As catástrofes ambientais e as temperaturas extremas criam frequentemente uma cascata de complicações inesperadas, incluindo inundações, cortes de energia, danos provocados por bolor, bem como riscos para a saúde, como insolação, desidratação e complicações respiratórias e cardíacas no caso de ondas de calor e baixa humidade. No entanto, existe também um maior risco de intoxicação alimentar em situações climatéricas extremas.
De acordo com os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, existe a possibilidade de um aumento de doenças de origem alimentar, produzidas por bactérias como a Salmonella e a E. coli, após catástrofes naturais, quando é afetado o armazenamento refrigerado. Além disso, o calor também pode facilitar a proliferação de bactérias e fungos nos alimentos, o que torna a refrigeração adequada dos alimentos ainda mais essencial.
Manter a porta do frigorífico fechada
Em condições normais, o seu frigorífico deve ser mantido a 4°C ou menos, e o congelador a -18°C ou menos, de acordo com o CDC. Quando falta a eletricidade devido a uma tempestade, é uma corrida contra o tempo para garantir que os alimentos não se estragam.
“As bactérias multiplicam-se rapidamente entre temperaturas de 40 graus Fahrenheit (4°C) e 140 graus Fahrenheit (60°C)”, afirma Leana Wen, especialista em saúde da CNN.
“Normalmente, os frigoríficos conseguem manter os alimentos frios se a energia for desligada durante menos de quatro horas e a porta não for aberta.”
Para se certificar de que tem a temperatura certa, o CDC sugere a compra de um termómetro alimentar.
Os congeladores podem dar-lhe mais tempo
Os alimentos armazenados num congelador a -18°C podem ser recongelados ou cozinhados em segurança, desde que a temperatura não suba acima da marca crítica de 4°C, de acordo com o CDC.
Uma vez cortada a eletricidade, um congelador cheio pode manter uma temperatura segura até 48 horas com a porta fechada. Mas se estiver meio cheio, esse tempo pode ser reduzido para 24 horas - mais uma vez, apenas se a porta permanecer fechada. Por esta razão, os especialistas sugerem que se minimize qualquer atividade que envolva o frigorífico.
Algumas pessoas podem recorrer (erradamente) a colocar mais artigos no congelador para poupar tempo. Bill Marler, um advogado de segurança alimentar em Seattle, diz que há alguns fatores a considerar.
“Se o fizer, está essencialmente a adicionar alimentos mais quentes a um ambiente frio, como se estivesse a colocar alimentos quentes no frigorífico”, diz o especialista à CNN. “Isto irá aumentar a temperatura de todo o congelador e reduzir o tempo que os alimentos podem permanecer seguros”.
Para saber quando tudo está perdido, o CDC e outros especialistas em alimentos seguem um ditado simples: “Quando em dúvida, deite fora”.
Alguns alimentos apresentam riscos diferentes
Os alimentos pré-embalados e prontos a comer podem representar um problema particular quando se considera a segurança alimentar.
“Coisas como refeições de charcutaria, charcutaria, salsichas e até mesmo alguns tipos de queijos de pasta mole armazenados incorretamente podem estar ligados à Listeria (bactéria)”, diz Marler.
“Os legumes e a fruta podem ser um pouco mais fáceis, porque nos dizem quando não estão bons para comer. Mas com alguns alimentos prontos a consumir, pode ser mais difícil de perceber.”
O especialista aconselha as pessoas a evitarem a contaminação cruzada. “Não deixe que o líquido das salsichas contamine outros alimentos e guarde as carnes - mesmo as cozinhadas - separadamente das frutas, legumes e afins.”
Manter os alimentos separados é uma prática que deve começar no supermercado, de acordo com o CDC. Também devem ser mantidos em áreas separadas quando no frigorífico, independentemente das condições climatéricas.
Cozinhado não é sinónimo de seguro
Enquanto produtos como leite e carne crua são as primeiras coisas a considerar ao esvaziar um frigorífico muito quente no caso de uma queda de energia, Wen disse que é importante não esquecer os alimentos cozidos.
“Os alimentos cozinhados não devem ser deixados à temperatura ambiente durante mais de duas horas. Os restos de comida que não possam ser mantidos a uma temperatura de 40 graus Fahrenheit (4°C) ou menos devem ser deitados fora”, afirma.
O CDC também tem uma tabela útil sobre o tempo que os alimentos podem permanecer frescos num frigorífico em funcionamento, quer esteja aberto ou fechado.
As pessoas com doenças pré-existentes devem ser mais cuidadosas
Os efeitos das doenças de origem alimentar podem variar desde um ligeiro desconforto até complicações potencialmente fatais. De acordo com o CDC, as pessoas com doenças pré-existentes podem correr um maior risco de contrair doenças graves.
“Varia de acordo com o tipo de contaminação, mas as mulheres grávidas, as pessoas muito jovens e muito idosas e as pessoas com o sistema imunitário comprometido correm maior risco de contrair doenças graves, como a provocada pela Listeria, que pode ocorrer devido a um manuseamento ou armazenamento inadequado dos alimentos”, afirma Marler.
Se pertence a um destes grupos de alto risco, o CDC recomenda que preste especial atenção aos procedimentos de segurança alimentar quando compra, prepara, cozinha e armazena os seus alimentos.
Fonte: CNN Brasil
Face à constante procura por parte dos consumidores de produtos biológicos, a ASAE no âmbito das suas competências de fiscalização em toda a cadeia de valor alimentar, procedeu à realização de várias ações a nível nacional, na vertente in situ como online, em várias atividades económicas relacionadas com a produção biológica de alimentos ou a sua utilização, designadamente distribuidores, grossistas, retalhistas, mercados, estabelecimentos de restauração, entre outros.
Como balanço da operação, foram fiscalizados cerca de uma centena de operadores económicos que tiveram como principal objetivo a verificação das informações constantes da rotulagem dos produtos com menções relativas a produção biológica e a verificação do cumprimento dos requisitos legais, essencialmente ao nível da rotulagem e informação ao consumidor, bem como a segurança dos géneros alimentícios, tendo sido instaurados 7 processos de contraordenação.
A ASAE manterá a sua atuação de forma a garantir a defesa do consumidor bem como a leal concorrência entre os operadores económicos.
Fonte: ASAE
Dos fumados “carcinogénicos” ao infame óleo de palma, dos misteriosos “açúcares adicionados” ao temível sal, a comida de hoje mais parece um inimigo do qual temos de nos defender do que um dos grandes prazeres da vida. “Graças ao marketing hiperagressivo e aos muitos arautos da desgraça que usam as redes sociais para espalhar informações alarmistas sem base científica, quantos mais alimentos temos ao nosso dispor, mais eles nos causam ansiedade e desconfiança. ‘Isto faz bem ou faz mal, sim ou não?’, é a pergunta que todos nós fazemos sempre que nos põem um prato à frente”. É desta forma que lemos um excerto da recensão ao livro Posso comer ou faz-me mal? - Manual de autodefesa alimentar (edição Contraponto), assinado pelo químico italiano Dario Bressanini.
Nas mais de 300 páginas do presente título, o autor propõe-nos um caminho de descoberta, o de compreendermos como é, de facto, feita a investigação científica para sermos capazes de distinguir a ciência da aldrabice.
Dario Bressanini, grande comunicador de ciência, ajuda-nos a evitar cair nas armadilhas da publicidade, do marketing e dos mitos mirabolantes, como o do chocolate que emagrece (e que também ajuda a ganhar prémios Nobel), o açúcar dietético. O autor desconstrói muitos dos nossos maiores medos em relação à comida, para que possamos fazer escolhas alimentares mais sensatas e saudáveis sem perdemos o sono e a tranquilidade.
Sobre o livro, escreve na introdução que lhe fez a professora catedrática da NOVA Medical School Conceição Calhau: “Atente-se ao capítulo dedicado ao sal rosa dos Himalaias (...) Nele, o autor apresenta a combinação perfeita do pormenor químico com o maior rigor científico e humor, ao surpreender o leitor com a explicação para a cor do sal e o seu pseudointeresse enquanto alegada fonte de ferro”.
Do livro, publicamos o excerto abaixo:
De há alguns anos para cá, explodiu a moda dos adoçantes “naturais”. Na era da demonização da sacarose, o açúcar de mesa comum, sentimo‑nos agora culpados por comer doces e não queremos ver a palavra açúcar num rótulo. Se, por vezes, como vimos, é possível camuflá‑lo sob a forma de extratos açucarados de fruta, outras vezes, é necessária uma estratégia diferente. Assim, as prateleiras dos supermercados, e mais ainda as das lojas especializadas, enchem‑se de xaropes e açúcares de vários tipos, desde o xarope de ácer ao xarope de agave, do açúcar de coco ao açúcar de palma, passando pelos maltes de todos os tipos. Todos mais ou menos promovidos e publicitados com uma aura de naturalidade que leva muitas pessoas a utilizá‑los, não pelo seu sabor, muitas vezes complexo e maravilhosamente aromático, ao contrário da sacarose comum, mas porque são supostamente “mais saudáveis”. É o que dão a entender os vários gurus da saúde na Internet. Poucos sabem, no entanto, o que contêm.
Nos países tropicais, existem várias palmeiras com um néctar de elevado teor de açúcar. Algumas palmeiras sacarinas, como a Arenga pinnata e a Borassus flabellifer, são utilizadas há séculos pelas populações locais para produzir açúcar. A inflorescência masculina é cortada e um líquido adocicado rico em sacarose é recolhido diariamente num recipiente. É possível recolher entre 5 a 30 litros de líquido por dia num período de vários meses. O néctar é, então, levado à ebulição em grandes panelas de ferro postas ao lume e concentrado até se tornar um xarope muito espesso. É vendido tal e qual, por vezes denominado “mel de palma», ou ainda concentrado para ser vertido em moldes onde solidifica.
Um produto que a indústria dos produtos saudáveis pôs recentemente nos mercados ocidentais e que está a ter grande sucesso é o chamado açúcar de coco. A fonte do néctar, neste caso, é o coqueiro (Cocos nucifera). Esta planta tem sido tradicionalmente utilizada para produzir cocos para serem vendidos frescos, ou para serem transformados em farinha, ou ainda para serem utilizados na produção de óleo de coco. Nos últimos anos, devido à procura no mercado ocidental de açúcares considerados mais naturais, algumas plantações de coco, especialmente na Indonésia e nas Filipinas, converteram‑se à produção de açúcar. Mais uma vez, o néctar é extraído da inflorescência e levado à ebulição para ficar concentrado. Uma palmeira pode produzir até 50 quilos de açúcar por ano.
O néctar de todas estas palmeiras é rico em sacarose, cerca de 15%. Assim que o néctar começa a sair, é atacado por bactérias e leveduras, que começam a produzir enzimas que convertem parcialmente a sacarose em glicose e frutose. A fermentação tem de ser mantida sob controlo com agentes antimicrobianos e conservantes, caso contrário deixará de ser possível obter açúcar sólido de boa qualidade. Durante a fervura, que pode durar várias horas, parte da glicose e da frutose, geradas pela divisão da sacarose, reage com as impurezas proteicas presentes, formando os típicos produtos castanhos aromáticos da reação de Maillard, característicos de muitos xaropes deixados a ferver durante muito tempo.
Tanto o açúcar de coco como o açúcar de palma contêm cerca de 90 % de açúcar, 70‑80 % de sacarose, o resto de glicose e frutose, mais alguma água, ácidos orgânicos e os produtos aromáticos da reação de Maillard. Se as enzimas, durante o processo, não forem mantidas sob controlo, a quantidade de sacarose pode ser inferior e a percentagem de frutose pode aumentar. No final, estes produtos são apenas uma mistura de sacarose e frutose em percentagens variáveis, e não há qualquer razão para os revestir com a aura salutar que, muitas vezes, acompanha a sua descrição comercial.
Juntamente com os produtos sólidos, existem agora também muitos xaropes doces. Os mais populares são os de ácer e de agave. Em grande medida, as propriedades dos xaropes doces que encontramos no mercado podem ser reduzidas às propriedades dos açúcares simples neles dissolvidos. A maioria dos xaropes contém entre 70 e 80 % de açúcares, que geralmente são sempre os mesmos: sacarose, glicose e frutose. Muitos xaropes são coloridos e aromáticos porque também contêm pequenas quantidades de outras substâncias que conferem cores e aromas característicos. Estas substâncias, tal como os outros açúcares, são formadas durante o processamento, através do aquecimento do sumo dos vegetais a partir dos quais são feitos.
O xarope de ácer é o xarope clássico para as panquecas do pequeno‑almoço, que a Vovó Donalda fazia na banda desenhada e que agora também são populares entre nós. É produzido principalmente no Canadá, fazendo ferver durante muito tempo a seiva recolhida de certas espécies de áceres, como o bordo‑sacarino, o bordo‑preto e o bordo‑vermelho. O sumo é fervido para reduzir o teor de água e, durante o processamento, são produzidas as substâncias aromáticas características, bem como pequenas quantidades de glicose e frutose resultantes da divisão da sacarose. A seiva, um líquido límpido e quase insípido, tem um teor de sacarose de 2 a 5%. Uma vez que, por lei, o xarope de ácer deve ter um teor mínimo de 66% de açúcar, é necessário utilizar 15 a 30 litros de seiva recolhida da árvore para obter 1kg de xarope de ácer. Esta é uma das razões pelas quais o xarope de ácer é tão caro. Retirando a água, os açúcares presentes são 98% de sacarose, com vestígios de glicose e frutose.
O xarope de agave, também designado por “néctar de agave”, é obtido a partir de certas espécies de agave, nomeadamente a agave azul (Agave tequilana), também utilizado no México para a produção de tequila. O coração da planta é espremido para se obter a seiva que contém vários polissacáridos, sendo o principal a inulina, um polímero composto por frutose. O sumo é aquecido e as enzimas decompõem a inulina, produzindo frutose, o principal açúcar do xarope de agave. Dependendo do método de produção e da matéria‑prima, o xarope de agave pode ter um teor de frutose de 70 a 90% em relação aos açúcares totais presentes, uma concentração que o torna o xarope natural com maior teor de frutose.
No imaginário de alguns consumidores, todos estes xaropes aromáticos são vistos como naturais. E são, claro está, tal como a sacarose normal. Mas não deixa de ser irónico constatar que os sabores pelos quais são famosos e a sua coloração são o resultado do tratamento térmico industrial a que são submetidos.
Existem também outros xaropes, por exemplo, os de malte. O malte é o produto da germinação da semente de um cereal. Durante o processo de germinação, o amido presente na semente é parcialmente transformado em açúcares. A partir do grão germinado obtém‑se uma farinha, chamada farinha de malte, ou pode‑se adicionar água e, após uma filtragem, obter uma solução sacarina que, quando devidamente concentrada, dá origem ao xarope de malte. Todos os grãos de cereais, como a cevada, o trigo ou o milho, são ricos em amido e podem ser utilizados para produzir o malte, mas este é frequentemente obtido a partir da cevada, em parte porque é o ponto de partida para a produção de cerveja. O xarope de malte é rico em dissacárido maltose, um açúcar simples constituído por duas moléculas de glicose, e tem um sabor característico. É adicionado aos produtos de pastelaria porque a maltose tem muitas propriedades semelhantes às da glicose, incluindo a capacidade de participar na reação de Maillard e, por conseguinte, de dourar e acastanhar, ao contrário da sacarose.
Todos os açúcares considerados alternativos que vimos contêm vestígios de outras substâncias, como o cálcio e o potássio. No entanto, estes encontram‑se em quantidades extremamente baixas pelo que não têm qualquer importância do ponto de vista nutricional, dadas as pequenas quantidades de açúcares que utilizamos.
Então, porque é que são tão populares ultimamente? Os aromas maravilhosos e os sabores complexos. Claro. Mas quanto às suas propriedades nutricionais, bem, são equivalentes às habituais sacarose, glicose e frutose, e é desonesto sugerir que são, de alguma forma, “mais saudáveis”. Vejo demasiadas páginas Web e revistas de bem‑estar ou de culinária a lançarem mão da naturalidade destes açúcares e xaropes, sem nunca fornecerem um pingo de provas científicas de que são efetivamente mais saudáveis. Porque não podem. Não são. Receitas de doces em que o açúcar de coco ou o xarope de agave são usados como desculpa para dar a falsa ilusão a quem os faz e come de que estão a cozinhar de forma “mais saudável”. Propor a utilização de malte de espelta ou de malte de arroz preto integral (ou arroz de Vénus), colhido por virgens em noites de lua cheia, serve apenas para aliviar a consciência, numa espécie de autoindulgência plenária para expiar pequenos‑almoços e lanches talvez demasiado doces e abundantes.
Consumidos em excesso, todos os açúcares, independentemente da sua origem e grau de refinamento, podem causar ou agravar problemas de saúde como a obesidade e a diabetes. No fundo, são apenas açúcares simples com aromas particulares, mas devem ser tratados como o açúcar de mesa normal: com moderação. Sempre.
Fonte: Sapo.pt
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) realizou, uma operação de fiscalização, de norte a sul do país, direcionada aos operadores económicos com instalações de talhos e estabelecimentos de retalho com secção de talho, no sentido de verificar os requisitos legais com especial destaque para o controlo de origem e rotulagem, conservação e exposição da carnes e produtos cárneos, bem como as condições higiénicas e sanitárias das instalações.
Como balanço da ação, assinala-se a fiscalização de 163 operadores económicos, tendo sido instaurados 30 processos de contraordenação, destacando-se como principais infrações, a distribuição, preparação e venda de carnes e seus produtos com desrespeito das normas higiénicas e técnicas aplicáveis, a falta de mera comunicação prévia, o incumprimento das regras aplicáveis ao controlo metrológico, entre outras.
Procedeu-se ainda à suspensão de atividade de um operador económico pelo incumprimento dos requisitos gerais e específicos de higiene e à apreensão de 770 Kg de carnes e produtos cárneos e ainda 5 instrumentos de pesagem (balanças), no valor total estimado de 15.750,00€.
No âmbito da investigação de evidências de incorporação de aditivos não autorizados em peças de carne destinada à venda como carne picada e utilização abusiva de aditivos em preparados de carne, foram ainda efetuadas colheitas de amostras para pesquisa de adição de sulfitos, as quais irão ser sujeitas às respetivas análises no Laboratório de Segurança Alimentar da ASAE.
A ASAE continuará a desenvolver ações de fiscalização, no âmbito das suas competências, em todo o território nacional, em prol de uma sã e leal concorrência entre operadores económicos, na salvaguarda da segurança alimentar e saúde pública dos consumidores.
Fonte: ASAE
Um grupo de cinco idosos foi encaminhado para o Hospital de Setúbal com ferimentos leves, este sábado, depois de terem sofrido uma intoxicação alimentar no lar Residência Porto Salus, em Azeitão.
Não são conhecidas as causas da intoxicação alimentar. O alerta foi dado às 4h19.
Fonte: CMTV
A integração da Indústria 4.0 na cadeia de abastecimento alimentar, especificamente na logística e distribuição a temperatura controlada, está a transformar profundamente o setor. Esta mudança, impulsionada por tecnologias avançadas como a Internet das Coisas (IoT), a inteligência artificial (IA) e o big data, não só otimiza a eficiência operacional, como também redefine os padrões de qualidade, segurança e sustentabilidade na gestão de produtos perecíveis.
Monitorização com IoT
O uso de IoT permitiu um avanço significativo na cadeia de frio, proporcionando uma monitorização contínua, e em tempo real, de variáveis críticas como a temperatura e a humidade. Os sensores IoT instalados nos centros de armazenamento e nos veículos de transporte captam dados essenciais que são processados e analisados instantaneamente. Esta capacidade de monitorização hiper precisa permite detetar qualquer desvio dos parâmetros estabelecidos, o que é crucial para manter a integridade de produtos perecíveis como carne, peixe e lacticínios.
Além disso, a monitorização automatizada reduz a dependência da intervenção humana, minimizando erros e aumentando a fiabilidade do sistema. Esta automatização não só garante que os produtos se mantenham dentro dos intervalos de temperatura específicos, como também permite prever falhas nos sistemas de refrigeração, assegurando a continuidade da cadeia de frio sem interrupções.
Otimização com IA e big data
A inteligência artificial e a análise de big data estão a revolucionar a otimização logística na cadeia de frio. Algoritmos de aprendizagem automática analisam dados históricos e em tempo real para prever a procura, padrões de consumo e possíveis riscos na cadeia de abastecimento. Por exemplo, as rotas de distribuição podem ser ajustadas em tempo real para evitar congestionamentos de tráfego ou condições meteorológicas adversas, garantindo que os produtos cheguem nas melhores condições. Esta otimização não só melhora a eficiência operacional, como também reduz o desperdício de produtos e o consumo energético, o que é crucial num ambiente onde a sustentabilidade se tornou uma prioridade.
Rastreabilidade e cibersegurança
A rastreabilidade e a segurança dos dados são aspetos críticos na gestão da cadeia de frio. A tecnologia blockchain oferece uma solução para assegurar a integridade e transparência da informação ao longo de toda a cadeia de abastecimento. Cada transação e alteração de estado é registada de forma imutável e acessível, permitindo uma rastreabilidade completa desde a origem até ao consumidor final.
No entanto, esta digitalização também introduz desafios em termos de cibersegurança. A proteção de dados sensíveis e a segurança dos sistemas são fundamentais para prevenir brechas que poderiam comprometer tanto a segurança dos produtos como a confiança do consumidor. Por isso, o investimento em cibersegurança avançada é indispensável para garantir a resiliência da cadeia de frio.
A cadeia de frio 4.0
A adoção da indústria 4.0 na cadeia de frio alimentar está a transformar a logística e distribuição a temperatura controlada, oferecendo melhorias significativas em eficiência, segurança e sustentabilidade.
No entanto, também levanta novos desafios, especialmente em termos de cibersegurança e da interoperabilidade de sistemas. As empresas do setor alimentar que adotarem estas tecnologias de forma estratégica estarão mais bem posicionadas para garantir a qualidade e segurança dos seus produtos num mercado global cada vez mais competitivo.
Fonte: iAlimentar
Os investigadores do Instituto Fraunhofer de Engenharia de Superfícies e Películas Finas IST e os parceiros do projeto BioPlas4Paper utilizaram um processo de revestimento (polimerização por plasma) para criar revestimentos de barreira repelentes de água e à base de plantas no papel, comprovando assim a resistência do papel aos efeitos do clima.
Segundo comunicado de imprensa, os “revestimentos à base de plantas para embalagens de papel poderão constituir uma alternativa sustentável no futuro” e contribuir para a redução dos resíduos de plástico, em particular embalagens, que geram volumes de resíduos particularmente elevados.
O papel, feito de matérias-primas renováveis, apresenta vantagens em relação ao plástico derivado do petróleo, porque se decompõe e não permanece no solo durante muitos anos.
No entanto, “o papel não revestido não oferece qualquer barreira à humidade ou ao oxigénio”, é “sensível à temperatura, reage fortemente à humidade e às bactérias e caracteriza-se por superfícies irregulares”.
Por este motivo os investigadores do Fraunhofer IST dedicam-se no projeto BioPlas4Paper a “explorar plenamente o potencial do material, melhorar as opções de reciclagem, substituir as embalagens de plástico e explorar novos domínios de aplicação”, para “melhorar a vida útil, a durabilidade e a qualidade dos produtos de papel”. O Fraunhofer IST trabalha, neste projeto, em estreita colaboração com a Universidade Técnica de Darmstadt e com o Instituto Thünen de Investigação da Madeira.
Os parceiros estão a concentrar-se em substâncias vegetais como o óleo de orégãos e de chia, bem como em material extrativo obtido a partir de cascas de árvores. Entre outras propriedades estas substâncias vegetais apresentam efeitos antibacterianos.
Polímeros de plasma de base biológica estabelecem ligações cruzadas com a superfície do papel
Os investigadores estão a utilizar “a tecnologia de plasma de pressão atmosférica, em que o gás é excitado com alta tensão sob pressão ambiente para gerar plasma, ou seja, uma mistura de partículas de iões, eletrões livres e, na maioria dos casos, átomos ou moléculas neutras.O processo provoca uma descarga entre os eléctrodos", explica Martin Bellmann, investigador do Fraunhofer IST em Braunschweig.
A adição de azoto converte as substâncias vegetais num aerossol que é introduzido no plasma como precursor orgânico vaporizado para formar redes de polímeros. “Os especialistas chamam a este processo, em que os precursores são ativados pelo plasma, polimerização por plasma”, explica o documento.
As partículas de tamanho micrométrico juntam-se para formar polímeros de plasma, as minúsculas gotículas também se ligam ao papel e espalham-se uniformemente sobre o substrato de papel em bruto, penetrando profundamente nos poros e fibras da superfície. “O plasma é essencial para tornar as moléculas das plantas reativas e permitir a sua ligação cruzada em polímeros”, explica Martin Bellmann.
Revestimentos hidrófobos feitos com azeite
Numerosos testes envolvendo uma vasta gama de óleos e extratos de plantas permitiram aos investigadores demonstrar que os materiais de base biológica podem ser separados ou depositados de forma reprodutível e homogénea utilizando plasma. É possível obter excelentes revestimentos hidrofóbicos com azeite e óleo de chia, por exemplo.
Dependendo dos precursores utilizados e dos parâmetros de revestimento, os investigadores podem influenciar e otimizar os revestimentos. O objetivo é preparar o papel para casos de utilização cada vez mais sofisticados e, no futuro, substituir mesmo os materiais plásticos. “Um exemplo são as caixas de transporte que, com os nossos revestimentos hidrofóbicos, podem suportar até mesmo longos períodos de chuva sem ficarem moles. O nosso objetivo é reduzir a dependência dos recursos fósseis e apoiar a transição para uma economia eficiente em termos de recursos”, afirma Martin Bellmann.
Fonte: iAlimentar
O dia 4 de outubro assinala o Dia Mundial do Animal, pelo que celebrar esta data é uma oportunidade para lembrar a importância de práticas responsáveis de cuidado animal, tanto de companhia como de produção, reforçar o papel da correta e responsável administração de medicamentos veterinários na saúde pública e chamar a atenção para questões cruciais como a sustentabilidade e a proteção ambiental.
Bem-Estar e Longevidade
É por isso que a APIFVET (Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica de Medicamentos Veterinários) sublinha o papel essencial que os cuidados preventivos desempenham na saúde animal. A vacinação, a desparasitação regular e outros tratamentos preventivos são fundamentais para garantir uma vida longa e saudável para os animais de companhia, bem como a segurança e a produtividade dos animais de produção.
“O investimento em prevenção é o caminho mais eficaz para garantir o bem-estar dos nossos animais, prevenindo doenças graves e aumentando a qualidade de vida”, afirma Jorge Moreira da Silva, Presidente da APIFVET. “Para além disso, estes cuidados são também uma barreira crucial na prevenção de doenças zoonóticas, que podem ser transmitidas entre animais e humanos, reforçando a importância do conceito de ‘One Health’”.
As doenças zoonóticas, que são transmitidas de animais para humanos, representam uma das maiores ameaças à saúde pública global. Exemplos conhecidos incluem a gripe aviária, a raiva, a leptospirose e a tuberculose bovina. A prevenção dessas doenças não é apenas essencial para proteger os animais, mas também para garantir a segurança e o bem-estar das populações humanas.
Sustentabilidade e Uso Responsável de Antibióticos
Em linha com o seu compromisso para com a saúde pública e ambiental, a APIFVET destaca ainda a importância do uso responsável de antibióticos em animais de produção e de companhia. A associação está na vanguarda dos esforços para combater a resistência antimicrobiana, promovendo a adoção de boas práticas que protejam tanto a saúde animal como a humana.
“É essencial que os antibióticos sejam usados de forma criteriosa, evitando a criação de resistências que podem ter um impacto devastador na saúde global”, alerta Jorge Moreira da Silva. “Além disso, estamos a trabalhar com os nossos parceiros para promover uma produção animal mais sustentável, que respeite tanto o bem-estar dos animais como o meio ambiente”.
Neste Dia Mundial do Animal, a APIFVET reitera a missão de garantir que a saúde animal é uma prioridade em Portugal, contribuindo para uma sociedade mais justa, saudável e sustentável.
Fonte: AgroPortal
Apesar de a União Europeia (UE) importar mais café do que produz, Portugal é um dos Estados-membros que se destaca pela positiva, uma vez que é o quinto maior produtor de café, descafeinado ou substitutos, como bebidas de cereais com café.
São quase 50 mil tonenalas por ano, mais precisamente 49.400 toneladas, portanto cerca de 2% da produção total da UE.
Atualmente, a produção de café vale cerca de 13 mil milhões de euros, de acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo Eurostat, no âmbito da comemoração do Dia Internacional do Café. A Bélgica (49.300 toneladas) e a Finlândia (42.400 toneladas) surgem logo depois de Portugal neste ranking, ambas também com 2%.
O pódio é ocupado pela Itália, com o maior número de café torrado em 2023 (556.500 toneladas ou 25% da produção total da UE), seguindo-se a maior economia europeia – a Alemanha (507.700 ou 22%) – e, por fim, a França (139.300 ou 6%). Os Países Baixos (124 600, 6%) ocupam a quarta posição da tabela onde o que se mede são os grãos torrados do cafeeiro.
No ano passado, a UE produziu mais de 2,3 milhões de toneladas de café, descafeinado ou torrado (incluindo substitutos), o que representa um aumento de 15% desde 2013.
Certo é que a UE, sem surpresas, ainda compra mais do que produz. Em 2023, importaram 2,7 milhões de toneladas de café a países terceiros, no valor de 10,6 mil milhões de euros, sobretudo ao Brasil e ao Vietname.
Embora a quantidade esteja em linha com a dos últimos 10 anos (em 2013 também eram 2,7 milhões de toneladas), o valor cresceu dos anteriores 7,3 mil milhões para os 10,6 mil milhões de euros.
Fonte: Jornal Económico
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), através da Unidade Regional do Sul – Unidade Operacional de Lisboa, realizou uma operação de fiscalização, no âmbito do combate a ilícitos criminais contra a saúde pública, dirigida a um estabelecimento de produção e distribuição de queijos, que se encontrava com a sua autorização de exercício de atividade suspensa, e em desobediência, manteve-se em funcionamento, no distrito de Setúbal.
Como balanço da ação, foi instaurado 1 processo-crime por desobediência, tendo sido ainda mantida a determinação de suspensão da atividade, face à ausência de Número de Controlo Veterinário, tratando-se de um requisito obrigatório para operadores com produção, transformação, distribuição e colocação no mercado de produtos de origem animal.
Foram ainda apreendidos 6.670 queijos, 12 bolas de requeijão, 120 Litros de soro e 380 Litros de leite cru de ovelha, tudo num valor total estimado de € 14.821,00.
A ASAE continuará a desenvolver ações de fiscalização, no âmbito das suas competências, em todo o território nacional, em prol de uma sã e leal concorrência entre operadores económicos, na salvaguarda da segurança alimentar e saúde pública dos consumidores.
Fonte: ASAE
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