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A DGAV informa que foi feita a atualização das Zonas Demarcadas para Epitrix, divulgada através do Ofício Circular n.º 44/2018.

Esta atualização tem implicações imediatas nos movimentos de batata para fora das novas zonas demarcadas com destino a zonas isentas do inseto, aplicando-se as medidas de emergência fitossanitárias da legislação em vigor.

Fonte: DGAV

Desconhecidas para a maioria dos consumidores e também para muitos profissionais de saúde, as castanhas são um verdadeiro tesouro do ponto de vista nutricional.

Dez castanhas assadas (84g) fornecem apenas 2g de gordura mas 17% da quantidade de fibra necessária diariamente e estão isentas de glutén, podendo substituir os cereais com glúten, fornecendo energia de qualidade para os doentes celíacos, por exemplo.

É uma fonte de nutrientes, nomeadamente vitaminas, minerais e compostos químicos protetores das células. Das vitaminas presentes na castanha é de realçar a vitamina C, vitamina B6 e ácido fólico. Quanto aos minerais, a castanha fornece cálcio, ferro, magnésio, potássio, fósforo, zinco, cobre, manganésio e selénio. Possui ainda diferentes fitoquímicos, nomeadamente, luteína e zeaxantina, e diversos compostos fenólicos que são importantes antioxidantes e protetores celulares.

A castanha é constituída maioritariamente por hidratos de carbono, dos quais se destacam quantidades apreciáveis de amiloses e amilopectinas. Estes polissacarídeos permitem o desenvolvimento da flora intestinal e a produção de ácidos gordos de cadeia curta. Para além disso, as substâncias indigeríveis (fibra) estimulam a presença de bactérias probióticas (Bifidobacterium e Lactobacillus) benéficas no intestino, contribuindo também para a regulação dos níveis de colesterol e da resposta de insulina. Quando comparada com frutos secos, a castanha apresenta menor teor calórico, uma vez que é pobre em gordura (e a gordura que contém é essencialmente polinsaturada) e não contém colesterol.

É um alimento muito versátil, em termos de confeção, podendo comer-se cozida com erva-doce, assada, como acompanhamento de pratos, substituindo o arroz, a massa ou a batata, na base de sopas ou na confeção de apetitosas sobremesas e bolos.

Fonte: Nutrimento

Manual de Boas Práticas Bem-Estar em Ovinos

  • Thursday, 08 November 2018 11:09

A União de Cooperativas de Agrupamentos de Defesa Sanitária de Entre Douro e Minho (UCADESA) elaborou, em colaboração com a UTAD e a DGAV, um manual de boas práticas em Bem-Estar Animal, orientado para a espécie ovina.

Pretende-se que o mesmo possa contribuir para a sensibilização e aplicação de boas práticas na produção de ovinos, sendo uma ferramenta útil para técnicos, produtores, tratadores e transportadores de animais desta espécie.

Fonte: DGAV

O outono e o frio chegaram em força. E com eles um ótimo período para muitas famílias portuguesas, uma vez que agora reintroduzem a sopa na dieta alimentar. O verão é propício a refeições mais leves e frescas, e a sopa, fundamental para miúdos e graúdos, acaba por ser ingerida poucas vezes ou quase nunca.

Por isso, bem-vindo outono, bem-vindo frio!

A sopa é um alimento muito interessante sob o ponto de vista nutricional, em qualquer estado e em qualquer idade. É ainda fundamental num regime de perda de peso por ser baixo em calorias, mas muito rico em nutrientes – tem uma elevada densidade nutricional.

E, claro, não há sopa como a nossa, como a portuguesa. Aliás, é um dos alimentos que os portugueses a viver fora do país sentem mais falta.

A sua qualidade nutricional é inegável, fundamentalmente por ser rica em vitaminas, minerais, fibra, antioxidantes e água. Se for enriquecida com leguminosas (feijão, grão, lentilhas) pode ser ainda uma fonte interessante de ferro, cálcio e fósforo, por exemplo.

Existem variadíssimas sopas e não há fórmulas perfeitas, nem erradas. Cada uma tem a sua “alma” gastronómica e todas, desde que bem feitas, serão um alimento que enriquecerá qualquer dieta alimentar. É frequente perguntarem-me qual ou quais as melhores sopas e a minha resposta não varia – qualquer uma! Pode, inclusive, para espanto de muitos, conter batata, apesar de eu preferir o uso de leguminosas como base, principalmente quando ela é o principal da refeição.

No entanto, há dois perigos a ter em consideração. O principal é o sal. A sopa é, segundo alguns estudos, um dos alimentos que mais contribui para ingestão de sal em excesso. A solução passa pelo uso de ervas aromáticas ou pelo treino do palato para redução do sal.

O outro cuidado é a adição de gordura. Apesar de lhe poder conferir mais algum sabor, começar a sopa pelo refogado/estrugido dos legumes, mesmo que não implique a adição de mais gordura (azeite), vai inevitavelmente criar um alimento final com um maior teor de gordura saturada. Colocar o azeite “em cru” já depois da sopa finalizada é a melhor solução.

Por isso, não se esqueça: enriqueça a sua alimentação com nutrientes reguladores (fundamentais para o normal funcionamento do organismo), nutrientes protetores (importantes nos estados gripais) e água – através da ingestão de sopa – mantendo uma baixa ingestão de sal e preservando, em cru, a melhor gordura, o azeite.

Fonte: Boas Notícias

O ministro da Agricultura está em Shangai, na China, para promover bens agrícolas portugueses e concluir o processo de entrada da carne de suíno no mercado chinês, onde já são vendidos vinho, azeite ou produtos lácteos.

"A China é um mercado gigantesco, com uma grande diversidade de produtos, entre os quais se situam os produtos agrícolas portugueses. Temos vindo a negociar com as autoridades chinesas - é sempre um processo de paciência - em alguns casos, há alguns anos, para a abertura do mercado a alguns produtos, como a carne de porco, os produtos lácteos, os bovinos, as frutas, como pêras, maçãs ou uvas de mesa", disse à agência Lusa Luís Capoulas Santos.

Alguns destes processos já estão concluídos e os operadores portugueses já estão a entrar no mercado chinês como é o caso do vinho, dos azeites e dos produtos lácteos, explicou o ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, em declarações a partir de Shangai.

"Estamos mesmo à beira de resolver o último problema relativamente à carne de suíno português e amanhã mesmo [passada segunda-feira] terei contacto com dois ministros, da Agricultura e das Alfândegas" da China, avançou o governante.

"Estive com produtores portugueses e os seus parceiros chineses e [neste caso] todo o processo já está pronto a entrar em funcionamento mal seja dado o último passo burocrático", acrescentou.

Capoulas Santos participa na grande feira das importações da China que se iniciou na segunda-feira, em Shangai, cidade com cerca de 20 milhões de habitantes. O início oficial da feira foi marcado com um jantar oferecido pelo Presidente chinês às delegações de dezenas de países, algumas lideradas por chefes de Estado e de governo.

Para o ministro português, que está acompanhado pelo secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, Luís Medeiros Vieira, a iniciativa "é um sinal que a China dá de abertura dos seus mercados".

Outros processos estão em curso para a entrada no mercado chinês, apontou, "uns mais adiantados, outros mais atrasados, referentes a outros produtos designadamente frutícolas".

Para Capoulas Santos, esta "é uma grande oportunidade" porque os produtores portugueses têm na Europa "uma concorrência muito forte". Por isso, "tudo o que constitua a abertura de mercados é uma oportunidade mais para os nossos operadores e para a afirmação dos produtos portugueses", salientou.

O responsável pela Agricultura relatou ter visitado uma grande superfície comercial onde o dia era dedicado a Portugal, com apresentação de uma vasta gama de produtos portugueses para lojas orientadas para a classe média chinesa.

"Estamos a procurar que os produtos portugueses sejam cada vez mais referenciados como de gama alta, produtos de qualidade destinados a determinado segmento de consumidores com poder de compra médio e elevado já que Portugal não produz em grandes quantidades", explicou.

Capoulas Santos recordou que a meta do Governo é, no horizonte de uma legislatura, equilibrar a balança comercial em valor, ou seja, aumentar as exportações em montante para que compensem as importações. No setor agroalimentar, "temos ainda uma balança desequilibrada, ainda que no caso da China, a balança agro-alimentar seja bastante positiva para Portugal", referiu.

O setor dos vinhos é o exemplo apontado pelo governante do reconhecimento da qualidade do produto português, que é exportado para cerca de 150 países e ganha prémios em todo o mundo, quando há 30 anos era considerado de baixa qualidade e era exportado a granel.

"Foi um esforço muito grande" realizado no setor do vinho que "queremos agora alargar a outros produtos e o passo seguinte, e está a ser conseguido, é com o azeite", resumiu.

A comitiva do ministro da Agricultura integra uma delegação da AICEP - Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal que está a participar na Feira Internacional de Importação da China, uma iniciativa que conta com o apoio da Organização Mundial do Comércio (OMC) e da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO).

Fonte: Diário de Notícias

Há muitos mitos sobre a alimentação que passam de geração em geração. Outros surgem quando se segue uma nova dieta e se ouviu coisas como “comer natas light não engorda”.

Um dos métodos para desmistificar alguns dos mitos é ler rótulos. Outro é tentar perceber as explicações científicas quanto a mitos que vêm de gerações antigas.

Os remédios caseiros feitos com mel pelos avós prometiam curar a constipação. Mas será que curavam mesmo ou apenas adoçavam a boca? Respondemos a este mito.

Os produtos light ou magros não engordam

A chave está nos rótulos. Alguns dos produtos que dizem “light” ou “magro” podem ter menos gordura, mas os fabricantes acabam por acrescentar outros ingredientes que fazem com que o valor calórico seja superior ao produtos originais.

Tira-se de um lado e põe-se do outro. É preciso estar atento à lista de ingredientes para identificar se não há gorduras ou açúcares “escondidos”.

Pão integral engorda menos do que o pão branco

Ambos engordam se não forem consumidos com conta, peso e medida. Quanto às calorias, não há diferenças significativas. O que difere é a composição nutricional.

Enquanto o pão integral tem farinhas menos refinadas – logo mais nutrientes como proteína vegetal, vitaminas e sais minerais, mais fibras e um índice glicémico mais baixo, já o pão branco é de mais fácil digestão, mas tem menos fibras e é mais pobre a nível nutricional.

Como escolher uma boa opção: ver o primeiro ingrediente do rótulo (aquele que está em maior quantidade no ingrediente); escolher o pão cujo primeiro ingrediente é farinha integral ou de centeio e não os de farinha de trigo; verificar se os restantes ingredientes não têm açúcares e gorduras “camufladas” por outros nomes.

Beber água morna com limão ao acordar emagrece

Há uns tempos os limões fugiam dos supermercados, porque se dizia que beber água morna com limão em jejum emagrecia. Contudo, não há estudo que o comprove.

É verdade que esta mistura desintoxicante aumenta o bem-estar, facilita a digestão e ajuda regula o transito intestinal… mas quanto ao emagrecimento: é mito.

Mel cura a tosse

De geração em geração este mito foi-se transmitindo. “Come uma colher de mel, faz bem à tosse”, dizem os avós e os pais.

O mel pode aliviar uma inflamação grave devido às propriedades hidratantes, mas não cura constipações ou gripes.

A Autoridade Europeia de Segurança Alimentar, citada pelo Observador, revela que o mel não aumenta as defesas do sistema imunitário, não é antioxidante, não reforça o sistema respiratório e não previne o cancro.

Beber água às refeições engorda

Beber ou não água às refeições sempre foi alvo de discussão. A verdade é que beber água durante as refeições aumenta a saciedade, melhora o processo digestivo e evita a prisão de ventre.

Dado que a água não tem valor calórico, não promove o aumento de peso. Aquilo que pode acontecer é uma dilatação do estômago se for ingerida em excesso durante a refeição.

Os ovos aumentam o colesterol

O colesterol sanguíneo não depende apenas do colesterol que ingerimos. O ovo, especialmente a gema, tornou-se ao longo do tempo um vilão no que diz respeito aos níveis de colesterol.

A verdade é que um ovo tem cerca de 224 miligramas de colesterol, de acordo com um artigo do Hospital Lusíadas. Isto significa que tem uma quantidade considerável de colesterol, mas comer um ovo por dia não é prejudicial porque nem todo o colesterol é absorvido pelo nosso organismo.

O leite é a principal fonte de cálcio

Numa altura em que surgem inúmeras alternativas de bebidas de origem vegetal, a principal questão que surge é: onde ir buscar o cálcio?

Apesar de o leite ser uma boa fonte de cálcio, vitamina D e proteínas, existem muitos vegetais de folha verde escura – como o agrião e o espinafre – que têm mais cálcio do que o leite.

A chia também é uma fonte de cálcio. O leite contém 120 miligramas de cálcio por 100 gramas. Já a chia consegue superar: tem 631 miligramas de cálcio por cada 100 gramas.

Fonte: Espalha Factos

Portugueses e as novas formas de pagamento

  • Tuesday, 06 November 2018 11:25

A percentagem de portugueses que dizem conhecer e utilizar novos meios de pagamento está a aumentar. De acordo com o mais recente estudo ‘Observador Cetelem Literacia Financeira’, 34% utilizam o Paypal, 31% utilizam o MBNet, 28% utilizam o MB Way e 26% utilizam Cartão Contactless.

“As inovações tecnológicas chegaram às formas de pagamento, seja nos hiper/supermercados ou simplesmente na realização de transferências bancárias, temos hoje ao nosso dispor uma variedade de formas para o pagamento de despesas. E os portugueses parecem estar a aderir a estas inovações”, indica o Observador Cetelem.

No que diz respeito às grandes superfícies comerciais, o estudo mostra que as caixas de self-service continuam a ser uma das preferências, apesar de a percentagem de portugueses que admitem usar ter caído para os 53%.

Os inquiridos que se mostram mais à vontade com as novas formas de pagamento são os portugueses entre os 25 e os 34 anos de idade, enquanto que geograficamente é no Grande Porto que as caixas self-service têm maior adesão.

“Os portugueses demonstram curiosidade em relação às novas formas de pagamento e cada vez mais valorizam as facilidades associadas a estas inovações, especialmente no quotidiano. Temos vindo a observar uma tendência para a descoberta e utilização destes novos serviços, especialmente nas novas gerações”, afirma José Pedro Pinto, Chief Marketing & Sales Officer do Cetelem.

Fonte: ANILACT

A corrida contra as lesões começa à mesa

  • Tuesday, 06 November 2018 11:16

As lesões são cada vez mais frequentes no atleta recreacional, mas terá a nutrição uma palavra a dizer neste campo?

Na atualidade a corrida atrai cada vez mais pessoas de diversas faixas etárias e, embora em termos de saúde pública represente um enorme contributo para a melhoria da população, é importante serem tomadas precauções para que os prejuízos não sejam maiores do que os benefícios.

Ter um peso saudável

Quanto maior for a massa a transportar pelo corpo, maior o peso que cada articulação tem que suportar e, naturalmente, maior o risco de lesão. Atingir um peso corporal saudável reduz a sobrecarga das estruturas músculo-esqueléticas e o risco de roturas musculares, tendinosas ou fraturas de stresse. Esta deverá ser a primeira prioridade para reduzir drasticamente o risco de lesão, ou seja, ter um Índice de Massa Corporal entre 18,5 e 24,9 é o indicado para a população geral.

Manter um balanço energético adequado

A energia é fundamental para grande parte dos processos do nosso corpo. Embora quando existe a necessidade de reduzir o peso seja importante existir um balanço energético negativo, o mesmo, sendo cronicamente negativo ou muito negativo, terá um impacto na regulação hormonal e na imunidade, logo, acrescerá o risco de lesão. Geralmente, acompanhando o défice de energia a entrar no corpo estão, também, deficiências na ingestão de vitaminas e minerais com uma importância preponderante no organismo.

A disponibilidade energética (DE) é a energia disponível após subtraído o custo do exercício físico, ou seja, a energia para os processos corporais. Uma DE abaixo das 30 kcal por kg de massa magra coloca os indivíduos sob risco de desenvolver problemas nutricionais, como a disrupção da função reprodutiva, redução da densidade mineral óssea e desregulação de hormonas com papel chave no metabolismo energético (insulina, Triiodotironina, IGF-1, por exemplo). Em ginastas, patinadoras, bailarinas ou atletas de natação artística, a baixa DE é um fenómeno relativamente comum pela auto-imposição de uma grande restrição alimentar. A título de curiosidade, este conceito da DE surgiu, precisamente, a partir dos estudos com a tríade da atleta feminina (quadro clínico caracterizado pela ocorrência de osteoporose, amenorreia e anorexia em mulheres).

A Hidratação é fundamental

Iniciar o treino bem hidratado e manter uma ingestão regular durante a prática desportiva é essencial para retardar a fadiga, diminuir a perceção de esforço e prevenir lesões, particularmente, em ambientes quentes. Note-se que "estar bem hidratado" significa não ter água em défice, mas também não ter em excesso.

Restringir a ingestão de líquidos durante o exercício poderá levar ao comprometimento do sistema imunitário, aumentando o risco de doença, e comprometer o metabolismo celular - ambos fatores predisponentes de lesão. Evitar uma perda de peso superior a 2% do peso corporal e ir bebendo pequenas quantidades em intervalos regulares são dois objetivos a ter em conta. Da mesma forma, evitar o aumento de peso à custa da hidratação, teoricamente a sobrecarga sobre as estruturas músculo-esqueléticas de forma repetida, poderá tornar-se num fator predisponente da ocorrência de lesões.

Fonte: Jornal de Notícias

Um total de 44.196 inspecções, que resultaram na aplicação de coimas no valor de 8,6 milhões. Eis, em síntese, a performance da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) no ano passado, segundo dados que a entidade enviou à agência Lusa.

Em entrevista, Pedro Portugal Gaspar, inspector-geral da ASAE, adiantou que em 2018 a organização realizou - até ao dia 15 de Outubro - 33.292 acções inspectivas e cobrou mais de sete milhões de euros em coimas, um valor apurado no final de Setembro.

Num balanço dos 13 anos de actividade da organização, que se assinalam hoje, o responsável defendeu que "importa diversificar [as acções] pelas diversas áreas temáticas e cobrir vários sectores considerados prioritários", adiantando que 65% das actividades inspectivas "têm que ser nas áreas definidas como prioritárias, ou seja contrafacção, jogo ilícito, segurança alimentar"-

O inspector-geral destacou ainda que "a existência da ASAE é um marco em termos de actividade económica e de segurança alimentar na sociedade portuguesa".

Pedro Portugal Gaspar deu conta de uma mudança de mentalidades que já se nota no balanço dos 13 anos de actividade: "Eu diria que nos primeiros cinco, seis anos [de existência da ASAE], a taxa média de incumprimento situava-se acima dos 25%. Nestes últimos sete anos situa-se abaixo desses 25%, até uma tendência nos últimos quatro anos abaixo dos 20%, de 18%".

Para o responsável, estes dados mostram que também as campanhas de sensibilização dos operadores económicos estão a dar frutos.

"Nestes últimos quatro a cinco anos houve um esforço grande, e que penso terá um contributo, com sessões públicas de divulgação sobre as novas exigências do quadro legal, portanto uma lógica preventiva e informativa, com FAQ (Perguntas Frequentes) colocadas no site e as fichas de fiscalização. Isto implica que é dado a conhecer a principais obrigações que no fundo servem de guião para a parte inspetiva", adiantou Pedro Portugal Gaspar.

A ASAE está também a apostar em prestar informação aos operadores estrangeiros, com informação em mandarim e acções com a comunidade indiana. "Claro que o desconhecimento da lei não aproveita a ninguém, mas queremos dar a conhecer e não ficar só numa posição passiva", avançou o inspector-geral.

Fonte: Jornal de Negócios

Investigadores do Centro de Investigação Marinha e Ambiental (CIMA), da Universidade do Algarve, encontraram microplásticos em mexilhões na costa do Algarve. A presença de microplásticos, que não era expectável, foi detetada este Verão, com principal incidência na zona de Sagres.

Maria João Bebianno, diretora do CIMA, revelou ao Sul Informação que «foi com alguma surpresa que detetámos alguns microplásticos em mexilhões, ostras e salmonetes», numa investigação financiada pelo projeto JPI, da União Europeia.

A responsável pelo centro diz que, «à partida, achava que não íamos detetar nada, mas encontrámos, na costa portuguesa, vários mexilhões com microplásticos, com principal incidência na zona de Sagres, mas também em Portimão».

O caso da presença de microplásticos em bivalves é mais preocupante do quem em peixes, porque «no caso dos peixes, a maior parte dos microplásticos está a ser detetada nas vísceras, que não fazem parte da alimentação. Mas, no caso dos bivalves, comemos tudo».

Segundo a investigadora, importa agora perceber a quantidade de plásticos que estamos a acumular. «Já foi apresentado um primeiro estudo sobre a identificação de microplásticos nas fezes de humanos e essa é uma via para podermos averiguar. No entanto, não sabemos ainda quais os efeitos que isso pode ter».

Se as consequências práticas da ingestão de microplásticos em humanos ainda não é totalmente conhecida, no caso dos bivalves sabe-se que «a sua acumulação faz com que estes considerem que estão saciados, por isso deixam de se alimentar e não se desenvolvem».

Maria João Bebianno explicou que os dados já conhecidos sobre a presença de microplásticos no Algarve são «uma primeira abordagem, muito preliminar. Importa recolher amostragens mais regulares, para vermos se a situação se mantem. O que é facto é que foram detetados microplásticos».

A diretora do CIMA revelou ainda ao Sul Informação que «estamos já a fazer outro trabalho, para ver o que acontece nas amêijoas, mas estamos numa fase muito preliminar e ainda não temos resultados. O que pretendemos saber é se existe alguma replicação daquilo que encontrámos nos mexilhões».

Fonte: Sul Informação