de obesidade, diabetes e de várias outras doenças.
Dessa forma, os cientistas testaram três tipos de açúcar em 49 pessoas: sacarose, glicose e frutose (açúcar da fruta) e ainda adoçante artificial.
Os voluntários submeteram-se a testes simples de aritmética e os que tinham ingerido sacarose e glicose foram os que, surpreendentemente, obtiveram os piores resultados.
"O nosso estudo revela que o "coma de açúcar" é um fenómeno que existe realmente, quando o nível de atenção diminui logo após a ingestão de glicose", comenta a autora da investigação, Mei Peng.
O estudo foi publicado na revista Physiology & Behaviour.
"São precisos mais estudos para quantificar como diferentes regiões do cérebro se alteram após a ingestão de açúcar", acrescenta a cientista.
Fonte: ANILACT
Um artigo publicado recentemente no periódico científico "Scientific Reports" mostrou que alimentar-se de peixe pode ser um dos fatores por trás de uma boa noite de sono.
O estudo conduzido por pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, foi realizado com crianças chinesas e apresentou a existência de uma correlação entre o consumo regular de peixes e um sono de boa qualidade, resultado atribuído à substância ómega 3, presente em abundância nos peixes.
Os cientistas mostraram que em decorrência do melhor descanso, essas crianças apresentaram melhor desempenho em testes de raciocínio lógico.
Já se conhecia, por meio de modelos animais, a participação do ómega 3 no desenvolvimento da inteligência ao nível molecular; faltava, porém, entender de que maneira a substância melhorava a performance cognitiva.
De acordo com o artigo, essa associação pode ser mediada por um sono de boa qualidade.
Participaram do estudo 541 crianças chinesas em idade escolar, acompanhadas durante três anos.
Os pesquisadores solicitaram às crianças, dos 9 aos 11 anos, para descreverem seus hábitos alimentares, incluindo a frequência com que consumiam peixe. Os pais das crianças, por sua vez, foram entrevistados acerca dos padrões de sono de seus filhos.
Os cientistas então aplicaram testes de raciocínio lógico quando as crianças completaram 12 anos.
Eles encontraram uma ligação entre o consumo regular de peixe e uma noite de sono de boa qualidade, o que estaria por trás de um melhor desempenho em testes de raciocínio.
Segundo os pesquisadores, embora o estudo tenha sido feito com crianças, é razoável imaginar que os resultados também se verifiquem em adultos.
De acordo com os autores da pesquisa, consumir peixe uma vez por semana já seria suficiente para melhorar as funções cerebrais e, sobretudo, ter um bom descanso durante a noite.
Fonte: Página3
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