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A presença de E. coli produtora de toxina Shiga (STEC) em comidas prontas-a-comer é um potencial risco para a saúde, independentemente da estirpe ou genótipo, de acordo com a Food Standards Scotland (FSS).

A agência salienta que tais comidas não devem conter STEC pois dez a cem células desta são suficientes para causar infeção. Deste modo, a sua presença em pequenas doses em comida não cozinhada pré-consumo tem o potencial para causar intoxicação alimentar.

Na Escócia, o tipo mais frequente de infeção por STEC é a estirpe potencialmente fatal, E. coli O157, no entanto, mais de 30% dos isolados de STEC são estirpes não-O157, sendo que cerca de um terço não possuí o gene responsável por causar infeção.

 

Os sintomas tipicamente incluem dor abdominal e diarreia, frequentemente sanguínea. A intensidade da infeção pode variar, mas é particularmente perigosa para grupos vulneráveis como é o caso dos idosos e crianças com menos de cinco anos. Algumas pessoas podem desenvolver sérias complicações, nomeadamente síndrome hemolítico urémico causado por estirpes produtoras do gene Stx2a.

Saiba mais sobre estirpes STEC, aqui.

Fonte: Food Safety News

 

A saída do Reino Unido da União Europeia – BREXIT – a 29 de março de 2019, implica que as regras da UE deixarão de se aplicar ao Reino Unido, por conseguinte, a preparação para o BREXIT não é apenas da responsabilidade da UE e das autoridades nacionais, mas também da indústria de medicamentos veterinários.

Assim junto se anexa um documento com uma versão em português e outra em língua inglesa, com informações relevantes sobre o Brexit destinada aos titulares e partes interessadas.

Fonte: DGAV

O aumento da preocupação relativamente à saúde e nutrição, encorajou muitos a adotar estilos de vida mais saudáveis, evitando o consumo de alimentos ricos em açúcar, sal ou gordura.

Assim, comidas e bebidas de cuja constituição constem substitutos de açúcar, como é o caso dos adoçantes, tornaram-se bastante populares. Contudo, pouco se conhece sobre os seus potenciais benefícios ou malefícios dentro de limites aceitáveis de consumo.

Por este motivo, uma equipa de investigadores europeus analisou cinquenta e seis estudos da área comparando o não consumo ou valores baixos de consumo de adoçantes com consumos elevados em adultos e crianças saudáveis.

As conclusões indicam que na maioria dos casos, a diferença não é estatisticamente ou clinicamente relevante entre os diferentes níveis de consumo.

Apesar de algumas indicações de melhoria relativamente ao índice de massa corporal e à regulação dos níveis de glicose no sangue, não existe evidência que suporte suficientemente esta descoberta.

Os membros deste projeto de investigação salientam que irão notificar a Organização Mundial de Saúde (OMS) acerca dos seus resultados com o objetivo de informar especialistas de saúde e legisladores sobre as atuais recomendações relativamente ao consumo de açúcar e a necessidade de fundamentação por novos estudos.

Para consultar a revisão sistemática original, clique aqui.

Fonte: Science Daily

DECO encontrou bactérias, sulfitos proibidos e até ingredientes adicionais na carne picada recolhida de alguns talhos. Há seis anos que o cenário se repete pelo que a entidade desaconselha a sua compra. Se ainda assim, optar por comprar, escolha uma peça de carne e mande picar.

As amostras foram recolhidas e avaliadas tendo em conta o seu preço por quilo e variáveis tais como temperatura, humidade, proteínas, gordura, hidratos de carbono, sal, sulfitos e deteção de microrganismos.

15 em 20 das amostras chumbaram nos testes em laboratório, tendo sido detetados sulfitos em 75% das amostras, ingredientes vegetais em 20% das amostras e 85% destas indicaram temperaturas de conservação acima de 2ºC.

A carne picada só pode conter sal, e em quantidades inferiores a 1%, bem como deve ser conservada a temperaturas inferiores a 2ºC.

Para conhecer os estabelecimentos testados em Lisboa e no Porto e suas respetivas avaliações, clique aqui.

Fonte: DECO/PROTESTE

Não seja refém de mitos alimentares

  • Monday, 25 February 2019 12:43

O mundo da alimentação está repleto de ideias erradas, mitos e inverdades. Aqui listamos alguns dos mitos mais comuns.

Ovos aumentam o nível de colesterol

Esta gordura é produzida no fígado e, na sua maioria, não deriva diretamente da ingestão de produtos com elevado teor de colesterol. Na verdade, resulta do processamento de gorduras saturadas e gorduras trans, sendo que o ovo não contém esta última. Assim, a gema do ovo não representa ameaça aumentada relativamente a doença cardiovascular, dentro do limite de 1 ovo por dia para a maioria dos indivíduos (Anthony Komaroff, MD, Harvard Health Letter).

As bebidas energéticas fornecem energia

O açúcar é responsável por um pico de energia e a cafeína evita a sonolência, não fornecendo energia do ponto de vista nutritivo. A combinação destes ingredientes em bebidas energéticas pode tornar-se perigosa, contribuindo para o aumento da pressão sanguínea diastólica e o aumento dos níveis de glicose no sangue em jovens, os seus principais consumidores (Nowak et al., 2018).

O café prejudica o coração

Pelo contrário, o seu consumo habitual está associado à redução do risco de doença cardiovascular. A ingestão de 3 chávenas de café por dia é segura e benéfica, exceto em grávidas e outros casos pontuais. Os riscos que advertem do seu excesso incluem ansiedade, insónia, dores de cabeça, tremores e palpitações (O'Keefe et al., 2018).

Utensílios em alumínio produzem toxinas responsáveis pela doença de Alzheimer

Não existem evidências que suportem este medo. Assim, não está estabelecida qualquer relação entre o alumínio dos utensílios de cozinha e o aumento do risco de Alzheimer (Alzheimer's Society, UK).

Álcool provoca a morte de neurónios

O consumo de álcool na adolescência pode comprometer o desenvolvimento neurológico e a adequação do comportamento em fase adulta (Crews et al., 2016), pelo que deve ser evitado. Já em adultos, o consumo leve ou moderado de álcool pode providenciar um efeito protetor na mortalidade dentro do limite de uma bebida por dia (J. Michael Gaziano, MD, Journal of the American College of Cardiology).

Água salgada ferve mais rapidamente

A diferença é negligenciável. Adicionar uma colher de chá de sal, o equivalente a 3 gramas, a um litro de água, não altera suficientemente a velocidade de ebulição (Lesley-Ann Giddings, Middlebury College, Vermont).

Especiarias causam úlceras

O consumo de pimento vermelho (Capsicum spp.) é frequentemente associado à formação de úlceras, no entanto, este não só inibe a secreção ácida, como auxilia na regulação estomacal e liberta agentes protetores, prevenindo a ulceração (Satyanarayana, 2006).

Vitamina C protege de constipações e gripes

Não existem estudos científicos que comprovem este benefício. Pode, eventualmente, fortalecer o sistema imunitário e com isso garantir proteção acrescida face às fontes de constipações e gripes (Bruce Bistrian, MD, Harvard Health Letter).

Fonte: Sapo Lifestyle

Já entrou em vigor o novo plano geral de gestão de crises em matéria de segurança dos géneros alimentícios e dos alimentos para animais através da Decisão da Comissão (EU) 2019/300.

Regulamento (CE) 178/2002 veio determinar os princípios e normas gerais da legislação alimentar, criando a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (ASAE).

No artigo 55.º deste regulamento, estava prevista a elaboração de um plano de gestão de crises. Por conseguinte, a Decisão da Comissão 2004/478/CEestabeleceu esse plano geral.

Desde então, foi efetuado um balanço de qualidade da legislação alimentar, provando-se necessário reavaliar a gestão das crises no domínio dos géneros alimentícios e dos alimentos para animais ao nível da União e a nível nacional.

Com foco na proteção da saúde pública da União, o plano geral deve limitar-se a situações de risco direto ou indireto. Os riscos para a saúde pública podem ser de natureza biológica, química e física. Incluem os perigos associados à radioatividade e aos alergénios.

A abordagem, os princípios e os procedimentos práticos do plano geral podem, no entanto, ser considerados igualmente como orientações para a gestão de outros incidentes de origem alimentar que não constituam um risco para a saúde pública.

Neste sentido, a Decisão da Comissão 2004/478/CE deve ser revogada e substituída pela Decisão da Comissão (EU) 2019/300, que estabelece o novo plano atualizado.

Esta nova legislação vem estruturada em capítulos que incluem disposições gerais, estruturas e procedimentos de preparação, coordenação reforçada ao nível da união, criação de uma unidade de crise, procedimentos de gestão de incidentes e disposições finais.

A Comissão deve elaborar um plano quinquenal de execução do plano geral, a atualizar de cinco em cinco anos com base nas necessidades identificadas. Conheça os desenvolvimentos mais recentes deste plano, aqui.

Fonte: Qualfood

As autoridades do Reino Unido estão a investigar um surto alimentar relacionado com maionese de óleo de abacate. O produto foi distribuído na Europa incluindo Alemanha, Polónia e Eslovénia.

Suspeita-se que a causa se relacione com baixa acidez derivada de um erro de produção, nomeadamente a ausência de vinagre no produto, promovendo o crescimento de bolores e o aumento do risco de Salmonella. A firma já efetuou um recall, mencionando e confirmando o erro na receita.

O produto inclui na sua embalagem, a recomendação de consumo antes de 25 de setembro de 2019 e a menção ao lote 25/09/19. Nenhum outro produto da marca foi afetado.

Sintomas de Salmonella ocorrem 12 a 72 horas após infeção e incluem febre, dor abdominal, diarreia, náusea e, por vezes, vómitos. A doença dura usualmente quatro a sete dias e a maioria das pessoas recuperam sem tratamento. No entanto, em crianças e idosos, a desidratação associada pode tornar-se severa e fatal.

Fonte: Food Safety News

Carne sem vacas e ovos sem galinhas?

  • Friday, 22 February 2019 12:56

Segundo a ONU, o planeta Terra já alcançou o marco dos 7,6 mil milhões de habitantes. E, apesar da quebra da taxa de natalidade, a população mundial continua a crescer. Prevê-se que em 2050 o número total de habitantes alcance os 9,6 mil milhões. A questão que se coloca é: como se alimenta uma população em crescimento?

O impato da biotenologia na produção de alimentos pode ser a resposta. Por meio de processos biológicos, é possível produzir-se carne, leite e ovos sem a intervenção de um único animal. Acredita-se que no futuro será possível produzirmos as vitaminas e proteínas que o nosso corpo necessita.

O fim da dependência de animais para alimentação humana poderá permitir a redução do uso da terra, dos consumos de água e energia e do impacto ambiental.

Assim, já existem empresas a intervir neste sentido. Conheça algumas delas:

Carne sem animais: A Memphis Meats, que conta com mais de 17 milhões de dólares doados por investidores, consegue produzir carne em laboratório. A técnica baseia-se na extração de células animais, por meio pequenas biópsias, e no seu cultivo a nível laboratorial. Será que é uma alternativa sustentável e economicamente acessível? Não sabemos. No entanto, a empresa crê começar a vender o seu produto até 2022.

Leite sem vacas: Através de processos fermentativos e leveduras, a Perfect Dayproduz leite com proteínas lácteas idênticas às que os bovinos produzem no seu corpo naturalmente. Por outro lado, o produto não contém lactose e nem colesterol.

Clara de ovo sem galinhas: já se questionou alguma vez sobre quem terá nascido primeiro, o ovo ou a galinha? Neste caso em concreto, parece que a Clara Foods faz nascer um ovo sem galinha. A empresa acredita que a produção de ovos, pelas vias normais, será insuficiente para satisfazer de forma sustentável e amiga dos animais uma população mundial tão elevada.

Fonte: Mood Sapo

Após muitos anos de declínio, os casos de salmonelose na UE estagnaram. Os cientistas da EFSA referem que estabelecer critérios mais restritos em aves de capoeira pode reduzir o número de casos desta origem em metade.

Os países da UE são agora obrigados a reduzir a proporção de aviários infetados com certos tipos de Salmonella para 2%. Especialistas da área acrescentam que se a meta for reduzida para 1%, os casos de salmonelose em humanos transmitidos via aves de capoeira poderia diminuir em 50%.

O objetivo de 1% está fixado para galinhas reprodutoras, no início da produção de carne de aves, para cinco tipos de Salmonella, afetantes da saúde humana. No entanto, a EFSA recomenda que dois destes devem ser substituídos por estirpes mais adequadas e relevantes na saúde pública atual.

Ainda sobre este assunto, os especialistas relataram a influência da arquitetura dos aviários para galinhas produtoras de ovos. Desde 2012 e por motivos de bem-estar animal, as jaulas foram proibidas na UE, exceto aquelas que sejam mais espaçosas. Os métodos alternativos de alojamento como quintas, ao ar livre e orgânicos são aconselhados e preferenciais.

A salmonelose é a segunda doença de origem alimentar mais comum, seguida da campilobacteriose na UE. Em 2017, os Estados-Membros reportaram 91662 casos em humanos.

Para ler mais sobre o controlo de Salmonella em aviários e o seu impato na saúde pública, clique aqui.

Fonte: EFSA

A 6 de fevereiro de 2019, o Painel da EFSA responsável pelo setor de materiais de contato com os géneros alimentícios, enzimas e processos auxiliares (Painel CEP) partilhou a sua opinião sobre 5 ftalatos autorizados para uso em materiais de contato plásticos (DBP, BBP, DEHP, DINP e DIDP) , atualizando análises prévias de 2005.

Antes de adotar qualquer opinião definitiva, a EFSA irá disponibilizar uma consulta pública para reunir feedback de todos os interessados. O assunto da restrição de ftalatos surgiu após proposta da Agência Europeia dos Químicos (ECHA).

Deste modo, todos os interessados são convidados a submeter comentários até 14 de abril de 2019 através da página criada especialmente para este fim: clique aqui.

Fonte: EFSA