O Rothamsted Research, Instituição de investigação agrícola do Reino Unido, está a desenvolver um projeto no qual se procura criar novas variedades de arroz que necessitam de menos água na sua produção.
A investigação, realizada em parceria com o International Rice Research Institute e a Punjab Agricultural University, na Índia, utiliza um sistema de Design Science Research para que as sementes se desenvolvam rapidamente.
O principal objetivo desta inovação é permitir a continuação da produção do cereal, mesmo sob os efeitos das alterações climáticas. Em simultâneo, procura-se garantir que as populações mais pobres consigam manter o seu cultivo em regiões onde a precipitação e os solos começam a sofrer mudanças.
Smita Kurup, líder do projeto, acrescenta em comunicado “Assim que as desenvolvermos [as variedades de arroz], iremos avaliar o seu desempenho no campo em várias localidades. No fim, as linhagens mais promissoras serão indicadas para trilhos na Ásia antes de serem dadas aos agricultores”.
Fonte: Greensavers
As previsões agrícolas do Instituto Nacional e Estatísticas (INE), no Boletim Mensal de Agriculturas e Pescas, apontam para uma quebra de 25% na produção da azeitona, face à campanha anterior. “A precipitação de outubro e novembro, próxima do final do ciclo produtivo dos olivais, ainda possibilitou uma recuperação em muitos olivais tradicionais de sequeiro, em particular no interior Norte”, revela o Boletim.
Quanto aos cereais, as previsões apontam que a área semeada de trigo mole, triticale, centeio e aveia vai ser semelhante à da campanha anterior. No trigo duro está prevista a redução de 5%.
No setor da pecuária, o peso limpo total de gado abatido e aprovado para consumo aumentou em novembro de 2020 (2,9% em relação a 2019). Também nas aves e coelhos existiu um crescimento (3,2% face a 2019). O volume de frango diminuiu 7,5%.
Já a produção de ovos de galinha para consumo registou um acréscimo de 8,1%. Foi recolhido mais leite (1,0%), apesar do decréscimo nos produtos lácteos (0,8%).
Em dezembro de 2020, as variações mais significativas, em módulo, no índice de preços de produtos agrícolas no produtor foram observadas na batata (+37,9%), frutos (+18,6%), azeite a granel (+18,2%), suínos (-24,4%), ovos (-16,8%) e hortícolas frescos (-14,7%).
Fonte: Agroportal
O governo mexicano vai deixar de conceder licenças para a produção de milho geneticamente modificado (GM) e até 2024 vai suspender as importações e o uso de glifosato.
Através de um decreto recente, o governo impôs o “cancelamento de licenças para a libertação de sementes de milho geneticamente modificadas (GM) no meio ambiente.” na noite de quinta-feira, que também determinou a eliminação progressiva das importações de milho transgênico até 2024.
Produtores convencionais mexicanos contestam a revogação da licença, alegando que irá limitar as opções dos agricultores no País e colocá-los em desvantagem relativamente aos concorrentes norte-americanos, e alertam que a suspensão das importações poderá ser um risco para a cadeia alimentar.
A porta-voz do Conselho Nacional de Produtores do México, Laura Tamayo, garante que “a importação de grãos geneticamente modificados dos EUA é essencial para muitos produtos da cadeia agroalimentar.” O México é autossuficiente em milho branco (usado para fazer as tortilhas no País), mas depende das importações de milho amarelo GM dos EUA para uso pecuário.
Segundo uma notícia na Reuters, “não está claro se o decreto eliminará gradualmente a importação de milho GM para alimentação animal ou se as regras irão abranger apenas o milho cultivado para consumo humano.” O que o decreto estipula claramente é a eliminação progressiva do uso de glifosato até 2024.
Fonte: CiB - Centro de Informação de Biotecnologia
Novos estudos estimam que existam 14 milhões de toneladas de microplásticos no fundo do mar.
Os microplásticos são um problema crescente nos oceanos, e perceber a quantidade que existe e a forma como lá vão parar é crucial para combater esta ameaça.
Um novo estudo da Organização de Pesquisa Científica e Industrial da Commonwealth (CSIRO), publicado na Frontiers, estima que existam 14 milhões de toneladas de microplásticos no fundo do oceano. Para a sua investigação, a equipa analisou núcleos de sedimentos de seis locais diferentes na Grande Baía Australiana, a uma profundidade entre 1655 e 3062 metros, e até 356 quilómetros de distância da costa, resultando num total de 51 amostras para análise no laboratório. O grupo descobriu que a quantidade de plástico que flutua na superfície tem uma grande influência na que vai parar ao fundo do mar.
A equipa recolheu amostras de sedimentos do fundo do mar na Antártida e nas Ilhas Geórgia do Sul e Sandwich: foram descobertos em grande maioria fragmentos de poliéster, polipropileno e poliestireno. Apesar de a Antártida ser uma região remota do planeta, acredita-se que este tipo de materiais tenham lá chegado através de correntes marítimas ou por atividades como a pesca. Os cientistas afirmam que os valores foram muito altos em comparação a ecossistemas menos remotos, o que sugere que a poluição por microplásticos no Oceano Antártico seja maior do que se pensava. “A nossa investigação demonstra que não importa o quão remoto um ecossistema ameaçam a vida nos oceanos seja, ainda assim ele vai mostrar artefactos da influência humana. Temos despejado plástico nos oceanos há cerca de 70 anos, então, em retrospetiva, isto pode não ser muito surpreendente.
O que é surpreendente é que os níveis deste tipo de poluição são comparáveis a regiões moderadamente ou altamente poluídas dos oceanos do mundo”, afirma Eoghan Cunningham, da Queen’s University Belfast. As correntes oceânicas no fundo do mar estão a criar pontos de concentração de microplásticos que abrigam cerca de 1,9 milhões de pequenos pedaços de detritos por metro quadrado. Os investigadores acreditam que as correntes lentas, que fornecem oxigénio e nutrientes para as criaturas do fundo do mar, estão a direcionar o fluxo de plásticos para essas áreas, resultando nos chamados “trechos de lixo” nas profundezas do oceano.
Os especialistas temem que as concentrações de microplásticos tóxicos nessas áreas aumentem o risco de ingestão pela vida selvagem, mas esperam que as suas descobertas ajudem a direcionar a pesquisa sobre o impacto dos microplásticos na vida marinha. Florian Pohl, do Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Durham, disse: “É lamentável, mas o plástico tornou- -se um tipo de partícula de sedimento distribuída pelo fundo do mar junto com areia, lama e nutrientes. Assim, processos de transporte de sedimentos, como correntes no fundo do mar, concentrarão partículas de plástico em certos locais no fundo do mar, conforme demonstrado pela nossa pesquisa.”
Mais de 10 milhões de toneladas de resíduos plásticos entram nos oceanos a cada ano, mas o plástico que flutua na superfície do mar representa apenas um por cento. Pensa-se que o resto esteja presente no oceano profundo, mas até agora não se sabe onde os detritos acabaram. Os microplásticos são pequenos pedaços de fibras e plástico com menos de 5 mm de comprimento. Estes microplásticos provêm das fibras de têxteis e roupas que são pequenas o suficiente para passar pelos sistemas de filtro nas estações de tratamento de águas residuais domésticas, bem como redes de pesca e outras fontes, como indústrias de transporte e petróleo e gás.
No oceano, estas partículas de grão fino são transportadas por correntes poderosas para o fundo do oceano, resultando em grandes acúmulos de sedimentos chamados desvios de contornos. “Os resultados destacam a necessidade de intervenções políticas para limitar o fluxo futuro de plásticos para ambientes naturais e minimizar os impactos nos ecossistemas oceânicos”, afirmaram.
Fonte: Greensavers
Depois de ouvir um painel de especialistas em Dezembro de 2010, o ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar japonês decidiu autorizar a comercialização de uma variedade de tomate geneticamente editada. Será o primeiro alimento GM à venda no Japão.
Os cientistas levaram 15 anos a desenvolver este alimento de valor acrescentado, que apresenta cinco vezes mais GABA (aminoácido associado à redução da pressão arterial) que o fruto convencional.
Desenvolvida por uma start-up sediada em Tóquio, esta variedade de tomate GM irá demorar um ano a chegar ao mercado e será o primeiro alimento com o genoma editado à venda no Japão.
Esta aprovação representa “um grande passo em frente no melhoramento vegetal no Japão”, afirmou Takashi Yamamoto, professor da Universidade de Hiroshima e presidente da Sociedade Japonesa de Edição de Genomas.
Outros projetos relacionados com a edição de genomas estão em curso no Japão para desenvolver plantas de arroz mais produtivas, ovos hipoalergénicos e douradas maiores.
Super eficientes, com uma alta precisão e resultados rápidos, as tecnologias de edição de genomas permitem alterar genes e dotá-los das características desejadas. Têm sido utilizadas não só no melhoramento vegetal e proteção das culturas agrícolas como também no desenvolvimento de medicamentos.
Mais informações aqui.
Fonte: CiB - Centro de Informação de Biotecnologia
Os acordos comerciais concluídos ou em negociação pela União Europeia (UE) deverão ter um impacto positivo até mil milhões de euros na balança comercial agroalimentar em 2030, segundo um estudo da Comissão Europeia hoje publicado.
O estudo conclui que a aplicação acumulada dos 12 acordos de livre comércio (ALC) resultaria, em 2030, num aumento tanto das exportações como das importações agroalimentares da UE, com um crescimento ligeiramente superior das exportações.
Segundo um comunicado, isto aumentaria ainda mais a balança comercial agroalimentar positiva líquida da UE – já projetada para permanecer largamente positiva em 2030 – em entre 800 milhões de euros e mil milhões de euros, dependendo do cenário considerado (conservador ou ambicioso).
Além disso, os impactos na produção e nos preços ao produtor permaneceriam moderados, ou seja, as exportações agroalimentares da UE aumentariam de 2,8% a 3,3% em comparação com o cenário sem ALC, uma subida de 4,7 a 5,5 mil milhões de euros.
O estudo do Centro Comum de Investigação (JRC, na sigla inglesa) centra-se em 12 acordos comerciais, dos quais três já entraram em vigor (Canadá, Japão e Vietname), outros dois têm as suas negociações já concluídas (México e Mercosul) e os restantes estão em negociação ou fazem parte da agenda comercial da UE (Chile, Austrália, Nova Zelândia, Indonésia, Malásia, Filipinas e Tailândia).
No estudo do JRC foram considerados dois cenários, conservador e ambicioso, que diferem em termos dos pressupostos no que respeita à percentagem de linhas tarifárias que serão totalmente liberalizadas ao abrigo dos acordos (97% e 98,5% no cenário conservador e ambicioso, respetivamente) e a dimensão do corte tarifário para os produtos sensíveis, não liberalizados (25% e 50% no cenário conservador e ambicioso, respetivamente).
Isto corresponde ao aumento total das exportações agroalimentares da UE em 4,7 mil milhões de euros (conservador) e em 5,5 mil milhões de euros (ambicioso), e das importações agroalimentares totais em 3,7 mil milhões de euros (conservador) e 4,7 mil milhões de euros (ambicioso).
Para os acordos comerciais ainda não concluídos, os dois cenários baseiam-se numa liberalização tarifária total para uma grande maioria dos produtos e num corte parcial para as poucas linhas restantes, que representam os produtos sensíveis.
Para as negociações concluídas (Canadá, Japão, Vietname, México, Mercosul), o acordo foi modelado de acordo com o resultado negociado em ambos os cenários.
Para ambos os cenários, os resultados mostram um impacto positivo na balança comercial agroalimentar da UE até 2030.
Enquanto os parceiros comerciais da UE ganham acesso ao mercado da UE, também permite que as exportações da UE cresçam significativamente num horizonte de dez anos.
Fonte: Agroportal
Nesta calculadora digital pode perceber se está a consumir de forma sustentável, saudável e na quantidade certa.
Acabou de ser lançada a FishChoice, uma nova ferramenta que informa os utilizadores acerca do seu consumo de pescado. A calculadora digital foi criada no âmbito do projeto ECsafeSEAFOOD, coordenado pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
A FishChoice vai ajudá-lo a perceber se está a consumir pescado de forma sustentável, saudável e na quantidade certa. Entre outras informações, aponta também os benefícios e os riscos associados dependendo dos nutrientes e dos contaminantes consumidos, de acordo com a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos.
De momento ainda está a ser desenvolvida uma aplicação móvel que segundo o IPMA, estará disponível em março.
Fonte: Greensavers
A Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, anunciou na passada quarta-feira no Parlamento que serão lançados apoios à produção fotovoltaica para autoconsumo em explorações agrícolas e a promoção de comunidades energéticas, nomeadamente, nos sistemas coletivos de regadio.
“Mais do que subsidiar os fatores de produção, aquilo que queremos é uma política que baixe os custos de produção, nomeadamente tendo em conta a eficiência energética e a produção para autoconsumo”, afirmou a Ministra.
A medida foi anunciada após a intervenção do deputado João Miguel Nicolau, que referiu a “necessidade de coerência na adoção de uma política energética”, lembrando que “a aprovação do regime, em 2020, da eletricidade verde representa uma ajuda à redução de custos de produção”, mas que “são ainda necessárias medidas de redução de consumos”.
A Comissão autorizou cinco produtos agrícolas geneticamente modificados (três variedades de milho e duas de soja) e renovou a autorização de três variedades de milho utilizadas na alimentação humana e animal.
Todos estes OGM passaram por um procedimento de autorização abrangente e rigoroso, incluindo uma avaliação científica favorável pela Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA). As decisões de autorização não abrangem o cultivo. A votação dos Estados-Membros no seio do Comité Permanente não alcançou uma maioria qualificada, nem a favor nem contra as autorizações.
O mesmo se verificou no Comité de Recurso subsequente. Por conseguinte, a Comissão Europeia tem a obrigação legal de proceder às autorizações. As autorizações são válidas por 10 anos e qualquer produto obtido a partir destes OGM estará sujeito às regras rigorosas da UE em matéria de rotulagem e rastreabilidade.
Pode consultar os diplomas na sua página Qualfood.
Fonte: Rapid - Boletim Informativo da UE
A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) defendeu esta quarta-feira a revogação da proibição da venda no ‘take away’ de qualquer tipo de bebidas, alertando que o que se pretende impedir é o consumo junto aos estabelecimentos.
A AHRESP considera que “a venda de bebidas propriamente dita não representa qualquer risco acrescido”, defendendo que “seja revogada esta medida, uma vez que o que se quer prevenir é o consumo de produtos à porta do estabelecimento ou nas suas imediações, e não a venda, que apenas vai prejudicar a já difícil situação dos estabelecimentos”.
Esta questão “assume maior relevância nos estabelecimentos que funcionam com menus, com bebida muitas vezes incluída no preço”, diz a AHRESP, adiantando que “está a questionar a tutela sobre esta e outras questões que estão a levantar muitas dúvidas“.
As vendas ao postigo nas lojas do ramo não alimentar e de bebidas, incluindo café, nos estabelecimentos do ramo alimentar foram proibidas, mesmo nos que estão autorizados a vender em ‘take-away’, anunciou o primeiro-ministro, na segunda-feira.
Estas novas restrições foram conhecidas no final de um Conselho de Ministros extraordinário em que o Governo aprovou novas medidas relacionadas com o confinamento geral que entrou em vigor às 00h00 da passada sexta-feira.
O primeiro-ministro referiu que três dias “é um período curto para avaliar as medidas adotadas”, mas sublinhou que os dados disponíveis apontam para a necessidade de “clarificar normas que tem sido objeto de abuso”, ou alargar “o quadro de restrições”, aprovadas na semana passada.
Neste contexto, passa a ser proibida a venda ou entrega ao postigo em qualquer estabelecimento do ramo não alimentar, como lojas de vestuário, bem como a venda ou entrega ao postigo de “qualquer tipo de bebidas, incluindo cafés”, sendo esta proibição extensível aos estabelecimentos autorizados a praticar ‘take-away’.
O Governo decidiu também proibir a permanência e consumo de bens alimentares à porta ou nas imediações dos estabelecimentos do ramo alimentar e encerrar todos os espaços de restauração em centros comerciais mesmo no regime de ‘take-away’.
Fonte: Observador
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