A consultora portuguesa NBI – Natural Business Intelligence e a multinacional GlobeScan apresentaram esta terça-feira em Lisboa o relatório do “Healthy & Sustainable Living”, que reúne a opinião de consumidores em 30 países, inclusive Portugal, pela primeira vez. Foram inquiridos mil cidadãos portugueses, de diferentes gerações – Geração Z, Millennials, Geração X e Baby Boomers, acerca do seu consumo, estilo de vida, comportamentos e pensamentos.
Os resultados demonstram que entre os principais problemas globais que preocupam os portugueses, estão os ambientais, como a exploração dos recursos naturais, as alterações climáticas e a poluição da água. Relativamente à solução dos mesmos, os inquiridos demonstram um sentimento de impotência, embora confirmem estar envolvidos na preservação ambiental. A maior parte acredita que o consumismo é um problema no que refere à conservação ambiental, e afirma querer reduzir o impacto negativo que tem na natureza.
Os portugueses querem produtos saudáveis e sustentáveis, no entanto, existem impedimentos. A falta de apoio por parte do governo, o preço final dos produtos, a falta de disponibilidade/acessibilidade dos produtos e o desconhecimento das marcas, são as principais barreiras identificadas pelos inquiridos relativamente á aquisição destes produtos. A maioria considera que produtos com impacto negativo em termos ambientais devem ser mais caros, embora a mesma maioria não esteja disposta a pagar mais por esses mesmos produtos ou marcas, e apele a uma maior durabilidade dos mesmos.
Ainda assim, grande parte dos consumidores pretende mudar de forma significativa o seu estilo de vida e quase um quarto dos respondentes considera tê-lo feito já no ano anterior (2020). A Geração Z é a que demonstra quer mudar mais para um estilo de vida amigo do ambiente (51%), seguindo-se os Millennials (42%) e a Baby Boomer + (41%). Quanto às alterações realizadas no ano passado, as grandes alterações foram identificadas na Geração Z e nos Millennials, porém, quando questionados relativamente a algumas alterações, todas as gerações demonstraram dedicação.
Fonte: Greensavers
O presidente do Centro Estratégico de Inovação Territorial (CEIT) disse hoje à agência Lusa que irá lançar uma plataforma ‘online’ sobre a maçã Bravo de Esmolfe para valorização do produtor e do produto, que tem propriedades benéficas na saúde.
“O objetivo do projeto é unir esforços para que todos consigamos projetar este produto além-fronteiras. Para além da promoção da própria maçã, queremos apoiar na investigação e criação de subprodutos complementares que reduzam a sazonalidade do produto”, contou Cristóvão Monteiro.
Para a criação de subprodutos decorrem “ainda auscultações junto de entidades” e também com “a entidade gestora da certificação da maçã Bravo de Esmolfe”, mas, para já, está prevista a “criação e estruturação de experiências turísticas” em Penalva do Castelo.
“Hoje, o consumidor está diferente e procura muito os destinos de baixa densidade que proporcionem experiências em comunhão com a natureza e esta região permite isso de forma extraordinária e não podemos esquecer que Penalva do Castelo é o berço oficial da maçã Bravo de Esmolfe”, apontou.
Com esta plataforma ‘online’, que deverá ser lançada “no próximo ano, por esta altura da campanha da maçã ou até num dia como o de hoje, Dia internacional da Maçã”, pretende-se também reduzir a cadeia de comercialização e, com isso, o produtor sai mais valorizado”.
“Uma das preocupações que nos levou a criar esta plataforma é a valorização do produtor. As grandes distribuidoras acabam por arrecadar grande parte do lucro e o produtor acaba por ser prejudicado em algumas situações e quando o produtor recebe pouco pela matéria prima também tem pouco para investir em novas produções e numa nova escala”, defendeu.
Neste sentido, Cristóvão Monteiro destacou a “valorização do produtor, que é a base desta cadeia de valor para que, a longo prazo, se possa posicionar a maçã Bravo de Esmolfe como um produto diferenciador e distintivo”.
“isto para que consigamos acrescentar valor ao produtor para estimular este aumento de produção e de escala, embora, por outro lado, esta pouca produção também nos permite posicionar o produto de outra forma, porque quando a oferta é pouca o valor do produto também aumenta na perspetiva de que o produto é bom e há procura neste produto”, acrescentou.
Cristóvão Monteiro sublinhou as “características absolutamente diferenciadoras” da maçã Bravo de Esmolfe que “é única no mundo e já estão mais que demonstrados em estudos científicos as propriedades benéficas desta maçã”.
“Benefícios na diabetes, no controlo de peso, na saúde cardiovascular, na melhoria das funções respiratórias e até na proteção contra o cancro. E o nosso papel é acima de tudo, mais do que criar uma plataforma ‘online’ de promoção, criar uma plataforma de cooperação entre todos os elementos da cadeia de valor da maçã Bravo de Esmolfe”, explicou.
O CEIT é uma entidade privada que nasceu em 2020, com sede em Penalva do Castelo, que trabalha com “várias regiões do país” em “vários serviços e projetos no sentido de valorizar os territórios e os produtos endógenos”.
Fonte: Agroportal
A Universidade de Évora (UÉ) é a representante de Portugal numa rede europeia que vai desenvolver um certificado que garante o compromisso dos olivicultores com a conservação da biodiversidade, revelou hoje a instituição.
O projeto, denominado Olivares Vivos+, é financiado pelo Programa LIFE na área de Natureza e Biodiversidade e integra, além de Portugal, Espanha, Itália e Grécia, disse a academia alentejana, em comunicado enviado à agência Lusa.
Esta rede de países europeus vai testar e implementar um novo certificado que garanta a integração da biodiversidade na gestão dos agroecossistemas, nomeadamente do olival.
O objetivo passa por “desenvolver um certificado que garante o compromisso dos olivicultores com a conservação da biodiversidade”, explicou o investigador da UÉ José M. Herrera, que lidera o projeto em Portugal.
No âmbito do trabalho, vai ser “testado o impacte das práticas agrícolas na biodiversidade”, assinalou o coordenador do Grupo de Investigação em Biodiversidade e Alterações Climáticas do Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento (MED) da UÉ.
E os investigadores vão testar também “a eficiência de diferentes atuações” destinadas à conservação da biodiversidade, como, “o incremento da disponibilidade de refúgios artificiais para a fauna vertebrada e invertebrada”.
O coordenador nacional realçou ainda a importância de “valorizar o papel da biodiversidade na sustentabilidade dos sistemas agrícolas” e de fornecer “aos agricultores um certificado que garanta o seu compromisso com a biodiversidade e os serviços derivados da sua conservação”.
O projeto visa também, face às alterações climáticas, “contribuir para uma maior resiliência e resistência do olival, uma cultura chave para a economia da Europa mediterrânea em geral e de Portugal em particular”, destacou José Herrera.
Fonte: Agroportal
A Balança Alimentar Portuguesa (BAP) é um instrumento analítico de natureza estatística que mede o consumo alimentar do ponto de vista da oferta dos alimentos.
É expresso em disponibilidades edíveis diárias por habitante, traduzidas em calorias, proteínas, hidratos de carbono, gorduras e álcool. Nesta edição apresenta-se a informação atualizada para o período 2016-2020.
As disponibilidades alimentares para consumo no período 2016-2020 continuam a evidenciar uma oferta alimentar excessiva e desequilibrada. Este período foi marcado na sua parte final pela pandemia COVID-19, com as disponibilidades para consumo da maioria dos grupos alimentares abordados na Balança Alimentar Portuguesa a apresentarem variações negativas em 2020, quando a evolução dessas disponibilidades desde 2016 até ao início da pandemia era positiva e acima das verificadas em 2012-2015.
O aporte calórico médio diário por habitante permaneceu elevado, 4 075 kcal, o que representa duas vezes o valor recomendado para um adulto com um peso médio saudável.
Consulte a Publicação.
Fonte: INE/ Agronegócios
Os portugueses dizem que o chocolate preto é o tipo de chocolate que mais consomem, uma inversão de tendências face a anos anteriores.
O estudo TGI da Marktest quantifica, em 2020, em 4 milhões e 837 mil os indivíduos que referem ter consumido tabletes de chocolate ou snacks de chocolate nos últimos 12 meses, o que representa 56.5% dos residentes no Continente com 15 e mais anos.
O consumo deste tipo de alimento é maior junto da população feminina. 63.1% das mulheres dizem consumir chocolate, enquanto 49.0% dos homens também afirmam fazê-lo.
Os indivíduos entre os 25 e os 34 anos registam, da mesma forma, uma taxa acima da média nacional (66.0%).
Considerando o período 2008-2020, observa-se que a tendência é para a diminuição do número de consumidores de chocolate de leite face ao aumento do número de consumidores de chocolate preto, embora em 2020 a diferença entre ambos se tenha voltado a encurtar.
Os dados do TGI mostram ainda que os períodos a meio da tarde e a seguir ao jantar são aqueles que mais consumidores referem como altura do dia em que comem tabletes de chocolate.
Estudo
Os dados e análises apresentadas fazem parte do estudo TGI, propriedade intelectual da Kantar Media, e do qual a Marktest detém a licença de exploração em Portugal, é um estudo único que num mesmo momento recolhe informação para 17 grandes sectores de mercado, 280 categorias de produtos e serviços e mais de 3000 marcas proporcionando assim um conhecimento aprofundado sobre os portugueses e face aos seus consumos, marcas, hobbies, Lifestyle e consumo de meios.
Fonte: Grande Consumo
A aderência a uma dieta vegetariana tem crescido bastante nos últimos dez anos, mais especificamente em 400%, segundo revela Associação Vegetariana Portuguesa. Esta crescente adesão também se traduz no número de supermercados e estabelecimentos de restauração que vendem produtos alimentares direcionados para este segmento da população, que no caso deste último, aumentou em 318%.
Torna-se assim cada vez mais fácil encontrar informação sobre este estilo de vida, e optar por um leque diversificado de alimentos e produtos nas idas ao supermercado.
Sendo este o Mês Vegetariano Internacional, e tendo em conta que o regime de entregas ganhou uma grande popularidade nos últimos anos, a Just Eat Takeaway.com decidiu revelar alguns dados sobre o consumo de pratos vegetarianos dos seus clientes. De acordo com a plataforma, os pedidos vegetarianos cresceram em 82% comparativamente ao ano de 2020, sendo as refeições mais populares as pizzas, os hambúrgueres e os crepes vegetarianos. Entre os estabelecimentos vegetarianos que mais se destacam em Portugal estão espaços como o Manjerica, The Food for Real, Ohana By Naz, Mother Burger, Kind Kitchen e o In the Kitchen Veggie, onde os pratos variam em conceitos e receitas, e vão desde as entradas principais à sobremesa.
Fonte: Greensavers
Investigadores do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) criaram uma sopa enriquecida com brássica (couve-galega) desidratada que ajuda a colmatar as carências alimentares dos idosos da eurorregião Norte de Portugal-Galiza, foi esta terça-feira divulgado.
Em comunicado enviado às redações, o IPVC explicou que a sopa foi desenvolvida ao abrigo do projeto Nutriage, que contou com a participação do IPVC, com o objetivo de “criar soluções avançadas para melhorar a qualidade de vida dos idosos“, residentes em lares nas duas regiões vizinhas.
“A grande aceitação por parte dos idosos institucionalizados em Portugal revela que esta sopa rica em nutrientes pode ser uma alternativa aos suplementos comerciais e aos alimentos de difícil mastigação ricos em fibra e proteínas“, afirmou Ana Cristina Duarte, do Centro de Investigação e Desenvolvimento em Sistemas Agroalimentares e Sustentabilidade (CISAS), citada na nota.
O projeto Nutriage é cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), através do Programa Interreg V-A España-Portugal (POCTEP) 2014-2020.
O “objetivo principal do projeto Nutriage foi assegurar um envelhecimento saudável através da avaliação, estudo e desenho de estratégias nutricionais personalizadas”.
Essas estratégias “foram fundamentadas na alimentação tradicional atlântica (Dieta Atlântica) e no desenvolvimento de novos produtos alimentares que otimizem o estado nutricional dos idosos e previnam o declínio funcional e cognitivo“.
“Pretendia-se gerar capacidades em Investigação, Desenvolvimento e Inovação (I+D+I) que favorecessem a melhoria na qualidade de vida dos idosos a partir da nutrição, reforçar a sustentabilidade e eficiência do sistema sócio sanitário e incentivar o crescimento e a criação de novas oportunidades de negócio para a indústria agroalimentar”, explica a instituição de ensino superior.
Com “as atividades associadas ao projeto surgiram resultados no âmbito da avaliação da situação nutricional, das estratégias de intervenção nutricional e no impacto e projeção socioeconómica do envelhecimento saudável”, refere, sendo que o IPVC “participou na identificação, desenho e desenvolvimento de novos alimentos”.
Segundo Ana Cristina Duarte, esta ação “teve como objetivo o desenvolvimento de um produto alimentar destinado à população idosa que contribua para corrigir deficiências e desequilíbrios detetados nos lares de idosos, tendo em conta os hábitos alimentares dos idosos e viável desde o ponto de vista tecnológico, económico e comercial”.
O IPVC “acabou por desenvolver um produto alimentar destinado à população idosa, determinando as suas propriedades nutricionais, sensoriais e antioxidantes, bem como avaliando a aceitação deste produto por idosos institucionalizados da Galiza e Norte de Portugal”.
“Um dos principais componentes da sopa é a farinha de couve-galega (género Brássica), vegetal amplamente cultivado e consumido nas regiões do Norte de Portugal e Galiza e um componente tradicional da Dieta Atlântica”, esclareceu Ana Cristina Duarte. A investigadora adiantou que o seu consumo “está associado ao efeito preventivo de algumas doenças crónicas, como cancro, aterosclerose e diabetes“.
“Estes efeitos benéficos foram atribuídos à presença de compostos bioativos com atividade antioxidante, como compostos fenólicos, carotenoides e flavonoides. Em alternativa à couve fresca, a couve desidratada pode ser uma boa fonte de proteínas, fibras e compostos bioativos e, portanto, pode ser usada para enriquecer matrizes alimentares”, confirmou a investigadora, garantindo que esta sopa “tem um alto teor de proteína e pode fornecer uma percentagem razoável das necessidades diárias de fibra para os idosos“.
Durante a pesquisa, o IPVC “trabalhou com idosos do lar da Santa Casa da Misericórdia do Porto, um dos parceiros do projeto.
“Tivemos uma fase de realização de inquéritos para perceber a adesão à Dieta Atlântica e para conhecer os gostos, as preferências e os costumes dos idosos”, explicou a investigadora, adiantando que outra equipa fez o mesmo trabalho em lares na Galiza.
Com a Universidade Católica do Porto foi realizada uma avaliação do estado nutricional dos idosos, levantamento que permitiu ao IPVC “desenvolver em laboratório um produto alimentar adequado às carências nutricionais detetadas – sopa enriquecida com farinha de brássica, um ingrediente de fácil incorporação numa receita base de sopa“.
A sopa “é rica em proteína e tem razoáveis percentagens de outros ingredientes, como por exemplo fibra, podendo facilmente colmatar essas deficiências”, referiu Ana Cristina Duarte, destacando a importância da sopa ser “um produto a que os idosos estão habituados”.
A escolha com couve desidratada para o enriquecimento da sopa foi também justificada com a necessidade de aproveitamento “dos habituais excedentes de produção de couves e de partes da folha que habitualmente são descartadas“.
De acordo com Ana Cristina Duarte, a produção desta sopa “à escala industrial não foi realizada a 100% por causa da pandemia de Covid-19, que impediu o acesso aos lares”.
Fonte: Observador
Parlamento Europeu (PE) aprovou esta quarta-feira a Estratégia do Prado ao Prato e recomendou à Comissão Europeia que reforce a posição dos agricultores na cadeia de abastecimento alimentar.
No relatório aprovado esta quarta-feira com 452 votos a favor, 170 votos contra e 76 abstenções, os eurodeputados avalizaram a Estratégia do Prado ao Prato, sublinhando a importância da produção de alimentos saudáveis, que respeite o bem-estar animal e que permita aos consumidores fazer escolhas mais saudáveis e sustentáveis, de modo a alcançar os objetivos do Pacto Ecológico Europeu em matéria de clima, biodiversidade, poluição zero e saúde pública.
Os eurodeputados apelam à Comissão para redobrar os esforços para reforçar a posição dos agricultores na cadeia de abastecimento alimentar, nomeadamente através da adaptação das regras da concorrência, para que estes possam obter uma parte equitativa do valor acrescentado dos alimentos produzidos de forma sustentável.
No relatório, o PE destaca ainda a necessidade de reforçar a sustentabilidade em cada etapa da cadeia de abastecimento alimentar e reafirma que todos – do agricultor ao consumidor – têm um papel a desempenhar.
O hemiciclo recomenda a redução do uso de pesticidas, o incentivo para uma alimentação mais saudável e a diminuição da emissão de gases com efeito de estufa no setor agrícola, entre outras.
Um dos votos contra foi do eurodeputado Álvaro Amaro (PSD) que defendeu que o relatório não deveria ter sido aprovado sem que houvesse uma apreciação prévia, objetiva e científica, do verdadeiro impacto da Estratégia no setor agrícola e nos preços dos produtos.
Segundo um comunicado do eurodeputado, os dados apresentados nos quatro estudos publicados, até à data, sobre esta Estratégia, apontam para “impactos verdadeiramente alarmantes, como, por exemplo, a redução da produção na Europa, uma forte subida dos preços dos produtos agrícolas e o aumento da dependência do estrangeiro para um grande número de produtos agrícolas”.
A Estratégia do Prado ao Prato foi apresentada pela Comissão Europeia em maio de 2020 e o executivo comunitário prepara uma série de propostas legislativas no seu âmbito.
Fonte: ECO
Com as alterações climáticas a gerar cada vez mais mudanças no nosso planeta, existem já várias previsões apontadas pelos cientistas, sendo uma delas o aumento do nível do mar. Embora todas as regiões sofram a longo prazo com este problema, são as zonas costeiras e as suas comunidades as principais afetadas por este impacto.
A organização Climate Central reuniu um conjunto de recursos visuais para retratar o futuro de várias cidades em todo o mundo, com o aumento do nível da subida do mar. Através de diferentes vídeos e fotografias demonstram a situação com que as populações se vão deparar caso mantenham os seus hábitos, e continuem a contribuir para um aquecimento global de 3ºC. Em paralelo, é feita uma comparação com a situação atual, mas também com o aumento mínimo de temperatura de 1,5ºC.
Entre a lista de 184 localidades escolhemos 10 cidades e os respetivos monumentos, para mostrar o impacto que esta mudança poderá ter a longo prazo.
Consulte a galeria aqui.
Fonte: Greensavers
A Associação Nacional da Indústria para a Proteção das Plantas (ANIPLA) pediu hoje à Comissão Europeia uma “avaliação holística” do impacto da estratégia do Prado ao Prato, vincando ser urgente ver propostas concretas e uma discussão alargada.
“É tempo de a Comissão Europeia proceder a uma avaliação holística do impacto. O prazo da estratégia do Prado ao Prato está a chegar. Oito anos para o setor agrícola não é assim tanto tempo. Precisamos urgentemente de ver propostas concretas e de uma discussão mais alargada em torno das escolhas que estamos a fazer – mas tem de se basear em melhores dados”, apontou, em comunicado, a associação.
No entanto, a ANIPLA ressalvou que os agentes da cadeia alimentar concordam, de forma geral, com os princípios da estratégia, estando ainda conscientes da necessidade de garantir a sustentabilidade dos sistemas alimentares.
Por sua vez, o estudo da Universidade de Kiel aponta que a Europa pode vir a tornar-se um “importador contínuo” de alimentos, “em contradição” com a autonomia estratégica promovida pela Comissão Europeia.
Já a análise do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) conclui que os objetivos da estratégia podem “conduzir à insegurança alimentar de 22 milhões de pessoas”.
Conforme notou a ANIPLA, apesar das metodologias utilizadas, todos os estudos chegam às mesmas conclusões – a produção agrícola da União Europeia (UE) vai diminuir drasticamente em algumas áreas e produtos.
Por exemplo, no que se refere à pecuária, o estudo da universidade de Kiel perspetiva uma quebra de 20% na produção de carne de bovino na UE e de 17% no caso da carne de porco.
A isto somam-se impactos sobre o comércio, o rendimento dos agricultores e sobre os preços dos consumidores, pelo que “a alteração do sistema alimentar nestas condições será mais difícil e a imposição de impostos sobre o consumo, tal como proposto pelo Parlamento Europeu, poderá torná-lo socialmente injusto”.
No documento, a ANIPLA disse ainda que os intervenientes na cadeia agroalimentar estão “conscientes dos desafios ambientais e climáticos”, mostrando-se empenhados em contribuir para a mitigação dos efeitos negativos das alterações climáticas.
“Estamos tão ansiosos como a Comissão para pôr termo a este debate sobre a necessidade de proceder a uma avaliação cumulativa do impacto. Apelamos a uma avaliação exaustiva porque queremos compreender onde é que os problemas são suscetíveis de surgir, para que possam discutir potenciais soluções”, concluiu.
Constituída em 1992, a ANIPLA representa as empresas que investigam, desenvolvem, fabricam e comercializam produtos fitofarmacêuticos.
Em 2020, a Comissão Europeia apresentou a estratégia do Prado ao Prato, como uma das ações do Pacto Ecológico Europeu.
Esta estratégia visa assegurar alimentos a preços acessíveis, reduzir o desperdício e a utilização de pesticidas e fertilizantes, bem como promover o bem-estar dos animais.
Fonte: Greensavers
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