A conclusão é da Organização de Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO): a produção alimentar global terá que aumentar cerca de 70% se a população mundial atingir os 9 mil milhões em 2050, de acordo com o previsto.
A FAO vai mais longe e diz ainda que no caso dos países desenvolvidos, a produção alimentar terá que duplicar para dar resposta às necessidades alimentares da população.
Na União Europeia, a previsão é de que a população aumente cerca de 3,9% até 2040, com países como a Grécia, a Lituânia e a Bulgária a deverem registar quebras populacionais e outros como a Suécia, a Áustria e a Irlanda com previsões de crescimento de 23,1%, 17,6% e 16,6%, respetivamente.
Que desafios para o setor agroalimentar?
De acordo com a publicação Food Navigator, estes números mostram que o setor agrícola deverá enfrentar desafios acrescidos, nomeadamente a deterioração da qualidade da água, alterações climáticas, degradação dos solos e perda de terrenos agrícolas para urbanização.
Charles Sissens, analista na empresa GlobalData, explica à publicação que todos estes constrangimentos poderão resultar na perda de qualidade na produção alimentar, sobretudo na produção agrícola.
“A principal ameaça identificada tem mais a ver com a diminuição de standards de qualidade alimentar ao longo do tempo impulsionada pelo aumento da procura por alimentos e pela pressão nos recursos naturais”, defende.
Consciente deste problema, alguns dos maiores players da cadeia de abastecimento já reconheceram a necessidade de reduzir o desperdício alimentar para, assim, garantir a segurança alimentar. Atualmente, cerca de um terço da produção alimentar mundial é perdida ou desperdiçada. Todos os anos. Uma tendência que tem um impacto económico de cerca de 940 mil milhões de dólares anuais.
Fonte: Vida Rural
No futuro, vamos ter de reduzir o consumo per capita de alimentos. Vamos comer menos, mas melhor”, garante Rui Rosa Dias, professor do IPAM – Instituto Português de Administração de Marketing, coordenador do estudo sobre as grandes tendências alimentares dos próximos 10 anos.
Nas mesas portuguesas, dentro de uma década, haverá desde logo mais alimentos biológicos e regionais, escolhidos numa lógica de proximidade e redução da pegada de carbono. E haverá, também, menos desperdício, garante este trabalho que definiu “as 10 tendências agrolimentares em Portugal para 2027” com base num painel de especialistas do sector público e privado que reuniu, entre outros, professores universitários, chefes de cozinha e empresários agroalimentares.
O mundo, em 2027, não será perfeito, mas as 10 tendências avançadas neste trabalho do IPAM indicam que o consumidor vai estar cada vez mais atento ao que come. No final, as culturas e tradições nacionais serão cada vez mais valorizadas na gastronomia:
1) REDUÇÃO DO DESPERDÍCIO ALIMENTAR
Portugal terá de encontrar “políticas eficazes que conduzam à redução do desperdício alimentar”, diz Rui Rosa Dias. O estudo prevê, nesta área, uma evolução significativa. Atualmente, a percentagem de desperdício ao longo de toda a cadeia logística alimentar anda nos 30% e, até 2017, esta percentagem deve cair para os 15%.
2) MAIOR CONSUMO PER CAPITA DE PRODUTOS BIOLÓGICOS
O painel de especialistas acredita que o mercado de consumo de produtos biológicos em Portugal, atualmente avaliado em 40 milhões de euros, pode saltar para os 100 milhões de euros. Assim, o consumo per capita de 4 euros passará para os 10 euros.
3) GASTRONOMIA REGIONAL CERTIFICADA COMO RESERVA GASTRONÓMICA MUNDIAL
A valorização dos produtos autóctones e da gastronomia regional está a emergir. A valorização de pratos tradicionais como os rojões à moda do Minho ou o pica no chão passará pela sua certificação como Reserva Gastronómica Mundial.
4) CRESCIMENTO DA AGRICULTURA SINTRÓPICA
Nas práticas agrícolas e modo de produção, vão surgir produtos de excelência com base nas práticas da agricultura sintrópica, um conceito inspirado na dinâmica dos ecossistemas virgens, caracterizado pela organização, integração, equilíbrio e preservação de energia no ambiente.
5) CANAL HORECA NACIONAL COM CERTIFICAÇÃO SLOW FOOD
Hotéis, restaurantes e atividades de catering vão procurar uma aproximação ao modelo Slow Food, com projetos diferenciadores e, até com certificação. Em contraposição ao movimento de massificação e padronização oferecido pelo fast-food, os consumidores vão valorizar o produto/comida, o meio ambiente e a qualidade das suas refeições.
6) PEGADA DE CARBONO GANHA PESO NA HORA DE ESCOLHER ALIMENTOS
É uma mudança comportamental. Os consumidores vão estar mais empenhados na redução da pegada de carbono e, na hora de ir às compras, selecionarão cada vez mais os produtos guiados por fatores como a distância que o alimento percorreu até chegar à sua mesa. Para responder a esta tendência de consumo, os fornecedores/distribuição, vão procurar encurtar os circuitos e oferecer produtos de proximidade.
7) “COMFORT FOOD” COMO OPÇÃO DE MENU
Quem vai ao restaurante está disponível para procurar cada vez mais ambientes familiares e comida que “conforta a alma”, aconchegante, a remeter para memórias da infância. E isto significa, mais uma vez, gastronomia regional de qualidade.
8) ROTULAGEM CLARA E OBJETIVA
Em nome da verdade e transparência agroalimentares, as embalagens tendem a conter informação clara e objetiva sobre a composição dos alimentos e o grau de dependência. Açúcar, sal, intensificadores de sabor “ e outras artimanhas” usadas nos alimentos, a par de aditivos conservantes vão, assim, tornar-se mais visíveis.
9) APARECE O GASTRÓNOMO REGIONAL
O novo modelo de consumo conduz à criação da nova figura de Gastrónomo regional, para aconselhar os consumidores sobre os alimentos e o território.
10) CONSUMIDOR VAI COCRIAR OS ALIMENTOS
Para conferir mais confiabilidade aos alimentos, o sector agroalimentar nacional vai abrir as portas à cocriação, o que significa que o consumidor pode ajudar a definir o produto e, no limite, passar a controlar pormenores como o local onde pastam as vacas que deram o leite que está a beber.
Fonte: Expresso
A pesca de sardinha, manutenção a bordo e descarga, com qualquer arte de pesca, fica proibida a partir de sábado e até 15 de maio, segundo um despacho publicado este sábado em Diário da República.
De acordo com o diploma, após Portugal ter atingido o limite de pesca definido "torna-se necessário evitar qualquer captura de sardinha [...], reforçando assim as medidas de conservação e proteção desta espécie".
O Governo refere que a sardinha é um recurso de "interesse estratégico" para a pesca portuguesa, indústria conserveira e para as exportações de produtos de pesca, assumindo "particular relevância em termos socioeconómicos em várias comunidades piscatórias".
No entanto, ressalvou que o mesmo deve ser explorado de modo a garantir, a longo prazo, "a sustentabilidade ambiental, económica e social da pescaria, dentro de uma abordagem de precaução, definida com os dados científicos disponíveis, procurando-se simultaneamente assegurar os rendimentos da pesca aos seus profissionais".
Neste sentido e na sequência de uma recomendação do Conselho Internacional para a Exploração do Mar (ICES, na sigla em inglês), Portugal e Espanha, com o acordo da Comissão Europeia, definiram um plano de pesca, no qual ficou estabelecido que o limite de capturas, a dividir entre os dois países, deveria ser de 12.028 toneladas durante a época de pesca, dirigida até ao final de setembro.
Em comunicado, o ministério liderado por Ana Paula Vitorino disse que, para preservar o 'stock' da sardinha, estabeleceu também, ao longo do ano e em concertação com o setor, "limites de capturas diários de proteção dos juvenis, zonas de interdição temporária da atividade, fecho da pesca à quarta-feira e ao fim de semana".
O Governo informou ainda que a reabertura da pesca da sardinha está prevista a partir de 16 de maio de 2019.
"As possibilidades de pesca para 2019 serão definidas no quadro do plano de recuperação desta espécie e da adoção de uma regra de exploração a ser validada pelo Conselho Internacional para a Exploração do Mar, [que recomendou também para 2019 pesca zero], com base nos dados dos cruzeiros científicos de Portugal e Espanha e da interação a desenvolver com a União Europeia", indicou.
Inicialmente previsto para outubro, o novo cruzeiro para avaliar o 'stock' da sardinha deve avançar em novembro, revelou o comunicado.
O Ministério do Mar anunciou ainda que o preço médio de primeira venda subiu 33%, em comparação com 2017, para 2,21 euros por quilograma, e sublinhou que "com a interdição da pesca da sardinha, a frota poderá dirigir a sua atividade a outras espécies como o biqueirão e a cavala".
Fonte: Jornal de Notícias
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) detectou a venda, num operador grossista, de cerca de 2000 unidades de azeite que apresentavam a categoria “Virgem Extra” na denominação de venda, mas continham mistura de azeite refinado.
A operação da ASAE, divulgada em comunicado, foi conduzida pela Unidade Nacional de Informações e de Investigação Criminal nas localidades de Guimarães, Sintra e Faro. No total foram apreendidas cerca de 2000 garrafas de azeite, correspondendo a 1500 litros de produto, num valor aproximado de 5200 euros.
O produto em causa estava rotulado como “Virgem Extra”, ou seja, azeite de categoria superior obtido directamente de azeitonas, unicamente por processos mecânicos, mas na sua composição foi detectada a existência de azeite refinado.
Segundo a ASAE, trata-se assim de uma prática “fraudulenta” e que induzia o consumidor final em erro quanto à qualidade do produto, as suas reais características e o seu valor comercial.
“No âmbito desta operação, a ASAE fez uma intervenção simultânea a nível nacional, nas localidades de Guimarães, Sintra e Faro, no sentido de detectar e retirar do circuito comercial as embalagens deste produto”, refere.
Fonte: Público
Os produtos lácteos não são a única fonte alimentar que disponibiliza esse nutriente, apesar da forte associação que ainda permanece.
Eis cinco alimentos que pode incluir no seu regime alimentar de modo a aumentar os níveis de cálcio no seu organismo, promovendo a manutenção de ossos e de dentes mais fortes e saudáveis, entre outros benefícios.
1. Vegetais
Muitos vegetais estão repletos de cálcio, particularmente os que se caraterizam por uma cor verde mais escura.
Por exemplo, uma única tigela de brócolos pode conter até 180 miligramas de cálcio, o que equivale a 18% da dose diária recomendada. Já a couve cozida inclui 94 miligramas daquele nutriente.
2. Tofu
Popularmente conhecido por ser uma fonte de proteína vegan, metade de uma tigela de tofu contém 861 miligramas de cálcio. Feito a partir de coalhada de soja, apresenta ainda um baixo teor calórico e não tem glúten.
3. Peixe
Cerca de 100 gramas de sardinhas fornecem cerca de 370 miligramas da substância.
Registam-se valores semelhantes para o consumo de salmão – surpreendentemente o salmão em lata apresenta em média mais cálcio por conter espinhas.
4. Laranjas
“Comer apenas uma laranja fornece mais de 70 miligramas de cálcio ao organismo, garantindo que consome cerca de 6% da dose diária recomendada, para além de ingerir vitamina C, e tudo isto em apenas um snack”, explica nutricionista Frida Harju-Westman, em declarações à publicação Medical Daily.
Contudo deverá dar preferência à fruta em si, ao invés de ingerir sumos, que por sua vez contêm índices menores daquele nutriente, cerca de 27 miligramas.
5. Amêndoas
Para além de conterem doses ideais de proteína, vitamina E, potássio, magnésio e manganês, as amêndoas têm ainda um alto teor de cálcio comparativamente a outros frutos secos de casca dura.
Uma única porção de amêndoas (aproximadamente 22 unidades) equivale a 8% da dose diária recomendada.
Fonte: Notícias ao Minuto
A Bélgica prevê abater nos próximos dias 4.000 porcos saudáveis para evitar qualquer contaminação das pecuárias pelo vírus da peste suína africana, uma medida radical “inédita”, afirmou esta segunda-feira o ministro da Agricultura, Denis Ducarme.
O governante belga falou à agência noticiosa francesa AFP sobre as medidas que o seu executivo vai adotar para combater a doença, durante uma visita a Lichtenegg, a sul de Viena, por ocasião de uma reunião ministerial da União Europeia (UE) realizada na Áustria. “Vamos fazer tudo para que o sector de criação de porcos não seja atingido. Por isso, pedi à minha agência de segurança alimentar para pôr em ação os dispositivos que visam o abate da totalidade dos porcos domésticos situados na zona afetada”, declarou.
Como se trata de uma área pouco povoada, estão em causa apenas 4.000 porcos domésticos, de um total de seis milhões de porcos existentes na Bélgica, referiu. O ministro explicou que é necessário que o Governo tome “medidas úteis” com a concordância e o apoio da Comissão Europeia, que “se comprometeu a reconhecer a medida como sendo de caráter sanitário, o que permitirá dar mais apoio aos criadores que estão a viver uma verdadeira catástrofe”.
Neste momento, prosseguiu, “a indústria da carne de porco na Bélgica é completamente saudável, não há qualquer elemento que indique que o porco está contaminado”. Denis Ducarme indicou que “a Comissão Europeia vai financiar 50% desta medida, adotada pela primeira vez na Europa. “É verdade que é inédita na Europa uma medida como esta que estamos a tomar: a eliminação de porcos saudáveis”, observou.
Acrescentou, porém, que o país está a trabalhar juntamente com a Comissão Europeia nesta questão, mas também com o conjunto dos Estados vizinhos: as agências de segurança alimentar trabalham com absoluta transparência, com troca de informações.
“Nós pusemos em prática, no caso do Fipronil (a crise dos ovos contaminados ocorrida no verão de 2017) agentes de ligação: são os nossos chefes veterinários que comunicam sobre todos os elementos do dossier. Queremos que os países vizinhos disponham de toda a informação que lhes possa ser útil. Penso que está a correr bem”, comentou.
Fonte: Observador
Uma panela de água a ferver ou o microondas para cozinhar? Qualquer que seja o meio de cozedura haverá sempre perda de nutrientes, mas para os nutricionistas a segunda opção é menos prejudicial por uma questão muito simples: a rapidez, ou seja, pouco tempo e pouca água, logo, perda de nutrientes reduzida.
A melhor opção será sempre cozinhar a vapor, mas na impossibilidade de fazê-lo e com o microondas tão à mão também não ficará mal servido, segundo um especialista norte-americano, citado pela CNN.
O aquecimento típico dos microondas resulta numa perda mínima de nutrientes valiosos”, defende o professor Scott A. Rankin, da Faculdade de Ciência Alimentar da Universidade de Winsconsin-Madison.
Isto porque quanto maior o tempo de cozedura e mais alta a temperatura maior será também a perda de nutrientes. E quando se trata de um microondas, estas questões são todas para menos.
Rankin explica que os microondas emitem comprimentos de onda que são absorvidos pelas moléculas de água na comida e que são essas moléculas que geram calor. No entanto, aquecer comida no microondas requer pouca ou nenhuma água, sublinha.
Ao cozinhar, por exemplo, brócolos numa panela a água fica verde, porque nutrientes solúveis como a vitamina C perdem-se para a água, muita por sinal. Num forno, o ar quente penetra na comida pelo exterior e quando consegue chegar ao interior já abusou das altas temperaturas e do tempo de cozedura.
Num microondas, a temperatura distribui-se de forma mais equilibrada, pelo que a comida atinge a temperatura desejável em minutos e com poucos danos.
Estudos mostram que cozinhar os alimentos através dos microondas resulta numa maior perda de humidade, no entanto, isso não resulta, necessariamente, numa perda significativa de nutrientes.
A vantagem do microondas é a sua rapidez”, reitera o professor norte-americano.
Fonte: TVI24
Já em Portugal cerca de 68,5% dos portugueses apresenta valores de colesterol elevados.
Este problema de saúde leva a um excesso de gordura presente no sangue e pode aumentar exponencialmente o risco de ataque cardíaco e de enfarte.
Apesar de medicação, tal como as estatinas, ser regularmente prescrita para tratar a condição, existem outras formas de aliviar os sintomas sem tomar fármacos.
Mas afinal como pode reduzir naturalmente os níveis de colesterol?
Os médicos recomendam a ingestão de uma dieta sobretudo à base de vegetais, de modo a reduzir os índices de gordura no sangue.
Cereais integrais, leguminosas e vegetais estão entre os alimentos que tendem a apresentar um baixo teor de gordura saturada.
É aconselhável incorporar esses produtos mais naturais no regime alimentar, ao invés de alimentos ricos em óleo ou manteiga.
A organização britânica que promove a saúde cardiovascular Heart UK, explica: “Os vegetais não contêm colesterol e geralmente tem níveis baixos de gordura saturada. Como tal, devem ser parte integrante da alimentação diária”.
A Heart UK revelou ao Daily Star sete alimentos que podem ajudar a banir de vez o colesterol elevado.
E que incluem:
- Aveia;
- Feijão;
- Leguminosas: tais como lentilhas verdes e vermelhas;
- Vegetais com alto teor de fibra: por exemplo, batata doce, quiabo e berinjela;
- Fruta com alto teor de fibra: manga e citrinos;
- Produtos à base de soja: incluindo tofu, leite e iogurtes magros;
- Frutos secos sem adição de sal: tais como amêndoas, pistácios, nozes, amendoins e cajus.
Fonte: Notícias ao Minuto
A agricultura sustentável está assente em três objectivos principais, sendo eles:
- A conservação do meio ambiente;
- Unidades agrícolas lucrativas
- A criação de comunidades agrícolas prósperas.
Estes três objectivos referidos anteriormente foram definidos consoante diversas filosofias, práticas e políticas, tanto sob o ponto de vista do produtor agrícola como do consumidor. Quando se fala em agricultura sustentável referimo-nos , portanto, à capacidade que uma determinada unidade agrícola ou até do próprio planeta onde vivemos tem de continuar a produzir alimentos ou recursos, infinitamente, prejudicando o mínimo possível o meio ambiente e a sociedade onde vivemos (preferencialmente).Se pretender exercer uma agricultura sustentável, existem certas medidas que precisa tomar a fim de atingir este importante objectivo. Neste artigo irá aprender dicas essenciais para praticar uma agricultura mais sustentável.
1.Os termos “sustentável” e “orgânico” são distintos, não confunda!
O termo “orgânico” significa que o alimento foi cultivado ou produzido sem o uso de produtos químicos sintéticos. Já quando se fala em sustentável, referimo-nos à capacidade que uma determinada exploração agrícola tem de produzir com um mínimo prejuízo ambiental possível.
É importante não confundir os termos agricultura sustentável com agricultura orgânica. Embora ambos os tipos de agricultura visem práticas “ecologicamente mais sensíveis” e ambientalmente mais amigáveis, são conceitos diferentes. A agricultura sustentável tenta fazer o melhor uso das condições existentes, adaptando as culturas ao clima e ao solo e beneficiando de sinergias entre os seres vivos que compõem o sistema agrícola. Deste modo, a agricultura sustentável pode reduzir o uso de aditivos externos (factores de produção que provêm de fora da exploração, tal como fertilizantes, pesticidas, sementes), poupando energia e afectando minimamente os ciclos biogeoquímicos.
2. Agricultura sustentável, sabe o que significa?
A sustentabilidade de uma área de cultivo agrícola, refere-se à sua capacidade de produção indefinida sem comprometer as gerações futuras. Para avançar neste sentido, uma exploração agrícola tem que:
- Evitar ao máximo mudanças negativas e irreversíveis ao solo tais como erosão e a desertificação
- Não usar os recursos irracionalmente (principalmente aqueles que não podem ser repostos, como a água e a vegetação nativa não replantada)
- Produzir renda/lucro suficiente para se manter e consolidar a sua forma de produção
3. Tenha muita atenção à fonte de seus recursos
Para que nada corra mal, tem de ter em atenção de onde os recursos de sua exploração agrícola são provenientes, e se está a tomar medidas para substituí-los o máximo possível por alternativas mais sustentáveis.
Tente responder às seguintes questões:
De onde provêm os seus recursos e inputs? Pense concretamente no caso da água, energia, alterações do solo e a alimentação de seus animais (se os tiver). Deve ter também uma visão a longo prazo: de onde provirão os investimentos de capital na sua exploração agrícola (tais como materiais de construção, estruturas, ferramentas, etc.)?
Tenha em consideração que nenhuma exploração agrícola deve ser vista como uma ilha: a auto-suficiência completa não é um requisito da agricultura sustentável. No entanto, a estabilidade e produtividade a longo prazo devem ser considerados como tal. Quanto mais renováveis e diversificados forem os seus recursos, a sua exploração agrícola será sustentável por mais tempo.
4. Incentive a diversidade de culturas dentro da sua exploração agrícola
Escolher a “policultura” ao invés da “monocultura” é por muitas razões mais vantajosa. Causa menos desperdício e, em muitos casos, uma redução do consumo de combustíveis fósseis.
Produza várias culturas que sejam bem adaptadas às condições de sua localidade, ao invés de optar por uma colheita produtiva e voltada para o armazenamento.
Pratique rotação de culturas e use parte do seu terreno para pastagem dos animais. Utilize plantas que se adaptem bem entre si e adubos verdes para manter a terra perpetuamente fértil e desprovida de desgastes.
Relacione os seus animais e as colheitas entre si, criando um relacionamento ecológico, mutuamente benéfico para ambos. A maneira mais simples de o fazer é usando o estrume do gado para fertilizar as culturas, bem como algumas das colheitas para alimentar o gado.
5. Selecione mão de obra confiável e exigente
Além de que deve proceder legalmente para manter o seu capital humano devidamente regularizado,deve também contratar trabalhadores que se revejam nesta causa da agricultura sustentável e que não se sintam constrangidos de lutar por ela.
A redução da dependência de combustíveis fósseis significará obrigatoriamente um aumento da dependência do trabalho humano. O trabalho físico e manual de seus trabalhadores rurais deverá ser altamente especializado, feito por trabalhadores experientes que entendam a complexidade do sistema em que estão inseridos.
Fonte: Agroportal
Foi criado no Brasil um gelado que ajuda a diminuir os efeitos colaterais da quimioterapia em pacientes com cancro. Desenvolvido por investigadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o gelado tem três sabores: morango, chocolate e limão.
O gelado, que funciona como um complemento alimentar, foi testado durante um ano por pacientes do Hospital Universitário local. A receita leva fruta, azeite, whey protein isolado – que é uma proteína com alto valor biológico – e fibra. Não tem em lactose nem glúten.
A criação foi uma parceria com uma fábrica de Florianópolis, que demorou cerca de seis meses até chegar à fórmula desejada pelos nutricionistas.
“Já fazíamos um gelado muito parecido. O desafio era: introduzir uma gordura de maior valor nutricional que seria o azeite e uma quantidade grande de proteína. Para um gelado, isso é muito difícil”, disse o diretor de desenvolvimento de produtos Marcelo Baracuhy.
Os pacientes aprovam a novidade. “O gelado é delicioso e minimiza os efeitos da quimioterapia”, disse ao G1 a paciente Carol Gilda Martins, que faz tratamento contra um cancro linfático desde março, tendo passado por várias sessões de quimioterapia, fase do tratamento em que os efeitos colaterais são muito comuns.
“Eu tenho mucosite que dificulta na alimentação. Ingerir alimentos quentes ou alimentos muitos grossos é muito difícil para mim”, explica à Globo.
“Este gelado, por ser frio, ajuda a anestesiar a cavidade bucal, que é uma das consequências do tratamento, como a mucosite”, disse a professora Raquel Kuerten de Salles, do departamento de Nutrição da UFSC, uma das nutricionistas responsáveis pela investigação.
“É maravilhoso. Os sabores são todos muito bem escolhidos para não provocar nem um pouco de enjoo”, conclui Raquel Kuerten.
Fonte: zap.aeiou.pt
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