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A Comissão Europeia aprovou o produto tradicional “Carne Ramo Grande”, obtida a partir de bovinos nos Açores, como nova denominação de origem protegida (DOP) da União Europeia (UE), passando a ser uma indicação geográfica preservada.

Em comunicado, o executivo comunitário informa que adicionou a “Carne Ramo Grande”, de Portugal, ao registo das DOP, que são indicações geográficas definidas na legislação UE para proteger produtos tradicionais.

“A ‘Carne Ramo Grande’ é a carne da raça bovina Ramo Grande criada no arquipélago dos Açores”, destaca a Comissão Europeia, apontando que “as características gerais da raça são influenciadas pelas condições naturais do arquipélago”.

Em concreto, “as condições climáticas dos Açores, combinadas com a técnica especial de reprodução, permitem o pastoreio durante todo o ano”, acrescenta.

“Os conhecimentos e receitas tradicionais de cada uma das ilhas, transmitidos de geração em geração, realçam os sabores e aromas específicos da ‘Carne Ramo Grande’”, adianta Bruxelas.

Esta DOP junta-se assim à lista com 1.574 produtos agrícolas já protegidos na base de dados da eAmbrosia, plataforma com o registo legal das indicações geográficas registadas e protegidas em toda a UE.

Segundo a informação disponibilizada na página na Internet da Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural sobre produtos tradicionais portugueses, a “Carne Ramo Grande” é “uma carne de cor vermelho vivo, com tendência a ficar mais intenso em contacto com o ar e com a idade do animal, de consistência firme decorrente da presença de tecido conjuntivo interfascicular em proporção variável e com cheiro aromático intrínseco da espécie”.

Para chegar a tais características, a alimentação dos animais é feita de acordo com os moldes tradicionais de criação, pelo que a base da alimentação são as pastagens, naturais ou melhoradas.

Ainda segundo a Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, a área geográfica abrangida é todo o arquipélago dos Açores, constituído por nove Ilhas: Santa Maria, São Miguel, Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico, Faial, Flores e Corvo.

Nas festas tradicionais do arquipélago dos Açores nas várias ilhas, a carne destes bovinos é utilizada para confecionar os pratos típicos.

Fonte: Agroportal

O grande vencedor da terceira edição do Water Reuse Europe Innovation Prize foi o projeto VIRA, da Águas do Tejo Atlântico. Criado em 2017, este prémio tem como objetivo distinguir profissionais que estão a desenvolver projetos e iniciativas disruptivas que promovem a reutilização da água na Europa.

A VIRA é uma cerveja artesanal fabricada a partir de água reciclada (água+), que passou por um tratamento complementar através de ozonização e osmose inversa, sendo por isso 100% para consumo. Para a produção desta cerveja, a Águas do Tejo Atlântico, juntou-se à Moinhos Água e Ambiente, responsável pelo tratamento complementar da água+, e à Cerlinx, produtora artesanal da cerveja Lince.

“A reutilização de água é um fator constante no mundo desde a sua existência. Hoje é determinante para enfrentar as alterações climáticas e os seus fatores extremos associados – seca prolongada e inundações. As Fábricas de Água permitem VIRAR a página do futuro no setor da água, reciclando e produzindo água+ com a qualidade adequada para cada finalidade.”, explicam em comunicado. 

Fonte: Greensavers

Foi publicada a Decisão de Execução (UE) 2022/120 da Comissão de 26 de janeiro de 2022, que altera a Decisão 2002/840/CE que adota a lista das instalações aprovadas para a irradiação de alimentos em países terceiros.

Este diploma veio incluir, na lista de países terceiros, uma instalação de irradiação de alimentos localizada no Reino Unido. Até esta data a importação de alimentos tratados com radiação ionizante no Reino Unido era proibida.

Fonte: DGAV

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), na sequência de uma operação de fiscalização da Brigada de Indústrias da Unidade Regional do Centro – Unidade Operacional de Coimbra, procedeu à apreensão de mais de 426.000 ovos, numa ação inspetiva direcionada a centros de classificação e embalamento de ovos, no concelho de Leiria.

Como resultado das ações, assinala-se a instauração de um processo de contraordenação por colocação no mercado de ovos sem a devida marca de identificação e por falta de indicações obrigatórias nas embalagens de transporte, tais como a data de expedição e quantidade, a falta de registos diários de modo de criação e as quantidades de ovos classificados e não classificados.

Na sequência a ação foi ainda determinada a apreensão de 426.264 ovos, no valor estimado de 33.643 Euros. De acordo com a legislação em vigor, os consumidores, através de um código impresso nas embalagens e nos ovos, devem obter informação sobre o país de origem do produto, condições de criação das galinhas e zona de exploração de onde os ovos são originários, sendo ainda obrigatória a indicação da data da durabilidade atribuída aos ovos, não podendo a mesma exceder o prazo de 28 dias relativamente à data da postura.

A ASAE continuará a desenvolver ações de fiscalização em prol da sã e leal concorrência entre operadores económicos, bem como da defesa e da segurança dos consumidores.

Fonte: ASAE

Objetivo é criar uma despensa para uma tripulação de quatro pessoas a propósito de uma missão de ida e volta de três anos sem reabastecimento. NASA admite que projetos podem combater fome na Terra.

Será mais um salto gigantesco para a humanidade? Quem criar sistemas tecnológicos de produção alimentar inovadores, que exijam o mínimo de desperdício, com comida segura, nutritiva e saborosa pode ganhar um milhão de dólares (aproximadamente 898,480.00 euros). Tal porque a NASA, em colaboração com a Agência Espacial Canadiana (CSA, na sigla inglesa), está a estudar formas de os astronautas se alimentarem no Espaço em missões de longa duração, como ir a Marte, através de um desafio: Deep Space Food Challenge.

Entre os requisitos, está organizar uma despensa para uma tripulação de quatro pessoas a propósito de uma missão de ida e volta de três anos sem reabastecimento, e melhorar a acessibilidade dos alimentos na Terra, em particular através da produção direta nos centros urbanos e em ambientes remotos e hostis. Sim, estes projetos poderão ter vantagens para combater a fome na Terra, que se tem vindo a agravar devido aos efeitos das alterações climáticas:
 
"Impulsionando as fronteiras da tecnologia alimentar, manter-se-á os futuros exploradores saudáveis e poderá até ajudar a alimentar as pessoas aqui em casa”, referiu Jim Reuter, administrador da Direção de Missões de Tecnologia Espacial da NASA, no comunicado.

Embora haja apenas um vencedor, as restantes boas ideias não serão descartadas, razão pela qual a NASA também oferece outros prémios. Os 10 finalistas com a melhor pontuação vão receber 20 mil dólares cada (aproximadamente 18 mil euros) e avançar para a próxima fase. Aí, os cinco finalistas vão receber 150 mil dólares (cerca de 134 mil euros) e restará decidir o vencedor do milhão de dólares. Quem quiser participar ainda vai a tempo, visto que estima-se que as inscrições terminam a 28 de fevereiro.

Em outubro do ano passado, quando se realizou a primeira fase do desafio, a NASA distinguiu 18 equipas com um total de 450 mil dólares (cerca de 403 mil euros) pelas suas ideias de tecnologia inovadora de produção alimentar.

Fonte: Observador

A poluição por microplásticos no Mar Mediterrâneo pode ser superior à estimada, revela uma nova investigação. Segundo o Instituto de Ciência e Tecnologia Ambiental, da Universidade Autónoma de Barcelona (ICTA-UAB), este apresenta níveis de poluição idênticos aos da Grande Ilha de Lixo do Oceano Pacífico, e a grande quantidade de lixo acumulado fez com que fosse intitulado mar europeu mais poluído pelo Instituto Francês de Investigação e Exploração do Mar.

Os dados sugerem que existem 84 mil microplásticos por quilómetro quadrado na superfície do Mediterrâneo, cerca de 300 microplásticos por cada quilo de sedimentos marinhos e 59 microplásticos por cada quilo de areia de praia. No entanto, existem falhas: das 3 mil amostras recolhidas nos últimos dez anos, 82,8% foram retiradas apenas em zonas costeiras, e as redes de malha com 200 micrómetros usadas para retirar amostras na superfície da água não apanhavam as partículas menores. Outro dos fatores a ter em conta é a contínua fragmentação do material, que se vai tornando cada vez mais pequeno e dividido. Por último, os métodos utilizados para quantificar este problema estão em constante evolução e não são eficientes para abranger todas as áreas onde há microplásticos e os diversos tipos de poluentes.

“Os materiais plásticos são numerosos e muito diversos, com características diferentes que dificultam a existência de uma estrutura padrão para analisá-los a todos da mesma maneira. Além disso, aditivos como os pigmentos ou os retardadores criam mais complexidade”, explica a autora Laura Simon. Como acrescenta o investigador Michael Grelaud, “Ainda existe muito pouco conhecimento sobre os mecanismos que transportam os microplásticos das águas superficiais para o fundo do mar, pelo que precisamos de mais estudos na coluna de água”.

estudo, agora publicado na revista científica Environmental Pollution, destaca a importância de se definir um quadro comum de métodos e resultados, para que seja possível caracterizar a dispersão de poluição por plástico no Mar Mediterrâneo e os seus impactos.
Fonte: Greensavers

O presidente da Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores (FPAS), David Neves, alertou hoje para o impacto que a seca terá no setor da suinicultura, com o aumento dos custos no abastecimento de água para as explorações.

“A implicação da seca terá custos reais no nosso setor, que já está a ser sujeito a uma grande exposição pelo facto de Portugal ter o mais alto preço da energia e dos combustíveis na Europa. Com a seca, teremos de fazer o abastecimento através de autotanques e, com os custos dos combustíveis, os custos de produção vão aumentar ainda mais”, afirmou à agência Lusa David Neves.

O também presidente da Associação de Suinicultores de Leiria salientou que o setor da suinicultura está a viver a “tempestade perfeita”, com o custo das matérias-primas, energia e combustíveis.

“O elemento da seca é mais um para agravar a situação”, acrescentou.

Segundo adiantou o empresário, “o setor das suiniculturas é aquele que não consegue refletir os custos de produção na venda ao público”.

“As margens brutais são para quem vende”, criticou David Neves, avisando que o setor está a “caminho do colapso”, pondo em causa “empresas, famílias e muitos postos de trabalho”.

Por isso, apelou à redução dos “preços dos combustíveis”.

Na semana passada, a climatologista Vanda Cabrinha já tinha considerado que a situação de seca em Portugal, especialmente a Sul, começa a ser preocupante, salientando que ainda não chegou aos piores níveis dos últimos 20 anos para esta altura.

Em declarações à agência Lusa, a climatologista indicou, na altura, que a situação de seca “entre fraca e moderada” já se verificava no último trimestre de 2021 e que não há para já previsões de chuva significativa, pelo menos até ao fim de janeiro.

“É uma situação anormal para esta altura. Não está ao nível de uma seca como tivemos em 2005. Mas, se entre o final de janeiro e fevereiro não houver precipitação, a situação poderá agravar-se imenso”, referiu.

A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) alertou que, face à seca, toda a atividade de inverno está comprometida, destacando que a pecuária está a entrar em situação de “gravidade extrema”, pedindo a intervenção do Governo.

O presidente da CAP referiu que “toda a atividade de inverno está comprometida e a entrar em situação de gravidade extrema no que diz respeito à pecuária e às culturas de outono e inverno”.

Segundo este responsável, a seca começou por afetar a região Sul, mas, neste momento, já afeta praticamente todo o território.

Fonte: Agroportal

Marcas ou denominações de fantasia : Fim do período transitório (do Reg. 1924/2006)

O período transitório para as marcas ou denominações de fantasia que constituam alegações genéricas e que estavam em uso antes de 2005 terminou a 19 de janeiro de 2022, tal como determinado no n.º 2 do artigo 28.º do Regulamento (CE) n.º 1924/2006, relativo às alegações nutricionais e de saúde sobre os alimentos.

Os produtos que ostentavam marcas comerciais ou nomes de marcas registadas antes de 1 de janeiro de 2005, que não cumpriam o Regulamento sobre alegações (CE) nº 1924/2006, puderam ser comercializados até essa data. 

Após 19/01/2022:

Como o período de transição terminou, todos os produtos no mercado (incluindo os vendidos através da Internet) devem cumprir o Regulamento (CE) n.º 1924/2006.

O produto com uma marca ainda que registada ou denominação comercial que possa ser considerada uma alegação de saúde genérica ou não específica, apenas pode continuar no mercado se ostentar uma alegação nutricional ou de saúde autorizada, que a suporte.

Fonte: DGAV

Mais de 70 grandes empresas internacionais apresentaram uma petição às Nações Unidas (ONU) para assinarem um tratado contra o uso poluente de plásticos.

O acordo, que já foi assinado por dois terços dos países membros da ONU, exige regras juridicamente vinculativas.

É crucial estabelecer um novo tratado da ONU para que os países iniciem a transição para uma economia sustentável”, refere o documento apresentado à instituição.

3 aspetos fundamentais

O tratado exigido pelas empresas participantes implicaria três aspetos fundamentais: a implementação de políticas de redução da utilização de plásticos virgens, o estabelecimento de uma abordagem internacional comum para resolver o problema da poluição por plásticos e a criação de uma estrutura governamental que garanta a participação dos países membros para estes objetivos.

Este último ponto “facilitaria os investimentos para implementar a inovação, as infraestruturas e os instrumentos necessários nos países e indústrias mais necessitadas de apoio internacional“.

A petição é apresentada à ONU nas vésperas da Assembleia do Ambiente das Nações Unidas (UNEA 5.2), que decorrerá entre 28 de fevereiro e 2 de março em Nairobi, no Quénia. Este evento, em que todos os países membros se vão reunir, é “decisivo para virar a roda na crise da poluição por plásticos“, declaram as 70 empresas no manifesto conjunto.

Fonte: Grande Consumo

O confinamento obrigatório e as medidas implementadas por toda a Europa, resultantes da COVID-19, acabaram por reduzir os níveis de poluição do ar e, consequentemente, salvar vidas relativamente a este risco. O fecho das escolas e dos escritórios, o cancelamento dos eventos públicos e as restrições no movimento das pessoas dentro do próprio país, trouxeram benefícios para o ar.

Um estudo, liderado pela London School of Hygiene & Tropical Medicine (LSHTM), analisou as medidas implementadas em 47 países europeus durante a primeira vaga de COVID-19, e as mudanças ocorridas nos níveis de quatro poluentes – dióxido de azoto (NO2), ozono (O3), partículas PM2.5 e partículas PM10. No geral, foram evitadas mais de 800 mortes, 486 mortes por NO2, 175 mortes por PM2.5, 134 mortes por PM10 e 37 mortes por O3, em contraste com 2.573, 5.190, 2.441 e 2.186 mortes, respetivamente, esperadas num cenário normal durante o mesmo período de tempo. As cidades de Paris, Barcelona, Milão e Londres estão entre as principais cidades onde estas mortes foram poupadas.

Os resultados demonstraram que os níveis de NO2 tiveram a maior redução, sendo esta superior a 50% em cidades como Lisboa (Portugal), Madrid (Espanha), Paris, Lyon (França), Roma, Milão e Turim (Itália).

Em Portugal, esta diferença foi de cerca de 88 mortes por, a maior parte por NO2 (18.9), seguindo-se a poluição por PM2.5 (11.4) e PM10 (10.6).

“O confinamento durante a primeira onda da pandemia de COVID-19 criou imensos custos sociais e de saúde, no entanto, ofereceu condições únicas para investigar possíveis efeitos resultantes de rigorosas políticas para reduzir os níveis de poluição nas áreas urbanas”, explica Antonio Gasparrini, um dos autores do estudo. “Esta informação pode ser relevante para criar políticas eficientes para enfrentar o problema da poluição nas nossas cidades”.

Fonte: Greensavers