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Os pescadores podem, a partir desta segunda-feira, voltar a capturar sardinhas, após a interdição decidida em setembro passado, com limites que vão permitir a garantia da sustentabilidade do ‘stock’, conforme assegurou o secretário de Estado das Pescas.

“Face aos dados do recurso que temos, vamos começar a pesca com 10.799 toneladas entre Portugal e Espanha, o que corresponde a 7.181 toneladas (66,5%) para a frota portuguesa, das quais 5.000 até ao final de julho” e as restantes 2.181 toneladas a partir de agosto, indicou na sexta-feira José Apolinário, em declarações à Lusa.

Este limite foi acordado entre Portugal, Espanha e a Comissão Europeia, estando acima das 10.300 toneladas inicialmente propostas por Bruxelas.

“As estimativas que existem [apontam] para uma ligeira recuperação da biomassa, mas é necessário continuar os esforços. Reconhecemos que esta ligeira recuperação se deve muito aos esforços que o setor tem vindo a desenvolver […], mas essa recuperação tem que ser visualizada e consolidada com base nos dados científicos”, sublinhou, na altura, José Apolinário.

O Governo está assim a aguardar os resultados dos cruzeiros científicos realizados na primavera, ressalvando que apesar da “ligeira recuperação” prevista, “as estimativas em termos de biomassa, estão ainda distantes dos pontos de referência ideais”.

Questionado se a quota definida para Portugal e Espanha poderá vir a aproximar-se dos valores sugeridos pelo setor – entre as 15.000 e as 16.000 toneladas – , o secretário de Estado das Pescas reiterou que só os dados científicos podem ditar uma alteração, notando que o Conselho Internacional para a Exploração do Mar (ICES, na sigla em inglês) publicou recentemente um parecer onde aponta que o cenário de pesca para os dois países não deveria ser superior a 7.000 toneladas.

“Com os dados que dispomos neste momento, pensamos que as 10.799 toneladas fazem um equilíbrio entre o estado do recurso e o esforço de pesca”, concluiu.

Em 15 de maio, através de um despacho publicado em Diário da República, o Governo já tinha indicado que de 03 de junho e até ao final do mês a quota (5.000 toneladas) será repartida entre “o grupo de embarcações cujos armadores ou proprietários são membros de organizações de produtores (OP) reconhecidas para a sardinha e o grupo de armadores ou proprietários que não são membros de OP reconhecidas para a sardinha, correspondendo a cada um dos grupos, respetivamente, 4.925 toneladas e 75 toneladas”.

Fonte: Observador

"A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), realizou, a nível nacional, uma operação de fiscalização, dirigida a Supermercados e Hipermercados, atendendo à grande afluência dos consumidores a este tipo de operadores económicos, tendo como objetivo verificar o cumprimento das regras legais aplicáveis ao setor bem como garantir a Segurança Alimentar dos géneros alimentícios", explica a ASAE em comunicado.

Como resultado das ações de fiscalização que decorreram em maio, foram fiscalizados mais de 300 operadores económicos, hipermercados e supermercados, tendo sido instaurados dois processos crime (por especulação de preços e usurpação) e ainda 34 processos de contraordenação.

Entre as principais contraordenações, destacam-se o incumprimento dos requisitos gerais e específicos de higiene, a falta de controlo metrológico em instrumentos de pesagem, a falta de preços em bens, o desrespeito das regras relativas a afixação de preços, a falta de indicações específicas de rotulagem no âmbito de géneros alimentícios, entre outras.

Foram ainda apreendidas 1,2 toneladas de frutos secos por falta de requisitos e cerca de 200 kg de géneros alimentícios diversos incluindo produtos cárneos, frutos frescos, entre outros, bem como 23 instrumentos de pesagem num valor total aproximado de 19 mil euros.

Fonte: Sapo Lifestyle

A Madeira foi o palco escolhido para a terceira reunião anual do projeto EuroCigua, que já se realizou em Madrid e Canárias, e que pretende caraterizar o risco da Ciguatera na Europa, uma intoxicação alimentar provocada pela ingestão de peixes contaminados com ciguatoxina.

Cofinanciado pela Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (European Food Safety Authority – EFSA), esta iniciativa junta seis estados membros – Portugal, Espanha, França, Alemanha, Grécia e Chipre – com a Madeira e as Canárias e terem especial destaque.

Esse protagonismo foi explicado por Ana Canals, coordenadora do projeto, da Agencia Española de Seguridad Alimentaria y Nutrición, que indicou que “a Ciguatera é uma intoxicação alimentar, no campo das biotoxinas, que está distribuída enormemente a nível mundial, nas zonas tropicais e subtropicais. Porém, foi em 2004 que foi registada a primeira intoxicação de ciguatera, primeiro na Madeira – nas Ilhas Selvagens, e depois nas Canárias”.

Dessa forma, os dados disponíveis revelam que, nestas ilhas, foram registados alguns surtos e contabilizados mais de 100 casos nos últimos anos apesar de existirem mais.

Existe dificuldade em referenciar a intoxicação, precisamente porque não há a perceção e métodos de referência laboratoriais para associar surto de intoxicação alimentar à causa da intoxicação por ciguatoxina.

Este projeto pretende mudar este cenário, desenvolvendo soluções e antecipando aquilo que possa a vir a ser um problema. É muito importante consumir peixe, assim como a criação de ferramentas que garantam a sua segurança.

Fonte: JM Madeira

A iluminação aplicada às câmaras frigoríficas para latícinios reduzem nutrientes essenciais do leite, como vitamina A, B2 (riboflavina) e D, de acordo com uma investigação do Reino Unido.

O relatório Leite: exposição à luz e depleção de nutrientes essenciais, expõe que apenas duas horas de exposição a luz LED são suficientes para reduzir o conteúdo de vitamina A no leite. Após 16 horas, a quantidade desta vitamina reduz para metade.

A doutora Catherine Birch, co-autora deste estudo e investigadora na Universidade de Newcastle, refere "Muitas pessoas não se apercebem que a exposição do leite à luz de interiores pode ter um efeito negativo. As consequências deste efeito podem ser influenciadas pela intensidade e pelo tempo de exposição, sendo que quanto maior for esse período, maior é a deterioração do leite".

Em conjunto com um professor da mesma universidade, Graham Bonwick, Birch também descobriu que 20 minutos de exposição à luz reduzem os níveis de rivoflavina no leite em 28%.

Um dos estudos mencionados na investigação de Catherine é Efficacy of light-protective additive packaging in protecting milk freshness in a retail dairy case with LED lighting at different light intensities. Neste estudo, concluí-se que sistemas de luz LED de baixa intensidade causam a degradação dos nutrientes do leite em 4 horas enquanto que uma luz de maior intensidade em combinação com um maior tempo de exposição, rapidamente incrementou o processo de oxidação.

A redução da qualidade nutritiva do leite não se resume à exposição de luz LED, fontes de luz natural e artificial como a fluorescência são também responsáveis pelo mesmo fenómeno.

A utilização de luzes brilhantes no retalho serve o propósito de tornar a venda do leite mais apelativa, contudo repensar a embalagem torna-se essencial perante este cenário. Sugere-se portanto que as embalagens sujeitas a este tipo de exposição apresentem eficácia comprovada de proteção contra a luz, minimizando a perda de nutrientes.

Fonte: Nutra Ingredients

Uma mulher faleceu e outra perdeu o seu bebé devido a listeriose após consumo de queijo de leite cru. O queijo foi produzido pela empresa Fromagere de la Brie, cuja produção foi interrompida em Abril e cujos produtos foram também retirados de mercado.

A identificação destes dois casos de listeriose ocorridos em março deste ano permitiram identificar claramente a fonte de contaminação.

Desde a decisão de suspensão de operações, a referida empresa desestabilizou mais de 50 cargos por duração indeterminada.

O produto contaminado foi distribuído para a Austrália, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Alemanha, Hong Kong, Irlanda, Itália, Japão, Nova Jérsia, Luxemburgo, Macau, Maurícia, Myanmar, Holanda, Noruega, Oman, Filipinas, Polónia, Roménia, Senegal, Singapura, África do Sul, Espanha, Suécia, Suíça, Tailândia, Emirados Árabes Unidos e Reino Unido.

Fonte: Food Safety News

Para desenhar a Estratégia Nacional e Plano de Ação de Combate ao Desperdício Alimentar, o Governo criou em 2016, a Comissão Nacional de Combate ao Desperdício Alimentar (CNCDA). Esta irá medir o índice de desperdício em Portugal a partir do próximo ano.

O desperdício alimentar é estrondosamente maior ao nível do consumo doméstico quando comparado ao retalho, restauração ou indústria. Pelo menos 40% do desperdício, e em alguns casos mais, é gerado em nossas casas.

Mediante estas estatísticas, o chefe de divisão de Organização da Produção Agroalimentar do Ministério da Agricultura, Nuno Manana, refere que a solução é clara e passa pela alteração de comportamentos.

Neste sentido, o Governo irá lançar, até ao fim do ano, um serviço eletrónico para reduzir o desperdício alimentar. A plataforma promete facilitar o contato entre as instituições e os produtores, de acordo com a localização e o tipo de alimentos.

Além desta iniciativa, outro marco irá acontecer no próximo ano relativamente à medição do desperdício alimentar em Portugal através de um sistema europeu. O objetivo é medir a evolução anualmente, até 2030, e tentar reduzir o desperdício para metade, segundo as metas da Nações Unidas. Na prática, em finais de 2020, Portugal terá os primeiros registos oficiais sobre o desperdício alimentar no país.

O Ministério da Agricultura admite ainda que é preciso reforçar as campanhas de sensibilização previstas na Estratégia Nacional de Combate ao Desperdício Alimentar, para reeducar e corrigir comportamentos, à semelhança do que tem sido feito com a reciclagem.

Fonte: TSF

Este ano, Brassica oleracea ou couve kale foi a terceira classificada pelo Environmental Working Group (EWG) na lista de frutas e vegetais com maiores quantidades de resíduos de pesticidas. Em primeiro lugar está o morango, seguido do espinafre e depois a couve kale.

Este resultado é consequência da amostragem anual efetuada pelo Departamento de Agricultura dos Estados-Unidos (USDA) e da Food and Drug Administration(FDA) ao nível dos resíduos de pesticidas em frutas, vegetais e legumes.

A couve kale de produção convencional, nomeadamente as suas amostras revelaram que mais de 92% destas exibiam pelo menos dois tipos de resíduos de pesticidas. Outras incluíam tantos quanto dezoito tipos diferentes de pesticida.

Todos os anos as frutas e vegetais testados variam assim como os pesticidas em análise, sendo que a última vez que a couve kale tinha sido testada foi em 2009 onde protagonizou o oitavo lugar da lista.

Nesta análise, a couve kale continha resíduos de imidacloprida, um substituto de nicotina que é tóxico para insetos. Contudo, em 2019 este pesticida não foi contemplado.

Uma das razões que justifica o maior nível de contaminação têm que ver com o crescimento rasteiro da planta, muito próximo do chão e facilitando a exposição a insetos. Além disso, as delicadas folhas da couve kale tornam-na uma excelente candidata à pulverização de modo a evitar infestações.

Apesar destes resultados e das preocupações em torno dos pesticidas, as pessoas não devem ser dissuadidas de consumir fruta fresca e vegetais. Uma boa opção passa por selecionar frutas e vegetais menos contaminados como o abacate, milho doce, ananás, ervilhas, cebolas, papaias, beringelas, espargos, kiwis, repolhos, couve-flor, brócolos, cogumelos, entre outros.

Fonte: Time

A sidra é uma bebida obtida a partir da fermentação do sumo de maçã, com um conteúdo alcoólico entre 4,5% e 7%.

Esta pode ser obtida por utilização de frutos frescos, espremidos no momento, mas também através de concentrado de sumo de maçã ou da combinação de ambos.

No caso do uso exclusivo de concentrado, ocorre uma carência de aminoácidos e minerais essenciais ao metabolismo das leveduras pelo que a fermentação é pouco eficiente, dando origem a sidras de baixa qualidade.

Contudo, a utilização de concentrado de sumo de fruta em microcervejaria torna-se ideal, facilitando a sua produção em países onde a maçã é escassa. Além disso, o concentrado é mais resistente à degradação microbiológica e química, como resultado da redução da atividade de água.

Em celebração desta bebida e com o objetivo de distinguir as melhores sidras a nível mundial, criou-se o prémio The World Cider Awards, o qual Portugal já ganhou em 2018.

Um recente estudo de mercado quantifica, na vaga global de 2018, em um milhão e 593 mil o número de indíviduos que referem ter consumido sidra nos últimos 12 meses. Este valor representa 19,3% dos residentes em Portugal Continental, com mais de 18 anos.

O consumo desta bebida tem crescido sistematicamente e parece ser segmentado por idade: mais de metade do seus consumidores tem menos de 35 anos, representando uma percentagem de 80,9%. A taxa baixa para um mínimo de 6,3% junto dos indivíduos com mais de 64 anos.

Fonte: Grande Consumo

A proposta de iniciativa de cidadania intitulada "Salvemos as abelhas! Proteção da biodiversidade e melhoria dos habitats dos insetos na Europa" sustenta-se na fundamentalidade da presença de insetos nos ecossistemas para garantir a segurança alimentar.

Nesse sentido, a Comissão deverá adotar legislação para manter e melhorar os habitats dos insetos, indicadores de preservação do ambiente. As principais linhas de atuação são a redução drástica da utilização de pesticidas, a proibição daqueles que se provem nocivos e a reestruturação dos critérios de elegibilidade

Além do referido, pretende-se ainda promover uma maior diversidade estrutural das paisagens agrícolas que permita eficazmente reduzir os fertilizantes. Toda a iniciativa parte do pressuposto da intensificação de investigação na área, bem como na melhoria do acompanhamento e educação para a temática.

Consulte a Decisão (UE) 2019/847 da Comissão, hoje publicada e que entra em vigor a 27 de maio de 2019, para um melhor entendimento sobre os objetivos da iniciativa.

Fonte: EuroLex

A utilização de aditivos alimentares remonta milhares de anos, sendo que os primeiros processos de conservação alimentar resumem-se a salmoura, vinagre e fumagem.

Posteriormente, presenciou-se um aumento considerável do número de substâncias naturais e artificiais, com as mais variadas funções adicionadas aos alimentos pela indústria alimentar moderna.

Apesar do seu uso estar perfeitamente disseminado, mediante autorização da União Europeia, pouco se sabe a nível científico sobre as reações adversas e, particularmente, hipersensibilidade imunológica. Ainda assim, sabe-se que a prevalência de reação a aditivos alimentares é reduzida e, por isso, muitas vezes não diagnosticada.

Os aditivos podem ser classificados de acordo com a sua função, cor ou com base na sua origem natural ou sintética. No último caso, sabe-se que a maioria dos corantes utilizados são sintéticos.

No caso de corantes alimentares como o carmim (E120), colorau (E160b) e açafrão (E164) existem declarados raros casos de anafilaxia. Os corantes podem também causar asmaalterações na mucosa gástricamanifestações na pele(urticária, dermatite), entre outros.

Os efeitos não se limitam a reações imunológicas e, em muitos casos, exigem requisitos adicionais de rotulagem.

É o caso dos corantes azóicos como a Tartarazina (E 102), Amarelo-Sol FCF (E110), Azorrubina (E122), Ponceau 4R (E124) e Vermelho-Altura AC (E129) em que se exige a indicação adicional Nome ou número E do(s) corante(s): pode causar efeitos negativos na atividade e na atenção das crianças, estabelecido no Anexo V do Regulamento (CE) n.º 1333/2008.

Existem muitos estudos no caso particular das crianças e corantes, contudo é importante relembrar que a reação alérgica é rara e de manifestação clínica pouco grave na população em geral, estando a probabilidade apenas aumentada em indivíduos atópicos ou em situações de exposição excessiva.

Um dos principais problemas de diagnóstico da reação a corantes alimentares é a identificação dos agentes causadores, que apenas se pode perceber por um histórico comparativo de reação ao consumo de alimentos com ou sem aditivos.

O tratamento passa por evitar o corante causador visto não existirem procedimentos documentados de dessensibilização eficaz.

Fonte: Annals of Allergy, Asthma & Immunology