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A “Riscos e Alimentos”, publicação de carácter semestral, é um meio de comunicação recente que a ASAE entendeu lançar, focado na avaliação e comunicação dos riscos.

Para consultar a edição mais recente, clique aqui.

Fonte: ASAE

Como denunciar?

Poderá remeter a informação para a ASAE via email (This email address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it.) ou via telefone (217983600).

Como relatar um caso de Toxinfeção Alimentar?

Em caso de suspeita de toxinfeção alimentar deve informar imediatamente um profissional de saúde.

No contacto com a ASAE, deverá sempre indicar:

- Nº de pessoas afetadas

- Idades das pessoas afetadas

- Tipo de sintomas verificados nos queixosos (vómitos, dores de cabeça, diarreia, febre, secura na boca, náuseas, etc.)

- Quando é que os sintomas começaram?

- Local onde foram consumidos os alimentos (em casa, restaurante, cantina, etc.) e/ou local onde foram produzidos os alimentos

- Tipo de alimento(s) suspeito(s)

- Se for possível, guarde o que sobra dos alimentos/refeição suspeitos e/ou ingredientes usados e/ou respectivas embalagens

- Se houve pessoas hospitalizadas ou que recorreram a ajuda médica

- Se foram realizadas análises (de fezes, urina ou sangue) e eventuais resultados

Fonte: ASAE

Uma investigação de José Paulo Andrade, do Cintesis, divulgada no início da semana, concluiu que a alimentação tipicamente ocidental, rica em fritos, snacks salgados e carne vermelha em abundância, poderá estar associada ao aumento do risco de ter degenerescência macular da idade.

O investigador refere, em comunicado, que “a evidência científica actual mostra que os doentes com degenerescência macular da idade devem ser aconselhados a aumentar o consumo de vegetais de folha verde, a comer peixes gordos e a seguir o padrão alimentar mediterrâneo, que tem também benefícios noutras doenças”.

A degenerescência macular da idade (DMI), uma doença oftalmológica, é atualmente a principal causa de cegueira no mundo ocidental, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Segundo dados disponibilizados pelo Cintesis - Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde, em Portugal, haverá cerca de 350 mil pacientes com DMI. Todos os anos surgem cerca de 45 mil novos casos da forma precoce da doença e cerca de 5 mil com a forma tardia.

O autor do estudo, para o qual contribuiu também a investigadora e oftalmologista Ângela Carneiro, da Universidade do Porto, salienta que “existe um risco menor de desenvolver DMI nos indivíduos que aderem à dieta mediterrânica, privilegiando o consumo de frutas, legumes, pão, frutos secos, azeite e peixe”.

O especialista considera que o papel dos profissionais de saúde na educação dos doentes pode e deve ser melhorado, de modo a reduzir a prevalência de DMI precoce, diminuir o número de casos de DMI avançada e, consequentemente, fazer baixar as despesas elevadas e em crescimento associadas ao tratamento desta doença.

A DMI é uma doença degenerativa que afeta progressivamente a zona central da retina (mácula) e a visão central, condicionando significativamente a autonomia e a qualidade de vida dos doentes.

O estudo, com o título “Nutritional and Lifestyle Interventions for Age-Related Macular Degeneration: a Review”, foi publicado na revista “Oxidative Medicine and Cellular Longevity”.

O Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde é uma Unidade de Investigação e Desenvolvimento (I&D) cuja missão é encontrar respostas e soluções, no curto prazo, para problemas de saúde concretos, sem nunca perder de vista a relação custo/eficácia.

Sediado na Universidade do Porto, o Cintesis detém polos em 8 instituições de Ensino Superior: Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade Nova de Lisboa, Universidade de Aveiro, Universidade do Algarve, Universidade da Madeira, Instituto Superior de Engenharia do Porto e Escola Superior de Enfermagem do Porto. Coopera ainda com 18 institutos politécnicos.

No total, o centro agrega mais de 450 investigadores, em 16 grupos de investigação que trabalham em 4 grandes linhas temáticas: Investigação Clínica e Serviços de Saúde; Neurociências e Envelhecimento Activo; Diagnóstico, Doença e Terapêutica; e Dados e Método.

Fonte: Dnotícias.pt

Num artigo publicado na semana que passou na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, o grupo de cientistas relata que criou 12 porcos saudáveis ​​com cerca de 24% menos gordura corporal do que porcos normais.

De acordo com os cientistas, criaram os porcos fitness na esperança de proporcionar aos criadores animais menos caros de se criar e que sofram menos com o frio. “Este é um grande problema para a indústria de suínos”, diz Jianguo Zhao, do Instituto de Zoologia da Academia Chinesa de Ciências de Pequim, que liderou a pesquisa.

Os animais têm menos gordura corporal porque têm um gene que permite regular melhor as temperaturas corporais e assim queimar gordura. Isso poderia levar os agricultores a economizarem milhões de dólares em custos de aquecimento e alimentação, além de evitar que milhões de porcos sofram e morram por causa do frio.

“Podem manter a temperatura do corpo muito melhor, o que significa que poderiam sobreviver melhor ao clima frio”, disse Zhao numa entrevista. Outros cientistas dizem que este é um avanço significativo.

“Este é um documento tecnologicamente importante. Isso demonstra uma maneira de melhorar o bem-estar dos animais ao mesmo tempo que também melhora o produto desses animais – a carne”, diz R. Michael Roberts, professor do departamento de ciências animais da Universidade do Missouri, nos EUA, que editou o artigo para a revista científica.

Outros cientistas dizem que esperam que o gado geneticamente modificado acabe por se tornar mais aceitável tanto para os reguladores como para o público. “A população mundial deverá chegar a cerca de 10 mil milhões em 2050, e temos de usar abordagens genéticas modernas para nos ajudar a alimentar essa população em crescimento”, diz Chris Davies, professor associado na escola de Medicina Veterinária na Utah State University, também nos EUA.

Zhao diz que duvida que a modificação genética afete o sabor da carne dos porcos. “Uma vez que a raça de porcos que usamos neste estudo é famosa pela qualidade da carne, assumimos que as modificações genéticas não afetarão o sabor da carne“, acredita.

Os cientistas chineses criaram os animais usando uma nova técnica de edição de genes conhecida como CRISPR-Cas9. A técnica permite que os cientistas façam mudanças no ADN de forma muito mais fácil e precisa do que nunca.

Os porcos normais não possuem o gene UCP1, que a maioria dos outros mamíferos tem. O gene ajuda os animais a regular as temperaturas corporais em climas frios. Os cientistas colocaram uma versão do gene de ratos nas células de porco e usaram essas células para criar mais de 2.553 embriões de porco clonados.

Depois, os cientistas implantaram os embriões de porco clonados geneticamente modificados em 13 porcos fêmeas. Três das fêmeas ficaram grávidas, produzindo 12 leitões machos, informaram os cientistas.

Os animais foram abatidos quando tinham seis meses de idade para que os cientistas pudessem analisar os corpos. Zhao disse que os animais pareciam perfeitamente saudáveis ​​e normais e pelo menos um macho acasalou, produzindo leitões também saudáveis, informou.

Fonte: ZAP.aeiou

A ministra do Mar vai propor à sua homóloga espanhola medidas, como a redução dos dias de pesca semanais, para a recuperação conjunta do ‘stock’ de sardinha, segundo um plano apresentado ao setor a que a Lusa teve acesso.

Um plano de ação/recuperação a médio prazo a acordar com Espanha figura entre as novas medidas de gestão para a pesca da sardinha para 2018 propostas na sexta-feira às organizações de produtores e aos sindicatos das pescas por Ana Paula Vitorino.

A concretizar-se, o acordo com Espanha vai ao encontro das reivindicações do setor para que o esforço de pesca, no âmbito da adoção de medidas de gestão do ‘stock’, seja igual para os dois países.

O plano prevê a não autorização para o aumento do tamanho das embarcações com licença para a arte do cerco durante os próximos cinco anos, redução dos dias de pesca semanais e cessações temporárias da atividade, com o apoio do Estado ao pagamento aos pescadores de um a dois meses de salário.

Com vista a salvaguardar o crescimento de sardinhas juvenis, está também em discussão a redução para os 13 centímetros do calibre mínimo da sardinha a ser comercializada.

Outra das medidas poderá ser a redução, para a meia tonelada, do limite diário de capturas por embarcação, que está atualmente fixado entre 0,5 e 3,7 toneladas, consoante o seu tamanho.

Em paralelo, a tutela propõe avançar com um programa de investigação mais abrangente, que inclua também informação relativa aos diários de pesca e aos desembarques diários, além das campanhas de monitorização do recurso com observações a bordo.

O Ministério do Mar compromete-se também a desenvolver o projeto Sardinha2020, apresentado ao programa comunitário Mar2020, com o objetivo de traçar um plano de gestão para a pesca do cerco em função de experiências e estudos científicos.

Os estudos deverão chegar a resultados sobre o impacto das alterações climáticas, da pesca e de contaminações, como os microplásticos, no ‘stock’ e na distribuição geográfica das espécies pelágicas costeiras – sardinha, carapau, cavala e biqueirão – e sobre as taxas de mortandade, crescimento e reprodução em função de parâmetros como a disponibilidade alimentar dessas espécies.

Governo e setor das pescas estão também a discutir a possibilidade de manter as medidas já implementadas, como a não atribuição de novas licenças para as embarcações do cerco ou a restrição das capturas da sardinha a 10% do total de pescado a bordo para a pesca do arrasto.

Além disso, estão a dialogar para manter o defeso biológico durante quatro meses, proibir a pesca a menos de 20 metros de profundidade e de um quarto de milha da costa e limitar as capturas diárias entre março e abril.

Os parceiros deverão voltar à mesa das negociações na próxima semana, antes de Portugal vir a fechar com Espanha, com quem divide a quota de pesca da sardinha, a proposta a apresentar à Comissão Europeia.

A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, admitiu, na sexta-feira, que os limites de captura de sardinha para Portugal e Espanha possam ultrapassar as 14 mil toneladas, quando em 2017 foram de 17 mil toneladas.

A 20 de outubro, o Conselho Internacional para a Exploração do Mar recomendou a suspensão da pesca da sardinha em Portugal e Espanha em 2018, mas apontou, contudo, vários cenários de limites de capturas, estabelecendo como máximo as 24.650 toneladas.

No dia seguinte, a Comissão Europeia informou que não proíbe a pesca da sardinha, mas recomenda às autoridades portuguesas que encarem com seriedade as quebras nos ‘stocks’ da espécie devidas à sobrepesca e ao aumento da poluição.

Fonte: Observador

A Comissão Europeia acaba de autorizar a utilização de uma preparação de Saccharomyces cerevisiae CNCM I-1079 como aditivo em alimentos para frangos de engorda e espécies menores de aves de capoeira de engorda.

Explica o Regulamento de Execução 2017/1905 da Comissão, de 19 de Outubro de 2017 que o pedido dizia respeito à autorização de uma preparação de Saccharomyces cerevisiae CNCM I-1079 como aditivo em alimentos para frangos de engorda e espécies menores de aves de capoeira de engorda, a classificar na categoria de aditivos designada por “aditivos zootécnicos”.

Reduz contaminação com Salmonella

A Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos concluiu, no seu parecer de 6 de Dezembro de 2016, que nas condições de utilização propostas, aquela preparação “não tem efeitos adversos na saúde animal, na saúde humana nem no ambiente e que, quando usada na alimentação de aves de capoeira, é eficaz na redução da contaminação das carcaças com Salmonella spp”.

A Autoridade considera que não é necessário estabelecer requisitos específicos de monitorização pós-comercialização.

Fonte: Agroportal

Frango do Campo, conheça os benefícios

  • Monday, 30 October 2017 11:28

Nos dias de hoje em que se fala, maioritariamente, sobre hábitos de consumo, no qual está já comprovado que a Alimentação tem um peso considerável na nossa saúde, uma empresa de produção de aves explica porque os portugueses devem incluir nas suas refeições o Frango e, especificamente, o Frango do Campo.

O Frango do Campo é um frango de crescimento lento e natural, criado no campo, ao ar livre, segundo métodos de inspiração tradicional, que nos remetem ao imaginário dos frangos caseiros dos nossos avós. A sua produção é certificada e respeita o ambiente e o bem-estar animal. O frango do campo tem a vantagem de ser a combinação perfeita entre a tradição, a garantia na matéria da segurança alimentar e a qualidade do produto. Numa altura em que os alimentos saudáveis são cada vez mais valorizados, sem dúvida que os frangos do campo são uma ótima opção pois, além dos inúmeros benefícios nutricionais, apresentam, igualmente, um sabor inquestionável e distintivo.

O que distingue o frango do campo?

O frango, produzido desta forma, apresenta um sabor e textura inconfundíveis, sendo seguros, saudáveis e sensorialmente ricos. Todo o processo de criação, abate e transformação, assim como o produto final, são acompanhados e certificados por um organismo de controlo.

Podemos salientar como sendo as suas principais características:

- É uma espécie de frango de crescimento lento

- A sua densidade de produção, que é extremamente baixa

- A sua alimentação, baseada quase exclusivamente em cereais

- O ter um acesso obrigatório a parques exteriores amplos ao ar livre, cobertos de vegetação.

- O facto de viverem ao ar livre, como antigamente, permite que circulem à vontade e que cresçam lentamente e de forma natural

- O seu tempo de vida, que é por norma superior a 81 dias

Os benefícios

O frango, produzido desta forma, apresenta um sabor e textura inconfundíveis, refletindo-se na qualidade da carne que é de elevada qualidade. Nutricionalmente, os valores de proteína são uma das principais atrações deste alimento, além da reduzida quantidade de gorduras saturadas. São, por isso, uma opção cheia de vantagens a todos os níveis.

São estas características que diferenciam este modelo de criação, legitimando como tal a sua identificação com o frango tradicional de outrora, criado no ambiente da aldeia, alimentando-se de grãos, ervas e tubérculo.

Qual o futuro para estas produções?

As quotas de mercado tenderão a crescer na proporção direta do prestígio e confiança que a imagem de marca dos produtos detém.

Neste capítulo, especial atenção deve ser prestada ao consumidor, alertando-o sobre os distintivos que garantem a genuinidade do produto e informando-o sobre as suas reais características. A este propósito convém salientar que a maior parte dos consumidores têm uma boa impressão da qualidade do frango do campo, mas desconhece em parte as condições de produção e fiscalização em que essa mesma qualidade se baseia.

Podemos estar assim otimistas quanto ao crescimento em Portugal das vendas do Frango do Campo, desde que não se tente impingir ao consumidor gato por lebre.

Fonte: Shoppingspirit

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) instaurou sete processos de contra-ordenação e determinou a suspensão da actividade de quatro operadores económicos da área do pescado, no âmbito de uma acção de fiscalização a lotas, realizada em Outubro.

Desta operação de fiscalização aos operadores económicos a operar como grossistas nos armazéns e entrepostos de pesca localizados no espaço das lotas, resultou ainda a apreensão de 300 quilos de pescado e um equipamento de pesagem, tudo num valor aproximado de três mil euros.

A acção desenvolveu-se em todo o território continental, tendo como principal objectivo a "verificação do cumprimento da legislação em vigor na prossecução da segurança alimentar, da saúde pública e das práticas comerciais leais a montante do retalho, numa fase inicial da cadeia alimentar visando majorar a segurança da mesma e a confiança do consumidor nos géneros alimentícios", refere a ASAE em comunicado.

Assim, foram fiscalizados 68 operadores económicos do Minho ao Algarve, tendo sido instaurados sete processos de contra-ordenação e determinada a suspensão da actividade de quatro operadores económicos. As principais infracções detectadas foram o incumprimento dos requisitos gerais e específicos de higiene, a falta de Número de Controlo Veterinário e a falta de higiene do gelo.

Fonte: Público.pt

Ofício Circular n.º 30 - Trioza erytreae

  • Friday, 27 October 2017 09:44

A DGAV divulga o Ofício Circular n.º 30/2017, referente à revisão das medidas fitossanitárias aplicadas para controlo de Trioza erytreae, atualização da Zona Demarcada e Zona de Vigilância.

Fonte: DGAV

O Parlamento Europeu defendeu na passada terça-feira a proibição do glifosato na União Europeia (UE) a partir de 2022, com restrições até essa data, opondo-se à proposta da Comissão Europeia para renovar a licença deste herbicida por mais 10 anos.

A resolução do Parlamento Europeu, não vinculativa, foi hoje aprovada, na véspera de os Estados-membros votarem a proposta de renovação de autorização do glifosato.

Nos últimos meses sucederam-se as críticas ao glifosato e as petições para que deixe de ser usado, com a apresentação de estudos científicos a provar que é cancerígeno, enquanto a indústria de químicos se baseia igualmente em trabalhos de cientistas para defender o contrário.

Segundo a Avaaz, que se apresenta como uma comunidade de 45 milhões de membros, mais de dois milhões de pessoas, entre os quais 17 mil portugueses, assinaram uma petição dirigida a várias entidades europeias, como o comissário de Saúde da UE, Vytenis Andriukaitis, a pedir a suspensão imediata do glifosato.

"Como cidadãos de todas as partes do mundo, ficamos alarmados ao saber que o glifosato é 'possivelmente cancerígeno para seres humanos' e apelamos para que os senhores exerçam o princípio de precaução e suspendam imediatamente a aprovação do glifosato, presente em herbicidas como o 'Roundup' da Monsanto", refere aquela petição.

"Até que seja comprovada a segurança do glifosato, os senhores devem garantir que as pessoas não sejam expostas a este perigo", acrescenta.

Na segunda-feira, também a organização ambientalista Greenpeace entregou uma petição a dois comissários europeus em Bruxelas, assinada por 1,3 milhões de pessoas, pela proibição do glifosato.

A petição foi baseada num estudo da Agência Internacional para a Investigação sobre o Cancro, um órgão da Organização Mundial de Saúde, que o classificou como "carcinogénico provável para o ser humano" em 2015, ao contrário das agências europeias para a Segurança Alimentar e dos Produtos Químicos.

O diretor executivo da Associação Nacional da Indústria para a Proteção das Plantas (ANIPLA), António Lopes Dias, transmitiu hoje à agência Lusa a preocupação que "o Parlamento Europeu esteja a ser influenciado pelas ONG" (organizações não governamentais), cujas alegações "já foram contrariadas por entidades científicas".

"São 500 milhões de europeus que necessitam ser alimentados", o que exige a utilização de glifosato na agricultura, referiu, realçando que "não há qualquer indício ou parecer" a apontar para a perigosidade do herbicida.

António Lopes Dias insistiu ainda que não renovar a licença para o glifosato "seria um sério revés para a economia portuguesa".

Em julho, a Comissão Europeia manifestou-se favorável à renovação da licença, apoiando-se no relatório da Agência Europeia de Segurança Alimentar (AESA) de 2015, segundo o qual não há razões para classificar o glifosato como cancerígeno. Parte desse relatório, dizem os jornais, terá sido copiado de um documento da empresa que produz o herbicida.

Em 2014, a Quercus lançou uma campanha nacional a apelar aos municípios para que deixem de utilizar pesticidas para eliminar ervas daninhas em jardins e outros locais públicos, com o argumento de que são responsáveis por danos na saúde, podendo provocar cancro.

Em janeiro, o Governo aprovou a proibição de uso de pesticidas em espaços públicos como jardins infantis, parques e jardins urbanos, escolas e hospitais "com o objetivo de reduzir e controlar os efeitos sobre a saúde pública".

Fonte: Diário de Notícias