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A redução da perda e desperdício de alimentos é uma parte importante do contributo que nos envolve a todos, no cumprimento da agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável das Nações Unidas, e é uma das metas fundamentais a cumprir para a concretização do “Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 12” – Produção e Consumo responsável, visando a redução para metade, até 2030, do desperdício de alimentos per capita a nível mundial, do retalho e do consumidor, e reduzir as perdas de alimentos ao longo das cadeias de produção e abastecimento, incluindo as que ocorrem pós-colheita.

É neste contexto, que a FAO tem vindo a desenvolver uma série de iniciativas no sentido de conter o problema da perda e desperdício de alimentos, nos seus vários segmentos. Acresce referir que a Assembleia Geral da ONU, seguindo os pedidos da Conferência da FAO de 19.12.2019, adotou o dia 29 de setembro de 2020 como o 1º Dia Internacional de Consciencialização sobre Perda e Desperdício de Alimentos.

Tendo presente o papel que a prevenção e a educação têm para uma mudança de atitude do consumidor, de que as crianças e os jovens serão os intervenientes no futuro, a FAO publicou em setembro de 2018, quatro manuais escolares dirigidos à população juvenil em faixas etárias distintas. O objetivo é o da sua consciencialização para as consequências da perda e desperdício de alimentos e sobre as ações que podem realizar para o seu combate.

Os manuais abrangem as seguintes faixas etárias:

  • Manual 1 | dos 5 aos 7 anos (abrir pdf)
  • Manual 2 | dos 8 aos 9 anos (abrir pdf)
  • Manual 3 | dos 10 aos 13 anos (abrir pdf)
  • Manual 4 | + 14 anos (abrir pdf)

Sob iniciativa da Ministra da Agricultura, em parceria com a eurodeputada Isabel Carvalhais que promoveu a tradução portuguesa, o Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral (GPP) concretizou a edição dos quatro manuais escolares, para sua divulgação junto da população juvenil.

Fonte: Agroportal

A Comissão Europeia diz que as Novas Técnicas Genómicas são fundamentais para proteger as culturas das pragas e dos efeitos das alterações climáticas, mas algumas Organizações Não Governamentais prometem lançar uma intensa campanha contra as NGT.

O segundo Relatório Anual de Previsão Estratégica da União Europeia, apresentado no passado dia 8 de setembro, tem implicações para o setor agrícola relacionadas com a edição de genes: “A biotecnologia, incluindo novas técnicas genómicas, pode desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento de formas inovadoras e sustentáveis ​​de proteger as colheitas de pragas, doenças e os efeitos das alterações climáticas”. Esta frase confirma a posição da Comissão Europeia, que há muito parece simpatizar com a edição de genes.

As Novas Técnicas Genómicas, entre as quais a edição de genes – consistem numa série de métodos científicos usados ​​para alterar genomas com o objetivo de modificar geneticamente certas características nas plantas, como a sua tolerância à seca ou a resistência a pragas e doenças. Ao contrário dos tradicionais OGM (Organismos Geneticamente Modificados), que transferem genes entre espécies, as NGT induzem alterações dentro da mesma espécie.

No entanto, em 2018, o Tribunal de Justiça Europeu decidiu enquadrar as NGT na Diretiva dos OGM. Esta decisão chocou a indústria e surpreendeu a Comissão. Na sequência desta polémica decisão, o Conselho Europeu solicitou à Comissão um estudo para esclarecer a situação, que foi tornado público em Abril passado. Embora não questione a decisão legal, o estudo da Comissão conclui que os desenvolvimentos em biotecnologia, combinados com a falta de definições de termos-chave, dão origem a ambiguidades na interpretação de alguns conceitos, que geram incertezas do ponto de vista da regulamentação. Mas o estudo é muito claro quando afirma que há “fortes indícios” de que a legislação atual “não é adequada para o propósito de algumas NGT e seus produtos e que precisa ser adaptada ao progresso científico e tecnológico”.

No seguimento deste estudo, a Comissão tenciona realizar uma avaliação de impacto com foco nas NGT com um certo perfil de risco.

Segundo o Agrafacts, há um horizonte provisório de quatro anos para isentar técnicas de mutagénese direcionada e técnicas de cisgénese da Diretiva dos OGM, enquanto um prazo de 10 anos é visto como uma opção provável para regulamentar todas as outras NGT numa avaliação de risco caso a caso.

Este ‘roadmap’ foi entendido por várias Organizações Não Governamentais ativas na campanha contra os OGM como uma tentativa de contornar a questão. No início de setembro, algumas ONG enviaram uma carta à Comissão Europeia criticando a abordagem do seu estudo e contestando o processo de consulta que levou ao documento final. Também criticaram a alegação de que as NGT poderiam contribuir para a sustentabilidade.

Após três anos de impasse após a decisão do Tribunal de Justiça Europeu, espera-se que a biotecnologia seja colocada no centro da agenda agroalimentar da UE.

De salientar que, no dia 6 de setembro, a Universidade Holandesa de Wageningen decidiu ceder gratuitamente as licenças de propriedade intelectual para o CRISPR, uma tecnologia de edição do genoma, numa tentativa de facilitar as investigações nessa área.

Fonte: CiB - Centro de Informação de Biotecnologia

A maior fonte de desperdício alimentar continua a ser a casa dos portugueses. O alerta é do Movimento Unidos Contra o Desperdício que, esta quarta-feira, lança uma campanha de sensibilização para assinalar o Dia Internacional de Consciencialização sobre Perdas e Desperdício Alimentar e o primeiro ano da sua criação.

"A maior fonte de desperdício não é o setor agrícola, o industrial, da distribuição ou supermercados, mas a casa dos portugueses", diz Francisco Mello e Castro, do movimento cívico que agrega empresas e outras entidades que combatem o desperdício, explicando que há erros que é preciso evitar.

Ir às compras com fome e sem lista, porque se compra mais do que precisamos; não trazer as sobras quando se vai a um restaurante por vergonha ou constrangimento e não pedir para adequar as doses quando se come fora, são alguns dos exemplos que aponta.

Os vários parceiros do movimento (no primeiro ano congregou 2100 particulares e 245 empresas) têm procurado combater o problema, seja comercializando a preços mais baixos, aproveitando refeições que iriam para o lixo ou doando excedentes de produção a instituições.

"Boas práticas" a surgir

Ainda há "muito a fazer", diz Francisco Mello e Castro, mas também há "boas práticas" a surgir, como livros de receitas que ensinam a aproveitar sobras e até a forma como se apresenta a data de validade. A Danone, exemplifica, "recentemente mudou a forma como as datas de validade são colocadas nos iogurtes. Deixou de ser "consumir antes de" para ser "consumir de preferência até", o que leva o consumidor a ponderar não deitar logo fora".

Hoje, para assinalar o Dia Internacional de Consciencialização sobre Perdas e Desperdício Alimentar e o seu primeiro ano, o movimento lança uma campanha que procura "sensibilizar, dando visibilidade a todas as marcas, empresas e entidades públicas e privadas que, no terreno, combatem o desperdício de alimentos".

Sob o mote "Unidos contra o desperdício, num compromisso com as gerações futuras", várias entidades juntam-se, pelas 17 horas, nos armazéns do Banco Alimentar de Lisboa, para um debate entre todos os setores da cadeia alimentar. Depois da abertura, a cargo de Isabel Jonet, presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares e de Francisco Mello e Castro, coordenador do Movimento Unidos Contra o Desperdício, segue-se dois encontros.

O tema "O privado, o social e o público unidos contra o desperdício" desafiará a Ministra da Agricultura, o presidente da CIP e o fundador da Refood a discutirem os desafios de futuro para que o desperdício alimentar seja combatido de uma forma cada vez mais unida e integrada. "Marcas unidas contra o desperdício" irá focar-se no papel das marcas para um consumo mais responsável.

Fonte: Jornal de Notícias

Hoje, dia 29 de setembro, assinala-se pela 2ª vez o Dia Internacional da Consciencialização sobre as Perdas e Desperdício Alimentares.

Uma data decretada em 2020 pela ONU, para alertar para o impacto deste problema e a urgência em termos de sustentabilidade, que se reflete na sua inclusão nos desígnios dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS 12.3), com a meta de reduzir em pelo menos 50% o desperdício alimentar até 2030 no retalho e no consumidor, bem como as perdas alimentares ao longo de toda a cadeia agroalimentar. Esta pretensão é acompanhada pela União Europeia, que incluiu no pacote “Economia Circular” e na Estratégia do Prado ao Prato a redução das perdas e desperdício alimentares.

Em 2020, a data foi assinalada pela Comissão Nacional de Combate ao Desperdício Alimentar (CNCDA) com a realização de uma reunião plenária pública, que contou com a presença da Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes. Nessa ocasião, foi efetuado o lançamento do Selo distintivo da CNCDA (um selo destinado a todos os que contribuem para a prevenção, redução e monitorização do desperdício alimentar), divulgados os resultados do inquérito lançado pela CNCDA sobre o impacto da pandemia ao nível do desperdício alimentar e apresentado o Movimento Unidos Contra o Desperdício, do qual a CNCDA é membro fundador.

Este ano, a CNCDA associa-se ao Movimento Unidos Contra o Desperdício, numa ação de consciencialização que envolve o lançamento de uma campanha de comunicação e sensibilização à escala nacional e um evento presencial, sob o mote Unidos Contra o Desperdício, num compromisso com as gerações futuras, que conta com a presença de S. Excelência o Presidente da República e da Senhora Ministra da Agricultura. O evento inclui 3 painéis temáticos: O Privado, o Social e o Público Unidos Contra o Desperdício (com a participação da Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes), Marcas unidas Contra o Desperdício e Compromisso de Sustentabilidade da Distribuição Alimentar. A sessão será encerrado por S. Excelência o Presidente da República, com um apelo ao compromisso coletivo, seguindo-se um cocktail confecionado com excedentes alimentares e dinamizado pela CNCDA.

A Organização das Nações Unidas (ONU), no rescaldo da recente Cimeira dedicada aos Sistemas Agroalimentares que decorreu no passado dia 23 de setembro, organiza uma mesa redonda em que participam os chefes da FAO e da UNEP, bem como representantes da União Europeia, para destacar a necessidade urgente de acelerar a ação coletiva para reduzir a perda e o desperdício de alimentos, num apelo claro à ação do setor público (autoridades nacionais e locais), do privado (empresas, incluindo produtores), bem como dos cidadãos, para priorizar ações e avançar com a inovação, que permitam reduzir a perda e o desperdício de alimentos e contribuir para restaurar e reconstruir sistemas agroalimentares mais sustentáveis.

Já a Comissão Europeia assinala a data com o lançamento de uma nova plataforma de prevenção das perdas e desperdício alimentares, a qual funcionará como um balcão único, acessível a todos os operadores económicos preocupados com esta temática. Será um espaço dedicado à partilha de informação, com áreas dedicadas a cada Estado Membro e em que se podem encontrar novidades sobre projetos e soluções na área da prevenção e redução do desperdício alimentar.

Para aceder à plataforma de prevenção das perdas e desperdício alimentares: https://ec.europa.eu/food/safety/food_waste/eu-food-loss-waste-prevention-hub/
#FoodWasteEU #EUFLWPHub #FLWDay

Fonte: Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral

O Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, abriu a porta a uma proibição do consumo de carne de cão no país, um costume que se tornou uma vergonha internacional, revelou o seu gabinete.

“Não terá chegado o momento de considerar prudentemente a proibição do consumo de carne de cão?”, disse Moon ao primeiro-ministro, Kim Boo-kyum, de acordo com a porta-voz presidencial citada pela agência France-Presse.

A recomendação foi feita durante uma apresentação do plano para melhorar o sistema de tratamento dos animais abandonados, disse a porta-voz.

A carne de cão é um alimento popular na Coreia do Sul, com estimativas de até um milhão de animais consumidos por ano.

Mas o seu consumo tem diminuído à medida que os sul-coreanos passaram a ver os cães mais como companheiros do que como alimento.

O consumo de carne de cão tornou-se tabu entre as gerações mais jovens e a pressão dos ativistas animais tem aumentado na Coreia do Sul.

A indústria de animais de estimação está a crescer na Coreia do Sul, com cada vez mais famílias a viverem com um cão em casa, a começar pelo chefe de Estado.

Moon Jae-in nunca escondeu o seu amor por cães e tem vários na sua residência presidencial, incluindo um rafeiro que resgatou depois de tomar posse.

Esta adoção foi uma das suas promessas de campanha e Tory tornou-se o primeiro cão a ser levado de um centro de acolhimento de animais para a Casa Azul, o palácio presidencial em Seul.

A lei de proteção dos animais da Coreia do Sul centra-se na proibição do abate cruel de cães e gatos, mas não proíbe o seu consumo.

As autoridades têm recorrido a este e outros regulamentos de higiene para reprimir as quintas de criação de cães para consumo alimentar e os restaurantes que servem a sua carne antes de eventos internacionais, como os Jogos Olímpicos de Inverno de 2018.

Fonte: Greensavers

Arrancou em agosto, mas a areia e o sal do mar intrometeram-se na mensagem. É por isso que agora, na rentrée e quando a vida tende para a normalidade, a campanha europeia da EFSA (autoridade para a segurança alimentar) ganha novo fôlego e prolonga-se por mais duas semanas, pelos menos.

A importância da mensagem que ficou perdida nos dias de verão ditou este alongar de posts nas redes sociais, que fazem a exaltação da Ciência, numa época em que ela precisa tanto de massagem ao ego. O tema aqui pode não ser as vacinas anti-Covid, mas é também pertinente lembrar que temos o sistema alimentar mais seguro do mundo e que duvidar dele a partir de um país privilegiado da Europa é fazê-lo de barriga cheia, para usar um termo relacionado com a comida.

Por cá, a ASAE, a autoridade nacional para a segurança alimentar, escolheu tratar temas como a utilidade dos aditivos alimentares, a importância de ler os rótulos, os perigos da acrilamida ou a fascinante diversidade das abelhas. Estes conteúdos têm sido divulgados em diversas plataformas digitais, sempre com a assinatura #EUChooseSafeFood.

O target principal da mensagem anda na casa dos 25-45 anos. “Queremos dizer aos pais que podem fazer as suas escolhas saudáveis para as crianças sem qualquer receio, que estejam tranquilos que as autoridades estão atentas, que comam frutas e legumes da época, pois os resíduos tóxicos foram analisados pelos peritos”, exemplifica Filipa Melo de Vasconcelos, subinspetora geral da ASAE, responsável pela implementação da campanha no País.

A informação mais completa e detalhada poderá ser encontrada no site nacional da campanha europeia, sempre com a garantia de um perfil ligeiro, simples e objetivo.

Esta campanha, explica a subinspetora geral da ASAE, surge 20 anos depois da criação da EFSA e da general food law e na sequência de um inquérito ao setor para aferir a forma como os stackholders olhavam para a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar. Resultado? Ninguém lhe dava a devida importância e, muitas vezes, a culpa é da forma intrincada como se passa a mensagem.

“Já existe um novo regulamento de transparência e sustentabilidade para ir de encontro às conclusões do inquérito e esta campanha é o primeiro balão de ensaio. Pretende-se que ela restitua a confiança nos consumidores, mostrando que tudo o que é feito na Europa, nesta matéria, tem a Ciência por trás”, explica Filipa Melo de Vasconcelos.

“Protegemos o consumidor do prado ao prato, desde a fiscalização dos resíduos tóxicos na produção, ao controlo dos aditivos alimentares até à rotulagem dos alergénicos”, conclui. Depois, ainda há um alerta rápido no caso de se detetar risco num determinado género alimentício – nessa caso, faz-se a sua recolha imediata do mercado. Para que o perigo se aproxime o mais possível do zero, graças à Ciência.

Fonte: Visão

O Governo britânico vai negando: não, nada disto tem que ver com o Brexit. Os que ainda não esqueceram o referendo que afastou o Reino Unido da União Europeia não têm dúvidas: é precisamente essa decisão que está a causar a falta de combustíveis e produtos perecíveis que se está a começar a fazer sentir com mais frequência no país - é que, sem pessoas para trabalhar na agropecuária e na agricultura e sem pessoas para transportar materiais perigosos em poucos dias, a escassez começa a ver-se nas prateleiras dos supermercados.

Muitos empresários e representantes dos sectores dos transportes e alimentação criticam o Governo britânico por não ter conseguido antever o facto de que as novas regras do Brexit iriam deixar de permitir a entrada livre de europeus - que eram a principal força de trabalho em alguns sectores com grande necessidade de trabalhadores menos qualificados. Para o Governo britânico, a culpa é mesmo da pandemia.

"O problema é mundial e seguramente [existe] em toda a Europa. Na verdade, o Brexit ajudou a encontrar algumas das soluções", argumentou o ministro dos Transportes, Grant Shapps, à BBC, no início da semana passada. O ministro referiu que as alterações feitas recentemente para aumentar o número de exames de condução para veículos pesados, reduzindo algumas formalidades ou eliminando requisitos técnicos, "não poderiam ter sido feitas na UE". Na mesma entrevista, Shapps disse que a pandemia é “a principal razão” para estes atrasos. Por outro lado, a pandemia impediu a formação de muitos condutores britânicos, pelo que a falta de europeus ainda se fez sentir mais.

ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEL COM PROBLEMAS

Alguns postos de gasolina no Reino Unido foram forçados a fechar. A BP disse na quinta-feira, citada pelo “Guardian”, que cerca de 100 das suas bombas de gasolina estavam com falta de pelo menos um tipo de combustível, com várias forçadas a fechar totalmente devido à falta de entregas. A Esso também informou que alguns dos seus postos de abastecimento, que funcionam adjacentes à cadeia de supermercados Tesco Express, foram afetados.

Brian Madderson, presidente da Associações dos Revendedores de Combustível, disse à Associated Press que dois terços dos seus 5500 membros relataram ter ficado sem combustível durante o fim de semana. Membros do exército estão a ser treinados para o transportes de combustíveis mas Madderson ainda não recebeu do Governo qualquer data indicativa para o início dos turnos destes soldados.

Durante o fim de semana, vídeos aéreos mostraram na televisão e nas redes sociais as enormes filas nas bombas de gasolina de todo o país - o que, por sua vez, levou ainda pessoas a procurar abastecer os seus veículos. Rod McKenzie, da Associação de Transportadores do Reino Unido, acusou o Governo de “liderar por inércia”. Citado pelo "Guardian", acrescentou que uma forma de resolver o problema seria atribuir “vistos sazonais” para motoristas estrangeiros. Uma solução que muitos sectores, não só o dos transportes de mercadorias, têm repetidamente endereçado ao Governo do primeiro-ministro, Boris Johnson.

No sábado o Executivo acabou por ceder: vão ser emitidos 5000 vistos temporários, cuja vigência acaba na véspera de Natal. Tão rápida quanto a decisão foi a crítica: muitos empresários já vieram dizer que vistos específicos para a época de Natal e apenas destinados a um sector não são a solução duradoura de que a cadeia de abastecimento britânica precisa. Além disso, Grant Shapps já tinha dito, numa carta ao deputados, que não defende o colmatar de lacunas laborais com "mão de obra estrangeira".

UM MILHÃO DE EMPREGOS POR PREENCHER

Um relatório recente da consultora Grant Thornton concluiu que há quase um milhão de vagas no Reino Unido. Metade destas vagas encontra-se nos sectores de restauração, hotelaria e entregas, indústrias que nas últimas duas décadas dependeram fortemente da força de trabalho da UE.

O mesmo relatório revelou que 1,3 milhões de trabalhadores que deixaram o Reino Unido quando a pandemia começou e ainda não regressaram. “A hipótese de que as cadeias de abastecimento de alimentos possam chegar ao ponto de rutura é real”, lê-se no estudo. Isto porque as falhas afetam todas as etapas da produção: da pessoa que apanha a fruta até à pessoa que serve a sobremesa feita com essa fruta. Por isso, dizem os críticos, mesmo que se encontre forma de levar o combustível às bombas de gasolina, é pouco provável que isso resolva o problema das fábricas de processamento de carne, do retalho, da assistência social, principalmente a idosos, do sector da limpeza, lares e até de empresas como a Amazon - todos estão a competir para conseguir contratar pessoas por salários relativamente baixos, para tarefas que não exigem de quem as venha a executar habilitações académicas específicas.

“AS PESSOAS QUE COSTUMÁVAMOS TER AQUI A DEPENAR E EMBALAR OS NOSSOS PERUS JÁ NÃO PODEM ENTRAR”

O Reino Unido pode enfrentar uma “escassez nacional” de perus no período que antecede o Natal, causada pela falta de mão de obra após o Brexit, disse também à Associated Press a diretora da Associação de Produtores Tradicionais de Peru, Kate Martin.

As pessoas que comprarem perus nas pequenas quintas perto de onde vivem, e que funcionam como negócios familiares, possivelmente não terão problema em guarnecer a mesa do tradicional peru com nozes, arandos e outros recheios, mas, segundo Martin, “as prateleiras dos supermercados provavelmente vão ver-se mais vazias”. Os membros da associação de Martin receberam até agora cinco vezes mais pedidos do que no mesmo período do ano passado.

E não é apenas a mão de obra em si: o dióxido de carbono para atordoar os animais para abate e o gelo seco para manter os produtos frescos também está a faltar.

“A razão de estarmos a viver todos esses problemas é inteiramente por causa do Brexit e nada mais”, disse ao “Business Times” Paul Kelly, dono de uma das principais quintas de produção de peru em Essex, no sudeste de Londres. “As pessoas que costumávamos ter aqui a depenar e embalar os nossos perus já não podem entrar.”

O principal partido da oposição, o Partido Trabalhista, não tem feito uma forte oposição ao Governo porque a palavra ‘Brexit’ adquiriu a força de uma maldição. Mas Andrew Adonis, membro das Câmara dos Lordes e um dos mais ferozes defensores da UE dentro dos trabalhistas, escreveu recentemente no seu blogue que não consegue entender a posição do seu partido: “É inacreditável que uma organização que se apelida ‘oposição’ não possa opor-se ao estado de coisas porque não se atreve a mencionar a palavra ‘Brexit’.

Fonte: Expresso

Campanha Nacional - "Reciclar no sentido certo"

  • Tuesday, 28 September 2021 09:54

Já conhece o destino certo para os equipamentos elétricos e eletrónicos que já não funcionam?

 A ASAE associa-se às autoridades competentes - Agência Portuguesa do Ambiente e a Direção-Geral das Atividades Económicas, que em colaboração com as três entidades gestoras de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (REEE) licenciadas a nível nacional, lançam uma campanha com o mote “Reciclar no sentido certo”.  

Faça também parte desta campanha nacional e dê o sentido certo aos seus resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos garantindo assim o seu encaminhamento para a reciclagem. Dê um sentido certo aos seus comportamentos ambientais. 

Mais info em: www.reciclarnosentidocerto.pt 

Fonte: ASAE

A Friends of Glass Portugal, plataforma de consumidores que defende a utilização de embalagens de vidro e a sua reciclagem, apresenta os primeiros resultados do estudo independente “Hábitos de Consumo e Reciclagem dos Portugueses”. Em termos ambientais, o vidro é o material de embalagem preferido de 66,5%, muito à frente do plástico (13%) e da lata/alumínio (11%).

Dos 22,5% para quem o impacto ambiental das embalagens ainda não é uma prioridade, 67% admite ter outras preocupações, como o preço ou a comodidade, e 35% nunca pensou no impacto ambiental das embalagens dos produtos que consome.

É por isso que a Friends of Glass visa aumentar a consciência ambiental dos portugueses, na tomada de decisões de compra mais responsáveis. Para este efeito, realiza, desde 2019, campanhas de comunicação em Portugal, com o objetivo de promover o consumo de produtos embalados em vidro, o único material fabricado com matérias primas 100% naturais, que não prejudica a saúde nem o ambiente e que pode ser reciclado infinitas vezes.

Hábitos de reciclagem de vidro

O hábito de reciclar vidro é já uma rotina para a maioria dos portugueses, sendo que 78% dos que reciclam fazem-no numa base semanal. De notar que 81% dos portugueses que separam e reciclam as suas embalagens de vidro usadas fá-lo por questões ambientais.

Para Beatriz Freitas, secretária-geral da AIVE (Associação dos Industriais de Vidro de Embalagem), estes resultados “revelam o impacto do trabalho de consciencialização desenvolvido pela associação e outras entidades, no sentido de promover um estilo de vida que inclua o vidro como opção de eleição em termos de embalagem, por três motivos principais: sustentabilidade da reciclagem, saúde e sabor. Ainda há um longo caminho a percorrer para atingir os objetivos definidos para o país, mas estes resultados reforçam sem dúvida a nossa confiança“.

Um hábito necessário

Outros motivos indicados pelos portugueses para reciclar passam pelo facto de terem um vidrão à porta de casa (43%) e por uma questão de organização doméstica (22%). Já dos portugueses que ainda não reciclam, a maioria (49%) admite não ter as condições ideais, em casa em termos de organização e espaço para separar os resíduos, e 36% não tem ecoponto próximo.

Em relação a estes dados concretos, Beatriz Freitas evidencia, contudo, que “não podemos esquecer que a reciclagem dos resíduos que produzimos tem que ser vista como uma necessidade e não de acordo com a nossa comodidade. A taxa de reciclagem do vidro é de 52% em Portugal, muito abaixo do ideal, ou seja, apenas cinco em cada 10 embalagens de vidro são recicladas. Para cumprir com as metas definidas para o nosso país, precisamos de chegar a 70%, em 2025 ,e a 75%, até 2030“.

Questionados sobre o que os motivaria a reforçar os seus hábitos de reciclagem, 52% dos portugueses refere ser necessária mais informação sobre boas práticas, dicas de separação dos resíduos, horários e locais de recolha e 42% indica ainda que ter pontos de recolha mais próximos seria relevante.

Fonte: Grande Consumo

Portugal, que é o oitavo maior produtor olivícola do mundo, deve registar uma “produção recorde” de 150 mil toneladas de azeite na campanha de 2021/2022, revelou hoje a maior associação nacional do setor.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a Olivum – Associação de Olivicultores e Lagares do Sul, com sede em Beja, adiantou que a campanha “arranca a 15 de outubro” e, tendo em conta dados do Instituto Nacional de Estatística e do portal Pordata, é esperada “uma produção recorde de 150 mil toneladas de azeite” em Portugal.

No caso do Alentejo, responsável por “85%” do azeite produzido no país, é igualmente esperada uma produção “recorde” na nova campanha, acrescentou à Lusa o diretor executivo da Olivum, Gonçalo Almeida Simões.

A produção de azeite no Alentejo pode chegar “às 20 toneladas por hectare”, disse.

Segundo a Olivum, para esta previsão contribuíram “uma floração que decorreu sem problemas”, a “pluviosidade em quantidade certa” e a “quase ausência de pragas”.

A produção esperada “é uma conjugação concertada do crescimento do setor, da tecnologia de precisão aplicada ao setor e das boas condições edafoclimáticas neste ano”, reforçou Gonçalo Almeida Simões.

O responsável argumentou ainda que o setor “está no ‘top’ dos rankings em termos de sustentabilidade ambiental”, dada a “reduzida utilização de água”, uma “diminuta aplicação de fitofármacos” e um “relevante sequestro de carbono”.

Portugal é atualmente o oitavo maior produtor nacional de azeite em todo o mundo, sendo o olival moderno “responsável por 80% da produção nacional de azeite”.

O país é ainda o primeiro no mundo “em termos de qualidade”, ao produzir “95% de azeite virgem e virgem extra”, à frente dos Estados Unidos da América, Espanha e Itália, acrescentou a associação.

No comunicado, a Olivum lembrou que Portugal “garante desde 2014 a sua autossuficiência em azeite” e que as exportações “têm crescido de forma marcada nos últimos anos”.

Em 2020, as vendas de azeite para o estrangeiro representaram “cerca de 600 milhões”, existindo “a perspetiva de superação deste valor” este ano.

O investimento no setor olivícola em Portugal “permitiu passar de 80 mil toneladas em 2014 para 135 mil toneladas de azeite produzido em 2019”, indicou ainda a associação.

“As empresas a atuar são maioritariamente portuguesas” e conseguiu-se “atrair investimento direto estrangeiro de países como Espanha, Inglaterra, Chile, Arábia Saudita, Suíça ou Dinamarca”, acrescentou.

A Olivum, que diz ser “a maior associação portuguesa” do setor, representa 100 associados, 300 explorações e 14 lagares, num total de 42 mil hectares de exploração agrícola no Alentejo e Ribatejo.

Fonte: Agroportal