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Dando seguimento ao Relatório Especial nº 9/2012 que expõe a auditoria efetuada ao sistema de controlo aplicável à produção, transformação, distribuição e importação de produtos biológicos, surge agora nova revisão do Tribunal de Contas Europeu (TCE) sobre o mesmo tema, mas com uma cobertura mais alargada aos regimes de importação.

Também no sentido de avaliar se a Comissão corrigiu as insuficiências apontadas em 2012, surge então o Relatório Especial nº 4/2019. A conclusão maior deste estudo é que apesar da melhoria do sistema de controlo dos produtos biológicos, alguns desafios subsistem.

Sabendo de antemão a não existência de um teste científico de verificação se um produto é de facto biológico ou não, o TCE considera adequado uma melhoria da rastreabilidade até ao produtor original.

Por outras palavras, a autenticidade deste tipo de produtos, geralmente mais caros, deve ser assegurada por um sistema de controlo e certificação que reduza a probabilidade dos operadores não agirem em conformidade com as normas aplicáveis.

Entre outras sugestões, até 2020 este setor de mercado deve melhorar a supervisão das importações mediante melhor cooperação, sanar insuficiências nos sistemas de controlo e na apresentação de informação aos Estados-Membros, assim como fazer controlos de rastreabilidade mais completos.

Fonte: Tribunal de Contas Europeu

Casos de fraude alimentar relacionados com a produção de vinagre balsâmico são uma preocupação crescente. Este define a maior porção de vendas de vinagres seguido do vinagre de vinho tinto, vinagre de cidra e vinagre branco.

A apreensão de vinhos, mostos e documentação comercial em Itália no valor de 15 milhões de euros no início deste mês foi parte de uma operação nacional, que serviu de ponto de partida para uma reflexão mais profunda acerca da procura incessante por vinagre balsâmico.

A sua produção resulta da fermentação alcoólica de mosto de uva, sendo que posteriormente a adição de bactérias do ácido acético oxidam a solução até que se produza o vinagre em concentração desejada.

O Ministro da Agricultura, Alimentação e Políticas Florestais de Itália realça, por este motivo, o uso fraudulento de uvas de mesa tanto na produção de vinhos como de vinagres em substituição de uvas de vinho.

A proteção de indicação geográfica (IGP) do vinagre balsâmico obriga ao uso exclusivo de sete variedades de uvas do vinho. Torna-se, por isso, essencial perceber a origem dos produtos, estabelecendo fortes relações de confiança com os produtores.

A referida exigência de mercado pode dar aso à distribuição de produtos não genuínos. É, no entanto, importante realçar que não existe nada de ilegal na existência de marcas baratas de vinagre balsâmico, que recorrem ao uso de aditivos como E150, caramelo, sulfitos, açúcar mascavado, espessantes e corantes desde que estes sejam sempre descritos de acordo com o que são.

A ilegalidade pode surgir apenas em falsas descrições de rotulagem.

Fonte: Food Navigator

A introdução de perigos biológicos, físicos e químicos na produção de alimentos, bem como a sua adulteração ou contaminação intencional pode ocorrer em qualquer etapa da cadeia alimentar.

Assim, a globalização, a exigência dos mercados e dos consumidores, tem vindo a impor às organizações a adoção de sistemas mais consistentes e eficazes que assegurem a segurança e qualidade alimentar dos produtos ao longo de toda a cadeia.

Os princípios da segurança alimentar assim como boas práticas de higiene e de fabricação foram desde cedo definidos no Codex Alimentarius e implementados através da metodologia de Análise dos Perigos e Pontos Críticos de Controlo (APCC) no setor alimentar.

Contudo, a pretensão de entrada em novos mercados e a competitividade entre empresas fez com que surgissem normas de certificação como a Food Safety System Certification (FSSC 22000), o British Retail Consortium (BRC) e o International Featured Standards (IFS), entre outros, no âmbito da iniciativa Global Food Safety (GFSI).

No que se refere à FSSC 22000, esta difere da original ISO 22000, uma vez que é certificável e reconhecida pela GFSI. É também mais específica na sua aplicabilidade pelo que suscita maior interesse por parte das empresas.

Assim, a FSSC 22000 não é nada mais do que uma junção da ISO 22000, sistema de gestão de segurança alimentar, com a ISO 22003, especificação técnica da implementação do programa de pré-requisitos, e alguns requisitos adicionais estabelecidos pela própria FSSC.

Relativamente ao âmbito da ISO 22000, este é muito abrangente uma vez que assegura a segurança dos géneros alimentícios ao longo de toda a cadeia alimentar, até ao seu consumo final. Pelo contrário, as normas BRC e IFS são apenas destinadas a fornecedores de retalho, não abrangendo toda a cadeia.

Ambas são similares nos seus princípios, no entanto, utilizam terminologias diferentes no momento de auditoria, cujo objetivo final é a certificação. A BRC refere requisitos fundamentais, enquanto que a IFS possuí o termo Knock Out (KO), significando que basta o incumprimento de um para a não certificação.

Por outras palavras, o BRC aceita a certificação de um fornecedor mesmo que algum requisito fundamental não seja cumprido, desde que existam evidências objetivas de correção da situação em 28 dias.

Entre outras diferenças, o sistema de classificação final de auditoria do IFS utiliza um sistema de percentagens enquanto que o BRC utiliza letras. Para uma boa classificação IFS é conveniente obter uma percentagem superior a 95% enquanto que uma boa nota BRC seria A ou AA+.

Em ambos os casos, introduz-se também o conceito de auditoria não anunciada, que permanece em regime voluntário, mas estimula a possibilidade de classificações mais altas.

Quer saber mais sobre este tema? Visite os nossos conteúdos acerca das normas BRCIFS e ISO 22000.

Fonte: Qualfood

Foi aprovada a 1ª Revisão do Plano Nacional para o Uso Sustentável dos Produtos Fitofarmacêuticos, e conforme estabelecido na lei, entra agora em vigor a 1ª Revisão do PANUSPF, a qual também será revista no prazo de cinco anos.

O revisto Plano de Ação Nacional para o Uso Sustentável dos Produtos Fitofarmacêuticos, agora aprovado, resulta do documento elaborado pelo grupo de trabalho pluridisciplinar criado para o efeito, composto por representantes de serviços e organismos públicos e por associações do setor.

O Plano Nacional tem como objetivo quantificar, estabelecer metas, medidas e calendários “para reduzir os riscos e os efeitos da utilização de pesticidas na saúde humana e no ambiente, bem como para fomentar o desenvolvimento e a introdução da proteção integrada e de abordagens ou técnicas alternativas destinadas a reduzir a dependência da utilização de pesticidas”, esclarece a Portaria nº 82/2019 publicada no Diário da República de 20 de Março (DR nº 56, 1ª série).

A divulgação pública do Plano de Ação Nacional para o Uso Sustentável dos Produtos Fitofarmacêuticos ficou a cargo da Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), que procedeu à sua publicação no passado dia 21 de março.

Fonte: CAP

As baratas estão entre as pragas que originam maior repulsa. De modo a mantê-las no exterior da sua edificação, deverá adotar métodos de afastamento de pragas urbanas, as quais procuram sempre fontes de água, alimento, acesso e abrigo.

Deste modo, evitar os hábitos comportamentais abaixo descritos, poderá contribuir para reduzir o risco de infestação de baratas.

É importante relembrar que as baratas são muito resistentes e difíceis de controlar, sendo necessário soluções residuais e duradouras, que não coloquem em causa a saúde pública, a saúde ambiental, integrando-se também nestes aspetos a segurança alimentar.

 

Deixar louça suja na pia

As baratas, como todas as pragas, são atraídas por qualquer fonte de comida, pelo que a sujidade induz uma refeição fácil, logo dever-se-á proceder no imediato à limpeza dos pratos e eliminar os restos de comida adequadamente.

Armazenar recipientes de alimentos abertos ou embalagens de alimentos originais

Os armários ou despensas abastecidos com cereais, biscoitos e outros géneros alimentares secos que são embalados em cartão/papel constituem um local ideal para as baratas procurarem abrigo e alimento. Idealmente poderá armazenar os alimentos em recipientes de plástico ou vidro hermeticamente fechados, pois as baratas podem ingerir cartão, papel e inclusive plástico.

Não consertar os canos de água com ruturas

Não é apenas alimento que as pragas procuram, uma vez que necessitam de água para sobreviver, logo alguma rutura de água poderá fornecer uma fonte de proliferação ideal com a quantidade de água que elas precisam, identificando-se como o local perfeito para estabelecimento de uma colónia.

Manter a sua edificação muito quente

As pragas urbanas, onde se encontram as baratas, adoram ambientes quentes e húmidos, dado que a amplitude térmica varia consideravelmente no exterior. O seu número aumenta particularmente nas áreas internas que possibilitam abrigo durante os meses mais frios do ano. Uma das possibilidades de limitar o abrigo a pragas urbanas poderia ser, por exemplo, a regulação de temperatura com sistemas apropriados, incluindo a regulação da humidade como desumidificadores. Deste modo, poderá desencorajar a intrusão das baratas e outras pragas urbanas.

Guardar produtos de papel

O papel e cartão oferecem o abrigo perfeito para as baratas, o que implica como medida preventiva eliminar, idealmente reciclar, todos os jornais, caixas de géneros alimentícios e outras caixas de cartão que servem de esconderijo para uma infestação de baratas.

Ignorar derrames e migalhas

Mais uma vez, qualquer alimento que é exposto e prontamente disponível para consumo poderá aumentar as hipóteses de atrair baratas. Mantenha a cozinha limpa sem alimentos expostos, removendo migalhas, entre outros resíduos dos géneros alimentícios.

Não Selar/Isolar no interior e exterior da edificação

As pragas urbanas não precisam de áreas extensas para sobreviver e abrigar-se. Os insetos muito menos. Para manter as baratas no exterior da sua propriedade, incentivámo-lo a selar todas as fendas, fissuras e furos no exterior da sua edificação, incluindo nos pontos de entrada para canos, esgotos e cabos elétricos. Recomendamos o preenchimento de todas as aberturas em redor das portas e janelas, mais precisamente nas juntas de selagem.

 

As baratas potenciam grandes riscos para os seres humanos, uma vez que uma possível contaminação de um género alimentício poderá induzir respostas do sistema imune, provocando reações alérgicas, muitas vezes contribuindo para problemas no sistema respiratório, tal como asma.

Os blatídeos, onde se enquadram as baratas, enquanto se movimentam sobre os seus balcões e armários de cozinha, deixam no seu trajeto excrementos, urina, pele, partículas, bactérias e parasitas, os quais representam um risco elevado para grupos etários de risco, como também para indivíduos com problemas do foro respiratório.

Fonte: dnotícias.pt

Quando os perigos químicos se misturam

  • Tuesday, 26 March 2019 12:11

Tudo o que nos rodeia é feito de químicos. As pessoas, as nossas casas, o ar que respiramos e a água que bebemos, no entanto alguns destes podem prejudicar a saúde ou o ambiente.

Frequentemente, as substâncias químicas e a sua segurança em alimentos e rações são analisadas separadamente no seu efeito, contudo existem interações que resultam em misturas químicas que também devem ser consideradas uma vez que têm capacidade de alterar a toxicidade.

Existe um número infinito de possíveis combinações químicas, portanto é relevante entender quais as misturas que os cientistas devem estudar com mais afinco.

Esta análise deve começar por estabelecer os potenciais afetados pela exposição a químicos. Neste caso, humanos, animais de quinta e animais selvagens.

Relativamente às vias de exposição, os humanos são expostos a químicos através de bolores, pesticidas, aditivos e água. É possível a mistura química através de bolores e aditivos alimentares nos animais de quinta. Por último, no caso dos animais selvagens, água, pesticidas e bolores são as principais vias de exposição.

As perguntas que se seguem além de quem é exposto e quais as vias, são em que quantidade é feita a exposição e se esta acontece durante períodos prolongados ou esporádicos.

A toxicidade química varia de acordo com o individuo, no caso dos humanos, e ainda mais entre diferentes espécies. Entre outras variáveis, os químicos numa mistura têm diferentes efeitos tóxicos, pelo que os efeitos separados destes devem ser considerados como um todo para uma análise de risco integrada.

Um exemplo desta abordagem é o estudo da combinação dos efeitos da melamina com o ácido cianúrico em rações de animais. Quando combinados, têm um efeito sinérgico prejudicial que causa falência renal. No entanto, se os separarmos e a exposição acontecer em níveis reduzidos o efeito destes é atenuado.

A análise de misturas químicas é agora uma prioridade da Autoridade de Segurança Alimentar Europeia (EFSA), tendo sido recentemente partilhado um guia de metodologias para a análise de risco do efeito de exposição combinado a múltiplos químicos, que pode consultar aqui.

Porque a sensibilização para o tema é também um dos objetivos da UE, visite a página interativa da EFSA para aprender mais sobre diferentes combinações químicas.

Fonte: EFSA

Pais devem escolher alimentos específicos para bebés porque estes estão sujeitos a um maior controlo legislativo do que a alimentação geral de adultos no que se refere a níveis permitidos de contaminantes, conservantes ou corantes.

A nutricionista Helena Canário sublinha a necessidade de "olhar os rótulos e respeitar as indicações dos fabricantes", acrescentando à sua intervenção o esclarecimento do conceito baby grade.

"A alimentação de bebés é baby grade, isto significa que respeita as necessidades do bebé em cada etapa do seu crescimento, mas muitos alimentos que vemos no supermercado não são baby grade e não vão respeitar essas necessidades", refere.

A nutricionista recomenda aos pais, por isso, que procurem os alimentos específicos para bebés na área desta categoria exclusivamente, não dispensando ainda assim a leitura e interpretação do rótulo.​​​​​​

Fonte: TSF

As municipalidades e a agência nacional alimentar designada Livsmedelsverket, desenvolveram no ano passado, um inquérito dirigido à restauração sueca.

O propósito deste foi averiguar as abordagens de manuseamento, preparação e confeção de hambúrguers cuja carne não é completamente cozinhada.

De acordo com as autoridades suecas, mais de metade dos restaurantes inquiridos, não possuíam rotinas de manutenção da qualidade microbiológica de hambúrgueres mal passados. Esta é uma conclusão preocupante dado o crescente aumento de pedidos de carne mal passada.

Servir hambúrgueres de carne picada mal confecionada, representa um perigo para a saúde, nomeadamente de exposição a E. coli produtora de toxina Shiga (STEC).

Nesse sentido, os restaurantes que optem por servir hambúrgueres assim devem demonstrar procedimentos e rotinas higiénicas, baseadas em análise do perigo e controlo dos pontos críticos (HACCP), capazes de minimizar potenciais malefícios para a saúde.

As maiores dificuldades relatadas para assegurar a qualidade da carne mal passada têm que ver com a inexistência de medidas redutoras do risco, a insuficiência da informação providenciada pelo fornecedor de carne e a não implementação de instruções recebidas.

No que se refere a boas práticas de higiene tais como a limpeza do aparelho de corte da carne, a higiene pessoal e a lavagem de mãos, os restaurantes suecos mostram-se cumpridores de tais práticas.

Após análise dos resultados do inquérito, as autoridades suecas decidiram rever as recomendações existentes sobre o tema, devendo acrescentar mais medidas redutoras do risco além do corte da superfície da carne antes da picagem.

Fonte: Food Safety News

A toma de suplementos alimentares mostrou-se incapaz de prevenir a depressão, segundo um estudo realizado em 1025 pessoas de quatro países europeus (Espanha, Alemanha, Reino Unido e Holanda) e publicado este mês na revista científica JAMA.

Os investigadores dividiram os participantes do estudo em grupos distintos apesar do fator comum do excesso de peso e risco elevado de depressão. Estes foram acompanhados durante um ano, durante o qual 10% dos intervenientes do estudo desenvolveram depressão apesar da toma de suplementos e/ou intervenção de terapia de grupo.

O primeiro grupo tomava diariamente um suplemento alimentar que continha ómega 3, cálcio, ácido fólico, vitamina D, zinco, selénio e outra parte tomava apenas um placebo. Metade dos participantes recebeu também uma intervenção para mudança do seu estilo de vida e adoção de comportamentos mais saudáveis.

Os 10% que desenvolveram depressão representam 105 indivíduos. Destes, 25 estavam no grupo que apenas tomava placebo, 26 tomavam placebo e recebiam terapia de grupo, 32 eram do grupo da toma de suplemento alimentar sem terapia e 22 combinavam suplementos com terapia de grupo.

É possível concluir que nenhuma das estratégias influenciou ou afetou o desenvolvimento de depressão pelo que se deverão retirar consequências para a definição de política de saúde pública.

Isso pode passar por proibir a "publicidade falaciosa em torno das qualidades antidepressivas de nutrientes" e promover as terapêuticas que têm provas de eficácia, "como a generalidade de antidepressivos" para os vários tipos e níveis de gravidade da depressão, bem como psicoterapia para as depressões ligeiras e moderadas, argumenta o psiquiatra Ricardo Gusmão, dirigente em Portugal da Aliança Europeia Contra a Depressão.

Para consultar o artigo original, clique aqui.

Fonte: Notícias ao minuto

A Associação Portuguesa de Nutrição lançou o documento Um olhar sobre os sistemas de rotulagem Front of Pack (FOP), na Feira Alimentaria & Horexpo na Sessão Reflexões sobre os Sistemas de Rotulagem Alimentar - Front of Pack (FOP).

Este documento explicativo sobre os sistemas de rotulagem FOP pretende promover a reflexão sobre a temática e os seus desafios futuros, assim como esclarecer profissionais e público interessado. Consulte o documento aqui.

Fonte: Associação Portuguesa de Nutrição