Consumir óleo de coco é a pior coisa que se pode fazer, por se tratar de “veneno puro”, defendeu uma professora de Harvard num debate sobre nutrição na Alemanha.
As declarações de Karin Michels tornaram-se virais por contrariarem as conclusões de grande parte dos especialistas em alimentação que, desde 2011, consideram o óleo de coco um superalimento com variados benefícios.
O consumo deste produto cresceu de tal forma deste então que se tornou até num dos ingredientes preferidos de muitos influenciadores e amantes de culinária e bem-estar nas redes sociais, que começaram a usar o óleo de coco nas receitas saudáveis como substituto de outras gorduras. Isto ajudou no aumento da procura do produto nos últimos anos.
Especialistas em nutrição afirmavam que este óleo vegetal tinha propriedades que aumentavam a imunidade e ajudavam a perder peso. Crença que Karin, professora e investigadora em epidemiologia na escola de saúde daquela universidade, não partilha.
Devo alertá-los urgentemente acerca do óleo de coco. É um dos piores alimentos que podem comer. Óleo de coco é veneno puro”, afirmou a especialista no debate “Óleo de coco e outros erros nutricionais”.
“É veneno em estado puro”, repetiu, de acordo com o portal Sciencealert.com, três vezes durante o discurso.
A professora justifica esta posição com o facto de este ser um produto com níveis de gordura saturada extremamente elevados, cujo consumo leva a problemas cardíacos e à subida dos níveis de colesterol no sangue.
A Associação Americana do Coração já veio dizer que os dados que tem mostram que mais de 80% da gordura no óleo de coco é saturada, números surpreendentes ao lado dos 63% da manteiga, dos 50% da carne vermelha e, imagine-se, dos 39% da banha de porco.
Fonte: TVI24
Vai ser possível comer frango sem matar uma única ave.
Uma empresa norte-americana do ramo alimentar anunciou que está a produzir esta carne de forma sustentável e sem sacrificar qualquer vida animal, através da multiplicação, em laboratório, de células animais. Uma carne que assume muitas definições: "sintética", "celular" "in vitro", "cultivada em laboratório" ou "limpa".
Segundo a Just, citada pela BBC, são necessários dois dias para produzir, por exemplo, um nugget de frango, num pequeno reator biológico, em que é usada uma proteína para estimular a multiplicação das células. Apesar de processada em laboratório, a empresa garante que não se trata de carne geneticamente modificada, além de não necessitar de antibióticos para que se desenvolva mais rápido.
A Just pretende colocar esta carne no mercado o mais breve possível, depois de um longo processo de investigação, que foi divulgado em junho do ano passado. E não apenas no mercado norte-americano, uma vez que foram estabelecidos contactos com companhias do ramo alimentar na América do Sul, Sudeste Asiático e Europa, de modo a alcançar a produção em massa e assim baixar os custos.
"Há vários países na Ásia e na Europa com os quais estamos a conversar", assumiu o CEO da empresa.
E Josh Tetrick garante que os resultados são surpreendentes.
Nós já provámos e os resultados são impressionantes. A pele era crocante e a carne saborosa, embora a textura fosse mais macia do que a de um 'nugget' que é vendido em cadeias de 'fast food'”, afirmou Josh Tetrick.
Mas mesmo que a Just consiga fabricar nuggets em grande escala, dificilmente conseguirá fazê-lo no mercado nacional, tendo em conta que as autoridades ainda não chegaram a acordo sobre como agir perante esta novidade.
Isto porque a maioria dos alimentos no país está sob a alçada da Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA na sigla original), mas a carne, por exemplo, é controlada pelo Departamento de Agricultura.
Por isso, o presidente da Just lamenta a "falta de clareza" no que respeita à regulamentação nos Estados Unidos.
Mas a Just não é a única empresa a apostar nesta carne tecnológica, que está a atrair investidores de peso, como os multimilionários Bill Gates e Richard Branson, que investiram numa outra companhia, de tecnologia alimentar, a Memphis Meat.
Fonte: TVI24
O projeto de resolução que pretendia que Portugal acompanhasse a proposta da Comissão Europeia de redução significativa da presença de cádmio nos fertilizantes agrícolas, foi chumbado esta sexta-feira no Parlamento.
Por seu lado, Carla Oliveira, da associação ambientalista Quercus, lamenta “que Portugal continue a não olhar para as questões ambientais e de proteção de saúde pública com a atenção que elas merecem” e teme que na reunião tripartida (que junta Conselho, Comissão Europeia e Parlamento Europeu) — prevista para a próxima semana — “prevaleça a proposta menos ambiciosa” que assenta apenas na redução para 60 miligramas de cádmio por quilograma de pentóxido de fósforo, como valor mínimo a impor à agricultura.
Esta tem sido a proposta do Conselho Europeu devido ao bloqueio feito por Portugal, Bulgária, Roménia, Polónia, Espanha, Reino Unido e Itália. Mas a Comissão Europeia queria ir mais longe, propondo uma redução gradual nos anos seguintes, com os limites de cádmio a baixarem de 60 mg para 40 mg em 3 anos, e para 20 mg em 12 anos.
A posição assumida pelo Ministério da Economia (que gere este dossiê) é a de que “Portugal apoia a criação de limites máximos dos níveis de cádmio usado nos fertilizantes no espaço europeu, o que é já uma melhoria substancial face à situação atualmente existente de ausência de qualquer limite”. Porém fica-se pelo “valor crítico de 60 miligramas de cádmio por quilograma de pentóxido de fósforo” e diz que está alinhada com a Comissão Europeia, omitindo os outros valores a serem impostos gradualmente.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) coloca o cádmio na “classe 1 dos carcinogéneos”, associando esta substância ao aumento do risco de doenças respiratórias, renais ou cardiovasculares, e novos estudos também relacionam este químico a demências como o Alzheimer. Também a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar quer ver reduzida a exposição dos seres humanos a este tóxico.
Vários estudos europeus têm revelado níveis elevados de cádmio em solos agrícolas e em aquíferos por toda a Europa, assim como em alimentos como o pão ou batatas.
Porém, o Governo português tem desvalorizado a questão. Há uma semana, o então ainda secretário de Estado do Comércio, Paulo Alexandre Ferreira, disse numa audição na Comissão Parlamentar de Agricultura que “os níveis de cádmio no solo [português] são baixos” e que as análises realizadas regularmente “nunca detetaram cádmio que violasse os limites legais”.
Na altura, o debutado do BE, Pedro Soares, recordou que esses estudos tinham sido “realizados entre 1997 e 2006 e editados em 2015”. E, perante os argumentos do governante e dos deputados do PS, PSD e CDS em defesa dos agricultores portugueses e da economia nacional, alertou: "Quem vai pagar a não diminuição do cádmio na agricultura não são os agricultores, somos todos nós, porque o que está em causa é a saúde de todos”. Agora, espera que ”o governo português "pondere e não se deixe tomar pela falsa e irresponsável ideia da perda de competitividade da agricultura".
Fonte: Expresso
A DGAV chama a atenção para o facto de estar proibida a venda de qualquer medicamento veterinário contendo Dietanolamina. Esta proibição abrange não só o fornecimento daqueles medicamentos pelos titulares das AIMs e Distribuidores por Grosso de Medicamentos e/ou de Medicamentos Veterinários, como também pelas farmácias e Estabelecimentos de Venda a Retalho de Medicamentos Veterinários.
A Dietanolamina é utilizada como excipiente em medicamentos veterinários anti-inflamatórios e antimicrobianos em equinos, bovinos e suínos.
O Comité concluiu um procedimento relativo ao risco para o consumidor e à necessidade do estabelecimento do limite máximo de resíduos (LMR) para a Dietanolamina, um excipiente incluído em vários medicamentos veterinários para animais produtores de alimentos para consumo humano. O procedimento realizou-se na sequência de um pedido da Bélgica para que o Comité emitisse um parecer científico, ao abrigo do artigo 30.º, do Regulamento (CE) nº 726/2004, devido a preocupações quanto à toxicidade da Dietanolamina.
O CVMP adoptou por consenso um parecer que responde a perguntas específicas colocadas pela Bélgica e concluiu não ser possível excluir um risco para os consumidores, confirmando assim que a substância não é adequada para inclusão na lista «fora de âmbito» de substâncias abrangidas pelo Regulamento (CE) n.º 470/2009 . A fim de permitir uma análise mais aprofundada sobre a utilização de Dietanolamina em medicamentos veterinários para animais destinados à alimentação humana, será necessário um pedido de estabelecimento de LMR.
Consulte aqui a Lista de medicamentos veterinários suspensos.
Fonte: DGAV
A resposta pode ser dada sem enredos: no simples e no básico. Afinal, e ao contrário do que às vezes parece, nem tudo tem de ser sem lactose, sem glúten, sem açúcar. E saber ler os rótulos dos produtos é essencial.
O diálogo foi mais ou menos assim: "Queria um gelado." "Temos este saudável, sem açúcar." "Então o que tem em substituição [do açúcar]?" "Mel." "Não, obrigada."
Tânia Magalhães, nutricionista há 21 anos, atualmente na Unidade Local de Saúde de Matosinhos, não se deixa enganar: "O mel tem o mesmo impacto calórico do açúcar." Hoje em dia, defende, há um aproveitamento generalizado em redor das "alegações nutricionais". Um "marketing à volta de produtos que estão na moda", e que se tornou um imperativo geral, como se não houvesse exceções: sem lactose, sem glúten, sem açúcar.
Não é bem assim. "Sem lactose" só é bom para quem realmente é intolerante a esta substância. "Quem não é intolerante faz muito bem em beber leite "normal", até bem mais barato do que o sem lactose", realça a nutricionista. "Sem glúten" segue a mesma linha. "Só os celíacos é que devem ter o cuidado de comer sem glúten, que é a proteína presente em cereais como o trigo, a cevada, a aveia e o centeio."
Há outra ideia associada a esta vénia atual que é o "sem". O "sem" parece um atalho para o emagrecimento, o que, nas palavras de Tânia Magalhães "é errado". "Uma coisa não tem nada a ver com a outra", esclarece. "O que emagrece são os alimentos sem açúcar e o exercício físico."
É preciso fazer a substituição certa dos alimentos. Por exemplo, o açúcar deve ser substituído pelo adoçante natural stevia e não pelo mel, que possui "benefícios nutricionais" mas tem "o mesmo impacto calórico do açúcar". Ou seja, não serve. O leite de coco, de amêndoa, as bebidas vegetais não substituem o leite de vaca. Uma vez mais: "Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa."
Do lado do marketing, devia apostar-se na trilogia "veracidade, transparência e informação", desvenda a professora no IPAM do Porto, Sandra Gomes. E admite: "Sabemos que nem sempre isso acontece." Por outro lado, é importante que as marcas alimentares "usem o marketing de forma socialmente responsável".
A importância da rotulagem alimentar
No final do ano passado, o IPAM elaborou para a Organização Mundial de Saúde um estudo sobre rotulagem alimentar. Um trabalho que revelou a "crescente importância dos rótulos nas compras dos portugueses", mas também identificou "barreiras" que a população enfrenta para descodificar um rótulo. Estes obstáculos "têm a ver com os baixos níveis de literacia da população portuguesa", que traduzem "a dificuldade de compreensão da informação nutricional".
A investigação indica ainda que "a esmagadora maioria dos consumidores" refere problemas nos rótulos como a letra demasiado pequena, excesso de informação ou informação demasiado técnica e complexa, e a falta de harmonização/estandardização entre produtos/ marcas.
Tânia Magalhães toca na ferida: "[Sobre a informação nutricional] Passa-se pela rama nas escolas, não há educação sobre o tema." Um tema que, defende, "devia entrar no currículo escolar".
Na mesma linha de pensamento segue a professora Sandra Gomes: "É verdadeiramente urgente que se aprenda a utilidade do marketing de modo a ajudar a resolver alguns problemas sociais complexos, como é o caso da baixa literacia nutricional da população portuguesa." E enumera uma série de ideias para deslindar o problema, como "jogos interativos e desafios experimentais", acrescentando que o Estado é importante nesta equação, já que "pode oferecer benefícios às marcas que implementem campanhas desta natureza".
Como ler um rótulo
Tânia Magalhães diz que interpretar um rótulo não tem nada que saber. "Quanto mais simples for a tabela, melhor é a qualidade do alimento. Quanto mais familiar o nome do ingrediente, melhor se percebe que é mais natural", explica a nutricionista, acrescentando que conceitos muito complexos, como por exemplo "maltodextrina" (uma mistura de vários tipos da glicose) mancham a natureza do alimento.
Os iogurtes são um ótimo exemplo para ajudar a esclarecer a questão dos rótulos. "Quão mais complexa a leitura de uma embalagem de iogurte, pior podemos assumir que é o produto. O iogurte é apenas leite com fermentos lácteos. Se a lista de ingredientes for longa, com amidos e outras farinhas, é um sinal que torna o produto mais barato e nutricionalmente pobre."
A alimentação "da avó", com base no "simples" e no "básico", é o segredo a olho nu que esta nutricionista vê como a pedra filosofal da alimentação nos nossos dias.
Fonte: Jornal de Notícias
A Ordem dos Nutricionistas propôs ao Governo um conjunto de medidas para melhorar a oferta alimentar nas escolas, evitar o desperdício e capacitar os pais e a comunidade escolar para a importância de fazer escolhas saudáveis.
A proposta teve como base um projeto-piloto de intervenção alimentar que a Ordem dos Nutricionistas desenvolveu durante um ano na Escola Básica 2,3 de Amarante e teve resultados muito positivos junto das crianças, disse a bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, num encontro com jornalistas para assinalar o Dia Mundial da Alimentação, que se comemorou na passada terça-feira.
Uma das vertentes do projeto era alertar os alunos para o desperdício alimentar, desafiando-as a deitar num saco de plástico transparente a comida que sobrava para depois ser pesada. O objetivo era que as crianças terem consciência da comida que estavam a deitar fora, explicou Alexandra Bento.
Também fez parte do projeto a elaboração da ementa por um nutricionista, a decoração da cantina, tabuleiros e tigelas novas para comer a sopa, entre outras iniciativas, que contribuíram para que no final as crianças estivessem “mais conscientes” sobre a importância de fazer escolhas saudáveis na alimentação e “o desperdício alimentar tivesse baixado imenso”.
Para melhorar a oferta alimentar nas escolas, a Ordem dos Nutricionistas entregou em fevereiro ao Ministério da Educação uma proposta com várias medidas, entre as quais a inclusão de 30 nutricionistas nas escolas do país e a presença de um professor no refeitório para acompanhar os alunos na hora da refeição, que ainda não teve resposta, apesar de a secretária de Estado da Educação já ter dito que era uma excelente proposta, segundo Alexandra Bento.
“Em fevereiro deste ano enviámos uma proposta bem construída [ao Governo] sobre o que a escola deve fazer”, para assegurar refeições adequadas, aumentar a literacia face à alimentação, trabalhando com os professores, auxiliares, os pais e os encarregados de educação, mas também criar regras para melhorar a oferta alimentar em torno das escolas.
O objetivo é “auxiliar o Governo no desenho de políticas na área alimentar”, disse a bastonária, defendendo que é preciso pensar “a alimentação como algo que é estratégico para a população”.
“Se tivermos crianças melhor alimentadas vamos ter ganhos positivos. Se não o fizermos estamos a desperdiçar saúde e dinheiro”, vincou Alexandra Bento, salientando que “a solução para se comer bem é ter dinheiro e literacia”.
A bastonária saudou o facto de o primeiro-ministro já ter anunciado a contratação de nutricionistas, considerando que é um “compromisso importante” no sentido de dizer que é preciso mexer na gestão alimentar das escolas, mas é insuficiente.
“Pode-se considerar um começo, mas é insuficiente”, disse, esperando que esta medida seja integrada no Orçamento do Estado.
Fonte: Dnotícias.pt
No âmbito da publicação e divulgação já ocorrida do documento “Produção, Controlo, Certificação e Comercialização de Materiais Frutícolas – Guia explicativo do Decreto-Lei nº 82/2017, de 18 de julho”, a DGAV divulga agora, a “Ficha técnica para a produção, controlo e certificação de material de propagação de oliveira, Olea europaea L.” e o folheto “Certificação de Materiais de Propagação e Oliveira (Olea europaea L.)” , onde constam os procedimentos para a implementação da certificação de oliveira.
Fonte: DGAV
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) apreendeu cerca de 200 queijos e 18 mil rótulos, no valor de 1.800 euros, por alegada usurpação da Denominação de Origem Protegida Serra da Estrela, anunciou hoje aquela entidade.
"A intervenção da ASAE visou uma unidade de produção, do distrito da Guarda, onde se produziam queijos que eram rotulados e comercializados como sendo da região da Serra da Estrela, apurando-se que o leite utilizado era de proveniência geográfica diferente da legalmente exigida", refere a ASAE em comunicado.
Segundo a nota, "em causa está a utilização da Denominação de Origem Protegida ‘Serra da Estrela' em queijos que, além de não apresentarem a necessária certificação na rotulagem, não reuniam previamente, na produção, os requisitos necessários para essa certificação, não só quanto à origem da matéria-prima utilizada (leite), nem relativamente aos restantes requisitos técnicos".
A fonte refere que a "utilização indevida da menção Serra da Estrela nos queijos não certificados é suscetível de induzir em erro o consumidor, quanto à genuinidade e proveniência do produto, bem como, constitui uma concorrência desleal entre os produtores".
No âmbito do processo-crime instaurado por aquela entidade por Violação e Uso Ilegal de Denominação de Origem Protegida e Fraude sobre Mercadorias, foram apreendidos cerca de 200 queijos "destinados à distribuição pelos circuitos grossista, retalhista e online" e 18 mil rótulos.
A ASAE desencadeou a investigação sobre a alegada usurpação de denominação de origem protegida em queijos de ovelha através da sua Unidade Nacional de Informações e Investigação Criminal.
Fonte: TVI24
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) participou na `Operação Tarantelo´ da Europol, contra a pesca e comercialização ilegal de atum rabilho, dirigida pela Guarda Civil espanhola e que levou à detenção de 79 pessoas em vários países.
"A ASAE participou, no âmbito das suas competências de fiscalização e de investigação criminal, na Operação Tarantelo da Europol. A ação foi realizada em colaboração com a Guarda Civil de Espanha, no âmbito da cooperação policial e no sentido de auxiliar na recolha e partilha de informação operacional relevante", referiu a ASAE, precisando que as ações realizadas ocorreram maioritariamente em Espanha e foram acompanhadas, nos locais, por inspetores da ASAE.
De acordo com a ASAE, no decorrer da ação foi identificado um operador económico português (armazenista/distribuidor de pescado), localizado na zona do Algarve, com ligações à investigação espanhola, tendo o mesmo sido sujeito a um procedimento inspetivo, em simultâneo com a intervenção da Guarda Civil espanhola.
"Como resultado desta ação foi instaurado um processo de contraordenação por falta de condições técnico-funcionais de armazenagem e manipulação de pescado tendo ainda sido recolhida documentação para respetiva análise", adianta a ASAE.
Entretanto, em comunicado hoje divulgado, a Europol indica que a Operação Tarantelo, de combate à pesca ilegal de atum rabilho, contou com a colaboração das autoridades de França, Itália, Malta e Portugal, permitindo a detenção de 79 pessoas.
Segundo a Europol, mais de 80 mil quilos de atum rabilho foram apreendidos, estimando-se que o tráfico deste pescado atinja os 2,5 milhões de quilogramas/ano.
A operação permitiu ainda detetar situações de falta de condições sanitárias e de armazenamento daquele pescado.
A Operação Tarantelo foi lançada após a Guarda Civil espanhola ter sido alertada para diversas irregularidades relacionadas com a pesca de atum rabilho no mar Mediterrâneo, ao largo de Itália e Malta, mas com comercialização ilegal através de território espanhol.
O mercado ilegal de atum rabilho coexiste com o mercado legal deste pescado, estimando-se que os lucros do comércio ilegal do atum rabilho ascendam aos 12,5 milhões de euros/ano.
Fonte: TVI24
A alimentação e educação dos pais influência a aquisição de hábitos alimentares na infância, refere um estudo do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) a propósito do Dia Mundial da Alimentação.
Em declarações à Lusa, Sofia Vilela, autora do estudo e investigadora da Unidade de Investigação em Epidemiologia do ISPUP, explicou que o estudo, desenvolvido desde 2014, evidenciou “o papel fundamental” dos pais como “actores principais” na educação alimentar e criação de hábitos nas crianças.
“Os pais são os actores principais nesta questão e nem sempre percepcionam que os laços que estabelecem e o que cedo ensinam a estas crianças se vai manter ao longo da vida. É importante que os pais entendam que o desenvolvimento da criança está relacionado com uma maior e melhor nutrição ao longo do dia”, afirmou Sofia Vilela.
O estudo, desenvolvido no âmbito do Programa Doutoral em Saúde Pública da Universidade do Porto (UP) e intitulado “Tracking the acquisition of eating habits in children and its effects on behaviours related to appetite and on adiposity”, focou-se na evolução dos hábitos alimentares de cerca de cinco mil crianças, com quatro e sete anos, da cidade do Porto.
Com o objectivo de perceber “se os hábitos se mantinham ou alteravam ao longo da infância”, a investigadora analisou questões como a qualidade alimentar, o consumo de alimentos energéticos, o número de refeições, a variedade alimentar e ainda os factores que influenciam a aquisição de hábitos alimentares.
Segundo Sofia Vilela, o estudo revelou existir “uma estabilidade nos comportamentos alimentares das crianças”, algo que acredita estar relacionado com “uma maior variedade alimentar”.
“Concluímos que as crianças que são expostas a uma maior variedade de alimentos, como diferentes tipos de fruta, vegetais, carnes e peixes, têm uma melhor relação com a comida, visto que têm maior prazer e se tornam menos selectivas”, salientou.
O estudo, que incluiu também a participação de cerca de 500 crianças num inquérito alimentar nacional e de actividade física (IAN-AF), revelou que as crianças que praticam “menos de seis refeições por dia (entre refeições principais e lanches) apresentam um maior risco de vir a ter excesso de peso e obesidade”, questão que a investigadora acredita merecer “uma maior atenção por parte pais”.
“Muitas das vezes os pais não percepcionam que a criança tem excesso de peso e isso resulta na conservação dos mesmos hábitos alimentares. Esta é uma questão que merece a atenção dos pais, porque tem impacto quer na alimentação das crianças, quer no risco de poderem vir a ter excesso de peso”, acrescentou.
Fonte: Dnotícias.pt
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