Um novo estudo revela que as crianças não comem os alimentos que não gostam, e que esse fator é mais forte do que o pensamento de que comem apenas o que gostam, o que acaba por se refletir na sua alimentação. As escolhas alimentares de cada criança são influenciadas pelos pais e colegas, pelo que, é importante ter em conta a perceção transmitida sobre cada alimento durante o seu crescimento.
Foram realizadas duas sessões no Laboratório de Comportamento Alimentar Infantil da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos, onde se serviram vários alimentos a crianças entre os 4 e os 6 anos – uvas, brócolos, tomate cereja, nuggets de frango, batatas fritas, ketchup, bolachas, sumo de fruta e leite.
Antes de comerem, cada uma mencionou o seu gosto por cada um dos alimentos, numa escala de satisfação – Muito mau, Mau, Mais ou Menos Mau, Mais ou Menos Bom, Bom e Muito Bom. De seguida, as crianças comeram livremente a refeição e os investigadores analisaram todos os fatores.
“Elas captam o que é dito à mesa sobre quais são os alimentos bons e, embora isso possa não fazer com que as crianças os comam, elas estão a absorver tudo, e isso está a afetar as suas perceções sobre os alimentos”, afirma Kathleen Keller, investigadora que coordenou o estudo. “O leite é um bom exemplo disso – para algumas famílias, pode haver um efeito de prestígio à volta do leite para a saúde. As crianças aprendem desde cedo que beber leite lhes dará um corpo forte, por isso podem beber leite mesmo que não seja a sua bebida favorita.”
Fonte: Greensavers
A Comissão Europeia acaba de atribuir 27,7 milhões de euros a 100 entidades portuguesas candidatas ao concurso Horizonte Europa, sendo que 24 milhões são dirigidos a projetos nas áreas do Ambiente e da Bioeconomia.
Os projetos financiados correspondem ao Cluster 6, que trata temas da Alimentação, Bioeconomia, Recursos Naturais, Agricultura e Ambiente, e ao Cluster 2, de Cultura, Criatividade e Sociedade Inclusiva. O país coordena 3 dos 66 aprovados para avançar: o BioValue, o REALM e o In Situ. Em Portugal, são ambos acompanhados pela Agência Nacional de Inovação (ANI), no âmbito da rede PERIN.
Relativamente ao Cluster 6, foram submetidas 199 propostas, das quais 57 foram aprovadas. Nesta categoria, distinguem-se os projetos financiados liderados por instituições portuguesas: o BioValue, coordenado pela Liderado pela Associação do Instituto Superior Técnico para a Investigação e Desenvolvimento (IST-ID), que pretende proteger e aumentar a biodiversidade através de ferramentas de ordenamento do território, de avaliação de impacto ambiental e ainda instrumentos financeiros e económicos; e o REALM, liderado pela NECTON – Companhia Portuguesa de Culturas Marinhas, que tem como finalidade aproveitar as águas de drenagem ricas em nutrientes de explorações sem solo para a produção de microalgas, tratamento da água e captação de dióxido de carbono.
Como refere Joana Mendonça, presidente da ANI, “Estes são resultados que vêm consolidar o bom desempenho nacional nos programas quadro europeus. As empresas portuguesas captaram cerca de 40% do financiamento nacional em Ambiente e Biotecnologia, o que é um resultado expressivo da dinâmica empresarial crescente neste tipo de instrumentos. No caso da Cultura, Educação e Democracia verificamos que a taxa de financiamento neste primeiro ano do Horizonte Europa é, para já, o triplo da alcançada no primeiro ano do Horizonte 2020. Saudamos ainda as 19 entidades portuguesas que pela primeira vez captam financiamento europeu, evidenciando a excelência científica nacional”.
Fonte: Greensavers
Três associações ambientalistas apelaram esta quarta-feira ao Governo para que inicie rapidamente o processo de consulta pública sobre o sistema de depósito de embalagens descartáveis, alertando para as consequências de um atraso que consideram incompreensível.
Em comunicado, as associações ZERO, Sciaena e ANP/WWF alertam que uma das implicações desse atraso é o desperdício diário de quatro milhões de embalagens de plástico, metal e vidro que são queimadas ou colocadas em aterro.
A cada ano de atraso, acrescentam, há uma perda de quase 1.500 milhões de embalagens de bebidas, que irão parar a aterro, serão incineradas ou ficarão espalhadas no ambiente, dificultando, por outro lado, o cumprimento das metas de reciclagem a que o país está obrigado.
As associações consideram que o adiamento da tomada de posse do novo executivo, na sequência da decisão do Tribunal Constitucional de repetir as eleições legislativas no círculo da Europa, é uma oportunidade para lançar a consulta pública.
“Considerando que, à luz do entendimento de diferentes especialistas, o Governo ainda em funções tem o poder de publicar decretos, portarias, despachos, fazer nomeações e contratações, não existem razões que justifiquem adiar mais o lançamento da consulta pública”, afirmam.
Em 2018, o parlamento aprovou uma lei que previa a criação de “um sistema de depósito com retorno para embalagens de bebidas descartáveis” a partir do dia 01 de janeiro deste ano.
“No espaço de três anos, o Governo mostrou-se incapaz de regulamentar a lei e parece estar a preparar-se para fugir às suas responsabilidades e ao compromisso assumido publicamente de avançar com o processo de consulta pública”, acusam os ambientalistas.
Assumindo que, a partir da publicação da portaria, demore pelo menos mais cerca de um ano até o sistema ser implementado no terreno, as associações justificam a urgência da abertura do processo de consulta pública afirmando que está em causa um atraso superior a um ano e meio em relação à data.
As associações consideram ainda incompreensível que esse processo ainda não tenha sido iniciado, afirmando que foi conseguido um avanço em termos de diálogo com os diferentes interessados sobre o desenho do sistema e já foi até partilhado uma base da futura portaria.
Fonte: Observador
A rega de espaços verdes, a lavagem das ruas e de equipamentos são algumas das atividades que poderão ser condicionadas para poupar água, conforme decisões que começam na quarta-feira a ser tomadas, anunciou o ministro do Ambiente.
Em declarações aos jornalistas no final de uma cerimónia de assinatura do Protocolo de Colaboração Técnica e Financeira entre o Fundo Ambiental e o Conselho Autárquico da Cidade de Quelimane, em Moçambique, João Matos Fernandes indicou que na quarta-feira decorre a primeira de cinco reuniões, lideradas pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), para avaliar as medidas técnicas a tomar contra a seca.
A primeira reunião vai acontecer no Algarve, seguindo-se as restantes sub-regiões hidrográficas.
No final do encontro, em que participarão os municípios portugueses, “muito provavelmente” deverão ser decretadas “medidas concretas para a redução e para a poupança de água”, segundo o ministro do Ambiente e da Ação Climática.
Segundo Matos Fernandes, outro objetivo destas reuniões é existir um alinhamento para “uma grande campanha de poupança de água”.
“No imediato, aquilo que pode ser feito é muito provavelmente decretar novas medidas de restrição do uso de água, que passam sobretudo pela atividade agrícola, e por outras atividades urbanas”, acrescentou.
E adiantou que “a rega de espaços verdes, as lavagens de ruas, a lavagem de alguns equipamentos poderá vir a ser condicionada”.
“Vamos ver o que está a acontecer em cada região, porque cada região é diferente e cada situação de seca também é diferente”, afirmou o ministro.
Fonte: Agroportal
Inflação registada no primeiro mês de 2022 é quase quatro vezes superior à verificada em 2017/18 e cerca do dobro da que se registou em 2005/06.
Em janeiro, os preços dos produtos agrícolas subiram mais de 4%, em comparação com o período homologo do ano anterior. A razão? O aumento de custos da produção agrícola e pecuária provocado quer pela inflação, quer pelos efeitos da seca.
Estes valores ganham particular interesse quando olhamos para os anteriores anos de, seca como 2018 e 2006. A comparação feita pelo Jornal de Notícias, baseada nos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), mostra que a inflação é quase quatro vezes superior à verificada em 2017/18 e cerca do dobro da que se registou em 2005/06.
Os agricultores alertam que este cenário vai ser cada vez mais comum e que “atirar dinheiro para cima do problema não o resolve”. Rui Sousa da Leicar (Associação de Produtores de Leite e Carne) diz que a seca veio “somar a crise à crise”. “Já vínhamos a perder rentabilidade. Depois, veio a pandemia, os problemas na exportação, o fecho de cantinas, restaurantes e hotéis”, diz Rui Sousa.
Os produtores garantem em uníssono que, se não chover, os portugueses vão sentir ainda mais os efeitos económicos deste problema.
Para já, o Governo pretende avançar uma linha de crédito à tesouraria e apoios aos custos com eletricidade, conhecida como eletricidade verde, que se destina a mitigar o impacto da seca. Contudo, estas medidas extraordinárias só poderão ser implementadas quando o novo Executivo entrar em funções, algo que só deverá acontecer para o final de março ou início de abril.
Fonte: CNN Portugal
Em resultado da intensa prospeção e amostragem executada pelos serviços fitossanitários da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve, com a coordenação da DGAV, e não tendo sido registados novos resultados analíticos positivos, quer em plantas quer em insetos vetores, a zona demarcada para a Xylella fastidiosa estabelecida no concelho de Tavira, foi reduzida para 1km.
Consulte o Despacho 12/G/2022.
Fonte: DGAV
Foi atualizada a Tabela de Composição de Alimentos do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.
A versão 5.0 - 2021 está disponível para pesquisa e o respetivo ficheiro em Excel pode ser descarregado a partir do menu "Composição de Alimentos > Descarregar Excel da TCA" aqui.
Fonte: INSA
Os operadores que vendam diretamente ao consumidor final produtos biológicos não embalados que não sejam alimentos para animais ficam isentos, em determinadas condições, da necessidade de um certificado, segundo um aviso publicado hoje em Diário da República.
Nos termos do aviso n.º 3567/2022, assinado pela subdiretora-geral da Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, Isabel Passeiro, estão isentos da obrigação de posse de certificado “os operadores que vendam diretamente ao consumidor final produtos biológicos não embalados que não sejam alimentos para animais, desde que esses operadores não os produzam, não os preparem, não os armazenem senão no ponto de venda, nem importem esses produtos de um país terceiro ou que não tenham subcontratado a terceiros essas atividades”.
A dispensa de certificado implica ainda que as vendas desses produtos não excedam as cinco toneladas por ano e que não representem um volume de negócios anual superior a 20 mil euros ou que o potencial custo de certificação de operador exceda 2% da faturação total em produtos biológicos não embalados vendidos por esse operador.
Ainda assim, os operadores abrangidos por esta isenção estão obrigados a notificar a sua atividade, conforme o n.º 2 do artigo 34.º do Regulamento (UE) 2018/848, de 30 de maio de 2018, relativo à produção biológica e à rotulagem dos produtos biológicos.
O aviso produz efeitos a partir da sua data de publicação.
Fonte: Agroportal
O "período particularmente difícil" vivido pelo setor da suinicultura levou o Governo a avançar para a criação de um grupo de trabalho. O objetivo é "acompanhar a evolução" da crise "no sentido de promover medidas que apoiem a recuperação do setor".
O despacho publicado esta terça-feira em Diário da República refere que a crise atravessada pelo setor decorre "de vários fatores exógenos", como "o aumento dos custos com combustíveis, custos energéticos, custos com fatores de produção e respetiva repercussão nos custos com a alimentação animal".
A situação "é agravada pela redução das exportações, motivada pelo abrandamento da procura externa por países terceiros", acrescenta o despacho.
O diagnóstico ao setor refere ainda que a "instabilidade da evolução do mercado no setor da carne de suíno" é motivo de "preocupação, e tem implicações nos rendimentos dos produtores e na sustentabilidade da atividade".
Neste sentido, o ministério da Agricultura propõe que o grupo de trabalho faça o levantamento da situação de contexto do setor, "visando a apresentação de uma proposta de medidas tendentes à mitigação dos impactes negativos no setor".
E traça duas metas concretas: a primeira passa pelo "diagnóstico do setor e propostas de medidas de promoção da sustentabilidade da atividade suinícola, no prazo de 45 dias" a contar da publicação do despacho.
A segunda é a "identificação de mercados externos estratégicos e propostas de atuação para a sua abertura, no prazo de 90 dias" também a contar da data de publicação do despacho.
O grupo será composto por um representante do Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral da Agricultura (GPP), que o coordena, um membro da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, outro da Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, um representante do Instituto de Financiamento de Agricultura e Pescas e três representantes da FILPORC - Associação Interprofissional da Fileira da Carne de Porco. Podem ser convidadas a participar outras entidades "cujo contributo seja considerado relevante".
A primeira reunião dos participantes, que não serão remunerados, terá de ter lugar nos próximos dez dias.
Fonte: Jornal de Negócios
A DGAV procedeu à atualização da Lista de Biocidas de Uso Veterinário Autorizados / Notificados, a qual poderá ser consultada aqui.
Fonte: DGAV
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