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Ultimamente, a utilização de plástico nas embalagens alimentares tem sido um tema bastante discutido. Efetivamente pode existir risco para a saúde, em determinadas situações, nesta exposição.

Consulte o manual publicado pela PNPAS e DGS acerca das "Linhas de Orientação sobre Contaminantes de Alimentos".

Fonte: Nutrimento

Uma empresa irlandesa juntou-se a um gigante norte-americano de serviços agrícolas e produção alimentar, para lançar uma nova tecnologia de reconhecimento facial de vacas, que ajuda os produtores a controlar o bem-estar dos animais.

Em comunicado, a empresa americana revela que esta nova tecnologia reconhece a cara e os padrões de pele dos animais, conseguindo processar dados sobre a alimentação e saúde em unidades de produção de leite.

Os dados recolhidos pelo sistema serão processados por um algoritmo, que os fornece aos responsáveis pela produção. O software consegue registar a quantidade de alimentos e água ingeridos, a temperatura do animal e padrões de comportamentos, ajudando à decisão sobre medidas a tomar.

Segundo a empresa irlandesa, o sistema de imagem consegue identificar uma vaca em poucos segundos e é usado para antecipar problemas. Com isto, esperam conseguir reduzir a perda de animais e aumentar a eficiência da produção, algo que vai, afetar a indústria dos laticínios.

Fonte: ANILACT

O Parlamento aprovou na passada semana uma recomendação ao Governo para que estude um esquema complementar de informação nutricional dos alimentos embalados, chumbando os “semáforos” nutricionais e cancerígenos propostos por BE e PAN.

Na discussão que decorreu em plenário, PS, PSD, CDS criticaram a ideia do semáforo no contexto do mercado único europeu, argumentando que pode constituir uma discriminação dos produtos portugueses.

Defendeu-se que a questão não deve ser “trabalhada fora do quadro europeu”, e avançou-se a “possibilidade de a indústria adoptar de forma facultativa um sistema de rotulagem alternativo”, que seja mais informativo e, sobretudo, mais perceptível por parte dos consumidores, até haver uma solução europeia.

Outra das preocupações foi a possibilidade de se “discriminar os produtos portugueses relativamente a produtos que vêm de fora”, defendendo-se que se deve “esclarecer melhor o cidadão, mas sem criar discriminação”. Tal sistema poderia prejudicar os produtos portugueses de enchidos ou lacticínios.

Fonte: ANILACT

Os estudos sobre os benefícios do consumo de vinho não param. O mais recente é da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, e demonstra que que beber dois copos e meio de vinho por dia pode combater a doença de Alzheimer e ajudar a “limpar” o cérebro.

Segundo o estudo liderado pela doutrora Maiken Nedergaard, publicado no site Nature e na revista Scientific Reports, beber dois copos e meio de vinho por dia ajuda a eliminar os “desperdícios” do cérebro.

As investigações foram realizadas no sistema glinfático e permitiram descobrir novos benefícios do vinho. Um sistema que os autores do estudo conhecem bastante bem, já que foram os primeiros a descobrir o seu funcionamento.

Impacto do consumo de álcool

O estudo teve como objectivo avaliar o impacto do consumo de álcool, tanto agudo como crónico, no sistema glinfático. Os autores analisaram os cérebros de um modelo animal ao qual administraram quantidades moderadas e elevadas de álcool durante um largo período de tempo.

Os resultados desses benefícios baseiam-se, como é lógico, no consumo moderado, pois o consumo excessivo ou abusivo pode resultar em danos para o cérebro.

Os investigadores da Universidade de Rochester basearam o seu trabalho na exposição de ratos ao álcool e comprovaram que aqueles a que beberam doses equivalentes a dois copos e meio — o estudo não especifica se era tinto ou branco — apresentaram uma melhoria. Mas, os que tiveram uma dose excessiva sofreram uma deterioração das suas habilidades cognitivas e motoras.

Em excesso faz mal

“A ingestão prolongada de quantidades excessivas de etanol tem efeitos adversos no sistema nervoso central”, explica Nedergaard, adiantando que que as doses pequenas “são potencialmente benéficas para o cérebro”, já que melhoram a sua capacidade de eliminar resíduos.

Por outro lado, as exposições intermediárias ao álcool reduzem a capacidade de expulsar esses resíduos do cérebro, embora esta função seja restaurada após 24 horas.

“Neste estudo, demonstramos pela primeira vez que as doses baixas de álcool são potencialmente benéficas para o cérebro, ou seja, melhoram a capacidade do cérebro para eliminar os desperdícios”, conclui a especialista.

Para este estudo os investigadores deram, a ratos, pequenas, intermédias e altas doses de álcool, equivalentes a 0,5, 1,5 e 4 gramas por Kg, respectivamente, durante 30 dias.

Fonte: Agroportal

A Comissão Europeia prorrogou a autorização de duas substâncias activas, cujo prazo está a chegar ao fim. Trata-se da FEN 560, também denominado feno-grego ou sementes de feno-grego em pó, por um ano, e do fluoreto de sulfurilo, por três anos.

As duas substâncias fazem parte da Lista Positiva Comunitária (LPC), a lista de substâncias activas que podem ser utilizadas em produtos fitofarmacêuticos para: proteger as plantas, destruir plantas indesejáveis, limitar ou prevenir o crescimento indesejável das plantas e conservar produtos vegetais.

Uma substância activa é incluída naquela lista quando se confirma que não têm efeitos prejudiciais para a saúde humana ou animal nem demasiados efeitos negativos para o ambiente.

Foram apresentados pedidos de renovação da aprovação do FEN 560 e do fluoreto de sulfurilo, no entanto, a aprovação dessas substâncias é susceptível de expirar, por razões independentes da vontade do requerente, antes de ser tomada uma decisão sobre a renovação da aprovação. “Por conseguinte, é necessário prorrogar os respectivos períodos de aprovação”, refere o Regulamento de Execução 2018/184 da Comissão, de 7 de Fevereiro de 2018.

Adianta o documento que atendendo ao tempo e aos recursos necessários para completar a avaliação dos pedidos de renovação das aprovações do grande número de substâncias activas cujas aprovações expiram entre 2019 e 2021, estabeleceu-se um programa de trabalho para agrupar substâncias activas semelhantes e fixar prioridades com base em preocupações de segurança com a saúde humana e animal ou com o ambiente.

Prioridade às substâncias de baixo risco

Segundo o Regulamento, deve ser dada prioridade às substâncias consideradas de baixo risco. A aprovação dessas substâncias deve, por conseguinte, ser prorrogada por um período tão curto quanto possível.

Tendo em conta a repartição das responsabilidades e do trabalho entre os Estados-membros que desempenham as funções de relatores e co-relatores e os recursos disponíveis necessários para a avaliação e a tomada de decisões, esse período deve ser de um ano para a substância activa FEN 560.

Dois a três anos

Para as substâncias activas que não se incluem nas categorias prioritárias, o período de aprovação deve ser prorrogado por dois ou três anos, tendo em conta a actual data de termo, o facto de o processo complementar para uma substância activa ter de ser apresentado o mais tardar 30 meses antes do termo da autorização, a necessidade de assegurar uma repartição equilibrada de responsabilidades e de trabalho entre os Estados-membros que desempenham as funções de relatores e co-relatores e os recursos disponíveis necessários para a avaliação e a tomada de decisões.

“Assim, é conveniente prorrogar por três anos o período de aprovação da substância activa fluoreto de sulfurilo”, diz o documento da Comissão.

Fonte: Agroportal

A Comissão publicou ontem o REGULAMENTO (UE) 2018/213 que aumenta significativamente as restrições sobre o uso do Bisfenol A (BPA) em materiais para contato com os alimentos.

O limite regulamentar (limite de migração específica ou 'LME'), que é a quantidade permitida para migrar do material plástico para alimentos e estende-se essa restrição aos materiais de revestimento, que são utilizados em latas de conservas e bebidas.

O novo regulamento também estende a proibição de utilização, para além dos biberões, ao fabrico de copos e garrafas de policarbonato que, devido às suas características, são destinados a lactentes e crianças pequenas. Proibe ainda a migração de BPA a partir de vernizes ou revestimentos aplicados a materiais e objetos especificamente destinados a entrar em contacto com fórmulas para lactentes, fórmulas de transição, alimentos transformados à base de cereais, alimentos para bebés, alimentos para fins medicinais específicos desenvolvidos para satisfazer os requisitos nutricionais dos lactentes e crianças pequenas ou bebidas lácteas e produtos semelhantes especificamente destinados a crianças pequenas.

O novo regulamento aplicar-se-á a partir de 6 de setembro de 2018.

Fonte: DGAV

Um estudo da University of Exeter, no Reino Unido, descobriu a presença de bisfenol-A (BPA) nas amostras de urina de 86% dos 94 adolescentes selecionados para um estudo.

O BPA é um químico cancerígeno associado a reduções da fertilidade, a problemas cardíacos e a diabetes, e é utilizado no fabrico de vários tipos de plástico desde 1960.

A substância imita as propriedades do estrogénio e já foi associada ao aparecimento de cancros da mama e da próstata, assim como a contagens baixas de espermatozoides.

A presença do químico numa percentagem tão alta dos adolescentes preocupa os profissionais, que consideram ser quase impossível evitar o contacto com o material nos nossos dias.

"A maior parte das pessoas está exposta a BPA diariamente. Neste estudo, os nossos estudantes investigadores descobriram que nos dias de hoje, com as leis de rotulagem atuais, é difícil evitar esta exposição ao alterarmos a nossa dieta", explica Lorna Harries, professora na University of Exeter e coautora do estudo.

"Num mundo ideal, teríamos uma escolha sobre o que por nos nossos corpos. No presente, visto ser difícil identificar quais as comidas e as embalagens que contém BPA, não é possível fazer essa escolha", conclui.

A Agência Europeia dos Produtos Químicos considera o BPA uma substância de "elevada preocupação" capaz de causar efeitos "graves na saúde humana" e, ao mesmo tempo, "nocivos no ambiente".

O BPA é utilizado maioritariamente para endurecer o plástico e o tornar mais resistente.

Apesar do contacto com objetos de plástico já expor os indivíduos ao químico, a maneira mais comum de exposição é através das embalagens usadas na indústria alimentar, que deixam passar o BPA para os alimentos.

Mesmo quando os adolescentes evolvidos no estudo tentaram manter uma dieta livre de BPA durante uma semana, não houve declínios quantificáveis nos níveis da substancia presentes na urina, relata o estudo.

Tal pode-se dever ao facto de que, mesmo os alimentos que não são embalados em plástico possam conter ingredientes que foram porventura expostos a BPA. Os produtos processados são um exemplo disso.

"Descobrimos que uma dieta desenhada para reduzir a exposição a BPA, que incluía evitar frutos e vegetais embalados em recipientes plásticos, comidas enlatadas e refeições pré-cozinhadas desenhadas para ser reaquecidas em microondas e embaladas em recipientes de plástico; teve pouco impacto nos níveis de BPA presentes no corpo", conclui Tamara Galloway, professora da universidade e autora principal do estudo.

Estudos anteriores demonstraram que o BPA se mantém no corpo durante longos períodos de tempo, mesmo quando um indivíduo se mantenha em jejum durante 24 horas.

A Agência Europeia dos Produtos Químicos tem já um conjunto de medidas a entrar em vigor ao longo dos próximos anos, de combate ao uso do BPA.

Fonte: Visão

Os animais de companhia podem, a partir de Maio, acompanhar os donos a estabelecimentos comerciais devidamente sinalizados e que podem fixar uma lotação máxima, de acordo com um diploma aprovado esta sexta-feira no Parlamento.

O texto de substituição, acordado na Comissão de Economia, foi aprovado, por unanimidade, a partir de projectos do Partido Ecologista “Os Verdes”, partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) e BE, tendo sido acolhidas propostas do PS, por exemplo.

Nos termos da lei, que entra em vigor 90 dias depois de publicada, é permitida a entrada de animais em estabelecimentos “em espaços fechados” que os aceitem, mas é necessário obedecer às regras descritas na lei. Por um lado, pode ser fixada uma lotação máxima de animais pelo restaurante, de modo a “salvaguardar o seu normal funcionamento”. Os animais terão de estar presos, “com trela curta”, e “não podem circular livremente”, estando vedada a sua presença na zona de serviços ou onde existam alimentos. O dono do estabelecimento pode, igualmente, fixar uma área reservada para clientes com animais ou permitir a sua presença em todo o espaço.

Na especialidade, e de acordo com o relatório da comissão, a que a agência Lusa teve acesso, prevaleceu a maior parte dos artigos do PEV, tendo sido aprovadas algumas propostas de alteração feitas pela bancada do PS, como a de permitir que se defina o número máximo de animais num estabelecimento.

Fonte: Público

Investigadora desenvolve alternativa ao sal

  • Monday, 12 February 2018 11:29

Uma investigadora do Norte desenvolveu um processo que permite retirar o cloreto de sódio da planta salicórnia (semelhante a espargos), tornando-a “mais saudável” e criando assim uma alternativa ao sal.

“Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os AVC’s (Acidentes Vasculares Cerebrais) são causados, na sua maioria, por excesso de cloreto de sódio [sal] no sangue, sendo esta a maior causa de morte a nível global”, disse a responsável pelo projeto Sal Verde, Marisa Ribeirinho.

Até a 2017, “registou-se na Europa uma percentagem de 27,5% de mortes por AVC”, continuou a investigadora, que começou a trabalhar com a salicórnia (conhecida por sal verde ou espargo do mar, devido à semelhança aos espargos verdes) em 2013, quando a planta “não era muito conhecida em Portugal”.

Em declarações à Lusa, Marisa Ribeirinho contou que o processo desenvolvido permite igualmente produzir a salicórnia durante todo o ano, contornando assim a questão produção sazonal da planta, que só está disponível no meio natural entre abril e setembro.

Com esta solução, o crescimento da planta não sofre interferências externas, demorando cerca de 15 dias a ser replicada, explicou.

“A salicórnia, que tem propriedades medicinais já descritas - antitumoral, diurética e antioxidante - pode ser utilizada como condimento, devido ao seu sabor muito peculiar, que se assemelha a maresia”, referiu.

A ideia para este projecto surgiu no âmbito do relatório de estágio da licenciatura de Marisa Ribeirinho em Genética e Biotecnologia, na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

Com o Sal Verde, a equipa participou no BIOTECH_agrifood INNOVATION, um programa de pré-aceleração criado pela Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica do Porto (ESB-UCP), com o apoio da associação Portugal Foods e da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE).

Fonte: Dnotícias

Há um componente alimentar que pode estar a facilitar o desenvolvimento do cancro da mama. A conclusão é de um grupo de cientistas do Centro de Investigação de Cancro no Instituto de Cambridge, no Reino Unido. Os investigadores olharam para a evolução e disseminação de tumores malignos e concluíram que os doentes com uma dieta privada de asparagina têm menos tendência para ter metástases, reduzindo assim a hipótese de propagação do cancro pelo corpo. O estudo foi publicado na passada quinta-feira na revista científica Nature.

A asparagina é um dos aminoácidos, os tijolos que constituem as proteínas. Como o nome denuncia, foi isolada pela primeira vez no espargo comum (asparagus officinalis), onde se encontra em grandes concentrações. No entanto, para além dos espargos, este aminoácido pode ser encontrado em quantidades significativas em aves, soja, produtos lácteos e marisco, uma vez que é um dos cerca de 20 aminoácidos. Os cientistas alertam agora para os riscos do seu consumo em doentes oncológicos e estão a aprofundar uma investigação sobre a influência deste aminoácido na disseminação do cancro e a sua contribuição para a mortalidade dos doentes.

“A maioria das mulheres com cancro da mama não morre devido ao seu tumor primário, mas sim devido às metástases que se formam, mesmo depois da lesão primária ter sido removida”, aponta a investigação. Ou seja, a morte acontece, em muitos casos, devido à propagação da doença para outros órgãos, como pulmões, cérebro e ossos.

Para que as metástases surjam, é necessário que as células cancerosas abandonem o tumor primário e sobrevivam à circulação sanguínea, colonizando outros órgãos. Foi ao bloquear a asparagina em ratinhos sujeitos aos testes que os investigadores observaram a drástica redução da capacidade e velocidade de disseminação das células cancerosas.

Gregory Hannon, o investigador que coordenou o estudo, sublinha que estas observações são “informações vitais para compreender como travar o alastramento de células cancerosas — a razão principal pela qual os doentes morrem”. Assim, no futuro, “restringir o consumo deste aminoácido através de uma dieta alimentar controlada pode ser parte do tratamento para alguns doentes com cancro da mama e outros cancros”, acrescenta o investigador, citado num comunicado sobre o trabalho.

Esta é, no entanto, uma investigação ainda em fase inicial, baseada apenas na observação efectuada em experiências em ratinhos. Importa sublinhar ainda que a investigação não encontrou qualquer ligação entre a eliminação do consumo de asparagina e a prevenção de cancros primários. Ou seja, o papel da asparagina aplica-se apenas aos cancros que se formaram a partir do primário.

O próximo passo será perceber como é que estas conclusões se aplicam aos doentes e quais é que podem beneficiar mais deste potencial tratamento, uma vez que ele não funciona de igual forma para todos os pacientes, conclui Gregory Hannon.

Já em 2017, uma investigação conduzida na Universidade de Glasgow (Escócia) mostrou que a eliminação de aminoácidos como a serina — que pode ser encontrada nos ovos e peixes—, e a glicina — usada como intensificador de sabor, medicamentos e maquilhagem — reduziu o desenvolvimento de linfomas e cancro intestinal.

Martin Ledwick, enfermeiro no Centro de Investigação de Cancro no Instituto de Cambridge, ressalva que não existem ainda provas científicas de que a restrição de determinados alimentos possa ajudar a combater o cancro mas que é importante que os doentes falem com os seus médicos antes de alterarem a sua dieta alimentar durante o tratamento.

Em Portugal, os números mais recentes revelam que em 2016 morreram de cancro 27.900 pessoas. Os dados do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas mostram que o número representa um aumento de 3% em relação a 2015. Anualmente são registados cerca de seis mil novos casos de cancro da mama, o que representa o diagnóstico a 11 novos casos por dia.

Fonte: Público