Portuguese English French German Italian Spanish

  Acesso à base de dados   |   email: qualfood@idq.pt

O Bangladesh vai dar luz verde à primeira cultura geneticamente modificada para combater uma deficiência de nutrição - no caso, de vitamina A, carência responsável por matar mais de meio milhão de crianças por ano em todo o mundo.

Esta autorização é um marco na história dos organismos geneticamente modificados e tem por objetivo ajudar a resolver problemas graves de nutrição em países em desenvolvimento - a introdução de um gene novo faz com que o arroz consiga biossintetizar beta-caroteno, um precursor da vitamina A.

O anúncio foi dado pelo ministro da Agricultura do Bangladesh. "Um comité do ministro do Ambiente vai dar autorização para se produzir arroz dourado. Vamos poder iniciar o cultivo do arroz dois a três meses depois da autorização", disse Abdur Razza.

Este arroz transgénico já foi autorizado nos EUA, no Canadá, na Austrália e na Nova Zelândia, mas ainda não começou a ser produzido.

Fonte: Visão

Recolhas de medicamentos veterinários

  • Monday, 11 March 2019 11:20

No passado dia 8 de março, foi publicado no Diário da República o Despacho n.º 2339/2019 relativo à recolha, retirada ou eliminação de medicamentos veterinários, acondicionamentos e/ou meios de utilização, ou desperdícios de medicamentos veterinários que, por qualquer motivo, devem ser retirados do mercado.

Fonte: DGAV

A incidência e a prevalência da obesidade infantil é já considerada um problema de saúde pública, revelada pelo crescente aumento estatístico na União Europeia e em Portugal.

Especiais cautelas deverão adotar-se na concepção, realização e difusão da comunicação comercial de alimentos e bebidas dirigida a crianças de forma a que as apresentações escritas, sonoras e visuais não sejam suscetíveis de indução em erro quanto ao produto promovido.

Assim, no passado dia 30 de janeiro foi realizado na Direção-Geral da Saúde um debate sobre publicidade de géneros alimentícios dirigida a crianças em Portugal. Este diálogo sobre políticas teve como objetivo reunir um grupo de especialistas a nível nacional para que fossem discutidas formas de abordar esta problemática.

O exemplo português enquadra-se no objetivo do CHRODIS + de adoção de estratégias de promoção da saúde e prevenção primária como a melhor forma de reduzir as doenças crónicas, com uma excelente avaliação por todos os participantes.

Para consultar as atuais regulamentações e outras informações, em particular do marketing alimentar destinado a crianças, clique aqui.

Fonte: Nutrimento

O peixe é um alimento muito saudável do ponto de vista nutritivo, sendo rico em proteínas e gorduras omêga-3. Apesar dos seus benefícios, o peixe-espada e outras espécies que contenham mercúrio em excesso devem ser consumidos com moderação. Será o mesmo verdade para lagostas, camarão ou amêijoa?

Para responder a esta questão, recorreu-se à base de dados de nutrientes do Departamento de Agricultura dos Estados-Unidos (USDA). Esta base de dados é de acesso e interpretação fácil e gratuita, no entanto poderá ser limitada pela informação que o Departamento de Agricultura escolheu incluir.

Para facilitar a comparação, as doses foram normalizadas para 85 gramas, o que representa uma porção mais pequena do que a normal no caso do marisco.

Em ambos os casos, analisou-se o teor de gorduras omêga-3, a quantidade de proteína, o colesterol, o número de calorias, as toxinas e as alergias.

Considerando as gorduras omêga-3, o peixe possuí um teor mais elevado destas, sendo que para aumentar o seu conteúdo no marisco, teria de se aumentar grandemente a porção a servir.

Relativamente à proteína, o marisco e o peixe são equivalentes, ambos ótimas fontes deste macronutriente. Em termos do colesterol, o consumo de caranguejo, amêijoas, ostras e mexilhão pode auxiliar na redução dos níveis de colesterol, parcialmente por estes incluírem esteróis na sua composição, o que interfere na absorção de gordura.

O número de calorias aumenta com o método de confeção escolhido tanto para peixe como para marisco, nomeadamente acresce aquando da fritura, por exemplo. A parte disto, o marisco é geralmente muito baixo em calorias.

Enquanto o peixe pode ser suscetível de contaminação por parasitas ou conter níveis mais elevados de histamina e outros contaminantes, as toxinas acumuladas no caso do marisco são preocupantes.

Na sua maioria, são organismos filtradores, acumulando contaminação do meio aquático. Em particular, deve-se ter em atenção ao envenenamento paralítico (PSP), ao envenenamento neurotóxico (NSP) e, por fim, envenenamento amnésico (ASP) causado por biotoxinas marinhas acumuladas em marisco.

No caso das alergias, a alergia a marisco está entre as mais comuns. Normalmente, mesmo que o indivíduo seja alérgico apenas a algumas espécies, recomenda-se evitar o consumo de todo o tipo de mariscos.

Existem ainda algumas curiosidades nutricionais em torno do marisco, tais como ostras serem excelentes fontes de zinco, amêijoas serem ricas em ferro e vitamina B12, bem como os crustáceos serem os principais providenciadores de colina.

Fonte: Harvard Medical School

Não coma massa crua!

  • Monday, 11 March 2019 11:17

Existem muitas ocasiões especiais ao longo do ano que são perfeitas para potenciar o convívio e proporcionar a preparação de grandes refeições na cozinha.

Aquando da preparação de massas para bolachas, bolos e pão é tentador provar um pouco antes da sua cozedura, no entanto, este pode representar um comportamento de risco.

A farinha é um típico produto agrícola cru. Isto significa que não é submetido a tratamento para eliminação de bactérias como é exemplo a Escherichia coli (E. coli). Potenciais patogéneos podem contaminar o grão desde o seu crescimento em campo ou posteriormente na produção da farinha.

Assim, as bactérias apenas são eliminadas quando os alimentos preparados com farinha são cozinhados. O uso de ovos crus na preparação da massa pode também potenciar o surgimento de Salmonella. Este é o motivo pelo qual se deve evitar massa crua.

Mantenha-se seguro: empregue boas práticas de manuseamento de farinhas e outros ingredientes crus. Saiba mais em Say No to Raw Dough! na página da Centers for Disease Control and Prevention (CDC).

Fonte: CDC

Uma agência do Reino Unido partilhou mais informação acerca de uma potencial nova estirpe de Salmonella Typhimurium em ovelhas, causadora de doença em mais de 300 indivíduos e de uma morte.

A Agência de Saúde Animal e de Plantas (APHA) tem vindo a investigar dois grupos de ovelhas relacionadas com os incidentes de Salmonella. Em ambos os grupos, existiam altos níveis de mortalidade em ovelhas de sacrifício compradas de várias mercados para engorda antes de abate.

Os casos de doença em humanos foram associados ao consumo de cordeiro e carneiro, tendo o surto principiado em julho de 2017. Em outubro de 2018, 283 casos já haviam sido reportados. Em consequência, foram tomadas medidas de controlo afim de restringir o movimento dos animais, bem como foi aumentada a higiene global dos animais e equipamentos, entre outros.

Nem todos os animais infetados demonstram sintomas clínicos de doença pelo que podem aumentar a disseminação da bactéria sem controlo. Diferente de surtos anteriores, a sua identificação enfrenta alguns obstáculos. Além disso, a bactéria foi sensível a todos os antibióticos que a APHA dispõe no seu painel de vigilância.

Através do Sequenciamento Total do Genoma (WGS), a Autoridade de Saúde Pública Inglesa, PHE, classificou o cluster deste surto como Salmonella Typhimurium t5. 3225.

Fonte: Food Safety News

Uma tendência de rações cruas para alimentar animais domésticos, o potencial crescimento de uma toxina devido às alterações climáticas e o aumento das infeções causadas por um bolor resistente a fungicidas foram identificados como perigos emergentes, de acordo com dados recentes.

Os referidos perigos relacionam-se com a presença de Brucella suis biovar 1 em ração comercial de cão e a presença de cabeças de lebre. Brucella suis biovar 1 é um organismo patogénico que aumenta o risco de contaminação para humanos e animais domésticos.

O segundo perigo mencionado debate a crescente incidência de cianobactérias, diatomáceas e dinoflagelados mundialmente. Este aumento pode levar à produção da toxina beta-metilamino-L-alanina (BMAA), que é biomagnificada na cadeia alimentar, resultando no aumento de doenças degenerativas na EU.

Por último, o terceiro perigo refere o aumento de infeções por Aspergillus spp. resistente ao fungicida azol, largamente utilizado na agricultura.

Estes dados surgem num relatório da Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) no âmbito da Rede de Partilha de Riscos Emergentes (EREN) criada em 2010, bem como de uma discussão das partes interessadas neste tema.

Um total de 17 potenciais riscos emergentes foram discutidos em 2017, mas cinco não cumpriam os critérios. Estes critérios incluem novo perigo, nova ou aumentada exposição, novo grupo suscetível e novo veículo de transmissão.

Os tópicos foram classificados por categorias, nomeadamente por perigos, tais como microbiológicos (seis), químicos (quatro) e outros como resistência antimicrobiana e alergias (zero) e/ou transporte subjacente a atividade ilegal (zero), novas tendências de consumo (três), alterações climáticas (dois) e novo processo ou tecnologia (dois).

O relatório concluí que não foi possível determinar se a contaminação de géneros alimentares com resíduos de pesticidas usados no controlo de vetores do vírus Zika na América do Sul e a presença de E. coli produtora de toxina Shiga (STEC) O121 em farinha são ou não riscos emergentes.

Fonte: Food Safety News

Sabe cozinhar fígado de galinha?

  • Friday, 08 March 2019 10:57

É frequente o fígado de galinha não ser cozinhado homogeneamente, isto é, a carne ser mal passada, para posterior uso em patê e pratos similares. No entanto, a cozedura parcial permite a sobrevivência de bactérias como Campylobacter que permanecem no interior do fígado da galinha, caso não se atinjam temperaturas de 73.9ºC.

Este método de confeção pode levar ao desenvolvimento de infeção alimentar, causando sobretudo dores abdominais, diarreia, febre e, em situações menos comuns, doenças fatais ou morte. Entre os grupos populacionais mais vulneráveis apresentam-se os idosos, as crianças e as grávidas.

Deste modo, a confeção apropriada pode prevenir doença. Os chefes, os cozinheiros e os responsáveis de catering devem exercer o seu papel na prevenção de surtos uma vez que o aumento destes são maioritariamente associados a restaurantes, no caso dos Estados-Unidos.

Consulte aqui o infográfico da Centers for Disease Control and Prevention (CDC) acerca desta temática. Para mais informação sobre fígado de galinha e respetivos recursos de prevenção de doença, consulte este link facultado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Fonte: Centers for Disease Control and Prevention (CDC)

As bactérias do ácido lático e as bactérias do ácido butírico são frequentemente usadas como probióticos em produção suína. No entanto, o efeito combinado destas em porcos pós-desmame nunca foi avaliado.

Neste sentido, os centros de investigação e desenvolvimento da Miyarisan Pharmaceutical e da NH Foods no Japão desenvolveram um estudo onde se avaliou o efeito individual e combinado da suplementação dietária de Enterococcus faecium e Clostridium butyricum em rações.

O estudo decorreu durante noventa dias em quatro experiências paralelas, onde os porcos receberam um dos cinco tratamentos existentes: C - dieta basal (controlo); L - dieta basal + E. faecium vivo; D - dieta basal + E. faecium morto pelo calor; M - dieta basal + C. butyricum; ou L+M - dieta basal + E. faeciumvivo + C. butyricum.

Os efeitos desta suplementação foram avaliados ao nível do crescimento dos animais e da sua microbiota intestinal pós-desmame numa quinta comercial.

Os resultados indicam que os porcos que receberam o tratamento L, D e L+M apresentaram um peso corporal significativamente mais alto do que os controlos enquanto que o grupo a quem foi administrado L+M teve um peso corporal similar aos grupos L e M.

Em termos da microbiota, existe uma clara diferença dos grupos populacionais identificados no controlo em comparação com os grupos de tratamento com administração de probióticos, com exceção do tratamento D.

As conclusões confirmam uma relação favorável entre o crescimento animal e a suplementação de probióticos em rações, bem como parece não existir um efeito sinérgico da dupla administração de E.faecium e C. butyricum. Por último, a adição de probióticos à dieta permite a alteração estrutural da microbiota dos porcos.

Fonte: Frontiers in Veterinary Science

Quais são os nutrientes que deve combinar?

  • Thursday, 07 March 2019 13:44

As recomendações de nutrição frequentemente isolam os nutrientes, vitaminas e minerais de modo a facilitar a interpretação da sua função, efeito e dose necessária. No entanto, algumas combinações podem potenciar o seu benefício para a saúde.

Por este motivo, a ingestão de alimentos ricos em vitaminas é preferencial relativamente a um suplemento, ou seja, o alimento contêm a partida uma mistura de nutrientes que interagem entre si.

Eis alguns exemplos de pares de nutrientes, vitaminas e minerais sinérgicos na sua ação nutritiva:

Cálcio e vitamina D

Tal como a maioria dos nutrientes, grande parte do cálcio é absorvido no intestino delgado. O cálcio é fundamental para o fortalecimento dos ossos, pelo que a vitamina D é essencial para facilitar a sua absorção. Um copo de leite é a combinação ideal de ambos.

Sódio e potássio

O sódio é um nutriente essencial que a maioria dos portugueses consome em excesso, na sua forma de sal alimentar. O excesso deste nutriente interfere com a habilidade natural de expansão e relaxamento dos vasos sanguíneos, causando anomalias que podem levar ao aumento da pressão arterial e consequentes problemas cardíacos.

Assim, a ação do potássio incentiva os rins a excretarem sódio, regulando os níveis deste último. Para alcançar os benefícios máximos desta combinação, deve aumentar o consumo de frutas e vegetais e diminuir o consumo de snacks salgados, bolachas e comidas processadas.

Vitamina B12 e folatos

A ação partilhada destes assegura a replicação e divisão celular, o que permite, por exemplo, a substituição de células mortas por novas durante o crescimento. Boas fontes de vitamina B12 incluem carne, ovos e leite, enquanto que algumas fontes naturais de folatos incluem vegetais verdes, feijões e outras leguminosas.

Zinco e cobre

Na verdade, o zinco e o cobre não trabalham juntos, mas sim competem por locais de absorção no intestino delgado. A dupla combinação destes nutrientes retarda a degeneração macular, isto é, a perda de visão no centro do campo visual (a mácula), devido a danos na retina. Um exemplo de alimento rico em zinco e cobre é o ovo.

Niacina e triptofano

O triptofano é um aminoácido que contêm niacina, assim consumir alimentos ricos em triptofano como frango e perú impede o desenvolvimento de deficiência de niacina que pode levar a pelagra.

Fonte: Harvard Medical School