Na Serra da Estrela, uma queijaria proporciona um ambiente de bem-estar às suas ovelhas, através da audição de música clássica. Os proprietários garantem que isso se reflete na produção.
São cerca de 400 e contribuem para as seis toneladas mensais de queijo, fundada em 2015 e com uma dezena de funcionários.
O ovil está apetrechado com várias colunas de som, que emitem, com fartura, música, clássica. “A ideia surgiu por acharmos que, se faz bem aos bebés, também faz bem aos animais. Assim como vemos a diferença nos humanos, a nível de relaxamento, de comportamento, também vemos nos animais”, conta Lurdes Perfeito, a proprietária da queijaria.
“Ajuda a descontrair na ordenha. Estão mais descontraídas sai melhor o leite”, garante.
De início, os funcionários resistiram à novidade. “Eles mudavam a música, mas já se adaptaram."
Os pastores confirmam que a música faz bem às ovelhas. Simão, 62 anos, já tinha visto disto onde esteve emigrado: “Lá, na Suíça, também era assim: sempre de noite e de dia esta música. É tudo uma questão de hábito. É para estarem mais relaxadas, mais satisfeitas, até lhes abre o apetite.”
Menos habituado, estava o pastor Brazete, de 44 anos. Conta que os colegas se riem por saber que ele coloca música para as suas ovelhas, mas, hoje, está convencido de que o assunto é sério: “Eles acham engraçado, é uma coisa diferente, mas é sério. Não conheço mais ninguém cá na zona a proporcionar música às ovelhas. Estão mais felizes e tranquilas, aqui têm tudo."
"É essencial na altura da parição. Todos os cuidados são poucos, porque temos que ajudar a fazer nascer os borreguinhos e depois alimentá-los. Quando nascem três, há mães que não as conseguem alimentar e ficam os achegões, que somos nós a alimentá-los a biberão”, acrescenta.
Certo é que as 400 ovelhas da queijaria dão leite para seis toneladas mensais de queijo, produto que já foi premiado com a medalha de ouro no Concurso Tradicional de Cura Prolongada e que, ao embalo da música clássica, já chegou além-fronteiras. “Nós já exportamos para Macau, Suíça, França, Bélgica, Luxemburgo...”, enumera Lurdes.
Fonte: ANILACT
Apreensão de 187 embalagens de géneros alimentícios (barritas de chocolate e outros), no valor de € 246, por falta de tradução para a língua portuguesa das menções obrigatórias da rotulagem, num retalhista.
Fonte: ASAE
A Comissão Europeia (CE) anunciou que os programas de distribuição de fruta, legumes e leite vão ser retomados no novo ano letivo pelos países da União Europeia (UE). Com o objetivo de promover hábitos alimentares saudáveis entre as crianças, o programa escolar da UE inclui a distribuição de frutas, legumes e produtos lácteos, bem como programas de educação destinados a esclarecer os alunos sobre a produção alimentar e a importância de uma boa nutrição.
De acordo com comunicado da CE, o número de escolas participantes nesta iniciativa aumentou, atingindo mais de 30 milhões de crianças em toda a UE no ano letivo de 2017/2018. “É importante saber de onde vem nossa comida e o trabalho duro que vem com ela. Com estes programas escolares da UE, não só as crianças aprendem sobre agricultura e produção de alimentos, como também podem experimentar produtos de qualidade, beneficiando dos seus valores nutricionais. Nunca é cedo demais para desfrutar de boa comida!”, diz o Comissário Europeu para Agricultura e Desenvolvimento Rural, Phil Hogan.
Neste programa, cerca de 150 milhões de euros estão reservados todos os anos letivos para as frutas e produtos hortícolas e 100 milhões de euros para o leite e outros produtos lácteos, refere o mesmo comunicado. Embora a participação seja voluntária, todos os Estados-Membros da UE optaram por participar, em todo ou em parte. As verbas nacionais para todos os 28 Estados-Membros que participaram no regime para o ano escolar de 2018-19 foram aprovadas e adotadas pela CE em março de 2018. Os Estados-Membros também têm a opção de aumentar a ajuda da UE com o auxílio nacional para financiar o regime.
A escolha dos produtos distribuídos é feita tendo em consideração critérios de saúde, ambientais, de sazonalidade, variedade e disponibilidade. Os Estados-Membros podem incentivar as aquisições locais ou regionais, os produtos biológicos, as cadeias de abastecimento curtas, os benefícios ambientais e os sistemas de qualidade agrícola, o que pode constituir uma oportunidade para muitos produtores nacionais de frutas, legumes e produtos lácteos, bem como para empresas relacionadas com estes dois sectores.
A razão que levou Portugal a participar neste programa foi nível preocupante de obesidade infantil nacional. O grupo-alvo é, portanto, constituído por alunos do primeiro ciclo do ensino básico das escolas públicas. Este grupo-alvo foi selecionado com base nas prioridades de saúde (nomeadamente a prevalência da obesidade infantil em Portugal e as evidências científicas relativas à mudança de hábitos alimentares. Na sua proposta de participação, Portugal diz que aproximadamente um terço das crianças é afetado por este problema. “A menos que a situação seja revertida, existe o risco de que futuras gerações de crianças estejam ainda mais acima do peso do que a atual”, lê-se na proposta.
Apesar da média per capita de consumo de frutas e legumes em Portugal ser superior à média da UE15, estudos/pesquisas mostram que as crianças portuguesas comem menos fruta e vegetais do que as médias recomendadas. Com este programa espera-se que muitos mais alunos possam comer damascos, cerejas, pêssegos, nectarinas, ameixas, maçãs, pêras, cenouras, nabos, salada de beterraba, cercefi, aipo-rábano, rabanetes e outras raízes comestíveis. Porque, lá dizia o ditado, “de pequenino é que se torce o pepino”.
Fonte: Agroportal
A rotulagem obrigatória da origem do leite usado como ingrediente no leite e nos produtos lácteos parece que em breve poderá ser uma realidade em Espanha. O projeto de Real Decreto (RD) para regulamentar esta rotulagem parece poder ser aprovado em breve.
O Ministro da Agricultura, Luís Planas, pouco depois de ter sido nomeado, manifestou publicamente a sua intenção de implementar esta rotulagem. As organizações agrárias e de consumidores pediram aprovação.
A Comissão Nacional de Mercados e Concorrência (CNMC) emitiu um parecer em maio passado no qual questionou este projeto de RD. Considerou que esta rotulagem de origem poderia ser relevante para o consumidor, mas que também poderia constituir uma restrição à livre circulação de mercadorias e, portanto, a uma concorrência efetiva, resultando no efeito protecionista com a indústria nacional.
Quando finalmente aprovada, este RD terá caráter experimental, pois será aplicada por um período de dois anos, assim como normas similares estabelecidas noutros países da UE, como França e Itália. Este RD não seria aplicável apenas para o leite de vaca, mas também para o leite de qualquer espécie.
O RD obrigará a indicar a origem do leite usado como um ingrediente quando este represente, em percentagem, mais de 50%, em peso, em relação ao total dos ingredientes utilizados, de acordo com o último projeto da norma. Esta rotulagem seria voluntária no caso de Denominações de Origem Protegidas e Indicações Geográficas Protegidas.
De acordo com este projeto, para que se possa dizer que o leite utilizado como ingrediente é proveniente, por exemplo, de Espanha, esse leite deve ter sido ordenhado e transformado em Espanha. Portanto, para que a origem do leite seja um país determinado, o leite deve ser ordenhado e transformado nesse país. Pode ser indicado o nome do país ou "UE" ou "fora da UE", conforme o caso.
Se o leite foi ordenhado num país (por exemplo em França), mas foi transformado noutro (por exemplo, em Espanha), haverá duas possibilidades na rotulagem: 1. Indicar "País de ordenha: França, país de transformação: Espanha" 2. Ou, também se pode indicar, "Origem do leite:" UE ", no caso do exemplo. Para outros casos, poderia também ser colocado "fora da UE" ou "UE e fora da UE", conforme o caso.
Além disso, as empresas de alimentos podem completar essas indicações obrigatórias com informações adicionais mais precisas sobre a origem regional ou territorial do leite.
Estas regras de rotulagem de origem não se aplicam a produtos legalmente fabricados ou comercializados nos outros Estados-Membros da União Europeia ou em países terceiros.
A norma entraria em vigor 4 meses após sua publicação no Boletim Oficial do Estado.
Fonte: ANILACT
A peste suína africana que atingiu a China e a Europa de Leste chegou agora à Bélgica, tratando-se do primeiro caso da doença no país desde 1985.
A agência de segurança alimentar em Bruxelas confirmou que a peste suína foi detetada numa região próxima da fronteira com França, depois de a morte de vários javalis ter levantado suspeitas sobre o vírus. As suspeitas acabaram por ser confirmadas através de análises.
A peste suína africana é uma doença que não tem cura e é altamente contagiosa entre os animais.
As notícias levaram França a reagir e a reforçar a vigilância em quatro departamentos administrativos junto à fronteira entre os dois países e a adotar medidas adicionais para proteger as explorações de suínos e matadouros.
A União Europeia vai enviar já este fim de semana uma equipa de especialistas para coordenar o combate à doença e para prevenir que a peste suína se alastre.
A propagação do vírus já levou ao abate de centenas de milhares de porcos na Europa de Leste.
Fonte: TSF
O inspetor-geral da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), Pedro Portugal Gaspar, e o presidente do Conselho de Administração da Autoridade de Segurança Alimentar e de Normalização da Índia, Pawan Agarwal, assinaram, dia 7 de setembro, em Nova Deli, um memorando de entendimento.
A celebração deste memorando de entendimento vai contribuir para um aprofundamento dos laços de cooperação entre os dois países, prevendo uma cooperação em termos de troca de informação sobre política alimentar, intercâmbio de "expertise" na área da análise de risco, criação de sistemas de normalização, sistemas de monitorização e de vigilância (inspeção), crises alimentares e investigações e testes laboratoriais.
Está também previsto o desenvolvimento de projetos específicos de cooperação técnica, colaboração em casos graves com repercussões para a saúde pública ou práticas fraudulentas associadas ao comércio alimentar entre os dois países.
Fonte: Tecnoalimentar
Perder peso e evitar doenças são, provavelmente, as duas maiores preocupações atuais no que diz respeito à alimentação. Para isso, as pessoas estão dispostas a tomar suplementos para compensar os nutrientes que não ingerem, fazer dietas para eliminar as toxinas e usar e abusar de tudo o que seja classificado como natural e saudável.
A ideia até pode parecer boa, mas não está isenta de riscos — e de promessas sem fundamento. O Observador reuniu quatro práticas alimentares a que deve estar atento: viraram modas, mas podem ser perigosas:
- Leite cru para não perder os nutrientes
- Chá verde e outros produtos naturais para todas as maleitas
- Suplementos para aumentar a vitalidade
- Dietas detox para limpar todas as toxinas do organismo
Clique aqui para ler a reportagem na totalidade.
Fonte: Observador
No sentido de divulgar a informação sobre a Peste Bovina, doença erradicada desde 2011, a OIE (Organização Mundial da Saúde Animal), de 4 de outubro a 1 novembro promove o Jogo - “Desafio sobre a Peste Bovina”, que informa sobre as atividades associadas à vigilância deste tipo de doenças e que, de forma pedagógica identifica diversas ações que deverão ser desenvolvidas pelos diversos setores envolvidos (os Produtores, os Veterinários, os Laboratórios, as Universidades, os Serviços públicos, o Publico em geral, a Comunicação…).
Para uma adesão mais participativa e abrangente, a OIE desenvolveu uma aplicação com ferramentas que podem ser descarregadas on-line, com atividades específicas destinadas aos grupos representativos dos setores envolvidos.
Participe, forme a sua equipa, descarregue a aplicação aqui partilhe o jogo com a sua rede de veterinários, estudantes de veterinária e pessoal de laboratório,…, e ganhe este desafio!
O país vencedor será reconhecido pela OIE em todo o mundo e o jogador com a pontuação mais alta ganhará uma Viagem a Paris em maio de 2019, para assistir à Sessão Geral da OIE.
Fonte: DGAV
Os consumidores exigem uma cada vez maior personalização dos serviços no retalho. A conclusão é da Retail Dive e indica a preferência por recomendações personalizadas por parte de 63% dos inquiridos.
Os consumidores estão para tal dispostos a partilhar os seus dados em troca de benefícios como coupons ou pontos de fidelidade (64%), acesso a ofertas exclusivas (60%), ganho de pontos e recompensas (56%) ou ofertas especiais para itens que lhes interessam (53%).
Os retalhistas que participaram do estudo parecem entender que as expectativas dos consumidores estão a evoluir: 94 dos 100 executivos de retalho inquiridos disseram acreditar que a evolução em direção a compras omnipresentes está a transformar significativamente o setor, e 93 disseram que prevêem que seu próprio negócio esteja envolvido da mesma maneira.
Fonte: ANILACT
Se pertence ao grupo dos apaixonados por sushi vai gostar de saber que, no que toca a qualidade e segurança alimentar, restaurantes com take-away e supermercados que vendem esta iguaria estão ambos ao mesmo nível. Sim, de acordo com a Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO), é possível comer o melhor sushi sem comprometer a saúde, tanto a sua como a da sua carteira.
“Aliás, há combinados baratos com melhores resultados do que outros mais caros”, afirma a DECO depois de um estudo de 2017, em que foram analisados 20 menus de sushi e de sashimi, em 16 restaurante e quatro supermercados.
Focando-se nos ingredientes presentes nas várias peças de sushi, os investigadores apuraram a quantidade de arroz, peixe e outros elementos utilizada para a confeção. Após a avaliação concluíram que “em média, o arroz representava 51% e o peixe, 36%”, “as quantidades vegetais e de fruta ficaram-se pelos 13%”. Um resultado que pode fazer o cliente pensar se realmente está a pagar para comer sushi ou arroz.
O portal refere ainda que: “É possível comprar um menu combinado por 8 ou 9 euros, com cerca de 20 peças, e até de excelente qualidade”.
Falar de qualidade num alimento é falar de algo que preenche os requisitos de higiene, confeção e validade. E tratando-se o sushi de um produto cru, acabam mesmo por se levantar algumas questões de higiene durante a conservação e o processo de confeção.
De acordo com Dulce Ricardo, engenheira alimentar responsável pelo estudo da DECO, não foram encontradas quaisquer bactérias patogénicas ou até parasitas, um dos verdadeiros perigos do sushi. “Alguns parasitas podem causar problemas de saúde, sobretudo a nível digestivo, ou desencadear reações alérgicas”, alertou a especialista. E prosseguiu: “A congelação, tal como consta da nossa legislação, elimina o risco desta transmissão. Em Portugal, é obrigatório que o peixe para sushi seja previamente congelado, com o objetivo de eliminar parasitas que possam ser um risco para a saúde”.
Além da higiene e do modo de conservação do produto, há que ter atenção à validade deste, sobretudo se comprado em supermercado. Ingerir sushi com mais de um dia poderá já comprometer a sua saúde.
Fonte: Delas
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