A ASAE precisou ter fiscalizado cerca de 200 vendedores em mercados municipais, onde instaurou 23 processos de contraordenação e apreendeu cerca de “1.200 kg de géneros alimentícios, resultante do incumprimento das regras de rotulagem em pescado fresco e produtos hortofrutícolas”.
Foram ainda apreendidos “três instrumentos de pesagem por falta de controlo metrológico, tudo num valor global que ascendeu a cerca de 3.300 euros”.
Entre as principais infrações detetadas estavam a falta de indicações obrigatórias em géneros alimentícios, de controlo metrológico de pesos, de preços em bens, a ausência de rastreabilidade dos produtos e a falta de requisitos gerais e específicos de higiene, segundo a ASAE.
Fonte: Sapo24
A Comissão Europeia publicou o Regulamento nº 2017/1182 com novas normas de garantia para um correcto funcionamento dos modelos da União de classificação de carcaças de ovinos, porcos e bovinos e estabelecer preços de mercado comparáveis das carcaças e animais vivos.
O novo regulamento permite que com a redução da carga administrativa os Estados-membros possam conceder aos matadouros, como media anual por semana, menos de 500 porcos ou menos de 150 animais da espécie bovina de oito meses ou mais com excepções à obrigação geral de classificar as carcaças. No entanto, os Estados-membros devem estabelecer limites inferiores em função das suas circunstâncias nacionais, em especial, para garantir a representatividade dos preços comunicados.
De forma a garantir a classificação uniforme das carcaças de animais da espécie bovina de oito meses ou mais e de ovino na União, o regulamento precisa de mais definições das classes de formação de gordura, peso da carcaça e cor da carne. Assim, para as carcaças de cordeiros com menos de 13 quilos podem ser utilizados outros critérios.
Tendo em conta que alguns matadouros engordam, nos seus próprios estabelecimentos, bovinos de oito meses ou mais e porcos, não se deve registar nenhum preço de mercado das carcaças destes animais. Por conseguinte, nestes casos é desnecessário aplicar os modelos obrigatórios de classificação da União.
Os Estados-membros onde existe a prática de engorda em alguns matadouros, para os bovinos de oito meses ou mais e porcos poderá haver excepções às normas sobre a classificação obrigatória das carcaças. Esta excepção também deve ser aplicada à classificação de carcaças de porcos de raças locais com uma determinada composição corporal anatómica ou modalidades particulares de comercialização sempre que estas impossibilitem uma classificação homogénea e normalizada das mesmas.
Visando um seguimento da comunicação dos preços das carcaças de animais da espécie bovina de oito meses ou mais e de porcos e calcular os coeficientes de pesagem por categorias, os Estados-membros devem ser obrigados a comunicar periodicamente à Comissão determinada informação, à excepção das notificações que sejam necessárias para a organização das inspecções sobre o terreno ou as que sirvam de base para ter uma visão global do mercado da carne.
O novo Regulamento nº 2017/1182 entra em vigor a 01 de Julho de 2018.
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Fonte: CONFAGRI
As novas regras sobre o greening entraram em vigor na segunda-feira dia 03 de Julho. A Comissão Europeia introduziu a modificação de forma a simplificar e facilitar o seu cumprimento.
Algumas novidades das novas normas são a eliminação do prazo para a plantação de culturas ou cobertura verde, antes de 01 de Outubro; o ajuste da lista de espécies para a plantação, permitindo leguminosas e também a mistura de sementes para culturas de fixação de nitrogénio.
As novas regras proíbem o uso de pesticidas em zonas de interesse biológico que são produtivas ou potencialmente, como culturas de fixação de nitrogénio, culturas intercalares ou de cobertura verde, terra em pousio e bandas ao longo da floresta.
Definições mais simplificadas do que é uma superfície de interesse biológico e as condições a cumprir para que seja designada como tal; maior flexibilidade para os países em relação com o período permitido para a diversificação das culturas, em função das suas particulares condições climáticas e inclui ainda uma série de medidas em relação com as características de paisagem e extensões de terra ao longo das florestas, entre outras.
O novo regulamento será aplicado em 2018 mas os Estados-membros que assim o desejem podem colocar as mesmas em prática já em 2017.
Fonte: CONFAGRI
A DGAV procede à divulgação do Despacho n.º 21/G/2017, relativo às listagens das freguesias que constituem as Zonas de Intervenção Prioritárias (ZIP) para o controlo da doença da flavescência dourada da videira e das freguesias onde o inseto vetor Scaphoideus titanus Ball está presente.
Fonte: DGAV
A ASAE fecha, em média, um restaurante por dia por falta de condições. A Renascença acompanhou uma ronda da ASAE pelos restaurantes do Porto, que acabou com dois processos-crime e um restaurante fechado.
Clique aqui para ver as filmagens.
Fonte: Renascença
O Pinking teve origem num trabalho de investigação de mestrado em Enologia, tem pedido de patente registada e vai ser lançado pela Adega Cooperativa de Figueira de Castelo Rodrigo a 7 de julho.
O que se pensou inicialmente ser um “defeito” de produção, afinal deu origem a uma «nova categoria de vinho única no mundo».
Quem afirma é Jenny Silva, enóloga da Adega Cooperativa de Figueira de Castelo Rodrigo que, em 2014, como estudante de mestrado de Enologia na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), identificou o fenómeno Pinking em conjunto com Fernando Nunes e Fernanda Cosme, docentes e investigadores do Centro de Química da UTAD. Identificada a origem deste fenómeno, este tem já um pedido de patente nacional e internacional.
Pinking, “defeito” historicamente conhecido pelo processo de «aparecimento de uma cor rosa-salmão em vinhos produzidos exclusivamente de uvas de castas brancas», é um processo natural e está «relacionado com as condições climáticas, nomeadamente a temperatura média dos dez primeiros dias do mês de outubro, processo coincidente com o final de maturação das uvas brancas nesta região».
É precisamente estas condições que tornam esta categoria de vinho «tão rara e passível de não poder ser produzida todos os anos, já que em caso de temperaturas médias altas, ou pluviosidade neste período, o fenómeno não ocorre ou ocorre em menor escala», sublinha o investigador da UTAD, Fernando Nunes.
A criação desta nova categoria de vinho, que adotou o nome do fenómeno, vai ser lançada a 7 de julho pela
Adega Cooperativa Figueira de Castelo Rodrigo que, entretanto, adquiriu a patente à UTAD e tem como enóloga responsável Jenny Silva, a antiga estudante da UTAD.
O vinho Castelo Rodrigo Pinking 2016 é um DOC, exclusivamente vinificado a partir da casta branca Síria, a casta de eleição na Região Demarcada da Beira Interior, apresentando «aroma frutado e boca equilibrada com final harmonioso».
«As vantagens da criação deste novo vinho são muitas, sobretudo para a Adega», afirma o seu diretor, António Madeira, que, confrontada com um problema comum na sua região, a cor rosada do vinho branco, cujo tratamento implicava um processo de estabilização associado a elevados custos, deu “luz verde” à UTAD para estudar e identificar a base desta instabilidade.
O processo está descrito e publicado na prestigiada revista científica internacional Journal of Agricultural and Food Chemistry, disponível em http://pubs.acs.org/doi/abs/10.1021/jf500825h com o título “Origin of the Pinking Phenomenon of White Wines”, e despertou já o interesse de produtores italianos, confrontados com o mesmo problema, frisa o investigador.
«No fundo transformámos um defeito numa nova categoria de vinhos, que irá para o mercado a par dos Brancos, Tintos e Rosés», explica a enóloga.
O resultado está à vista e vai ser dado a conhecer ao mundo já em julho em Figueira de Castelo Rodrigo.
Fonte: Agronegócios
Foi publicado a 28 de junho de 2017, o Aviso n.º 14 da Gripe Aviária, que suspende temporariamente o ponto 2 do Aviso n.º 13, de 28 de março de 2017 (proibição de concentrações de aves de capoeira e de outras aves em mercados avícolas, espetáculos, exposições e eventos culturais).
Para consultar mais informação acerca da gripe aviária, clique aqui.
Fonte: DGAV
O esquema até é bastante simples: comprar pacotes tudo incluído (all inclusive) em resorts, desfrutar das férias e inventar intoxicações alimentares para ter direito a um reembolso. Uma invenção acompanhada da ameaça de fazer chegar o caso aos tribunais britânicos. Se chegasse a julgamento, só em custas judiciais era preciso gastar uma pipa de dinheiro. Para evitar isso, os hotéis acabam por engolir o sapo de uma mentira e os turistas levam a melhor.
São, exclusivamente, turistas britânicos, muitos deles aliciados por operadores que querem ganhar dinheiro com esta fraude. Leu bem: é crime e já há detenções em Espanha, onde os hotéis já foram lesados em 60 milhões de euros.
Não é caso único, mas é aquele que tomou, até agora, maiores proporções. Facto é que também já aconteceu na Grécia, na Turquia e em Portugal, como adiantou à TVI24 Sean Tipton, da ABTA, a Associação de Agências de Viagem e Operadores Turísticos do Reino Unido.
Não temos números exactos. Em geral, desde há três anos, este tipo de fraude aumentou 500%, sobretudo em Espanha, mas em Portugal também”.
Get Your Holidays for Free
Em Espanha, já há inclusive pessoas detidas. Duas foram apanhadas na semana passada pelas autoridades. Não turistas, mas sim empresas que os aliciam a entrar no esquema.
“Começou a ganhar um impacto brutal em Espanha com angariação de escritórios de advogados pouco escrupulosos e colaboradores que circulavam em carrinhas, junto aos hotéis, a dizer Get Your Holidays for Free [Consiga férias grátis]”, explicou Cristina Siza Vieira, presidente executiva da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP).
Casos nos Grupos Pestana e Vila Galé
Os casos não são muito expressivos em Portugal, mas existem. Estão sinalizados no Algarve e em Porto Santo, na Madeira. Houve reclamações em 2016, sendo que até este mês de junho “não há um volume expressivo”, indicou a mesma responsável.
Mas é algo preocupante. Primeiro, porque o Reino Unido é principal mercado português de hóspedes e dormidas. Madeira e Algarve são mercados importantíssimos. (…) Neste momento, os casos são pontuais, ainda assim são abusivos e trazem má imagem ao destino e também a estes turistas ingleses”.
Só para se ter uma ideia, as dormidas de turistas britânicos representam quase 43% das dormidas no Algarve.
Portugal estará a escapar à disseminação destas práticas fraudulentas graças ao facto de poucos grupos praticarem regimes de tudo incluído, normalmente disponibilizados por resorts. Os grupos Vila Galé e Pestana foram, contudo, afetados nos seus hotéis do Algarve e Porto Santo.
“No caso da Vila Galé, o número de reclamações não teve expressão”, adiantou fonte oficial. O grupo não quis detalhar o número de casos e os montantes envolvidos.
Já fonte oficial do grupo Pestana adiantou que teve “cerca de 20 queixas em finais do ano de 2016”. Queixas “referentes a estadias de clientes que foram nossos hóspedes em 2014 e que, quer durante as estadias, quer posteriormente, nunca nada reportaram, nem ao agente de viagens, nem ao hotel”. “Agora estes casos seguem os trâmites normais, pois, quer os seguros, quer o Pestana Hotel Group, declinamos quaisquer responsabilidades”, vinca na resposta à TVI24.
“Isto é crime”
O grupo Pestana faz ainda notar que os hotéis são alvo de auditorias bimestrais muito apertadas a nível alimentar. “Existe uma elevadíssima preocupação dos responsáveis em cumprir com as diretrizes dadas pelos auditores em função das boas práticas recomendadas e requisitos legais, em vigor em matéria de Higiene e Segurança Alimentar, salvaguardando assim a segurança dos alimentos consumidos pelo hóspedes".
Nessa medida, "este tipo de reclamações infundadas não terão viabilidade no nosso Grupo”. Discurso semelhante tinha tido, antes, a Associação da Hotelaria de Portugal:
Foram meter-se com os principais grupos que têm estruturas de controlo apertadíssimas e que, naturalmente, se sentem extremamente agastados e revoltados com isto. A pressão que vamos exercer é completamente legítima, é para que haja punição severa. Isto é fraude e é crime, quer por parte dos reclamantes individuais, quer pelos escritórios londrinos. Declarações falsas são crime”.
Mesmo estando em causa situações pontuais, “não significa que não se aja em conformidade”.
O que aconteceu foi que os operadores turísticos retiveram parte do que deveriam pagar aos hotéis para se celebrar um acordo extrajudicial, para evitar o julgamento, depois de apresentadas as reclamações pelos clientes.
Os turistas e os advogados que os suportam acabam por ter a faca e o queijo na mão, dado que a legislação britânica é muito ampla. Permite, por exemplo, que as reclamações possam ser apresentadas até três anos depois da alegada situação de intoxicação alimentar ter ocorrido.
A porta-voz da AHP não tem dúvidas em caracterizar este mecanismo como uma “forma de chantagem”. “Isto é gente que não é séria, há escritórios de advogados em conluio com os clientes”.
Mas como a mentira tem perna curta, estas situações abriram os olhos das autoridades britânicas: está em curso uma mudança legislativa e prevê-se uma punição severa para os operadores que levam os clientes a cometer estes crimes.
Paga o justo pelo pecador
Têm sido postos em prática vários contactos e reuniões com as entidades competentes nos países lesados, incluindo Portugal. A AHP teve uma reunião com a embaixadora do Reino Unido, no passado dia 7 de junho, indico Cristina Siza Vieira. A estimativa é que haja mudanças na lei até ao final do ano. Com o verão a acenar, é natural que a prevenção seja redobrada.
Quando aqui não tinha ainda havido sinal disto, estávamos já prevenidos para que pudesse vir a acontecer. Depois de termos a última informação de Espanha, fizemos sair uma circular a dizer quais os procedimentos que deveriam ser assumidos pelos hotéis, embora dizendo que o caso era muito específico, de turistas vindos do Reino Unido, por meio de um operador. Explicámos o modus operandi fraudulento e os procedimentos a adotar”.
Em Espanha, a situação é tal que já há hotéis a acabar com o regime tudo incluído. “Acaba por pagar o justo pelo pecador. São situações que acabam por penalizar turistas britânicos seniores, famílias que procuram apenas um destino de praia”
Por cá, este regime de tudo incluído é praticado em poucos hotéis. Daí não se perspetivar que o fenómeno alcance as mesmas dimensões que os vizinhos espanhóis estão a suportar.
ASAE sem denúncias
O Turismo de Portugal reencaminhou-nos para a ASAE para perceber se está a está a acompanhar algum processo. Tudo calmo: “A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica não recebeu, até à presente data, qualquer denúncia relativamente a eventuais casos de solicitação de reembolso por parte de cidadãos estrangeiros, face à ocorrência de episódios de intoxicação alimentar”.
Para além da Associação da Hotelaria de Portugal, também a Associação das Agências de Viagem e de Turismo confirmou a existência de casos, embora isolados.
Fica o alerta, que também tem sido deixado pelos meios de comunicação social dos países afetados.
O representante da associação de viagens britânica congratulou-se por a mensagem estar a ser passada. “É preciso perceber o que está em causa e o quão mau é”. Até porque é uma “minoria que está a fazer isto” e a querer manchar a imagem que os turistas britânicos - “muito descontentes” - não querem ter no estrangeiro.
Fonte: TVI 24
Os incêndios que atingiram a região Centro destruíram milhares de colmeias e pasto das abelhas em vários concelhos, o que fará diminuir a produção de mel certificado da Serra da Lousã nos próximos anos, disseram esta quinta-feira responsáveis do setor.
“Terão ardido milhares” de colmeias e cortiços, segundo uma estimativa provisória à agência Lusa do apicultor António Carvalho, presidente da Cooperativa Lousãmel, a entidade que gere a Denominação de Origem Protegida (DOP) da Serra da Lousã.
Às colónias de abelhas dizimadas pelo fogo, soma-se, em toda a região demarcada, um número igualmente elevado de apiários cuja flora em redor foi reduzida a cinzas. As abelhas “morrerão de fome” se não forem alimentadas artificialmente no local pelos proprietários ou objeto de transumância.
“A flora não vai se recompor no espaço de três anos”, disse à Lusa António Carvalho. A Lousãmel, com sede na Lousã, tem cerca de 450 associados em diferentes concelhos. A cooperativa assume a gestão da DOP Serra da Lousã, que abrange 10 municípios: Arganil, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Góis, Lousã, Miranda do Corvo, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande, Penela e Vila Nova de Poiares, nos distritos de Coimbra e Leiria.
“Vou propor à direção que a venda dos materiais apícolas seja a um preço mais acessível para os sócios afetados pelos fogos”, anunciou o presidente da Lousãmel.
A diretora executiva da empresa, Ana Paula Sançana, salientou que os incêndios registados na região, desde o dia 17, quando morreram 64 pessoas devido ao fogo que eclodiu no concelho de Pedrógão Grande, “destruíram pelo menos 30% dos pastos” da DOP, com “graves reflexos nos ecossistemas” e na economia.
Na região demarcada, além de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, onde o fogo lavrou durante vários dias e teve consequências mais trágicas, foram também afetados os concelhos de Arganil, Góis, Pampilhosa da Serra e Penela. “Foi um passo muito negativo” para o futuro da apicultura na Serra da Lousã, pelo menos até ao fim da década, disse.
Ana Paula Sançana realçou que morreram igualmente “milhões de outros insetos que fazem a polinização” de espécies, como as urzes, o castanheiro e o medronheiro, entre outras, cujos néctares e pólenes são determinantes para a qualidade do mel DOP.
“Também por isso, a regeneração destas espécies vai ser muito mais lenta”, sublinhou.
Luís Estêvão é o presidente da Cooperativa Pampimel, que conta cerca de 70 associados no concelho da Pampilhosa da Serra, onde arderam 150 colmeias e cortiços, e cerca de 600 unidades ficaram sem alimento.
“Nalguns casos, num raio de cinco a seis quilómetros, não há nada”, afirmou, indicando que os apicultores “ainda conseguiram salvar muitas colmeias”.
Devido à seca dos últimos meses, os produtores já contavam com uma baixa na produção de mel na Serra da Lousã.
Os incêndios vieram agravar as previsões: “Vai haver uma redução nesta campanha e as quantidades vão ser afetadas nos próximos anos”, segundo Luís Estêvão. “É urgente alimentar” os enxames sem pasto, recorrendo a produtos artificiais, mas os seus donos “vão ter de arranjar alternativa para as mudar”, defendeu, por sua vez, o presidente da Câmara da Pampilhosa da Serra, José Brito, proprietário de meia centena de colmeias.
O autarca do PSD, antigo presidente da assembleia geral da Lousãmel, estima que as chamas tenham consumido 25% da área do concelho. “Mas, felizmente, três quartos do território ainda estão verdes”, o que permite realizar a transumância dentro dos limites do município.
José Brito manifestou algum otimismo quanto à regeneração do coberto vegetal: “Vai demorar tempo para conseguirmos normalizar esta atividade importantíssima, mas as plantas queimadas poderão rebentar daqui a um ano”.
A Câmara Municipal “vai comprar alguns produtos” para ajudar a alimentar as colmeias nesta fase. A autarquia espera ser ressarcida das despesas pela Administração Central. “Se não conseguirmos esse apoio, suportamos nós os encargos”, adiantou à Lusa.
Almerindo Costa, presidente da Associação de Apicultores Serramel, que reúne 70 produtores e organiza a feira do mel do Espinhal, disse que o fogo destruiu 85 colmeias e cerca de 70 cortiços no concelho de Penela.
“Este ano já vai ser mau” em termos de produção e a destruição de extensas áreas florestais onde predominam as urzes “vai ter impacto” durante alguns anos nas quantidades de mel colhidas. Na sua opinião, “tudo vai depender do rebentamento da flora”, a partir da próxima primavera.
Os incêndios que deflagraram na região Centro, no dia 17, provocaram 64 mortos e mais de 200 feridos e só foram dados como extintos uma semana depois, no sábado.
As chamas consumiram 53 mil hectares de floresta, o equivalente a 75 mil campos de futebol.
A área destruída por estes fogos corresponde a praticamente um terço da área ardida em Portugal, em 2016, que totalizou 154.944 hectares, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna divulgado pelo Governo em março.
Fonte: Agroportal
Um em cada cinco produtos biológicos contém químicos, avisa o maior estudo realizado em Portugal nesta área. A pedido da revista Visão, um laboratório analisou 113 produtos com o rótulo biológico e detetou em 21 deles químicos proibidos, diz a TSF.
Importa salientar que, tanto nas lojas como nas secções especializadas em produtos biológicos, as regras nem sempre são cumpridas e muitos dos alimentos que se anunciam como “natural”, “ecológico” ou “saudável”, não estão certificados com o selo verde que garante que os alimentos não apresentem vestígios de químicos.
O principal alerta do estudo vai para uma couve com níveis de glifosato doze vezes acima do limite de segurança mas, há muitos outros produtos em que se registou a presença de pesticidas e químicos sintéticos, por exemplo, brócolos, arroz integral, sementes de sésamo, maçãs e vinho produzido em Portugal. Em vários produtos biológicos foi detetado mais de um químico.
O estudo esclarece que a origem do produto não é uma garantia de controlo, tendo sido detetados químicos tanto em produtos importados de dentro da União Europeia como de fora. Dos alimentos analisados, os produtos portugueses apresentam maiores níveis de contaminação do que a média.
Em relação à fiscalização destes produtos, há onze empresas que certificam a produção biológica, tendo de verificar quase quatro mil produtores nesse âmbito.
Fonte: Agroportal
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