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O Governo prepara-se para limitar o consumo de água. Neste momento, mais de metade do continente está em seca moderada e 5% em seca severa.

A situação é preocupante, mas ainda assim longe da severidade da seca ocorrida em 2017. Contudo, a pensar no pior cenário, o governo iniciou a pré-contratação de camiões de abastecimento de água.

O Ministro do Ambiente quer ainda este mês dar início a um programa de reutilização de águas residuais.

Em discurso, refere que as ETAR devem, até ao início do ano de 2025, implementar 10% do seu esgoto tratado para efeitos de reutilização como, por exemplo, rega ou lavagem de contentores do lixo. Por outras palavras, atividades que não impliquem o consumo humano direto.

No que se refere ao ano agrícola, o ministro Capoulas Santos garante normalidade na maior parte do país, exceto para as zonas da Vigia e de Campilhas (Alto do Sado). Acrescenta que o problema pode estar na alimentação dos animais.

A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) refere ainda a necessidade de adaptar e rentabilizar os consumos face a este novo alerta de seca.

Fonte: Rtp Notícias

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) iniciou uma operação nacional para a fiscalização de transporte de alimentos. Prevê-se que esta ação decorra até sexta-feira.

Estão envolvidos 160 inspetores em 60 locais, por todo o país.

Pedro Portugal Gaspar, inspetor-geral da ASAE, diz que na área alimentar já foi inspecionada meia tonelada de produtos, tendo por agora sido apreendidos gelados com falhas de rotulagem e produtos pré-confecionados congelados, onde ocorreu interrupção da cadeia do frio no transporte.

Fonte: Rádio Renascença

Regulamento n.º 2074/2005 define produto tradicional como alimento reconhecido historicamente. Alternativamente, o produto tradicional pode ser definido pelo seu processo de fabrico registado ou através da proteção do mesmo por legislação comunitária, nacional, regional ou local.

Por outro lado, através do Decreto-Lei n.º 110/2002, Portugal define a atividade artesanal de produção e preparação de bens alimentares, conforme a fidelidade aos processos tradicionais. Este diploma estabelece também a obrigatoriedade de estatuto de artesão através da emissão do título carta de artesão.

Os requisitos aplicáveis a cada uma das terminologias são diferentes, nos quais a menção a produto artesanal é permitida apenas no caso de se ter obtido o estatuto de artesão.

Um produto tradicional, no entanto, é menção que pode ser ostentada em produtos reconhecidos ao abrigo do Regulamento (UE) nº 1151/2012 e suas alterações, ou seja, os produtos cuja denominação de origem é protegida (DOP), os produtos cuja indicação geográfica é protegida (IGP) ou no caso de especialidades tradicionais garantidas (ETG).

Além destes, podem utilizar a menção "tradicional", os produtos fabricados em unidades artesanais ou outros produtos reconhecidos historicamente como produtos tradicionais ou produzidos segundo métodos de produção tradicionais, que não se encontrem abrangidos pelas descrições anteriores.

Para mais informações acerca destes produtos, consulte o site da Direção-Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural.

Fonte: DGAV

Portugal está em risco. Cerca de 60% da população têm obesidade ou vivem em risco de desenvolverem essa condição, segundo os resultados de um estudo do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP).

As conclusões do estudo, que estimou pela primeira vez a prevalência da obesidade em todos os segmentos etários da população portuguesa, revelam que 22% dos portugueses têm obesidade e 34% pré-obesidade (estado em que um indivíduo já se encontra em risco de desenvolver obesidade).

Esqueça as versões light

As pessoas tendem a subestimar as calorias presentes numa opção light, acabando por consumir uma maior porção pela segurança ilusória do termo. Pelo contrário, deve optar pela versão original, mas em menor quantidade.

Atenção aos nomes estranhos

É importante analisar o rótulo. Na lista de ingredientes, quando encontrar glicose, glucose, maltose, frutose, dextrose, malto dextrinas, xarope de açúcar, xarope de milho, xarope de agave, xarope de arroz, açúcar invertido, açúcar mascavado, melaço e mel, saiba que são todos nomes diferentes para o açúcar, por exemplo.

Consulte a ordem da lista de ingredientes

Interprete a lista de ingredientes por ordem de quantidade do ingrediente. Na primeira posição, encontra sempre aquele que aparece em maior quantidade. À medida que avança na lista dos ingredientes, eles vão perdendo importância.

Redução do açúcar

Evite a compra de refrigerantes, em vez de iogurtes de fruta com alto teor de açúcar, opte por um natural e adicione você a fruta ou canela e aposte em alimentos naturais como fruta, frutos secos e cereais integrais, ricos em fibra e mais interessantes do ponto de vista nutritivo.

As armadilhas estão escondidas nos supermercados e nos rótulos, muito além do que aquilo que acima se descreve, pelo que deve permanecer alerta e informado para uma compra consciente. Aprenda mais sobre rotulagem e a sua interpretação nos conteúdos da nossa página.

Fonte: Men's Health

Beber grandes quantidades de açúcar através do consumo de refrigerantes é uma das causas principais de obesidade, especialmente em crianças. Por este motivo, a existência de alternativas mais saudáveis e de mínimo processamento são um mercado a explorar.

O chá de kombucha é uma bebida refrescante obtida pela fermentação do chá preto açúcarado, a partir de folhas de Camellia sinensis L., em conjunto com leveduras e bactérias.

Esta bebida apresenta caraterísticas de interesse, sendo bastante versátil pelas múltiplas formas e sabores à qual de adapta. Uma importante razão para esta se tornar uma bebida emergente trata-se das várias alegações de saúde descritas e suportadas por investigações científicas.

Dos vários benefícios listados, o chá de kombucha é anti-microbiano, anti-oxidante, anti-diabético e anti-cancerígeno. Este é o ponto de partida que cativa os empreendedores a comercializar o produto.

A fermentação é um dos métodos mais antigos de preservação alimentar, assim como se trata de um sistema de baixo custo em termos energéticos.

A fermentação da kombucha principia com a formação de um biofilme flutuante, originando posteriormente ácidos acético, glucónico, tartárico, málico e, em proporção mais reduzida, cítrico. Todos estes conferem um sabor mais azedo à bebida.

Inicialmente, a kombucha é constítuida por microrganismos osmotolerantes e, em última instância, dominada por espécies tolerantes à acidez. O produto final resulta da fermentação em condições aérobias durante 7 a 10 dias.

A bebida é ligeiramente gasosa e amarga, mas refrescante e composta por muitos ácidos, aminoácidos, vitaminas e ainda algumas enzimas hidrolíticas.

Conheça mais sobre esta bebida:

Dufresne, C., and E. Farnworth. "Tea, Kombucha, and health: a review." Food research international 33.6 (2000): 409-421.

Villarreal‐Soto, Silvia Alejandra, et al. "Understanding kombucha tea fermentation: A review." Journal of food science 83.3 (2018): 580-588.

Chakravorty, Somnath, et al. "Kombucha: A Promising Functional Beverage Prepared From Tea." Non-Alcoholic Beverages. Woodhead Publishing, 2019. 285-327.

Fonte: The Science of Beverages

Os biofilmes permitem o crescimento de organismos patogénicos que são resistentes a antibióticos, no entanto, são também uma maneira eficaz de produzir um produto de leite fermentado capaz de distribuir probióticos resistentes no trato digestivo, de acordo com uma nova investigação.

Investigações anteriores sobre biofilmes, isto é, células bacterianas aglomeradas numa matriz extracelular resistente a antibióticos e desinfetantes, focavam na eliminação e prevenção destes.

No entanto, nesta nova investigação publicada no Jornal de Agricultura e Química dos Alimentos, a experiência foca-se precisamente no uso de membranas de nanofibra com integração de biofilme como culturas de arranque em biotecnologia e indústrias de fermentação para facilitar a extração de probióticos de géneros alimentares no trato digestivo.

O projeto, coordenado por Meng-Xin Hu, pretendia descobrir as melhores condições de crescimento da bactéria Lactobacillus plantarum, usada em alimentos fermentados como o iogurte.

Além disso, a equipa também pretendia assegurar a sobrevivência deste organismo quando armazenado em prateleiras de supermercado, assim como a sua transição ao longo do estômago.

Os resultados foram positivos e concordantes no sentido em que as células em matriz tiveram um tempo de vida mais prolongado do que as formas livres de L. plantarum no leite, permitindo uma maior absorção.

Fonte: Nutra Ingredients

O Canabidiol (CBD) é uma das muitas substâncias químicas canabinóides encontradas na Cannabis sativa L., e que constitui grande parte da planta, chegando a representar mais de 40% dos seus extratos.

Ao contrário de outros canabinóides psicoativos como o delta-9-tetrahidrocanabinol (THC), o canabidiol não produz euforia nem intoxicação, atuando noutros sistemas de sinalização cerebral de relevância terapêutica.

Ao abrigo do Regulamento (UE) 2015/2283 acerca dos novos alimentos, apenas se devem enquadrar nesta categoria alimentos que não foram usados antes de Maio de 1997.

Grupos industriais discordam da classificação de "novo alimento" atribuída pelas autoridades, alegando que extratos de cânhamo já foram comercializados antes da referida data e seriam equivalentes ao que hoje se designa suplemento.

A atribuição da classificação "novo alimento" dificulta a entrada de produtos contendo CBD no mercado uma vez que que estes carecem da aprovação da Comissão dos Novos Alimentos.

Fonte: Nutra Ingredients

As crianças continuam a ser a população-alvo de campanhas de publicidade de produtos de alto teor de gordura, açúcar e sal nas redes sociais, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Por este motivo, a referida organização quer exigir restrição de acesso a este tipo de conteúdos a menores.

Esta decisão é baseada num relatório de 2019 que também inclui a descrição do atual panorama de estratégias de marketing usadas em produtos de álcool e tabaco, bem como a auto-regulação disponível.

O aumento da publicidade online permitiu que as crianças se tornassem um grupo de exposição vulnerável devido ao crescente tempo despendido em frente a ecrãs.

O relatório pretende estabelecer uma metodologia a implementar de forma homogénea nos Estados-Membros e salientar os atuais problemas de políticas e regulações na área do marketing alimentar.

Fonte: Food Navigator

A maioria dos novos produtos alimentares ou bebidas falham no primeiro ano de lançamento. Para vencer estas probabilidades, perceber a neurociência do sabor pode ajudar.

De acordo com Clayton Christensen, professor na Harvard Business School, todos os anos mais de 30 mil novos produtos são lançados no mercado e 80% destes não tem sucesso. Aliás, a maior taxa de insucesso parece fixar-se nos produtos que se enquadram na categoria de mercearia (70-80%), de acordo com as investigações de Inez Blackburn da Universidade de Toronto.

As probabilidades parecem, de facto, estar contra o sucesso de novos produtos. O que estarão os inovadores alimentares a fazer errado? Na semana passada, numa conferência acerca dos horizontes dos sabores em Amesterdão, algumas limitações dos painéis sensoriais foram levantadas.

Em explicação deste fenómeno, a investigadora Pauline Foster refere "Há três coisas que sabemos sobre os painéis de teste. As pessoas nem sempre dizem a verdade, as pessoas não pensam o que sentem e as pessoas nem sempre fazem o que dizem".

Para que um novo produto ganhe aceitação no mercado, as várias respostas sensoriais que este provoca devem alinhar-se. A aceitação passa por uma resposta multisensorial e a congruência é chave neste processo.

A investigadora acrescenta "Sabemos que existe uma forte correlação entre o prazer e diferentes partes do cérebro. Quando a resposta multisensorial é congruente na sua estimulação de prazer, há um aumento da aceitação do produto".

A embalagem, por exemplo, pode ter um impato significativo na perceção de um produto. Bebidas em garrafas de plástico são frequentemente associadas a bebidas gasosas, mais efervescentes, enquanto que em garrafas de vidro, as bebidas são percecionadas como mais doces.

Foster acredita que os painéis tradicionais não conseguem prever todos os sinais necessários para a aceitação de um produto. Isto pode ser atribuído a decisões explícitas, isto é, racionais, mas sobretudo às implícitas, que derivam de respostas involuntárias, ou seja, emocionais.

Tendo em vista a diminuição do erro, um método mais eficaz de medição de respostas implícitas ao estimulo deve ser empregue. De acordo com o modelo sugerido pela investigadora, deve-se mostrar uma imagem ao sujeito em avaliação e pedir para que este a corresponda à marca X ou Y o mais rapidamente possível.

Na segunda ronda, o sujeito deverá ver uma palavra seguida de uma imagem e será aconselhado a ignorar a palavra, apenas respondendo à imagem. Se a palavra estiver associada à imagem, o tempo de resposta será significativamente mais rápido.

Ao medir o tempo de resposta entre a palavra e a amostra, é possível detetar reações implícitas, difíceis de fingir, o que resulta num nível mais alto de preditibilidade. Esta abordagem representa uma alternativa mais barata ao uso da tecnologia de ressonância magnética funcional.

Fonte: Food Navigator

Um grupo de investigadores internacional desenvolveu uma nova variedade de trigo que é segura para consumo por celíacos e alérgicos ao glúten.

Cientistas da Universidade Estatal de Washington (WSU), da Universidade de Clemson e instituições parceiras no Chile, China e França foram capazes de alterar o genoma do trigo para criar uma nova variedade que incorpora enzimas que quebram as prolaminas, nomeadamente o glúten, o causador de reação imune no corpo.

Foi então introduzido novo material génico no trigo, desenvolvendo uma nova variedade que contêm duas enzimas. Uma foi extraída da cevada e ataca o glúten e a outra teve origem na bactéria Flavobacterium meningosepticum. Ambas são gluteneases e quebram as proteínas do glúten no sistema digestivo.

A descoberta foi publicada na revista de Genómica Funcional e Integrativa e abre a porta para o desenvolvimento de novos tratamentos e variedades de trigo. Em particular, os cientistas pretendem desenvolver variações das enzimas referidas que sejam estáveis ao calor dado que a maior parte dos produtos à base de trigo são cozinhados a altas temperaturas.

Fonte: Bakery and Snacks