Um homem de 72 anos foi identificado e autuado depois de a GNR encontrar numa viatura duas mil pinhas mansas, cuja colheita é proibida até ao fim deste mês, mesmo que estejam no chão.
Foram apreendidas na passada segunda-feira cerca de duas toneladas de pinhas mansas, Pinus pinea, no concelho do Montijo, informou a GNR em comunicado de imprensa.
Depois de uma ação de fiscalização rodoviária ter encontrado 45 sacos de pinhas mansas no interior de uma viatura, foi identificado um homem de 72 anos que recebeu um auto de contraordenação por colheita de pinhas fora do período legal. É que só se podem apanhar pinhas de pinheiros mansos entre 1 de dezembro e 31 de março, mesmo que se encontrem no chão, porque se está na época de defeso, explica a GNR, cujo Núcleo de Proteção Ambiental desenvolveu esta ação com o Destacamento de Trânsito de Setúbal.
A proibição visa salvaguardar “o crescimento e desenvolvimento da pinha e do pinhão e evitando a colheita da semente com deficiente faculdade germinativa e mal amadurecida”, esclarece a mesma nota à comunicação social.
O pinheiro-manso “é uma espécie florestal com um crescente interesse económico, cuja importância do comércio externo de pinha e de pinhão tem contribuído para a promoção de importantes dinâmicas económicas à escala regional, uma vez que o pinhão produzido em Portugal é de todos o mais valorizado pelas suas características nutricionais”, acrescenta a GNR.
Fonte: Observador
Os produtores de leite e de carne da ilha Terceira, nos Açores, vão fazer uma marcha lenta, com tratores e carrinhas, em Angra do Heroísmo, na sexta-feira, em protesto pelo preço pago pela indústria, anunciaram.
“A manifestação é para mostrar a indignação dos produtores e para perceberem que não é só o presidente da associação que manifesta o descontentamento. Há um descontentamento geral, quer dos produtores de leite, quer dos produtores de carne da ilha Terceira”, adiantou, em declarações à Lusa, o presidente da Associação Agrícola da Ilha Terceira (AAIT), José António Azevedo.
Segundo o dirigente, a ideia partiu de um grupo de produtores, que pediu apoio à associação na organização de uma manifestação, em que esperam uma adesão elevada. “Neste momento já temos a garantia de mais 100 tratores com reboques”, avançou José António Azevedo.
A manifestação surge na sequência do anúncio do aumento de um cêntimo no preço do litro de leite pago aos produtores das ilhas Terceira e Graciosa, pela União das Cooperativas de Laticínios Terceirense (Unicol).
"É ridículo. Um aumento de um cêntimo por litro de leite representa 3,7% de aumento, quando em média os fatores de produção já manifestam um aumento de 25%. Ninguém tem margem de lucro de 20% para poder absorver o remanescente dos aumentos que se estão a verificar”, apontou o presidente da AAIT.
O preço base pago ao produtor por litro de leite na ilha Terceira é de 25 cêntimos (já depois do aumento), valor que, segundo os produtores, não acompanha a inflação registada nos fatores de produção.
“Foi-nos anunciado um aumento e não há perspetiva de evolução do preço. Para que se possa acompanhar a evolução de todos os fatores de produção, o leite também tem de aumentar, pelo menos 20 a 25%, o que representa cinco a seis cêntimos”, salientou José António Azevedo.
Segundo o dirigente da AAIT, o problema, que “é transversal às outras ilhas e até mesmo ao continente português”, tem levado muitos produtores a pensar “em abandonar o setor”.
“Portugal está na cauda da Europa, em termos de preço pago ao produtor, no leite. Não se compreende, quando outros países, que têm uma produção idêntica a Portugal, já há muito que subiram o preço do leite ao produtor“, afirmou.
Os produtores querem também apelar, com esta manifestação, ao Governo Regional dos Açores para que crie mecanismos de salvaguarda no programa comunitário POSEI, para que “não fiquem obrigados a produzir leite barato para alimentar as indústrias, que não fazem o pagamento devido ao produtor”.
“Têm de se criar mecanismos de salvaguarda, pelo menos para que os produtores não tenham de pegar no dinheiro dos apoios que vêm de Bruxelas, produzir leite barato para entregar às indústrias e as indústrias levarem a mais-valia desse leite transformado para fora da região. É o que está a acontecer neste momento”, acusou o presidente da AAIT.
O protesto dos produtores de carne e de leite da ilha Terceira está marcado para as 10h de sexta-feira (11h em Lisboa), com saída da zona industrial de Angra do Heroísmo, com “tratores agrícolas, carrinhas e tanques de leite”, numa marcha lenta em direção à cidade.
José António Azevedo disse que a ação pode ser apenas “o início de uma batalha que vai ter de ser feita”.
Fonte: Observador
“O vírus Schmallenberg circula em elevadas altitudes e é endémico em rebanhos de ovinos no centro de Portugal, incluindo em rebanhos com movimentação restrita”, revelou uma investigação de doutoramento em Ciências Veterinárias de Fernando Esteves, apresentada na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), noticia o Notícias de Vila Real. Recorde-se que os primeiros casos na Europa deste vírus, conhecido pela sigla SBV, remontam a 2011. Em 2018, já tinha sido detetada a presença em Portugal.
Para conhecer a epidemiologia do SBV em Portugal, o investigador realizou “um estudo serológico para estimar a presença de imunoglobulina G contra esse vírus em ovinos, consistindo tal, numa amostragem aleatória estratificada nas cinco regiões de Portugal continental (Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve)”.
A investigação deu atenção especial à região da Serra da Estrela, uma área geográfica de elevada altitude e baixa temperatura, fatores hostis à circulação do inseto responsável pela transmissão da doença. Dessa maneira, foram envolvidas 168 ovelhas distribuídas por 42 rebanhos registados oficialmente como detentores de animais da raça Serra da Estrela.
Para se aferir do nível de importância da circulação, desenhou-se uma investigação serológica longitudinal de dois anos, usando amostras de leite de tanque de 68 explorações. Foi observada uma diminuição da seroprevalência com 92,6% das amostras de leite de tanque positivas em 2015 e, 77,9% em 2016 (p = 0,027).
O estudo relata que as diferenças observadas ao nível dos rebanhos, nos valores de seroprevalência de 2015 e 2016 parecem estar de acordo com os dados observados em outros países europeus. Nesses países, após um comportamento epidémico de disseminação do vírus Schmallenberg , seguiu-se uma diminuição do número de infeções.
Fonte: Agroportal
O Festival da Batata Doce de Aljezur, no Algarve, vai retomar o formato presencial depois de uma interrupção em 2020 devido à pandemia de covid-19, mas ainda com algumas restrições para adaptá-lo à realidade sanitária, disse a organização.
Em declarações à Lusa, António Carvalho, vereador da Câmara de Aljezur, que organiza o evento, disse que o levantamento das restrições sanitárias para eventos levou o município a decidir retomar o formato presencial, entre 26 e 28 de novembro, embora adaptado às normas em vigor para evitar contágios de covid-19.
“A batata doce IGP [Indicação Geográfica Protegida] só existe aqui em Aljezur, é um produto de excelência e de identidade do território”, referiu, sublinhando que, depois da realização de uma feira ‘online’, no ano passado, este ano o município considerou que fazia sentido o evento voltar a abrir portas.
Aquele responsável justificou a decisão de recuperar o formato presencial com a necessidade de “manter o interesse à volta da batata doce, porque tem um efeito na economia local muito interessante” e uma relação com o território daquele concelho do distrito de Faro.
“Temos forte presença de doceiras que se dedicam à batata doce e para elas, se há alguns anos faziam isto por carolice, durante o fim de semana do festival, hoje em dia não já muitas delas têm de levar isto a sério, porque as encomendas são cada vez mais e a procura maior”, argumentou.
António Carvalho disse que o festival vai realizar-se num “espaço coberto, que dá conforto, mas que também cria uma limitação adicional, porque a partir dos 1.000 visitantes é necessária a apresentação de certificado de vacinação da covid-19 ou a realização de teste à entrada”, onde estarão “equipamentos que vão ajudar a controlar acesso”.
O recinto terá capacidade para “6.000 pessoas em simultâneo”, mas haverá “condicionantes”, dando o exemplo da área da alimentação, na qual “as pessoas levarão o tabuleiro para a mesa e depois, no final, o espaço será higienizado por equipas formadas para o efeito”, adiantou.
A mesma fonte revelou que a limpeza e desinfeção verá o seu custo habitual de entre 15 a 20.000 euros “triplicar” para cumprir as exigências sanitárias, situação que levou a organização a deixar os restaurantes fora do recinto e apenas ter no local associações locais “com petiscos mais simples”.
No entanto, acrescentou, os restaurantes do concelho vão ter “em sua casa receitas de batata doce” para serem degustadas pelos visitantes fora do recinto, onde a animação também será “transeunte” e não estará concentrada num só local.
“Na área de expositores, que também ela sofreu algumas reduções pelo facto de ainda estarmos em pandemia, temos a presença de artesanato local e tudo o que são produtos que derivam da batata doce”, referiu.
A iguaria pode também ser “vendida em sacos” e apreciada “assada nos fornos de lenha existentes no espaço” ou “frita, como faziam antigamente, com canela ou sem”.
O Festival da Batata-doce de Aljezur decorre nos dias 26 (sexta) e 27 (sábado) das 12:00 às 24:00 e no dia 28 (domingo), das 12:00 às 22:00.
Fonte: Agroportal
Período obrigatório de declaração
No mês de dezembro, decorre mais um período obrigatório de Declarações de Existências de Suínos (DES), conforme Aviso PCEDA (Plano de Controlo e Erradicação da Doença de Aujeszky) da Direção Geral de Alimentação e Veterinária, publicado neste portal.
A declaração das existências de suínos poderá ser efetuada diretamente pelo operador na Área Reservada do portal do IFAP, ou em qualquer departamento dos Serviços de Alimentação e Veterinária Regionais ou ainda nas organizações de agricultores protocoladas com o IFAP, através do Mod.800/DGV desmaterializado.
Para o efeito deverão ser seguidas as instruções constantes no portal da DGAV.
Fonte: DGAV
A capital da Finlândia, Helsínquia, anunciou que a partir de janeiro de 2022, os eventos públicos organizados pela cidade com serviço de catering não terão carne. A nova regra irá abranger reuniões, workshops, seminários, mas poderá ser contornada com devida justificação em visitas de alto nível ou eventos semelhantes.
O principal objetivo da Câmara Municipal é reduzir o impacto climático da alimentação, bem como a quantidade de recursos naturais utilizados pela cidade.
No menu destes eventos constarão apenas refeições vegetarianas sazonais e/ou peixe pescado localmente e de forma responsável, e produtos que respeitem as regras do Comércio Justo, como por exemplo o café, o chá e as bananas. O leite será substituído por leite vegetal, e as bebidas serão servidas em jarros. Paralelamente, não existirão talheres e embalagens descartáveis, e os convidados terão de completar um registo para evitar o desperdício de alimentos.
A Sociedade Ponto Verde (SPV) está a celebrar o seu 25.º aniversário, e a pensar nos portugueses e no Gervásio – o ícone da reciclagem -, decidiu lançar um novo passatempo.
É sob o mote “Juntos a Reciclar, todos a festejar!” que a SPV vai premiar a criatividade na confeção de um bolo de banana, o favorito do chimpanzé Gervásio, e o conhecimento sobre a correta separação das embalagens utilizadas. Os participantes habilitam-se a ganhar um dos 25 prémios disponíveis da iniciativa, que vão desde trotinentes e bicicletas elétricas, a uma escapadinha na natureza.
Para participar deve confecionar o bolo da maneira mais criativa possível, juntar as embalagens utilizadas e indicar os ecopontos onde as mesmas devem ser depositadas. Envia uma fotografia para o número de WhatsApp do Gervásio +351 914 619 286, seguir a página de Instagram e colocar um “gosto” na publicação alusiva ao passatempo. O prazo para participação encerra no dia 23 de novembro.
É hoje divulgado na COP26 em Glasgow o Índice de Desempenho das Alterações Climáticas (CCPI – Climate Change Performance Index) dos países, uma ferramenta da organização não-governamental de ambiente alemã Germanwatch e do NewClimate Institute, publicado em conjunto com a Rede Internacional de Ação Climática (Climate Action International – CAN International).
O CCPI analisa e compara a proteção do clima em 62 países (mais a União Europeia como um todo) com as emissões mais elevadas, que no total representam 92% das emissões globais. Trata-se de um instrumento destinado a aumentar a transparência do desempenho e das políticas climáticas internacionais.
Os países escandinavos estão a liderar o caminho de proteção do clima, juntamente com Marrocos e o Reino Unido. A Dinamarca, Suécia e Noruega ocupam respetivamente as posições quatro a seis no novo Índice, permanecendo o pódio vago porque, até agora, nenhum país adotou o caminho necessário para manter o aquecimento global dentro do limite de 1,5°C, como define o Acordo de Paris.
Este ano, Portugal encontra-se na 16.ª posição, um lugar acima do obtido em 2020. O país faz assim parte do grupo de países com classificação “alta”, a mais elevada atribuída, já que nenhum consegue atingir a classificação “muito alta”. Comparativamente a Espanha, Portugal está dezoite lugares à frente, e seis lugares acima da União Europeia.
No entanto, as emissões per capita (excluindo florestas e uso do solo), assim como o uso de energia per capita, ainda estão a aumentar, enquanto a parcela de energia renovável no uso de energia tem vindo a aumentar menos, o que levou a classificações baixas nos respetivos indicadores de tendência (2014-2019).
Os peritos da ANP|WWF, Quercus e ZERO contribuíram para a avaliação das políticas climáticas nacionais e internacionais de Portugal. É apontado que a neutralidade climática deveria ser definida em políticas ou metas setoriais em Portugal (por exemplo, agricultura e transportes), e salienta-se a necessidade de acabar com subsídios aos combustíveis fósseis, um elemento agora presente na Lei Portuguesa do Clima.
Os especialistas avaliam a parcela de eletricidade renovável como suficiente, embora, ao mesmo tempo, apelam a novas políticas que priorizem a energia fotovoltaica descentralizada. Existe ainda espaço para melhorias nas opções tecnológicas adotadas, nem sempre as mais adequadas – é o caso das centrais a biomassa – cuja sustentabilidade também deverá começar a melhorar após a entrada em vigor da Lei do Clima (a lei prevê a interdição do recurso a madeira de qualidade, biomassa de culturas energéticas e biomassa residual procedente de territórios longínquos para a produção de energia a partir de biomassa).
No setor dos transportes, é necessário um caminho claro de descarbonização. Os profissionais observam que faltam desincentivos para o uso do carro particular e pedem mais investimentos no transporte público. No entanto, reconhecem que existem incentivos financeiros para compradores e proprietários de carros elétricos e bicicletas. Considera-se como positivo as famílias receberem apoio para aumentar a eficiência energética para edifícios, embora a acessibilidade e a quantidade de tais programas devam ser aumentadas. Apontam também para medidas fiscais verdes bem-sucedidas nas áreas de energias renováveis e transportes, às políticas de eficiência energética no setor da indústria e à nova legislação no setor florestal.
É de realçar que nos setores não energéticos, em particular a floresta e agricultura que ocupam no conjunto cerca de 80% do território nacional, e como tal têm inevitáveis impactos ao nível das alterações climáticas, há um desajustamento das medidas e políticas públicas, de modo a favorecer a redução do consumo de energia e aumentar o sequestro de carbono, como por exemplo a falta de medidas de apoio ao investimento em folhosas autóctones, aposta no aumento significativo das áreas irrigadas e da produção intensiva monocultural.
Fonte: Greensavers
A pandemia do novo coronavirus implicou uma maior procura de plástico de uso único e uma equipa de investigadores calculou em oito milhões de toneladas os resíduos causados pelo seu descarte, das quais 25 mil entraram no oceano.
O maior uso de máscaras, luvas e protetores faciais, entre outros objetos de plástico, aliado à sua má gestão, significa que parte importante acabe em rios e oceanos, o que agrava este problema mundial, segundo o estudo publicado na revista PNAS.
A investigação foi dirigida por cientistas da universidade chinesa de Nanking e da norte-americana da Califórnia em San Diego.
Os investigadores apuraram que a maior parte dos resíduos plásticos mundiais da pandemia chega aos oceanos a partir dos rios, com os asiáticos a representarem 73% do total.
Os rios que mais contribuem para esta contaminação são o Shatt al-Arab, o Indo e o Yangtze, que desembocam, respetivamente, no Golfo Pérsico, no Mar Arábico e no Mar da China Oriental.
Fonte: Greensavers
Pimentos doces, uvas de mesa, maçãs e peras
Com vista a evitar entraves desnecessários ao comércio, as normas de comercialização específicas relativas aos pimentos doces, uvas de mesa, maçãs e peras, previstas no Regulamento de Execução (UE) nº 543/2011, foram harmonizadas com as novas normas da UNECE, tendo sido assim este regulamento alterado pelo Regulamento Delegado (UE) ) 2021/1890.
Poderá aceder a mais informação relativa à normalização de hortofrutícolas no Portal da DGAV.
Fonte: DGAV
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