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O aspartame, um adoçante artificial muito usado nos produtos "sem açúcar", como pastilhas elásticas e refrigerantes "light" ou "zero", deverá ser incluído na lista de substâncias "potencialmente cancerígenas" da Agência Internacional de Investigação em Cancro (IARC) da Organização Mundial de Saúde a partir de julho.

A notícia é avançada pela agência Reuters, que cita duas fontes ligadas ao processo. A decisão foi tomada este mês por um painel de especialistas, com base nas conclusões de 1300 estudos de investigação científica.

A lista da IARC apenas indica que substâncias podem constituir risco, não a quantidade desaconselhada. Essa estimativa cabe ao comité conjunto de especialistas em comida e aditivos da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura e da Organização Mundial de Saúde, conhecido por JECFA, que também vai rever a sua posição sobre o aspartame em julho.

A última recomendação da JECFA data de 1981, altura em o consumo de aspartame foi considerado seguro dentro de um limite diário bastante alargado: por exemplo, um adulto com 60 kg teria de beber entre 12 e 30 latas de refrigerante sem açúcar todos os dias para a JECFA considerar que estava a colocar a saúde em risco.

As decisões das duas instituições - IARC e JECFA - são complementares, pelo que os reguladores de vários países apelaram que fossem anunciadas no mesmo dia, para não causar alarmismo.

O receio é que as instituições adotem políticas radicais depois de a IARC considerar o espartano uma substância potencialmente cancerígena, quando o JECFA pode determinar mais tarde que só há risco para a saúde se for consumida uma grande quantidade do adoçante.

Já em maio deste ano a Organização Mundial da Saúde alertou que os adoçantes (incluindo o aspartame) não são eficazes no controlo de peso a longo prazo e podem ter efeitos indesejados se utilizados durante muito tempo, como o aumento do risco de diabetes tipo 2 e problemas cardiovasculares, desaconselhando o seu consumo.

Fonte: TSF

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) realizou, nas últimas semanas, uma operação de fiscalização, de norte a sul do País, direcionada aos estabelecimentos de retalho alimentar, designadamente supermercados, hipermercados e mercados municipais, com seção de peixaria, com o objetivo de verificar o controlo da rastreabilidade dos produtos da pesca e da aquicultura, designadamente normas de comercialização referentes à classificação por categoria de qualidade, tamanho/peso, denominação comercial da espécie, método de produção, zona de captura, entre outros.

Como balanço da ação, foram fiscalizados 135 operadores económicos, tendo sido instaurados 12 processos de contra-ordenação, destacando-se como principais infrações o incumprimento das regras de comercialização do pescado, a falta de controlo metrológico, incumprimento dos requisitos de apresentação/rotulagem de venda, entre outras.

Foi ainda determinada a apreensão de cerca de 50 kg de pescado fresco e 9 instrumentos de pesagem, tudo num valor aproximado de 3.656,00 €.

Fonte: ASAE

Transporte de animais durante o Verão

  • Tuesday, 27 June 2023 09:06

Atendendo às ondas de calor que se têm verificado nos últimos anos, tem aumentado a preocupação relativa ao bem-estar dos animais no transporte, havendo necessidade de se reduzir o impacto negativo de temperaturas elevadas.
Assim, se transportar animais, em viagens de longa duração, nos dias com temperaturas mais elevadas, tenha atenção às seguintes medidas para garantir o bem-estar dos animais e o cumprimento do Regulamento (CE) 1/2005, de 22/12/2004:

Para todos os transportes:

  • Estabelecer um plano de contingência que tenha em conta a atuação face ao transporte de animais em períodos de maior calor;
  • Planificar os transportes de animais em função das condições climatéricas favoráveis ao bem-estar dos animais (consultar as mesmas, por exemplo em http://www.meteoalarm.eu/);
  • Realizar o transporte de animais durante os períodos do dia de menor calor;
  • Reduzir a densidade animal legalmente prevista durante o transporte, em pelo menos 10%;
  • No caso dos ovinos, transportar preferencialmente animais tosquiados;
  • Aumentar a vigilância e assistência aos animais durante o transporte.

Nos transportes de longa duração:

  • Verificar antes e durante a viagem o correto funcionamento dos ventiladores e dos respetivos sensores e alarmes;
  • Verificar antes e durante a viagem o funcionamento dos bebedouros e a existência de água. Caso necessário durante as paragens, fornecer água adicional aos animais, utilizando bebedouros manuais. Ajustar a densidade de carga no transporte, por forma a que todos os animais tenham acesso aos bebedouros
    • Os suínos devem ter acesso permanente à água durante toda a viagem, sendo aconselhável uma quantidade de paragens que permitam verificar que o sistema está operacional;
    • Os restantes animais devem ter um acesso frequente à água de bebida;
  • Cumprir rigorosamente o limite de temperaturas durante o transporte: 0- 30º C, com uma tolerância de +/- 5º C;
  • Incluir no plano de contingência as ações a adotar em situações de muito calor;
  • Verificar as restrições impostas pelos países de destino, bem como pelos países de passagem, relativamente a esta matéria.

Finalmente e caso não seja possível reunir as condições adequadas para assegurar o bem-estar animal durante o transporte (de acordo com o Regulamento (CE) 1/2005) deve ser adiada a realização do transporte para outro dia/hora mais favoráveis.

Fonte: DGAV

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), realizou através das Unidades Regionais do Norte e Sul, uma operação de fiscalização na sequência de uma denuncia remetida pelo INFARMED direcionada aos suplementos alimentares, nomeadamente à verificação da presença na sua composição de ingredientes/substâncias não autorizadas.

Como balanço da ação, que decorreu nas regiões de Lisboa e Porto, procedeu-se à apreensão de mais de 2.500 unidades de suplementos alimentares, num valor aproximado de 20.000,00 Euros, atendendo a ter sido detetado que os mesmos não cumpriam os requisitos gerais de informação obrigatória ao consumidor e apresentavam na sua composição substâncias/ingredientes não autorizados legalmente.

Em consequência, foram ainda instaurados 2 processos-crime por géneros alimentícios falsificados devido a adição de novos ingredientes não autorizados e 2 processos de contraordenação por incumprimento da informação obrigatória ao consumidor.

Salienta-se ainda que, os operadores económicos que importem, distribuem e comercializem suplementos alimentares, bem como, os consumidores podem verificar a autorização de novos alimentos/ingredientes no catálogo de novos alimentos - “Novel Food Catalogue” da União Europeia, disponível em https://webgate.ec.europa.eu/fip/novel_food_catalogue/

Fonte: ASAE

Uma equipa internacional de especialistas, liderada por investigadores do Instituto de Horticultura Subtropical e Mediterrânica La Mayora (IHSM-CSIC-UMA), em Málaga, e do Instituto de Ciências dos Materiais de Sevilha (ICMS-CSIC-US), localizado no Parque Científico e Tecnológico de Cartuja, em Sevilha, desenvolveu resinas de bagaço de tomate para revestir o interior de embalagens metálicas para alimentos, conservas e bebidas, entre outros.

Para esse efeito, reutilizaram subprodutos do tomate, como sementes, peles e pequenos restos de ramos, resultantes da produção de gaspacho, molhos ou sumos. Atualmente, o bagaço de tomate é eliminado como resíduo sólido, queimado, ou, numa pequena proporção, utilizado como alimento para animais.

Biológica e inócua, a resina desenvolvida pelos investigadores repele a água, adere firmemente ao metal da lata que reveste e tem propriedades anti-corrosão contra o sal e qualquer líquido. Após testes em alimentos simulados, o próximo passo é testar a sua eficácia em latas e recipientes contendo alimentos reais e avaliar a sua aplicação industrial.

A investigação deu origem a um estudo, intitulado ‘Bio-based lacquers from industrially processed tomato pomace for sustainable metal food packaging’, publicado no Journal of Cleaner Production e no qual participam também investigadores da Universidade de Málaga, da Universidade de Sevilha, do Instituto Italiano de Tecnologia e da Universidade Politécnica de Marche.

O objetivo é reutilizar um produto residual, o bagaço do tomate, como matéria-prima para outros bens, neste caso latas e outras embalagens alimentares. “Partindo de um resíduo, obtemos uma matéria-prima ecológica e sustentável, com um impacto ambiental muito baixo, uma vez que reduzimos a geração de resíduos e, ao mesmo tempo, minimizamos a extração de recursos fósseis para o fabrico desses mesmos recipientes”, explica à Fundação Descubre Alejandro Heredia, investigador do Instituto de Frutas e Legumes Subtropicais e Mediterrânicos 'La Mayora'.

Atualmente, o aço e o alumínio são os principais materiais utilizados no fabrico de embalagens metálicas. Em contacto com os alimentos, estes podem corroer o metal, contaminando assim os alimentos conservados. Para evitar que isso aconteça, o interior destes recipientes é revestido com uma camada muito fina de resina epóxi que protege o metal da corrosão. Este um plástico à base de petróleo que contém bisfenol A, mais conhecido como BPA. Trata-se de um composto químico industrial que protege os alimentos mas, ao mesmo tempo, liberta partículas que interferem com a saúde humana. “O BPA é semelhante aos estrogénios, ou seja, passa para os alimentos como um disruptor endócrino, tal como as hormonas, e está associado ao aparecimento de doenças como o cancro, a diabetes e problemas de crescimento em bebés e adolescentes”, diz Heredia.

Laca hidrofóbica, aderente e anti-corrosiva

Para obter esta nova resina, os especialistas deixaram secar as amostras de bagaço de tomate e submeteram-nas a um processo de hidrólise, ou seja, retiraram a água que restava e ficaram com os lípidos, neste caso a gordura vegetal.

Uma vez retirada a parte gorda, misturaram-na com uma proporção mínima de etanol, um composto orgânico conhecido como álcool etílico. “Dispersámos a amostra em cerca de 80% de água e 20% de etanol. Esta dispersão de gordura em água é pulverizada diretamente sobre a superfície metálica a proteger. Desta forma, fica impregnada no metal, adere à lata e resiste a cortes subsequentes no recipiente”, explica o responsável pelo estudo.

Para conseguir a união das moléculas da mistura e obter a resina, os especialistas aplicaram calor. “Submetemos o verniz a uma temperatura de 200 graus durante um período de tempo muito curto, entre 10 e 60 minutos, e foi assim que obtivemos a resina”, diz Heredia.

Em conclusão, os especialistas verificaram que a resina de bagaço de tomate é hidrofóbica, ou seja, repele a água. Além disso, tem uma elevada capacidade de aderência ao metal da lata que reveste. Se o recipiente cair, for batido ou sofrer um impacto durante o transporte, por exemplo, num camião de entregas, a resina atua como uma barreira protetora entre o alimento e o metal", afirma o investigador de La Mayora.

Para além destas qualidades, tem também uma elevada capacidade anti-corrosão contra o sal e qualquer líquido. “Os compostos desta laca não passam para os alimentos e, por conseguinte, não contaminam o produto contido na lata, como acontece com a resina BPA”, explica Heredia.

Testes com alimentos simulados

Para corroborar todas estas propriedades, os especialistas realizaram testes com simuladores de alimentos, tal como estabelecido pela regulamentação da União Europeia para os plásticos em contacto com os alimentos. “Utilizamos produtos que imitam o comportamento de um grupo de alimentos com características semelhantes. Por exemplo, usamos soluções de etanol como se fossem sopas, óleos como se fossem cremes e polímeros absorventes como se fossem alimentos secos”, diz Heredia.

Para além de identificarem as características da resina de bagaço de tomate como revestimento para o interior das embalagens, os especialistas avaliaram o impacto ambiental do fabrico desta resina.

Para isso, analisaram todo o processo de fabrico, desde a extração da matéria-prima, a produção do verniz e a sua utilização final. Também compararam estes resultados com o mesmo processo se for utilizada a resina BPA e o que acontece se o bagaço de tomate for eliminado, queimando-o diretamente na indústria. “Esta análise mostra que a obtenção da resina a partir do bagaço de tomate produz menos dióxido de carbono do que o BPA. E no caso de não utilizar o bagaço de tomate e eliminá-lo por queima, a poluição que produz também é maior do que reutilizá-lo como resina”, diz Heredia.

Paralelamente, também identificaram e quantificaram os efeitos que a produção desta resina tem na saúde humana. “Os níveis de impacto são baixos em comparação com a incidência do uso de BPA em produtos do quotidiano”, adverte o investigador de La Mayora.

Depois dos testes com simuladores de alimentos, o próximo passo é testar a reação da resina com alimentos reais, nomeadamente, molho de tomate e de atum.

Fonte: iAlimentar

Investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) estão a desenvolver uma “espécie de vacina” à base de substâncias naturais para aplicar e proteger frutos e legumes de doenças fúngicas, surgindo como alternativa aos pesticidas químicos.

Em comunicado, a FCUP destaca que “há cada vez mais doenças fúngicas em frutos e legumes”, muitas das vezes provocadas pelas alterações climáticas, que originam “quebras acentuadas de produção” e um “elevado desperdício alimentar”.

Para evitar as quebras de produção e o desperdício, os produtores usam, frequentemente, fungicidas sintéticos, mas a eficácia destes produtos “é cada vez mais reduzida devido às resistências desenvolvidas pelos fungos patogénicos”, tendo também um impacto negativo na saúde humana e nos ecossistemas.

Com o intuito de desenvolver uma “alternativa” a estes pesticidas químicos, os investigadores da FCUP estão a trabalhar numa “espécie de vacina” baseada em substâncias naturais, no âmbito do projeto “BFree: Biocontrolo de Frutos e de Legumes”.

“O nosso objetivo é contribuir para o desenvolvimento e implementação de um conjunto de produtos naturais à base de micro-organismos endófitos [isolados de frutos] como agentes de biocontrolo”, afirma, citada no comunicado, a coordenadora do projeto e investigadora do GreenUPorto – Centro de Investigação em Produção Agroalimentar Sustentável, Susana Carvalho.

Ao longo do projeto, os investigadores vão desenvolver “ferramentas sustentáveis” para diminuir o uso de produtos fitofarmacêuticos que “têm sido detetados com maior frequência nos produtos e legumes que chegam ao consumidor”.

A podridão cinzenta, oídio, míldio, antracnose e cladosporiose são o grupo-alvo de doenças fúngicas sobre as quais os investigadores se vão debruçar.

Neste momento, a equipa está a trabalhar nos micro-organismos antagonistas, tendo já selecionado os que têm “maior potencial antifúngico sobre os agentes patogénicos que levam às principais doenças”.

“Chegaram, aliás, a 12 diferentes formulações de diferentes micro-organismos”, destaca a instituição, esclarecendo que os investigadores pretendem agora analisar o efeito destas formulações em campo e aplicando-as diretamente nas plantas por forma a perceber a interação entre o micro-organismo e o agente patogénico.

Numa segunda fase do projeto, a equipa vai monitorizar a eficácia destas formulações na prevenção e tratamento de doenças fúngicas ao longo do ciclo natural de diversas culturas como o morango, framboesa, mirtilo e tomate.

Já a terceira e última etapa do projeto visa o desenvolvimento das soluções encontradas “para condições comerciais”, tendo como objetivo alcançar cerca de 135 produtores hortofrutícolas distribuídos pelo território nacional.

Susana Carvalho destaca ainda que a aplicação de agentes de biocontrolo “tem vindo a despertar uma elevada atenção” tanto no meio científico, como no meio empresarial “como uma alternativa promissora e sustentável às abordagens convencionais para a gestão de pragas e doenças”.

Com um financiamento de 860 mil euros do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), o projeto conta com a colaboração do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, o Centro Tecnológico Hortofrutícola Nacional (COTHN), a Federação Nacional das Organizações de Produtores de Frutas e Hortícolas (FNOP), a Proenol – Indústria Biotecnológica e mais 10 pequenas e médias empresas, nas quais se incluem organizações de produtores e produtores individuais.

Fonte: Agroportal

A Piriculariose, doença causada pelo fungo patogénico Magnaporthe oryzae, ataca e destrói as plantas de arroz no mundo inteiro, inclusive em Portugal. Mas parece que os cientistas encontraram a solução na tecnologia CRISPR.

A tecnologia de edição genética CRISPR tem sido utilizada com sucesso no desenvolvimento de plantas de arroz resistentes a doenças de largo espetro, nomeadamente a Piriculariose, uma doença provocada pelo fungo patogénico Magnaporthe oryzae, que é responsável pela destruição de muitos arrozais no mundo inteiro.

No estudo Genome editing of a rice CDP-DAG synthase confers multipathogen resistance, publicado na Nature, investigadores norte-americanos e chineses utilizaram a edição do genoma (CRISPR) para criar uma variedade de arroz de elevado rendimento resistente a este fungo. Tudo começou quando o cientista da Universidade da Califórnia (Davis), Guotian Li, identificou uma estirpe que se revelaria promissora entre as 3200 estirpes sequenciadas.

“Ele descobriu que a estirpe também era resistente à infeção bacteriana, mas era extremamente pequena e de baixo rendimento”, afirmou Pamela Ronald, professora no departmento de patologia vegetal na Universidade da Califórnia (Davis). “Estes tipos de mutantes que ‘imitam lesões’ já foram encontrados anteriormente, mas só em alguns casos foram úteis para os agricultores devido ao baixo rendimento”.

Mais recentemente, no seu laboratório na Universidade Agrícola de Huazhong, em Wuhan, na China, Guotian Li utilizou o CRISPR-Cas9 para isolar o gene relacionado com a mutação na estirpe e recriar essa caraterística de resistência – identificando uma linha com bom rendimento e resistência a três agentes patogénicos diferentes, incluindo o fungo Magnaporthe oryzae.

Em ensaios de campo em pequena escala, plantados em parcelas afetadas por doenças, as novas plantas de arroz tiveram cinco vezes mais rendimento do que o arroz de controlo, que foi danificado pelo fungo, acrescentou Pamela Ronald.

Os investigadores esperam recriar esta mutação em variedades de arroz comummente cultivadas. Atualmente, apenas optimizaram este gene numa variedade modelo chamada “Kitaake”, que não é cultivada em grande escala. Os investigadores esperam também atingir o mesmo gene no trigo para criar trigo resistente a doenças.

“Muitos destes mutantes que imitam lesões foram descobertos e postos de lado por terem um baixo rendimento”, afirmou Pamela Ronald. “Esperamos que as pessoas possam analisar alguns deles e ver se podem editá-los para obter um bom equilíbrio entre resistência e alto rendimento”.

A Piriculariose é geralmente considerada a doença mais importante do arroz a nível mundial, devido à sua extensa distribuição e capacidade de destruição em condições favoráveis.

Também em Portugal a Piriculariose é uma das doenças mais comuns no arroz, afetando todas as bacias produtoras, desde o Mondego ao Tejo, Sorraia e Sado. O ataque do Magnaporthe oryzae pode resultar em perdas na produção na ordem dos 50%, como sucedeu aos orizicultores do Tejo-Sorraia no ano 2018. No entanto, as perdas na produção são mais ou menos consideráveis dependendo da variedade de arroz e de fatores climáticos como a humidade e a temperatura. Em locais de cultivo onde prevalece uma humidade relativa do ar de 95% e uma temperatura média de 26°C/27°C, o risco de infeção e disseminação de esporos é alto.

A presença de Piriculariose é visível pelo aparecimento de manchas circulares ou elípticas, apresentando um centro acinzentado rodeado por bordos castanho- avermelhados, e pode manifestar-se em todas as partes aéreas da planta e em qualquer altura do seu processo de desenvolvimento, desde os estádios iniciais até à fase de grão leitoso.

Saiba mais aqui.

Fonte: CiB - Centro de Informação de Biotecnologia

Os EUA autorizaram quarta-feira pela primeira vez a comercialização de carne de frango criada em laboratório por duas empresas, anunciou hoje um porta-voz do Departamento da Agricultura (USDA, na sigla em Inglês).

O USDA inspecionou e aprovou os sistemas de higiene alimentar das empresas Upside Foods e Good Meat, cujos produtos vão estar disponíveis rapidamente em alguns restaurantes, já adiantaram as sociedades.

Em novembro, as empresas tinham obtido autorização da agência para a segurança alimentar nos EUA (FDA, na sigla em Inglês), ao passo que o USDA aprovou na semana passada a conformidade das designações.

Uma Valeti, fundador e presidente executivo da Upside Foods, saudou a decisão como “um passo de gigante para um futuro mais duradoiro”.

Já Josh Tetrick, cofundador e presidente executivo da Eat Just, que controla a Good Meat, congratulou-se: “Somos a única empresa que vende carne cultiva em laboratório no mundo, desde o nosso lançamento em Singapura, em 2020, e agora estamos autorizados a fazê-lo na primeira potência mundial”.

A Upside Foods já recebeu a primeira encomenda, que veio do restaurante da ‘chef’ francesa Dominique Crenn, uma ‘estrelada’ Michelin, em San Francisco.

Por seu lado, o primeiro fornecimento da Good Meat deve ser destinado ao ‘chef’ José Andrés.

Fonte: Agroportal

Investigadores da Seoul National University, na Coreia do Sul, desenvolveram uma variedade de tomate geneticamente editada com níveis aprimorados de provitamina D3 (ProVitD3). Os cientistas utilizaram o CRISPR, uma ferramenta de edição de genes. 

Num novo relatório publicado na edição de junho da GEN Biotechnology, investigadores da Seoul National University, na Coreia do Sul, aplicaram a ferramenta de edição de genes CRISPR para produzir tomate com níveis altos de provitamina D3 (ProVitD3).

Os cientistas utilizaram o sistema CRISPR em tomates para induzir uma perda de função num dos dois genes DWARF5 (DWF5), um homólogo do gene humano (DHCR7) responsável pela conversão de ProVitD3 em colesterol. O homólogo vegetal do DHCR7 foi inicialmente identificado em Arabidopsis thaliana como DWF5.

Tendo em conta a elevada identidade de sequência de mais de 83%, a equipa coreana levantou a hipótese de os dois genes DWF5 do tomate, SIDWF5A e SIDWF5B, funcionarem de forma redundante nas suas vias biossintéticas. Optaram por editar o SIDWF5A depois de os padrões de expressão espacial terem mostrado que os níveis de transcrição do SIDWF5A eram duas a cinco vezes superiores aos do SIDWF5B, especialmente nos frutos verdes e vermelhos.

Notavelmente, os novos tomates geneticamente editados mostraram níveis acumulados de ProVitD3 tão altos quanto 6 μg/g de peso seco em frutas vermelhas, mantendo a semelhança morfológica com tomates do tipo selvagem. (Em contraste, os mutantes Arabidopsis dwf5 apresentaram nanismo.)

Como a ingestão humana diária recomendada de vitamina D é de 20 μg, os autores afirmam que consumir um único tomate fresco maduro pesando 150 g (equivalente a 15 g de peso seco) tem o potencial de aliviar significativamente as deficiências de vitamina D em todo o mundo.

Com este trabalho, os cientistas da Seoul National University provam, uma vez mais, que o tomate pode ser biofortificado com níveis elevados de ProVitD3, o que “poderia constituir uma fonte vegetal de vitamina D se as plantas com esta caraterística fossem colocadas no mercado”, afirmou Aaron Hummel, diretor de tecnologia da Pairwise, uma empresa de tecnologia alimentar sediada na Carolina do Norte, nos EUA, que aplica o CRISPR para desenvolver saladas que pretendem ser mais frescas, mais saborosas e de mais fácil acesso.

Saiba mais aqui.

Fonte: CiB - Centro de Informação de Biotecnologia

Alerta: Exportação para o Japão

  • Wednesday, 21 June 2023 09:42

A DGAV alerta para o facto de que, a partir do próximo dia 5 de agosto, inclusive, passa a ser necessário o acompanhamento por um Certificado Fitossanitário para a introdução de determinados vegetais no Japão que até ao momento não carecem de tal certificação.

Com efeito, alguns vegetais não destinados a cultivo, como grãos ou certas madeiras, ramos e folhas de algumas plantas, que atualmente podem ser exportados para aquele país sem se fazerem acompanhar do referido Certificado Fitossanitário, vão carecer deste este documento a partir daquela data.

De acordo com a informação da Autoridade Fitossanitária Japonesa, vai continuar a ser dispensado o acompanhamento por um certificado fitossanitário de alguns vegetais, se secos, prensados, triturados ou esmagados, desde que tais produtos vegetais não sejam utilizados como fertilizantes, alimentos para animais ou como matérias-primas para a agricultura e a silvicultura.

Em caso de dúvida quanto à necessidade de um certificado fitossanitário para um determinado produto vegetal, os operadores poderão contactar a DGAV (This email address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it.), solicitando esclarecimentos junto da autoridade congénere no Japão.

Fonte: DGAV