Um estudo publicado na revista Nature Sustainability defende que é necessário redistribuir culturas a nível regional, adotar diferentes práticas agrícolas e aumentar o comércio internacional para responder de forma sustentável à procura crescente de alimentos.
Plantar culturas menos intensivas em áreas mais secas, desenvolver a agricultura urbana e vertical e reduzir o consumo de carne na dieta humana são alguns dos caminhos apontados, tendo em conta as necessidades globais de água e alimentos até 2050.
De acordo com os especialistas, os recursos de água doce estão sob crescente pressão, já que cerca de 70% da água doce a nível global é utilizada para culturas agrícolas irrigadas, que asseguram 40% dos alimentos no mundo.
Os resultados da investigação indicam que para uma produção sustentável é necessário expandir a área de terra usada para agricultura em 100 milhões de hectares, aproximadamente 100 milhões de estádios de futebol, tendo em conta as necessidades de alimento.
Além disso, será necessário um fluxo adicional de comércio entre 10% a 20% a partir das regiões abundantes em água para as zonas mais secas, sendo que os principais fluxos vão da América Latina para o Médio Oriente e China.
Esta é uma das primeiras avaliações integradoras, que quantifica de forma rigorosa o efeito da proteção dos ecossistemas aquáticos nas captações de água, na produção global de alimentos e nos fluxos comerciais.
Para o estudo, foram usados cenários de mudanças climáticas e alterações socioeconómicas desenvolvidos pela comunidade científica para o Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas.
Fonte: Sapo Lifestyle
Todos os materiais de que dispomos para conservar alimentos no frigorífico possuem prós e contras. Sempre que comprar caixas, película aderente, folha de alumínio ou outros recipientes para embalar alimentos, verifique se são adequados: devem conter a indicação “para contacto com alimentos”, ou um pequeno símbolo com um copo e um garfo.
Se costuma escolher alimentos já embalados em recipientes de plástico, considere comprá-los a granel. Dessa forma, evita o uso de plásticos desnecessários – muitos dos quais não são recicláveis – e garante que compra apenas as quantidades de que necessita, diminuindo o desperdício alimentar.
Não existe um material que seja, de forma total, o mais adequado para todos os alimentos. O alumínio, por exemplo, é desadequado para cobrir tachos e frigideiras e não pode ir ao micro-ondas.
Para além disso, o seu contacto com alimentos ácidos e salgados, como o tomate, as azeitonas, a maionese, o vinagrete e o molho de tomate, pode provocar a migração de partículas do alumínio para os alimentos. Nestes casos, é preferível utilizar película aderente.
Escolha película aderente de polietileno (PE) e não de PVC. A película aderente de PVC está associada a um maior risco de migração de partículas do plástico para os alimentos e possui resíduos nocivos para o ambiente.
Para os restantes alimentos, guarde a cábula:
• A película aderente é a mais adequada para guardar peixe e carne frescos;
• Para conservar queijo, escolha também película aderente ou uma caixa de plástico;
• Os produtos de charcutaria devem ser guardados em caixas de plástico;
• Uma caixa de plástico que permita a passagem do ar e da humidade é o melhor recipiente para guardar fruta e legumes.
Se pretende conservar ou congelar alimentos, garanta que o seu congelador está à altura do desafio. Segundo a DECO PROTESTE, só os congeladores com 4 estrelas têm capacidade para congelar alimentos. Se tiverem 3 estrelas ou menos, destinam-se apenas a conservar alimentos comprados já congelados.
Fonte: Sapo Lifestyle e Deco Proteste
A SIBS acaba de disponibilizar um novo Portal de Indicadores de Consumo que permite consultar mais de mil milhões de indicadores sobre o consumo em Portugal, acessíveis de forma simples, em diversos formatos, tais como gráficos, mapas e infografias.
O Portal de Indicadores de Consumo (www.sibsanalytics.com) é baseado em informação recolhida através dos pagamentos eletrónicos e acesso a numerário processados pela SIBS, mas apresenta apenas dois anos de dados relativos de consumo, anonimizados, encriptados e seguros.
Proporciona, de forma macro, agregada e aproximada, uma visão 360 graus sobre o consumo e as caraterísticas dos consumidores portugueses e estrangeiros em Portugal, através de um conjunto selecionado e representativo de dados relativos a operações de pagamento.
O Portal representa inovação e dinamização da Economia Digital em Portugal, facilitando um acesso fidedigno de informação a empresas e clientes. Explore o site e descubra quais os setores e produtos mais requisitados por época, grupo de consumo, entre outras variáveis.
Fonte: Grande Consumo
De acordo, com o Regulamento (UE) n.º 16/2011, o excesso de um limite legal, como por exemplo, não conformidade com o quadro regulatório nacional e europeu não significa sistematicamente que uma notificação RASFF deva ser emitida.
Deste modo, uma avaliação do nível de risco é necessária para decidir a emissão do alerta. A EFSA, em consideração deste facto desenvolveu uma metodologia de análise desse mesmo risco que permite uma classificação rápida e consistente.
A metodologia foi criada para a avaliação de contaminantes em materiais em contato com os alimentos, substâncias farmacologicamente ativas e outros contaminantes em alimentos.
Em relatório, sugere-se uma avaliação do risco com base na análise das propriedades toxicológicas e na exposição dietária ao elemento em questão. O resultado é posteriormente expresso em comparação com um nível de referência pré-determinado.
A ferramenta Rapid Assessment of Contaminant Exposure (RACE), sustentada na base de dados europeia da EFSA, auxilia no processo de estimativa destes níveis de referência. Além disso, recomenda-se a implementação das terminologias FoodEx2 (categorias alimentares) e PARAM (perigos) com vista a aumentar a harmonização e facilitar a avaliação de risco.
Para consultar o relatório completo e perceber a aplicação desta nova ferramenta, por favor, clique aqui.
Fonte: EFSA
Quem tem doença celíaca deve excluir o glúten da alimentação, contudo há quem compre produtos sem glúten para ajudar a emagrecer, o que é um mito.
A Deco Proteste analisou várias marcas de quatro tipos de bolachas sem glúten, nomeadamente com pepitas de chocolate, com cobertura de chocolate, com recheio de chocolate e waffers de chocolate.
Os resultados são conclusivos. As bolachas analisadas não apresentaram diferenças nutricionais significativas em comparação com os produtos equivalentes com glúten, sendo altamente calóricas.
É particularmente importante alertar que existe a forte possibilidade de se vir a desenvolver a intolerância ao glúten quando este é retirado da alimentação sem razão clínica que o justifique.
Até à data, não existem evidências científicas que indiquem que a população em geral beneficia de uma dieta isenta de glúten.
Saiba mais sobre a análise efetuada a esta gama de produtos, aqui.
Fonte: Deco Proteste
A certificação Halal é de cunho religioso e tem por objetivo assegurar aos praticantes do Islão que um alimento é livre de quaisquer ingredientes, auxiliares tecnológicos ou contaminações não autorizados segundo o Alcorão Sagrado.
A palavra Halal é árabe e em português significa lícito, permitido. Nos termos da certificação, compreende todos os alimentos ou elementos Haram cujo consumo, direto ou indireto, é proibido:
✗ Carne e derivados de suínos, assim como animais que foram sujeitos a abates não Halal (bovinos, caprinos, ovinos e aves);
✗ Sangue de qualquer animal, incluindo aqueles abatidos como Halal;
✗ Bebidas alcoólicas;
✗ Insetos, com exceção do gafanhoto e cochonilha.
Considerando os requisitos religiosos de alguns países islâmicos, distribuidores e clientes exigem que as indústrias alimentares apresentem um certificado Halal, o qual deve ser emitido por uma instituição islâmica, devidamente registada e reconhecida, que garanta um produto 100% livre de elementos Haram.
Uma possível abordagem no caminho da certificação, envolve a separação física dos elementos proibidos, bem como metodologias de validação da higienização de equipamentos e utensílios em contato com estes. Esta assemelha-se aos procedimentos aplicados no caso dos alergénios.
Para saber mais sobre este assunto, visite a página oficial do Instituto Halal onde pode consultar as atuais empresas portuguesas certificadas e outras informações relevantes.
Fonte: Food Safety Brazil
As bagas congeladas são utilizadas como ingrediente de smoothies, bolos, gelados, geleias e xaropes, entre outros alimentos, e podem ser ingeridas sem terem sofrido uma etapa de processamento para reduzir ou eliminar patogéneos.
Deste modo, morangos, framboesas e amoras podem apresentar contaminações biológicas se manuseadas por um trabalhador infetado, que não tenha aplicado as regras de higiene das mãos apropriadas, ou até se estes frutos forem expostos a água agrícola contaminada ou uma superfície não higienizada.
Apesar da congelação preservar as bagas, não é suficiente para eliminar patógeneos, que sobrevivem a baixas temperaturas. Nas mais recentes décadas, as bagas congeladas estiveram associadas a múltiplos surtos de hepatite A e norovírus.
Por este motivo, a FDA encontra-se de momento e durante os próximos 18 meses a recolher amostras de bagas congeladas de unidades de produção, centros de distribuição, armazéns e localizações de retalho.
Os resultados desta intervenção serão revelados na página oficial FY 19-20 Frozen Berries Assignment, sendo que sempre que uma amostra for positiva ações de proteção da saúde pública deverão ser tomadas.
Fonte: Food and Drug Administration (FDA)
O relatório elaborado pela EFSA sumariza os dados de monotorização em 2017 relativamente à presença de resíduos de medicamentos veterinários e outras substâncias em animais vivos e produtos derivados na União Europeia (EU).
Este foi divulgado ontem e analisa a presença de substâncias não autorizadas, de resíduos de substâncias farmacologicamente ativas ou contaminantes químicos que representem um fator de risco para a saúde pública.
No quadro regulamentar europeu, o Regulamento (EU) n.º 37/2010 define limites máximos de resíduos em animais produtores de alimento e produtos de origem animal, enquanto que os níveis máximos de pesticidas em alimentos e rações de origem vegetal e animal encontram-se estabelecidos no Regulamento (CE) n.º 396/2005.
Outros documentos legislativos, como o Regulamento (CE) n.º 1881/2006 expõe os limites máximos de contaminantes em produtos animais, assim como a Diretiva 96/23/CE prevê medidas de monotorização de resíduos, maioritariamente substâncias farmacologicamente ativas. Por último, a Decisão da Comissão 97/747/CE estabelece as frequências de amostragem para os produtos de origem animal.
Com base nesta informação, critérios e requisitos, 28 Estados-Membros contribuíram para um total de 708,880 amostras analisadas.
Em geral, no ano de 2017, a frequência total de amostras não conformes (0.35%) foi comparável aos anteriores dez anos (0.25%-0.37%).
Clique aqui para consultar os resultados desta análise em detalhe.
Fonte: EFSA
No passado dia 10 de maio, foi divulgado no site da Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) a ficha técnica para a produção, controlo e certificação de material de propagação de Groselheira, Ribes L.
Clique aqui para aceder à ficha mencionada, onde constam os procedimentos para implementação da certificação.
Fonte: DGAV
Trocar hidratos de carbono refinados por abacate fresco pode suprimir significativamente a fome e aumentar a satisfação com a refeição, de acordo com um estudo recente do Centro de Investigação em Nutrição do Instituto de Tecnologia de Illinois.
Um dos objetivos do referido estudo foi demonstrar que é possível efetuar estas trocas e aumentar a resposta à saciedade, mantendo aproximadamente o mesmo número de calorias.
Apesar do nível mais elevado de calorias associado às gorduras, estas têm vindo a ser consideradas como menos saciantes do que os hidratos de carbono ou proteínas.
Nem sempre é esse caso, sobretudo aquando de substituições na composição de uma mesma refeição, como os hidratos de carbono refinados por gorduras vegetais.
As gorduras são demonizadas, os hidratos de carbono também. Esta é a razão para a atual aposta na proteína, contudo o excesso desta também é nocivo. Recomenda-se, portanto, diversidade alimentar e moderação de porções.
O abacate surge como uma alternativa nutricional saciante cuja composição incluí gorduras saudáveis e fibra, sendo esta interação objeto de interesse.
Uma das descobertas do estudo do Centro de Investigação em Nutrição, relaciona-se com os níveis de PYY, uma hormona intestinal associada à supressão do apetite, que aumentam na ingestão deste fruto rico em gordura.
Não existe uma solução que se adeque a todos no que toca à composição ótima de uma refeição para a gestão do apetite. Ainda assim, compreender a relação entre a química do alimento e os seus efeitos fisiológicos em diferentes populações promove uma aproximação às recomendações dietárias personalizadas.
Fonte: Food Navigator
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