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A Comissão Europeia atualizou, no passsado mês de Março, o Glossário relativo às normas de comercialização do azeite e do óleo de bagaço da azeitona.

Este documento clarifica as questões mais frequentes relativas às normas de comercialização dos produtos previstos no Regulamento (UE) nº 29/2012 e no Regulamento (CEE) nº 2568/91 e suas posteriores modificações.

Consulte o documento (versão em inglês) aqui.

Fonte: DGAV

É bem conhecido que o ozono é aplicado de forma eficaz no tratamento da água potável e no tratamento de águas residuais devido ao seu alto potencial de oxidação.

Após alguns pesquisadores demonstrarem que certos pesticidas, podem ser facilmente degradados em solução aquosa pelo ozono, muitas empresas já utilizam esta tecnologia de forma eficaz.

As técnicas como a oxidação de Fenton, o biotratamento, o tratamento catalítico de TiO2, a filtração por carvão ativado em pó, a osmose reversa e a ultrafiltração são altamente eficazes na remoção de produtos químicos orgânicos dissolvidos em solução aquosa, contudo menos eficazes para a remoção de pesticidas residuais em fruta e vegetais.

Assim, a utilização do ozono, oxidante e viricida forte, aplicado na lavagem de fruta e vegetais consegue reduzir significativamente os pesticidas, proporcionando uma alternativa de desinfeção adequada.

Existem vários fatores que influenciam a eficácia da remoção dos resíduos de pesticidas em frutas e vegetais tais como a qualidade da água bruta antes da dissolução do ozono, a temperatura da mesma, gerador de ozono corretamente dimensionado com controlo de gás dissolvido e, sobretudo, o grau de pureza do oxigénio que fornece o gerador de ozono.

O uso do ozono promove outras vantagens também na agricultura tais como uma raiz mais forte e saudável, plantas mais vigorosas, alongamento do ciclo de cultivo, aumento de produções e qualidade da planta e uma ação germicida direta em fungos, bactérias e vírus.

Fonte: TecnoAlimentar

Foi publicado ontem um artigo de opinião acerca de aditivos no jornal Público, da autoria de Pedro Carvalho. Este resume que ninguém aumenta de peso porque ingere muitos aditivos, mas sim porque come muitas calorias provenientes de açúcar e gordura de alimentos que também possuem esses aditivos.

Atualmente, existe muita preocupação com o que comemos e, sobretudo, com palavras como químicos, processados e aditivos. Surge uma procura quase obsessiva pelo orgânico/biológico, sem lactose, sem glúten, sem OGM, sem glifosato, quando, na maioria dos casos, nenhuma das caraterísticas mencionadas aumenta ou diminuí a qualidade nutricional e segurança do alimento.

Quanto aos químicos, é adequado esclarecer de que tudo é formado por ligações químicas. O processamento dos alimentos é demonizado, no entanto, é isto que permite o seu prolongamento de validade, o seu embaratecimento e, sobretudo, o seu acesso generalizado.

Por mais natural que seja um alimento, ele pode ser um absurdo de açúcar e gordura tal como é o caso de uma tigela de açaí com iogurte grego biológico, granôla sem glúten com óleo de côco e banana ou manteiga de amendoim biológicas.

Se uma criança come gomas, o principal problema é o açúcar, não os corantes. Se come batatas fritas de pacote com sabor a presunto, o principal problema é o sal e a gordura (e no limite a acrilamida, potencial carcinogénico), não os aromatizantes que lhe conferem esse sabor, entre outros.

O medo excessivo dos aditivos alimentares e a cedência à falácia naturalista de que tudo o que não é 100% natural não é bom é algo que não faz sentido hoje e que pode até privar a pessoa de ter algum prazer na sua alimentação.

Logicamente que existem alguns aditivos que não são completamente inertes no nosso organismo e a nossa exposição aos mesmos convém que seja a menor possível.

Principalmente em crianças, alguns corantes como a tartrazina (E102), amarelo-sol (E110), vermelho AC (E129), amarelo-quinoleína (E104), vermelho-cochonilha (E124), bem como o conservante benzoato de sódio (E211) foram associados a um aumento da hiperactividade e défice de atenção.

Também com os edulcorantes e polióis presentes em alimentos como gelatinas, refrigerantes light, barras e pós proteicos, há que ter um consumo consciente, mas também considerar as suas vantagens de permitir uma alimentação mais doce com menos calorias.

Em suma, uma alimentação perfeita não estará logicamente cheia de alimentos processados, mas é importante perder o medo do desconhecido e reconhecer que estes produtos podem ser muito válidos, úteis e acima de tudo convenientes.

Fonte: Público

Consumidores ingleses, alemães, espanhóis e holandeses parecem não ser capazes de diferenciar entre uma alegação de saúde ou uma alegação de nutrição, de acordo com um estudo recente que alerta para a necessidade de melhoria na comunicação de benefícios em opções alimentares saudáveis.

Os investigadores descobriram que novos ingredientes funcionais ou até ingredientes menos familiares, possuíam menos crenças associadas, facilitando oportunidade de educar o consumidor.

No entanto, as diferenças de interpretação entre consumidor e reguladores, relembram a necessidade de ter em conta a perspetiva do consumidor aquando do desenvolvimento de políticas na área das alegações.

Com a introdução obrigatória de rotulagem nutricional em alimentos pré-embalados desde 2016, as escolhas conscientes feitas pelos consumidores começaram a ter por base uma política de saúde.

Frequentemente vistas como complementares da declaração nutricional, as alegações nutricionais e de saúde comunicam informação relevante do ponto de vista do benefício de saúde ao consumidor.

Uma vez que as alegações permitidas são definidas com base em critério legislativo (Regulamento nº 1924/2006 e posteriores alterações), os consumidores, que não estejam a par da legislação comunitária e nacional, podem não compreender o que define de facto um produto e respetiva alegação.

Assim, é necessário consciencializar os consumidores, aumentando a sua familiaridade com os ingredientes, adequando a complexidade ou simplicidade do termo da alegação, assim como perceber a relevância da alegação em termos pessoais ou para determinado grupo-alvo.

Consulte aqui o estudo original.

Fonte: Nutra Ingredients

Na proximidade da celebração da Páscoa, surge também maior procura por produtos típicos cuja composição frequentemente incluí chocolate: ovos de chocolate, amêndoas de cobertura de chocolate, bombons recheados, entre outros.

Assim, o cacau está implicado na maioria destes produtos pelo que é importante relembrar as ameaças emergentes na sua cadeia de produção.

Para apoiar práticas sustentáveis de produção, desde os grãos selecionados até às condições de trabalho, pode procurar pelos certificados UTZFairtrade e Rainforest Alliance.

Estas certificações são similares e asseguram programas de sustentabilidade na produção do café, chocolate e chá. No entanto, existem algumas diferenças.

Uma das maiores diferenças entre produtos Fairtrade e UTZ é a abordagem de aumento salarial aos produtores locais no caso da UTZ. Deste modo, a UTZ contribuí para o fortalecimento de relações entre os produtores e os compradores, permitindo o aumento salarial dos agricultores locais, bem como a melhoria das condições de crescimento das culturas de chocolate, por exemplo.

Por outro lado, a certificação Fairtrade foca-se na faceta social, ajudando agricultores de pequena escala na produção e negociação. A sua política de preço mínimo protege os produtores de eventuais quedas de mercado ou dificuldades de venda, sendo que esta iniciativa oferece, sobretudo investimentos de índole económica.

No que toca à Rainforest Alliance, o seu logótipo destaca uma rã, sendo uma espécie indicadora de saúde ambiental. O principal foco desta certificação têm que ver com a conservação da biodiversidade e dos recursos naturais através de planeamento e gestão dos sistemas de agricultura.

Ajude o planeta ao tornar-se um consumidor consciente, a sua escolha faz a diferença!

Fonte: UTZ Certified

Para muitos, a primavera é sinónimo de limpezas, exterminando qualquer réstia de sujidade acumulada do inverno. Por esse motivo, a cozinha também deve ser higienizada de modo a manter os alimentos seguros. Desde esponjas até panos, é a divisão com um dos maiores níveis de contaminação da casa.

Quanto maior o nível de contaminação, maior a probabilidade de contaminação cruzada com os géneros alimentícios. Assim, neste processo de limpeza, além dos espaços usualmente negligenciados, também a banca e lavatórios, de uso frequente, devem ser higienizados.

O simples ato de manusear frango cru e pegar num recipiente de especiarias para temperar a carne e voltar a guardá-lo no armário tendo as mãos por lavar é uma prática pouco amiga da segurança alimentar.

Na renovação de hábitos de limpeza primaveris, recomenda-se a mudança das esponjas e panos de limpeza, objetos de alta absorção de contaminantes.

Relativamente ao lavatório, onde todo o tipo de líquidos são despejados, a probabilidade de dispersão de E. coli aumenta pelo que o combate a esta propagação passa por esfregar adequadamente as superfícies.

O frigorífico é outro local a ter em conta para efeitos de limpeza, além da manutenção de uma temperatura ótima de conservação dos alimentos.

A primeira sugestão passa por remover todos os alimentos do frigorífico e limpar todas as zonas necessárias, enquanto os alimentos perecíveis aguardam resguardados em gelo para regressar ao frigorífico.

Mais sugestões incluem a eliminação de produtos com data de validade expirada e a limpeza individual das gavetas da carne e vegetais com água quente.

Recomenda-se a limpeza imediata de líquidos, como leite entornado ou sumo de carne crua no frigorífico pois isto encoraja o crescimento de Listeria, por exemplo, que sobrevive em ambientes frios. Quando colocar carne no frigorífico envolva-a num saco descartável, pousado sobre um prato.

Também as luvas de forno devem ser alvo de limpeza uma vez que é possível a sobrevivência de microrganismos de crescimento lento nestas por serem lavadas com menos frequência a longo prazo.

Na iminência de alternativas aos sacos de plástico, surgem novos desafios de segurança alimentar. Se usa um saco de mercearias reutilizável, não se esqueça também de o limpar.

Com o início da primavera, surgem também os primeiros laivos de sol pelo que existe uma maior procura por churrascos. Evite tocar em carne crua e também que esta toque noutros equipamentos durante a sua preparação. Além disto, não use a mesma tábua da carne para cortar vegetais. Por fim, lave sempre as mãos.

A equipa Qualfood deseja uma excelente primavera aos seus utilizadores!

Fonte: Food Safety News

Enquanto as nações nórdicas atingiram um pico sazonal de campilobacteriose de meio até fim do verão, a maioria dos países Europeus sofreram um ligeiro aumento desta incidência no início do ano, de acordo com um estudo da Eurosurveillance.

Os investigadores examinaram a sazonalidade da campilobacteriose na Europa desde Janeiro de 2008 até Dezembro de 2016. Foram efetuadas possíveis associações com a temperatura e precipitação, além de uma comparação de resultados com estudos anteriores.

A infeção por Campylobacter é uma doença transmitida por alimentos contaminados de alta frequência na União Europeia. Esta causa mais de 200 mil casos anualmente e, devido à grande porção de casos não reportados, o número verdadeiro de casos pode aproximar-se dos 9 milhões.

Em termos do custo associado, estima-se que 2.4 biliões de euros sejam despendidos em saúde pública e perda de produtividade.

Em muitos países, a incidência de campilobacteriose acresce a meio do verão por fatores que contribuem para a alteração dos padrões de colonização em frangos, diferentes práticas de preparação de alimentos, transmissão via moscas e elevado consumo de fruta e salada.

Neste estudo, estabeleceram-se clusters padronizados desta doença, nomeadamente seis. Áustria, República Checa e Alemanha são o primeiro cluster, com um pico sazonal difuso que ocorre no fim de Julho e no meio de Junho.

Os clusters dois e três incluem Dinamarca, Suécia, Noruega e Finlândia e demonstraram atingir os seus picos de incidência em início de Agosto e fim de Julho.

A maioria dos países europeus estão no cluster quatro (França, Itália, Lituânia, Luxemburgo, Holanda e Eslovénia), cujo pico ocorre no meio de Junho.

No cluster cinco ficou o Reino Unido, Irlanda e os geograficamente separados Hungria e Eslováquia. O pico de incidência ocorreu no inicío do mesmo mês que o cluster quatro.

Por último, temos Espanha no cluster seis, sem nenhum pico distintivo, sendo constante ao longo do ano. As razões para isto podem dever-se à localização sul do país ou ao baixo número de casos reportados.

Portugal foi eliminado do estudo pelo critério de exclusão aplicado, que, neste caso, foi a ausência de casos de campilobacteriose durante mais de 10% das semanas do intervalo de tempo de estudo ou uma média semanal inferior a dez casos reportados.

As associações entre temperatura, precipitação e infeções por Campylobacterforam mais fortes nos países nórdicos do que nas nações europeias. Além disso, as conclusões apontam para associações mais significativas do ponto de vista estatístico entre campilobacteriose e temperatura do que a mesma doença e a precipitação.

Conheça aqui a versão completa do estudo descrito.

Fonte: Food Safety News

Uma empresa dinamarquesa desenvolveu uma enzima designada CHY-MAX ® Supreme para o aumento da rentabilidade na produção de queijo cheddar, continental e mozzarella.

A enzima permite os produtores de queijo rentabilizarem o leite e produzir mais queijo em menos tempo, sem comprometer a funcionalidade e sendo a sua utilização direcionada a queijos de origem bovina. Adicionalmente, pode ser empregue na produção de queijo com base em leite de cabra ou de búfala.

Trata-se de um coagulante inovador da família das quimosinas, envolvido na primeira etapa de fermentação do leite em queijo. O maior rendimento deve-se ao acumulo de maior teor de gordura no produto final.

Um aumento de 1% no rendimento global de produção na indústria do queijo significa mais 220 milhões de kg de produto final. Sem adicionar mais leite, esta quantidade é suficiente para colmatar a demanda anual de queijo de 15 milhões consumidores americanos.

Fonte: Food Navigator

A norma BRC Segurança Alimentar é uma ferramenta cada vez mais utilizada por empresas da indústria alimentar a nível internacional.

Esta têm por objetivo a gestão da segurança e qualidade dos produtos, assim como proporcionar certificados de excelência, elementos reveladores de compromisso perante os consumidores.

De acordo com as estatísticas da própria BRC, em 2018, auditaram-se mais de 9500 empresas na Europa com base na versão 7 da norma.

As principais não conformidades detetadas nas auditorias são atribuídas a deficiências de planificação de auditoria interna (Cláusula 3.4, 32.7%) e aspetos de manutenção e higiene (Cláusula 4.11, 30%), o que incluí a sua documentação.

No âmbito da mesma cláusula das auditorias internas, que devem ser efetuadas, no mínimo, quatro vezes durante o ano, refere-se ainda o estabelecimento de inspeções documentadas, tendo este requisito também sido alvo de não conformidade frequente.

De seguida, encontra-se o não cumprimento de requisitos relativamente à estruturação e localização das portas (Cláusula 4.4.9, 28%), a não revisão do diagrama de fluxo de HACCP (Claúsula 2.6, 23.6%), o estado das paredes (Claúsula 4.4.1, 20.9%), problemas de rastreabilidade (Clásula 3.9, 20%) e a ausência de procedimentos estipulados para a manipulação de vidro (Cláusula 4.9.3, 18,18%).

Por último, verificaram-se não conformidades ao nível do estabelecimento de objetivos pela alta gestão (Cláusula 1.1.2, 17,27%), a manutenção das instalações (Cláusula 4.7.3, 16.36%) e de equipas (Cláusula 4.7, 15,45%).

Fonte: Higiene Ambiental

A pedido da Comissão Europeia, o Painel de Aditivos e Produtos ou Substâncias usadas na Alimentação Animal da EFSA deliberou uma opinião científica sobre a segurança e eficácia do óleo essencial obtido de Origanum vulgare ssp. hirtum, aplicado em rações de espécies de aves.

Regulamento (CE) 1831/2003 e suas alterações, definem os aditivos autorizados destinados à alimentação animal. De acordo com esta legislação, o óleo vegetal obtido de O. vulgare L. já é permitido como aditivo alimentar, no entanto, discute-se agora a segurança e eficácia do seu óleo essencial da variante Origanum vulgare ssp. hirtum (Link).

O óleo essencial em análise é constituido por carvacrol (63%) e timol (7%), no entanto, os restantes 30% da sua composição são ainda desconhecidos pelo que impossibilita uma análise de risco adequada do aditivo para a espécie-alvo.

Considerando que o orégão e os seus extratos são universalmente reconhecidos pela sua função aromatizante em alimentos para humanos e tendo em conta que a mesma função na ração dos animais iria ser desempenhada, não são necessárias mais demonstrações de eficácia.

Além disto, espera-se que a aplicação do óleo essencial na produção animal não constitua risco para o ambiente.

Para conhecer a opinião completa do Painel acerca deste aditivo alimentar, clique aqui.

Fonte: EFSA