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A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) apreendeu 10.500 embalagens de matérias fertilizantes e instaurou 13 processos por contraordenação numa fiscalização a 77 operadores económicos, anunciou aquela entidade em comunicado hoje divulgado.

Entre as principais infrações detetadas estão o incumprimento dos requisitos de rotulagem de matérias fertilizantes (não harmonizadas) e dos requisitos respeitantes aos adubos, a falta de inscrição prévia no registo nacional e a aposição indevida da marcação «CE».

Ao todo, foram fiscalizados 77 operadores económicos, entre os quais importadores, distribuidores e retalhistas, tendo os elementos da ASAE focado as atenções no cumprimento de requisitos legais de comercialização, através de inspeção visual e documental.

Em resultado destas ações de fiscalização os elementos da ASAE instauraram 13 processos por contraordenação, destacando-se entre as infrações 13 processos por contraordenação.

Na operação de fiscalização foram ainda apreendidas 10.500 embalagens de diversas matérias fertilizantes, sólidas e líquidas, no valor de cerca de 16.800 euros.

Fonte: Dnotícias.pt

Um total de 150 toneladas de peixes vão ser retiradas de quatro albufeiras no Alentejo, a partir do início da próxima semana, devido à seca e para não prejudicar a qualidade da água, revelou hoje o Governo.

“Vamos retirar 150 mil quilos de peixes”, numa operação que “deve custar cerca de 120 mil euros, para não pôr em perigo a qualidade da água das albufeiras”, devido ao seu reduzido armazenamento, disse o secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, no final de uma reunião em Évora.

As albufeiras que vão ser alvo desta operação, segundo o governante, são a do Monte da Rocha, em Ourique, a da Vigia e a do Divor, em Redondo e entre Évora e Arraiolos, respetivamente, e a de Pego do Altar, em Alcácer do Sal.

Esta foi uma das principais medidas decididas ontem, em Évora, numa reunião da Subcomissão Regional da Zona Sul, da Comissão de Gestão de Albufeiras, sobre a situação da seca.

A reunião contou com a presença, além do secretário de Estado do Ambiente, dos autarcas de Ourique, Marcelo Guerreiro, e do Redondo, António Recto, assim como de representantes de diversas entidades.

Segundo Carlos Martins, está previsto que a operação de retirada dos peixes comece “já na próxima segunda-feira, se não houver nenhum problema no concurso que foi lançado”.

“Vamos iniciar na próxima semana a retirada de peixes. A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) irá assumir os encargos financeiros e a EDIA”, empresa gestora do Alqueva, “será a coordenadora dessa atividade”, revelou.

Esta é, “agora, a principal preocupação” em relação à situação de seca que está a afectar o país, com especial incidência no interior alentejano, disse o governante.

“Se ultrapassarmos a questão da quantidade [de água nas albufeiras], temos que estar muito vigilantes com a questão da qualidade”, vincou.

Os 150 mil quilos de peixe a retirar das barragens vão ter como destino final a produção de “farinha para alimentação animal”, indicou também Carlos Martins, explicando que esta tarefa vai ser efetuada por pescadores.

Os trabalhos “vão ser feitos à pesca, por pescadores, uma vez que não há um acesso direto aos peixes”, afirmou. Por isso, a duração da operação “depende muito da eficiência desse trabalho” de pesca, mas, atendendo a experiências anteriores e aos “rendimentos que, habitualmente, se obtêm”, deverá prolongar-se “por 15 dias a três semanas”.

Paralelamente, a própria Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA) já procedeu à retirada de 12 mil quilos de peixe em duas outras albufeiras do empreendimento que gere, acrescentou Carlos Martins.

Fonte: Público

A autoridade que fiscaliza as atividades económicas, a ASAE, garantiu hoje à Lusa que está atenta e pronta a intervir no terreno caso sejam detetados em Portugal ovos contaminados com pesticida fipronil.

"A ASAE está alerta para a situação e preparada para intervir no terreno caso haja informação que o justifique", referiu a entidade numa resposta enviada à Lusa.

A Comissão Europeia confirmou hoje que ovos contaminados com fipronil foram detetados, até ao momento, em 15 países da União Europeia, na Suíça e em Hong Kong e anunciou que irá reunir-se com representantes destes países a 26 de setembro.

O comissário da Saúde, Vytenis Andriukaitis, tinha anunciado a intenção de convocar "uma reunião de alto nível, reunindo os ministros [dos países] visados e os representantes das agências de segurança alimentar de todos os Estados-membros implicados", assim que sejam conhecidos os factos relevantes.

Também hoje o ministro francês da Agricultura, Stéphane Travert, anunciou que mais de 200.000 ovos contaminados com fipronil, importados da Bélgica e da Holanda, foram "colocados no mercado" em França desde abril.

De acordo com a ASAE , a comunicação da contaminação de ovos com o pesticida fipronil foi emitida no sistema de alerta rápido em rede (RASFF) a 20 de julho, pelas autoridades belgas, na sequência de uma ação de controlo oficial de mercado.

"Até à presente data encontram-se inseridos na plataforma iRASFF, 100 comunicações de 'follow-up' (adicionais) que referem como países relacionados com o produto contaminado os seguintes: Áustria, Bélgica, Suíça, Alemanha, Dinamarca, França, Reino Unido, Irlanda, Itália, Holanda, Polónia, Roménia, Suécia, Eslovénia, Eslovaca, e ainda como país terceiro Hong Kong", esclarece a ASAE.

Segundo esta entidade, Portugal não é, "até ao momento", referido "como tendo sido abrangido por alguma comercialização direta ou indireta, quer de ovos quer de produtos à base dos mesmos".

A autoridade de fiscalização das atividades económicas acrescenta ainda ter tido conhecimento de "uma informação veiculada pela embaixada de Portugal em Haia, na qual também não é referida qualquer situação de envio do produto em apreço para Portugal".

A "crise" dos ovos contaminados iniciou-se a 20 de julho, quando a Bélgica alertou as autoridades comunitárias de que tinha detetado ovos contaminados.

Oito dias depois, a Holanda lançou um alerta alimentar por suspeita de contaminação, mas foi só a 3 de agosto que as autoridades holandesas avisaram que, em alguns lotes de ovos, a quantidade do pesticida era superior aos limites e poderia representar um perigo para a saúde dos consumidores.

Fonte: Diário de Notícias

31 contraordenações e um processo crime por falsificação de alimentos — foi este o resultado de uma fiscalização realizada pela Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) ao longo de julho por todo o País. No total, foram apreendidos 191 quilos de carne.

“Como resultado das ações, foram fiscalizados 90 operadores económicos, tendo sido instaurados 31 processos de contraordenação e um processo-crime por géneros alimentícios falsificados”.

De acordo com a ASAE, as contraordenações devem-se sobretudo a infrações como o desrespeito das normas higiénicas e técnicas, falta de rastreabilidade de géneros alimentícios ou falta de rotulagem.

A autoridade acrescenta ainda que “foram apreendidos cerca de 191 quilos de géneros alimentícios comercializados nestes estabelecimentos, tais como enchidos, carne de bovino, produtos à base de carne e conservas” e “quatro instrumentos de pesagem, tudo num valor global aproximado de três mil euros”.

O objetivo da fiscalização passou por verificar se todos os requisitos legais estavam a ser cumpridos de forma a garantir a segurança alimentar.

Fonte: NIT

Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, França, Holanda, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Polónia, Reino Unido, Roménia e Suécia, são os países da UE onde foram detetados ovos contaminados, precisou um porta-voz da Comissão.

A Comissão Europeia vai reunir-se com representantes destes países a 26 de setembro, acrescentou.

O comissário da Saúde, Vytenis Andriukaitis, tinha anunciado a intenção de convocar “uma reunião de alto nível reunindo os ministros [dos países] visados e os representantes das agências de segurança alimentar de todos os Estados-membros implicados”, assim que sejam conhecidos os factos relevantes.

A “crise” dos ovos contaminados iniciou-se a 20 de julho, quando a Bélgica alertou as autoridades comunitárias de que tinha detetado ovos contaminados.

Oito dias depois, a Holanda lançou um alerta alimentar por suspeita de contaminação, mas foi só a 3 de agosto é que as autoridades holandesas advertiram de que, em alguns lotes de ovos, a quantidade do pesticida era superior aos limites e poderia representar um perigo para a saúde dos consumidores.

Fonte: Sapo24

Portugal não está abrangido pelo alerta que a Holanda lançou, esta semana, à União Europeia sobre ovos contaminados. A garantia foi dada pela ASAE em declarações à Renascença.

O organismo holandês responsável pela segurança alimentar (NVWA) emitiu um aviso sobre a suspeita de contaminação de ovos produzidos por explorações avícolas do país e exportados para o mercado europeu.

Em causa está a utilização de Fipronil, um pesticida considerado tóxico para os humanos.

Até ao momento, Portugal não recebeu “nenhum alerta”, revelou a ASAE à Renascença.

Existe no espaço comunitário um sistema de aviso “conjugado e concertado entre os diversos estados europeus para serem retirados os produtos que apontem alguma perigosidade no âmbito da segurança alimentar”, explica a autoridade para a segurança alimentar.

“E não recebemos qualquer indicação da parte de qualquer país membro nessa matéria”, acrescenta.

Uma fonte da Associação Nacional dos Avicultores Produtores de Ovos assegura que Portugal só importa ovos em casos muito pontuais e, quando o faz, vêm essencialmente de Espanha.

As autoridades da União Europeia estão a acompanhar o caso. A porta-voz da Comissão Europeia, Anna-Kaisa Itkonen, já anunciou que “os ovos contaminados foram localizados e retirados do mercado, a situação está sob controlo”.

Os ovos holandeses são vendidos em vários países do mercado europeu, sobretudo na Alemanha e na Bélgica.

Fonte: Renascença

O contaminante em causa, designado DDE, deriva do pesticida DDT, utilizado para matar o mosquito da malária, cujo uso foi proibido na Europa e nos Estados Unidos entre os anos 70 e os anos 80, segundo um comunicado do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS) do Porto, instituição responsável pelo estudo.

Apesar de já não serem utilizados, esses poluentes - conhecidos por poluentes orgânicos persistentes (POPs) -, persistem no solo e na água, contaminando os alimentos que são hoje produzidos e consumidos e afetando, sobretudo, os alimentos ricos em gordura, como as carnes vermelhas, os laticínios e os peixes gordos".

Depois de ingeridos, têm uma ação similar a algumas das hormonas que o corpo humano produz naturalmente, alterando o equilíbrio hormonal e criando um maior risco de desenvolvimento de obesidade e de outros problemas de saúde, como diabetes, hipertensão, entre outros", lê-se no comunicado.

Esta investigação, realizada com animais, é o segundo estudo de um projeto que tem vindo a ser desenvolvido pelo CINTESIS desde 2010, em colaboração outros parceiros da área da ciência, com o objetivo de avaliar o risco para a saúde humana associado à exposição a contaminantes que persistem no ambiente.

Para saber quais os contaminantes que estão presentes nos humanos, a equipa realizou um primeiro estudo, entre 2010 e 2011, com amostras de tecido adiposo e sangue de indivíduos obesos que foram sujeitos a cirurgia bariátrica no Hospital de São João, do Porto.

Nessa amostra humana, foi possível "confirmar a presença dos contaminantes, mesmo daqueles cujo uso foi já há algumas décadas proibido em Portugal, como é o caso do inseticida DDT", bem como "diversos problemas metabólicos", explicou à Lusa o investigador do CINTESIS Diogo Pestana.

Esses dados, segundo indicou, levaram a concluir que existe uma associação entre a desregulação metabólica e a presença de poluentes no tecido adiposo (gordura), no entanto, só foi possível comprovar a relação no estudo com modelo animal, no qual participou a Universidade de Cambridge, do Reino Unido.

Os resultados do segundo estudo revelaram que os ratos submetidos à ingestão de contaminantes apresentaram maiores índices de hipertensão, diabetes, inflamação e dislipidemia, quando comparados com os ratos não sujeitos à ingestão de DDE.

Apesar de ser um resultado mais evidente nos ratos sujeitos a uma dieta obesogénica (que induz à obesidade), este padrão de agravamento observou-se também nos ratos que fizeram uma alimentação normal.

A líder da equipa de investigação em nutrição do CINTESIS, Conceição Calhau, defende que é necessário haver maior regulação política e literacia sobre nutrição, visto que, atualmente, não é possível definir recomendações precisas sobre padrões de consumo ideais, tendo em conta níveis de contaminação, devido à escassez de dados.

Os poluentes orgânicos persistentes "não são significativamente eliminados do nosso organismo, acumulando-se ao longo dos anos", referiu, acrescentando que estes "provêm de uma grande diversidade de fontes, o que faz com que estejamos constantemente expostos à sua ação, por via oral, inalada e transdérmica (através da pele)".

Fonte: Notícias ao minuto

A Holanda lançou, esta quinta-feira, um alerta aliementar por suspeita de contaminação de ovos com um pesticida tóxico. A União Europeia já está a acompanhar o caso, uma vez que os produtos foram exportados para o mercado europeu.

Os ovos são vendidos na Holanda, mas também noutros mercados europeus, como é o caso da Alemanha. No entanto, todos os produtos em questão já foram retirados do mercado.

O organismo holandês responsável pela segurança alimentar – NVWA - espera terminar ainda hoje os trabalhos de controlo em 180 explorações avícolas na Holanda, que supostamente utilizaram Fipronil, um pesticida utilizado para eliminar ácaros e insetos, e que a Organização Mundial de Saúde considera tóxico para o uso humano.

Em Bruxelas, a União Europeia (UE) afirmou que está a acompanhar este caso e disse que a situação está "sob controlo".

"Estamos a acompanhar de perto os desenvolvimentos. As explorações foram identificadas e os ovos contaminados foram localizados e retirados do mercado, a situação está sob controlo", declarou a porta-voz da Comissão Europeia, Anna-Kaisa Itkonen.

Fonte: Sol

O aumento de concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera e o aquecimento do planeta poderá até 2050 reduzir o valor nutritivo das principais culturas, como o trigo e o arroz, conclui uma investigação hoje divulgada.

O trabalho, divulgado numa publicação financiada pela fundação Bill & Melinda Gates, indica que pode ser grande o impacto negativo sobretudo na saúde das populações dos países em desenvolvimento.

A maior parte das culturas reage às variações de CO2, o que afeta não só o seu crescimento mas também a sua transpiração, sublinham os autores.

O estudo, feito por investigadores da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard (Massachusetts), sugere que as populações de 18 países podem perder mais de 5% do seu aporte de proteínas até meio do século por causa da redução do valor nutritivo do arroz, trigo e de outras importantes culturas.

Alerta ainda que cerca de 150 milhões de pessoas podem correr o risco de carência proteíca por causa das elevadas concentrações de CO2.

“Esta pesquisa destaca a necessidade de garantir, nos países mais vulneráveis, que as populações podem satisfazer as suas necessidades nutritivas, o que é agora ainda mais importante, agindo no sentido da redução das emissões de CO2 e outros gases com efeito estufa provenientes de atividades humanas ", sublinha Samuel Myers, investigador do departamento de saúde ambiental da Escola de Saúde Pública de Harvard e principal autor do estudo.

A nível mundial, 76% da população satisfaz as suas necessidades quotidianas de proteína através de plantas.

Para estimar o risco de deficiência atual e futura de proteína, os investigadores combinaram dados a partir de experiências em que as culturas foram submetidas a níveis elevados de CO2.

Usaram igualmente informações dietéticas, demográficas e sobre desigualdade de rendimentos.

Os investigadores determinaram que, num cenário de elevadas concentrações de CO2, o valor de proteína de arroz de trigo, lúpulo e batatas caiu de 7,6%, 7,8%, 14,1% e 6,4 %, respetivamente.

Essas projeções sugerem um agravamento da situação nos países da África sub-saariana, onde milhões de pessoas já apresentam deficiências de proteína.

No sul da Ásia, as dificuldades em matéria nutritiva também irão aumentar, incluindo na Índia, onde o arroz e trigo fornecem uma parte importante das proteínas quotidianas.

Estes países podem perder 5,3% das proteínas do regime alimentar padrão em 2050, de acordo com o estudo, o que pode representar um risco de deficiência nestes nutrientes para 53 milhões de pessoas na população indígena de 1,3 bilhões de habitantes.

Outra pesquisa, da qual é igualmente co-autor Samuel Myers e que foi publicada na terça-feira na revista GeoHealth, mostra que as reduções no teor de ferro nas principais culturas, resultado de uma maior concentração de CO2, são suscetíveis de agravar o problema de deficiência já significativa deste mineral essencial na população mundial.

Os grupos mais vulneráveis são os 354 milhões de crianças menores de cinco anos e 1,06 mil milhões de mulheres em idade fértil, especialmente nos países da África do Sul e Norte da Ásia, onde a incidência de anemia já é elevada.

Estas nações podem perder mais de 3,8% de ferro da sua dieta nas próximas décadas devido ao efeito nas culturas do aumento de CO2 na atmosfera.

Estes dois estudos, em conjunto com outras pesquisas de Myers realizadas em 2015, mostram que as altas concentrações de CO2, ao afetarem as culturas, são suscetíveis de causar também deficiência de zinco em 200 milhões de pessoas.

Fonte: RTP