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O Parlamento Europeu (PE) propôs ontem uma estratégia de grande escala e a longo prazo para proteger a saúde das abelhas e o seu repovoamento, apoiar os apicultores europeus e promover o mel e a sua utilização terapêutica.

Entre as medidas apresentadas pelos eurodeputados encontra-se a proibição de substâncias ativas dos pesticidas, como os neonicotinóides, e o recurso a produtos ou métodos agronómicos alternativos seguros.

Num relatório publicado na quarta-feira, a Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) confirmou que o uso de três pesticidas neonicotinóides -- clotianidina, imidaclopride e tiametoxame -- é nocivo para as abelhas. A Comissão Europeia impôs restrições sobre a utilização destas substâncias em 2013, e, em 22 de março, vai votar a sua proibição total.

Os eurodeputados propõem também um plano de ação para combater a mortalidade das abelhas, o aumento do financiamento ao setor da apicultura e a introdução de um regime de compensação nos programas apícolas nacionais para a mortalidade das colónias de abelhas, resultante de catástrofes naturais, doenças ou predações.

A assembleia europeia recomenda ainda programas de criação de abelhas resilientes a espécies invasoras, como o Varroa destructor, a vespa asiática e a loque americana, e o desenvolvimento de medicamentos inovadores.

Os eurodeputados instam a Comissão e os Estados-membros a porem em prática medidas para aumentar a proteção e o apoio financeiro às populações locais de abelhas melíferas em toda a União Europeia (UE), incluindo através de zonas de conservação das abelhas endémicas legalmente protegidas.

O PE quer também que sejam reforçados os controlos veterinários fronteiriços e no mercado interno, e que sejam realizadas amostragens e testes oficiais ao mel proveniente de países terceiros nas fronteiras externas da UE, notando que as importações de baixa qualidade, as adulterações e os sucedâneos continuam a exercer pressão sobre os preços.

Os eurodeputados pedem ainda à Comissão que elabore um relatório sobre as diferentes práticas terapêuticas que utilizam mel, pólen, geleia real e veneno de abelha na UE, salientando a importância crescente da apiterapia como uma alternativa natural ao tratamento com medicamentos convencionais.

As abelhas prestam um serviço fundamental ao ecossistema e à agricultura na UE ao polinizarem as flores, segundo um relatório sobre as perspetivas e os desafios para o setor da apicultura na UE, aprovado por 560 votos a favor, 27 contra e 28 abstenções.

Em alguns Estados-membros, o número de colónias de abelhas diminuiu devido aos efeitos das alterações climáticas, de determinadas substâncias ativas dos pesticidas e de perturbações no mercado interno do mel.

A UE produz cerca de 250.000 toneladas de mel por ano, sendo o segundo maior produtor a nível mundial, depois da China.

Cerca de 84% das espécies vegetais e 76% da produção alimentar na Europa dependem da polinização efetuada pelas abelhas selvagens e domésticas.

Fonte: Diário de Notícias

"É exótico. É instagramável. Hoje é mais trendy uma tapioca com óleo de coco do que pão com azeite, apesar de os benefícios estarem do lado deste último.”

Dizer que o óleo de coco é a gordura mais saudável é perpetuar um boato, que já vai longe. Chegou aos blogues, aos livros de receitas e aos gabinetes de muitos nutricionistas que o recomendam. A história começa de duas formas. Primeiro, lá longe, na Polinésia, Filipinas, Sri Lanka, Kitava ou algumas zonas da Índia, onde esta é a gordura mais utilizada. As populações destes países têm bons indicadores de saúde, como a baixa prevalência de doenças cardiovasculares ou hipercolesteroemia (aumento da concentração de colesterol no sangue). E há quem atribua ao óleo de coco os louros para estes bons números.

Mas na base do perfil saudável destes habitantes estão factos bem mais relevantes. “Têm uma alimentação bastante rica em fibra (pelo consumo de fruta e legumes), baixa em alimentos açucarados e carnes processadas e rica em peixe, já para não falar do estilo de vida antagonicamente diferente do ocidental”, explica Pedro Carvalho, nutricionista e autor da citação com que abrimos este artigo. “Seria mais correcto dizer que estas populações apresentam estes indicadores, apesar da existência de óleo de coco na sua dieta e não devido a ele”, acrescenta o professor da Universidade Católica Portuguesa e Instituto Superior da Maia.

A outra história remonta a 2003, e começa com um estudo realizado por uma investigadora canadiana da Columbia University. “O óleo de coco tem uns ácidos gordos de cadeia média interessantes, mas só fazem parte da sua constituição em 13%. Uma investigadora isolou esses ácidos e concentrou-os num só produto. O resultado do estudo mostrou resultados benéficos”, relata à MAGG o investigador e professor da Faculdade de Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto, Vitor Hugo Teixeira.

O problema é que, como diz, “uma orquestra é muito mais do que 20 violinos”. Ou seja, as vantagens destes ácidos gordos concentrados não vão estar presentes no óleo de coco porque, primeiro, a quantidade é pouca e, depois, porque existem outros constituintes neste produto. Mas o zunzum ignorou estes dois princípios, ganhou força e perdeu o controlo. De tal forma que a mesma investigadora, em 2017, “sentiu necessidade de estudar o óleo de coco só para mostrar os benefícios que ele não tinha.”

Qual é o problema do óleo de coco?

O óleo de coco não é um demónio, mas também não é a melhor gordura do mundo. Não há prova de perigos, mas também não há estudos conclusivos para suportar todos os benefícios que se apontam ao óleo de coco.

Há quem associe o óleo de coco a uma perda de gordura corporal mais acelerada, pela presença destes “ácidos gordos de cadeia média interessantes” que podem ajudar aumentar o gasto calórico e a reduzir o apetite. Mas, mais uma vez, surge a questão da proporção: a sua presença no óleo de coco não tem força suficiente para surtir estes efeitos. Quem consome esta gordura em excesso poderá ver o reverso da medalha porque a gordura tem calorias: “Pode aumentar os níveis de massa gorda, porque, sendo uma gordura, terá as mesmas nove calorias por grama”, diz Pedro Carvalho, autor do livro “Os Mitos que Comemos”. “As pessoas que tomam o óleo de coco à espera de emagrecer podem acabar por engordar.”

O óleo de coco tem um total de 85% de gordura saturada. E, apesar de nem todos os ácidos gordos deste tipo serem iguais — e de já não terem uma conotação tão negativa, face há uns anos — a verdade é que “o seu consumo elevado continua a não ser recomendado”, diz Vitor Hugo Teixeira.

Mas há mais informações contraditórias e confusas. Há quem afirme que este óleo é benéfico para a redução do colesterol mau (o LDL) e aumento do colesterol bom (o HDL). Mas ainda não há provas suficientes para sustentar os benefícios ou malefícios deste produto. Pedro Carvalho explica que “os sete ensaios clínicos que compararam directamente o óleo de coco com gorduras predominantemente mono e polinsaturadas verificaram que que em todos eles, o óleo de coco aumentou o colesterol total”, diz. “Em seis desses sete aumentou o colesterol mau e em 5 desses sete aumentou também o bom.”

Para Pedro Carvalho, a maior vantagem é ser “uma gordura estável para cozinhar”, pela presença de muitos ácidos gordos saturados mais resistentes à oxidação e polimerização (referente à alteração das moléculas). Contudo, isto apenas acontece se a gordura for usada apenas uma vez. Como explica,“a sua utilização contínua em fritura de imersão, por exemplo, pode levar à produção de compostos potencialmente carcinogénicos, uma vez que tem um ponto de fumo baixo”, ou seja uma temperatura propícia à formação destes compostos.”

Qual é, então, a melhor gordura?

O nutricionista, e cronista do jornal “Público”, não hesita: o azeite é a melhor opção. É rico em “ácidos gordos monoinsaturados”, tem “mais compostos antioxidantes, anti-inflamatórios e vitamina E, daí estar associado à redução do risco cardiovascular, algo a que o óleo de coco não está.” Além disso, também tem “resistência térmica”, o que faz com que, a temperaturas altas, “a sua degradação seja menor.” No entanto, deixa o alerta: “Fritar, seja com que gordura for, é sempre o pior dos métodos de confeção.”

E termina: “Um bom slogan para o óleo de coco podia ser: melhor que manteiga, mas ainda muito longe do azeite.”

Fonte: MAGG.pt

Uma maior variedade no prato desde cedo, logo na infância, significa uma melhor relação com os alimentos, opções mais saudáveis, maior vontade de experimentar novos sabores. Menos variedade no prato, menor interesse pela comida e maior risco de má nutrição.

Diversificar a alimentação na infância ajuda a ter melhores hábitos alimentares. Esta é uma das conclusões de um estudo da Unidade de Investigação em Epidemiologia (EPIUnit), do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), que avaliou a diversidade alimentar de cerca de 4700 crianças dos quatro aos sete anos, da coorte Geração XXI – projeto iniciado em 2005, que acompanha o crescimento e o desenvolvimento de mais de oito mil crianças da cidade do Porto. A investigação foi publicada na revista Appetite.

O estudo analisou de que forma a variedade alimentar, ou seja, o número de alimentos ou de grupos de alimentos diferentes que são consumidos ao longo de um período de tempo, influenciava o apetite e a relação que as crianças têm com a comida a longo prazo.

Em concreto, os investigadores estudaram se a exposição precoce a uma maior variedade de alimentos saudáveis, como fruta e vegetais, levava as crianças a terem uma melhor relação com os alimentos e a fazerem opções mais saudáveis. E confirmaram que assim é.

«Este estudo veio mostrar que, se promovermos uma maior diversidade alimentar, desde cedo, as crianças terão, mais tarde, uma melhor relação com os alimentos e tenderão a comer mais saudável. É por isso importante que os pais apostem na variedade alimentar e que adotem estratégias que promovam a aceitação e consumo de alimentos saudáveis pela criança», diz Sofia Vilela, primeira autora da investigação, coordenada por Carla Lopes.

O estudo também analisou a preocupação dos pais a respeito do controlo do apetite e das respostas à ansiedade por parte dos filhos. «O aumento da variedade alimentar melhora comportamentos. As crianças são menos seletivas, aceitam melhor novos alimentos e alimentos diferentes. Têm um maior gosto na refeição e também têm uma menor propensão para bebidas açucaradas», adianta Sofia Vilela à NM. E os riscos de má nutrição diminuem.

A investigadora sublinha que é preciso estratégias para diversificar a alimentação na infância. «Os pais devem insistir, não devem desistir», refere. Recomenda-se que se insista pelo menos 10 vezes em incluir um alimento saudável na refeição dos mais novos. Não insistir todos os dias, mas regularmente, pelo menos uma vez por semana.

Modificar a confeção da comida para a tornar mais apetecível é outra sugestão da investigadora, bem como ter em casa alimentos saudáveis mais acessíveis e apostar em formas mais fáceis de os consumir.

Uma outra estratégia pode passar por incentivar a criança com uma recompensa tangível, como, por exemplo, um autocolante para colecionar, se comer um alimento saudável. «Não se deve recompensar a criança com alimentos de que ela goste, porque podemos provocar o efeito contrário. Esta poderá, por exemplo, passar a gostar ainda menos da sopa e mais do chocolate», avisa Sofia Vilela.

Fonte: Notícias Magazine

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e o Laboratório de Inteligência Artificial e Ciência dos Computadores da Universidade do Porto vão desenvolver um novo método com base em algoritmos para ter mais sucesso nas ações de fiscalização.

Este é um dos projetos do governo que aposta na ciência dos dados e na inteligência artificial para melhorar a Administração Pública. O trabalho vai demorar cerca de ano e meio.

O investigador Luís Reis vai liderar a investigação para encontrar este algoritmo que cruze as várias e enormes bases de dados da ASAE e explica que a meta é "desenvolver modelos que permitam uma seleção mais inteligente das empresas a fiscalizar".

O objetivo do governo é criar um novo modelo matemático de análise de risco que permita à ASAE ter maior sucesso na deteção de empresas infratoras, algo que como sublinha o investigador do Laboratório de Inteligência Artificial seria impossível sem o recurso aos computadores.

O Secretário de Estado Adjunto e do Comércio também destaca o potencial do trabalho que está a ser feito pela Universidade do Porto.

Fonte: TSF

A DGAV – Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária acaba de publicar o Relatório de controlo de resíduos de pesticidas em produtos de origem vegetal, referente ao ano de 2016. E conclui que excederam os limites máximos de resíduos (LMR) 6 amostras de produtos vegetais, ou seja, 1,67% do total.

Daquelas amostras, foram consideradas como sendo infracções ao LMR 3 amostras (0,83% do total das amostras de produtos vegetais). Todas de origem nacional.

No global, os dados obtidos permitiram concluir que 54,3% das amostras de produtos vegetais, apresentavam resíduos inferiores ao LMR (195 amostras) e que 44% (158 amostras) não apresentavam resíduos.

Presença de pesticidas a diminuir

O número de amostras com resíduos excedendo o LMR foi de 2,8 % em 2015, 3,9% em 2014, 5,9% em 2013, 3.9% em 2012 e 2.8% em 2011. Nos anos anteriores representou 2,1%, 3,5%, 5,9%, 2,1% e 2,3% das amostras analisadas, respectivamente em 2015, 2014, 2013, 2012 e 2011.

Quanto à origem, e com referência aos dados aglutinados respeitantes ao controlo de resíduos em produtos de origem animal e vegetal, tal como reportados pela EFSA — European Food Safety Authority, cerca de 87% do total das amostras analisadas em 2016 (incluindo baby food e produtos de origem animal) eram de proveniência nacional, 12% eram provenientes da União Europeia,1% de países terceiros e 0.5% de origem desconhecida.

As 6 excedências aos LMRs ocorreram em amostras de produtos vegetais de origem nacional.

As 11 amostras de cereais (não transformados), não apresentavam resíduos (5 analisadas pela Neotron para pesquisa de AMPA, glifosato e glufosinato de amónio, 1 pelo LRVSA Madeira e 5 pelo LRP).

Foram analisadas 9 amostras de farinha (7 amostras de cereal transformado analisadas pelo Neotron, e 2 amostras analisadas pelo LRVSA Madeira) que também não apresentavam resíduos.

Risco para o consumidor?

A DGAV esclarece no relatório que ‘excedência’ não é sinónimo de ‘infracção’ porque ao resultado obtido na análise se deve associar o valor da incerteza do método, o qual foi definido a nível comunitário como sendo 50% do valor encontrado.

É considerada infracção quando a excedência associada à incerteza ultrapassa o valor do LMR.

Também refere o relatório que os LMR “não são apenas valores seguros para o consumidor, tanto quanto os conhecimentos técnicos e científicos disponíveis no momento o permitem afirmar”.

Com efeito, para além daquele requisito indispensável, o LMR é “também o valor de resíduos mais baixo possível que se encontra associado a práticas fitossanitárias autorizadas nas culturas. Em consequência deste último critério, a eventual transgressão de um LMR, se bem que ilegal, e como tal punida por lei, não se traduz necessariamente em risco para o consumidor”.

Pode consultar o relatório completo aqui.

Fonte: Agroportal

A juntar à recente notícia de abertura de mercado para carne fresca de bovino, a Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) congratula-se com a notícia de que Portugal também está habilitado a exportar produtos à base de carne de bovino para o Chile.

Conforme informação transmitida pelas autoridades chilenas, os operadores interessados em exportar estes produtos para o Chile devem ser previamente registados na Base de Dados do Serviço Agrícola e Pecuário Chileno (SAG).

Para conhecerem os requisitos inerentes ao processo de registo, as empresas interessadas deverão contactar as Direções de Serviços de Alimentação e Veterinária da sua Região (DSAVR) ou aos serviços competentes das Regiões Autónomas (RA), a fim de conhecerem os requisitos de exportação, bem como, os procedimentos conducentes ao seu registo como operadores habilitados a exportar para o Chile.

Mais se informa que os operadores interessados deverão remeter toda a informação de registo à sua DSAVR até ao dia 23-03-2018.

Fonte: DGAV

A DGS lançou um manual que apresenta um conjunto de informações úteis sobre o valor nutricional, cuidados de utilização e receitas de quatro tipos de alimentos fornecedores de proteína na nossa alimentação. A proteína é um dos nutrientes essenciais na nossa alimentação podendo escassear em situações de dificuldade económica ou em certo tipo de dietas.

Adicionalmente, são também desenvolvidos temas como o valor nutricional dos vários alimentos presentes no manual e suas vantagens para a saúde, bem como algumas regras de boa utilização, maximizando o valor nutricional e evitando contaminações e desperdício.

Consulte o manual aqui .

Fonte: Nutrimento

Três chineses foram ontem detidos, no aeroporto de Faro, por contrabando de meixão vivo. Cerca de 50 quilogramas da chamada enguia europeia foram detetados pela alfândega e pela PSP, no interior de várias malas. De tão raro, o meixão chega a ser vendido a 1500 euros o quilo e na Ásia pode chegar aos 10 mil euros.

Fonte: SIC Notícias

Atualização limites contaminantes Qualfood

  • Tuesday, 27 February 2018 17:50

No seguimento da publicação do REGULAMENTO (UE) 2018/290, inserimos no Qualfood limites para o contaminante Ésteres glicidílicos de ácidos gordos expressos em glicidol.

Os ésteres glicidílicos de ácidos gordos são contaminantes dos produtos alimentares que estão presentes em níveis mais elevados em óleos e gorduras vegetais refinados. Os ésteres glicidílicos de ácidos gordos são hidrolisados em glicidol no trato gastrointestinal. A Autoridade concluiu que o glicidol é um composto genotóxico e cancerígeno.

É, por conseguinte, adequado estabelecer um teor máximo para a presença de ésteres glicidílicos de ácidos gordos nos óleos e gorduras vegetais colocados no mercado para o consumidor final ou para utilização como ingrediente em géneros alimentícios. Devido às preocupações de saúde relativas a lactentes, crianças de tenra idade e crianças jovens, é adequado estabelecer um teor máximo mais rigoroso para os óleos e gorduras vegetais destinados à produção de alimentos para bebés e de alimentos transformados à base de cereais destinados a lactentes e crianças jovens.

Faça login na sua conta Qualfood para consultar os limites.

Fonte: Qualfood

Como se de um presente de aniversário se tratasse pelos seus dez anos, o Banco Português de Germoplasma Vegetal, em Braga, vai enviar 100 quilos de sementes de milho para o Banco Mundial de Sementes, na Noruega. As sementes pertencem a uma das melhores colheitas nacionais da década de 70 da Beira Litoral.

Criado em 2008 pelo governo norueguês, o Banco Mundial de Sementes localiza-se no Ártico, nomeadamente nas ilhas de Svalbard, território norueguês. As instalações do Banco foram outrora uma mina de carvão, mas hoje albergam milhões de sementes a 150 metros de profundidade, para o caso de as fontes de alimento virem a escassear em caso de catástrofe de proporções mundiais. As sementes estão congeladas a 18 graus negativos e podem ser conservadas por centenas de anos. Não é por acaso que o governo norueguês o baptizou de “arca de noé” do século XXI.

Se o objetivo principal é salvaguardar o futuro alimentar da Humanidade, relembre-se que a “arca de noé” já teve de abrir as suas portas para ajudar a Síria a recuperar as suas plantações. No decurso da guerra civil, que arrasa o país desde 2011, o banco de sementes sírio, o “International Center for Agricultural Research in the Dry Areas”, transferiu uma parte significativa do seu depósito para Svalbard, mas anos depois o pior aconteceu: o centro foi destruído e as amostras de sementes que restavam perderam-se. Em 2015, o Banco Mundial respondeu ao pedido de ajuda sírio e transportou para a região de Aleppo cerca de 116 mil sementes para restaurar as colheitas e a criação de gado.

A criação do Banco Mundial de Sementes foi criado com a ajuda do Tratado Internacional sobre os Recursos Fitogenéticos para a Alimentação e a Agriculta, de 2001, que visa conservar a biodiversidade, da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura. O tratado já foi entretanto assinado e ratificado por 139 países.

Fonte: Sol