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Para muitos, a primavera é sinónimo de limpezas, exterminando qualquer réstia de sujidade acumulada do inverno. Por esse motivo, a cozinha também deve ser higienizada de modo a manter os alimentos seguros. Desde esponjas até panos, é a divisão com um dos maiores níveis de contaminação da casa.

Quanto maior o nível de contaminação, maior a probabilidade de contaminação cruzada com os géneros alimentícios. Assim, neste processo de limpeza, além dos espaços usualmente negligenciados, também a banca e lavatórios, de uso frequente, devem ser higienizados.

O simples ato de manusear frango cru e pegar num recipiente de especiarias para temperar a carne e voltar a guardá-lo no armário tendo as mãos por lavar é uma prática pouco amiga da segurança alimentar.

Na renovação de hábitos de limpeza primaveris, recomenda-se a mudança das esponjas e panos de limpeza, objetos de alta absorção de contaminantes.

Relativamente ao lavatório, onde todo o tipo de líquidos são despejados, a probabilidade de dispersão de E. coli aumenta pelo que o combate a esta propagação passa por esfregar adequadamente as superfícies.

O frigorífico é outro local a ter em conta para efeitos de limpeza, além da manutenção de uma temperatura ótima de conservação dos alimentos.

A primeira sugestão passa por remover todos os alimentos do frigorífico e limpar todas as zonas necessárias, enquanto os alimentos perecíveis aguardam resguardados em gelo para regressar ao frigorífico.

Mais sugestões incluem a eliminação de produtos com data de validade expirada e a limpeza individual das gavetas da carne e vegetais com água quente.

Recomenda-se a limpeza imediata de líquidos, como leite entornado ou sumo de carne crua no frigorífico pois isto encoraja o crescimento de Listeria, por exemplo, que sobrevive em ambientes frios. Quando colocar carne no frigorífico envolva-a num saco descartável, pousado sobre um prato.

Também as luvas de forno devem ser alvo de limpeza uma vez que é possível a sobrevivência de microrganismos de crescimento lento nestas por serem lavadas com menos frequência a longo prazo.

Na iminência de alternativas aos sacos de plástico, surgem novos desafios de segurança alimentar. Se usa um saco de mercearias reutilizável, não se esqueça também de o limpar.

Com o início da primavera, surgem também os primeiros laivos de sol pelo que existe uma maior procura por churrascos. Evite tocar em carne crua e também que esta toque noutros equipamentos durante a sua preparação. Além disto, não use a mesma tábua da carne para cortar vegetais. Por fim, lave sempre as mãos.

A equipa Qualfood deseja uma excelente primavera aos seus utilizadores!

Fonte: Food Safety News

Enquanto as nações nórdicas atingiram um pico sazonal de campilobacteriose de meio até fim do verão, a maioria dos países Europeus sofreram um ligeiro aumento desta incidência no início do ano, de acordo com um estudo da Eurosurveillance.

Os investigadores examinaram a sazonalidade da campilobacteriose na Europa desde Janeiro de 2008 até Dezembro de 2016. Foram efetuadas possíveis associações com a temperatura e precipitação, além de uma comparação de resultados com estudos anteriores.

A infeção por Campylobacter é uma doença transmitida por alimentos contaminados de alta frequência na União Europeia. Esta causa mais de 200 mil casos anualmente e, devido à grande porção de casos não reportados, o número verdadeiro de casos pode aproximar-se dos 9 milhões.

Em termos do custo associado, estima-se que 2.4 biliões de euros sejam despendidos em saúde pública e perda de produtividade.

Em muitos países, a incidência de campilobacteriose acresce a meio do verão por fatores que contribuem para a alteração dos padrões de colonização em frangos, diferentes práticas de preparação de alimentos, transmissão via moscas e elevado consumo de fruta e salada.

Neste estudo, estabeleceram-se clusters padronizados desta doença, nomeadamente seis. Áustria, República Checa e Alemanha são o primeiro cluster, com um pico sazonal difuso que ocorre no fim de Julho e no meio de Junho.

Os clusters dois e três incluem Dinamarca, Suécia, Noruega e Finlândia e demonstraram atingir os seus picos de incidência em início de Agosto e fim de Julho.

A maioria dos países europeus estão no cluster quatro (França, Itália, Lituânia, Luxemburgo, Holanda e Eslovénia), cujo pico ocorre no meio de Junho.

No cluster cinco ficou o Reino Unido, Irlanda e os geograficamente separados Hungria e Eslováquia. O pico de incidência ocorreu no inicío do mesmo mês que o cluster quatro.

Por último, temos Espanha no cluster seis, sem nenhum pico distintivo, sendo constante ao longo do ano. As razões para isto podem dever-se à localização sul do país ou ao baixo número de casos reportados.

Portugal foi eliminado do estudo pelo critério de exclusão aplicado, que, neste caso, foi a ausência de casos de campilobacteriose durante mais de 10% das semanas do intervalo de tempo de estudo ou uma média semanal inferior a dez casos reportados.

As associações entre temperatura, precipitação e infeções por Campylobacterforam mais fortes nos países nórdicos do que nas nações europeias. Além disso, as conclusões apontam para associações mais significativas do ponto de vista estatístico entre campilobacteriose e temperatura do que a mesma doença e a precipitação.

Conheça aqui a versão completa do estudo descrito.

Fonte: Food Safety News

Uma empresa dinamarquesa desenvolveu uma enzima designada CHY-MAX ® Supreme para o aumento da rentabilidade na produção de queijo cheddar, continental e mozzarella.

A enzima permite os produtores de queijo rentabilizarem o leite e produzir mais queijo em menos tempo, sem comprometer a funcionalidade e sendo a sua utilização direcionada a queijos de origem bovina. Adicionalmente, pode ser empregue na produção de queijo com base em leite de cabra ou de búfala.

Trata-se de um coagulante inovador da família das quimosinas, envolvido na primeira etapa de fermentação do leite em queijo. O maior rendimento deve-se ao acumulo de maior teor de gordura no produto final.

Um aumento de 1% no rendimento global de produção na indústria do queijo significa mais 220 milhões de kg de produto final. Sem adicionar mais leite, esta quantidade é suficiente para colmatar a demanda anual de queijo de 15 milhões consumidores americanos.

Fonte: Food Navigator

A norma BRC Segurança Alimentar é uma ferramenta cada vez mais utilizada por empresas da indústria alimentar a nível internacional.

Esta têm por objetivo a gestão da segurança e qualidade dos produtos, assim como proporcionar certificados de excelência, elementos reveladores de compromisso perante os consumidores.

De acordo com as estatísticas da própria BRC, em 2018, auditaram-se mais de 9500 empresas na Europa com base na versão 7 da norma.

As principais não conformidades detetadas nas auditorias são atribuídas a deficiências de planificação de auditoria interna (Cláusula 3.4, 32.7%) e aspetos de manutenção e higiene (Cláusula 4.11, 30%), o que incluí a sua documentação.

No âmbito da mesma cláusula das auditorias internas, que devem ser efetuadas, no mínimo, quatro vezes durante o ano, refere-se ainda o estabelecimento de inspeções documentadas, tendo este requisito também sido alvo de não conformidade frequente.

De seguida, encontra-se o não cumprimento de requisitos relativamente à estruturação e localização das portas (Cláusula 4.4.9, 28%), a não revisão do diagrama de fluxo de HACCP (Claúsula 2.6, 23.6%), o estado das paredes (Claúsula 4.4.1, 20.9%), problemas de rastreabilidade (Clásula 3.9, 20%) e a ausência de procedimentos estipulados para a manipulação de vidro (Cláusula 4.9.3, 18,18%).

Por último, verificaram-se não conformidades ao nível do estabelecimento de objetivos pela alta gestão (Cláusula 1.1.2, 17,27%), a manutenção das instalações (Cláusula 4.7.3, 16.36%) e de equipas (Cláusula 4.7, 15,45%).

Fonte: Higiene Ambiental

A pedido da Comissão Europeia, o Painel de Aditivos e Produtos ou Substâncias usadas na Alimentação Animal da EFSA deliberou uma opinião científica sobre a segurança e eficácia do óleo essencial obtido de Origanum vulgare ssp. hirtum, aplicado em rações de espécies de aves.

Regulamento (CE) 1831/2003 e suas alterações, definem os aditivos autorizados destinados à alimentação animal. De acordo com esta legislação, o óleo vegetal obtido de O. vulgare L. já é permitido como aditivo alimentar, no entanto, discute-se agora a segurança e eficácia do seu óleo essencial da variante Origanum vulgare ssp. hirtum (Link).

O óleo essencial em análise é constituido por carvacrol (63%) e timol (7%), no entanto, os restantes 30% da sua composição são ainda desconhecidos pelo que impossibilita uma análise de risco adequada do aditivo para a espécie-alvo.

Considerando que o orégão e os seus extratos são universalmente reconhecidos pela sua função aromatizante em alimentos para humanos e tendo em conta que a mesma função na ração dos animais iria ser desempenhada, não são necessárias mais demonstrações de eficácia.

Além disto, espera-se que a aplicação do óleo essencial na produção animal não constitua risco para o ambiente.

Para conhecer a opinião completa do Painel acerca deste aditivo alimentar, clique aqui.

Fonte: EFSA

Surge nova consulta pública da Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) acerca dos valores de referência diários para o consumo de sódio e cloreto na população europeia.

Estes constituem os dois elementos que formam o sal, frequentemente usado na dieta como ingrediente, condimento ou preservante.

O Painel de Nutrição, Novos Alimentos e Alergénios da EFSA considera que para a generalização da população adulta, incluindo grávidas e mulheres a amamentar, o consumo diário de 2 gramas e 3.1 gramas de sódio e cloreto, respetivamente, é adequado.

No caso dos lactentes e crianças, o Painel propõe ajustes de requisitos energéticos aos valores supramencionados tomando em consideração os fatores de crescimento.

Os valores provisórios facultados pela EFSA não representam recomendação ou obrigatoriedade. Na verdade, o seu objetivo é informar os decisores políticos na União Europeia no que se refere a políticas nutricionais saudáveis.

Enquanto decorre a consulta pública, um novo documento, nomeadamente um relatório de evidências finais sobre os valores de referência diários para o consumo de sódio e cloreto foi partilhado e pode ser obtido aqui.

Se pretender contribuir com a sua opinião científica no que se refere ao sódio, pode fazê-lo aqui. Do mesmo modo, se preferir contribuir relativamente aos valores de referência do cloreto, clique aqui.

Fonte: EFSA

Foi lançada em Espanha a app CoCo, que permite aos consumidores conhecer a informação nutricional real dos alimentos, de forma fácil e simples, através do scan do código de barras na embalagem.

A app utiliza o sistema científico de qualificação internacional da Nutriscore, que indica a qualidade nutricional dos produtos em função dos seus nutrientes e oferece ao consumidor uma classificação simplificada a nível visual do que é ou não saudável através de um semáforo de cinco cores.

CoCo também disponibiliza informação sobre o grau de processamento dos produtos, através de um ranking numérico conhecido como Nova. “A maioria dos consumidores não tem conhecimentos sobre nutrição, nem sabem interpretar as tabelas nutricionais, algo que dificulta muito a escolha de produtos saudáveis no supermercado”, assegura Jean Baptiste Boubault, o responsável pelo projeto.

A app está disponível para Android e iOS e conta com uma base de dados de mais de 15 mil produtos. O projeto surge em Barcelona como uma startup independente e está baseado no conceito de economia colaborativa, pelo que os próprios utilizadores podem ajudar a aumentar a base de dados da aplicação.

Fonte: Grande Consumo

Tem porcos? Pode começar a contá-los

  • Thursday, 04 April 2019 09:38

A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) relembra que, no mês de Abril, decorre mais um período obrigatório de Declarações de Existências de Suínos (DES), conforme Aviso PCEDA (Plano de Controlo e Erradicação da Doença de Aujeszky), daquela Direção.

Os detentores de suínos são obrigados a proceder à declaração das existências três vezes por ano, em Abril, em Agosto e em Dezembro, informando o número e a categoria de animais que possuem. Para o efeito, deverão ser seguidas as instruções constantes no Portal da DGAV, aqui.

Estão dispensados os criadores que possuam até 4 porcos, sendo assim considerada detenção caseira para auto-consumo.

Fonte: Agricultura e Mar Atual

Um jovem de 18 anos morreu em Faridabad, na Índia, depois de ingerir ovos de ténia presentes em carne de porco contaminada, apesar da toma posterior de antibióticos.

Os ovos eclodiram e espalharam-se no seu cérebro, assim revelaram as imagens da ressonância magnética realizada no hospital até onde o indiano se dirigiu, depois de sofrer várias convulsões seguidas.

Cada mancha branca era um quisto provocado pelas larvas da Taenia solium, ténia encontrada em porcos. Estes quistos provocaram danos no córtex cerebral, assim como no tronco cerebral, atingindo o cerebelo.

O caso foi relatado pelos médicos que seguiram o doente na revista científica New England Journal of Medicine.

Uma pessoa que ingira carne de porco mal passada não vai, obrigatoriamente, ficar com neurocisticercose, alertam. Contudo, comer carne de porco mal passada e contaminada pode resultar em teníase.

Em termos globais, estas duas doenças ocorrem mais vulgarmente em países da América Latina, Ásia e África, devido ao saneamento mais deficiente.

Além disso, em várias destas regiões os porcos têm acesso livre a fezes humanas (os porcos são infetados quando ingerem os ovos de ténia presentes nas fezes humanas).

Fonte: Visão

O mercado de sementes germinadas e rebentos na União Europeia (UE) é um segmento altamente especializado de produtos frescos, que até 2017 contava com cento e vinte estabelecimentos de produção profissional.

Após surtos da bactéria E. coli produtora de toxina Shiga (STEC) em 2011 e a divulgação do parecer científico da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) sobre o risco desta e outras bactérias patogénicas presentes em sementes e sementes germinadas, entrou em vigor nova legislação da UE para aumentar a segurança deste segmento de produtos a nível europeu.

Neste sentido, surgiu um guia europeu, da autoria da European Sprouted Seeds Association (ESSA), que visa fornecer instruções exaustivas sobre as práticas de higiene que devem ser seguidas para uma produção segura de rebentos e sementes para germinação.

Assim, e, devido à humidade elevada e à temperatura favorável durante a germinação, os agentes patogénicos bacterianos presentes em sementes secas podem multiplicar-se durante a germinação e constituir um risco para a saúde pública.

Atualmente, a legislação aplicável a este tipo de produto prevê requisitos específicos de rastreabilidade e certificação para a importação, a aprovação dos estabelecimentos que produzam rebentos e ainda novos critérios microbiológicos, protegendo, desse modo, os consumidores.

Fonte: Jornal Oficial da União Europeia