As Autoridades Suecas rastrearam a origem de um surto de Salmonella até uma marca de bolachas de chocolate da Polónia.
Entre o final de dezembro de 2020 e o início de abril de 2021, 32 pessoas adoeceram após a infeção com o mesmo tipo de Salmonella Enteritidis. Dezanove pacientes eram crianças com menos de 10 anos, enquanto nove pessoas tinham mais de 70 anos. Dezassete mulheres e 15 homens foram afetados.
O surto foi investigado por unidades locais de controlo de infeção, Agência Nacional de Alimentos (Livsmedelsverket) e Agência de Saúde Pública da Suécia (Folkhälsomyndigheten) com a primeira atualização em fevereiro, quando 12 pessoas estavam doentes.
Por meio do programa nacional de vigilância microbiana, a Agência de Saúde Pública da Suécia identificou vários casos infetados com o mesmo tipo de Salmonella Enteritidis.
As unidades locais de controlo de infeção entrevistaram os doentes sobre o que comiam e onde compravam alimentos antes de adoecerem. Isso identificou a fonte suspeita de infeção como um tipo de bolacha de chocolate vendido nas lojas da Axfood.
As análises realizadas pela Agência Nacional de Alimentos detetaram Salmonella nas bolachas de chocolate da marca Eldorado. A Axfood divulgou uma retirada do lote em questão, originário da Polónia.
Testes posteriores mostraram que o isolado das bolachas de chocolate era o mesmo tipo que aquele encontrado nos pacientes, o que determinou a fonte de infeção.
A retirada aplica-se a bolachas do tipo “waffers” de chocolate Eldorado, de 415 gramas com data de validade até 15 de setembro de 2021 e número de lote 350.3 E400: 56.
A Axfood pediu aos consumidores que compraram o produto em questão a devolvê-lo à loja onde foi comprado.
“Levamos isso muito a sério e estamos a investigar com o fornecedor como isso pode ter acontecido e como podemos garantir que algo semelhante não aconteça novamente”, disse Susanna Wadegård, responsável de qualidade da Axfood.
Impacto das medidas COVID-19 em infeções de origem alimentar
Enquanto isso, um declínio em muitas doenças na Suécia no ano passado, incluindo infeções transmitidas por alimentos, foi associado a medidas postas em prática durante a pandemia de COVID-19.
Os fatores que contribuíram para a queda incluíram o seguimento das recomendações por parte da população, existindo menos contatos próximos e encontros, mantendo a distância, evitando viajar para o exterior e uma maior atenção à higienização das mãos. A redução nas consultas de saúde em 2020 também pode ter afetado a incidência de certas infeções.
O número de infeções por Campylobacter diminuiu pelo quarto ano consecutivo, apesar de um grande surto que ocorreu no verão/outono derivado de carne de aves infetada. O número era quase 6.700 em 2019 e 3.429 em 2020.
As infeções por Salmonella caíram de quase 2.000 em 2019 para 826 em 2020, o EHEC caiu de 755 em 2019 para 491 em 2020; Yersinia diminuiu de 393 em 2019 para 221 em 2020; A listeriose passou de 113 em 2019 para 88 em 2020 e o Cryptosporidium caiu de 1.088 para 638.
Relatórios detalhados sobre cada agente infecioso serão publicados ainda este ano. Outro objetivo é fazer uma avaliação mais completa dos efeitos da pandemia em outras doenças.
Fonte: Food Safety News
Um inseto australiano libertado em Portugal para controlo da acácia-de-espigas reduz de “forma significativa” a propagação desta espécie, que é “uma das piores invasoras no litoral português”, concluiu uma investigação ontem divulgada pela Universidade de Coimbra (UC).
De acordo com um estudo que acaba de ser publicado no Journal of Environmental Management, “um pequeno inseto australiano libertado em Portugal para o controlo natural da acácia-de-espigas está a reduzir de forma significativa a capacidade de propagação desta espécie”, afirmou a UC, numa nota hoje enviada à agência Lusa.
Portugal foi, em 2015, o primeiro país da Europa continental a efetuar a libertação intencional de um agente para controlar biologicamente uma planta invasora, depois de mais de uma década de estudos efetuados por uma equipa do Centro de Ecologia Funcional (CFE), da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC, e da Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC), do Instituto Politécnico.
Os investigadores do CFE e da ESAC, referiu a UC, efetuaram a libertação deste “agente de controlo biológico” para “controlar a acácia-de-espigas (Acacia longifolia), desde 2015, em 61 locais ao longo da costa portuguesa”.
A introdução do inseto – “uma pequena vespa australiana formadora de galhas (Trichilogaster acaciaelongifoliae), muito específica” – foi, depois, acompanhada pela equipa de especialistas, para estudar “o estabelecimento, dispersão e efeitos ao longo dos primeiros anos pós-libertação” do animal.
Os resultados dessa monitorização, agora publicados, mostram que, embora o estabelecimento inicial “tenha sido limitado pelo facto de o agente ter sido introduzido a partir do hemisfério sul, as taxas de estabelecimento aumentaram muito após a sincronização de seu ciclo de vida com as estações do hemisfério norte e fenologia da acácia-de-espigas”.
“Atualmente, observa-se um crescimento exponencial das populações, que se afastam cada vez mais dos locais de libertação”, sublinharam, citadas pela UC, Hélia Marchante e Elizabete Marchante, coordenadoras do estudo.
“Passados poucos anos, os ramos de acácia-de-espigas com galhas de Trichilogaster acaciaelongifoliae diminuíram a produção de vagens (menos 84%), sementes (menos 95%) e ramos secundários (menos 33%)”, destacaram as investigadoras.
A acácia-de-espigas, esclareceram, é uma das plantas invasoras “com maior dispersão ao longo do litoral português, onde forma extensas áreas monoespecíficas; produz milhares de sementes anualmente, que se acumulam no solo por várias décadas, e promovem a rápida reinvasão de áreas intervencionadas”.
Mas “a vespa australiana introduzida promove a formação de galhas nas gemas florais e vegetativas da acácia-de-espigas, reduzindo o seu potencial invasor”.
Francisco López-Núnez, investigador do CFE e primeiro autor do estudo, observou que, “apesar de a introdução e estabelecimento deste agente de controlo biológico ainda ser recente e ter distribuição limitada ao longo do território, os resultados agora publicados confirmam o estabelecimento com sucesso do agente em Portugal e mostram que este está a afetar de forma negativa a capacidade da acácia-de-espigas se reproduzir e crescer”.
As espécies invasoras “são uma das principais causas de perda de biodiversidade a nível global, promovendo também prejuízos elevados a nível económico e de saúde humana. A gestão destas espécies é um desafio complexo e muito dispendioso. O controlo biológico de plantas invasoras é uma ferramenta chave para a gestão mais sustentável destas espécies, mas ainda é muito pouco utilizado na Europa”, concluíram Hélia Marchante e Elizabete Marchante.
Fonte: Agroportal
A Repsol, a Agbar e a Enerkem juntaram-se para construir a a primeira fábrica de transformação de resíduos da Península Ibérica.
A fábrica terá capacidade para converter cerca de 400 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos não recicláveis em perto de 220 mil toneladas de metanol por ano, que serão transformados em plásticos renováveis ou em biocombustíveis avançados. Através da sua tecnologia, esta vai também permitir reduzir cerca de 200 mil toneladas de dióxido de carbono (CO2) anualmente.
A construção, pioneira na Península Ibérica, entrará em funcionamento em 2025, segundo prevêem as empresas. A decisão final de investimento do projeto deverá acontecer no primeiro trimestre de 2022.
O lixo marinho é uma ameaça corrente e de grande dimensão, impossível de ignorar. Em grandes ou pequenas partículas, à superfície ou no fundo do mar, a verdade é que afeta a cadeia alimentar, os ecossistemas e o Planeta como um todo. Torna-se assim cada vez mais premente procurar maneiras de garantir um futuro saudável para os oceanos.
Uma equipa da Florida State University (FSU) acaba de desenvolver uma ferramenta online que rastreia o lixo no oceano. O projeto é financiado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
A nova solução consegue fazer uma estimativa mundial desde 2010, considerando dados sobre o oceano e as correntes de ar, e indica o país de onde saem determinados resíduos e a origem dos que são encontrados na costa de outro país.
De acordo com a página, Portugal exportou em 10 anos 1,246 toneladas de lixo, sendo que 43.6% foi parar ao oceano e 56.4% foi parar às praias. França, Espanha e Marrocos foram os três países onde chegou lixo nosso. Relativamente ao lixo que chegou a Portugal, a maior parte veio do Haiti, de Marrocos, da Republica Dominicana e dos Estados Unidos. Um dos fatores chave para este acontecimento é o vento.
“O lixo marinho é encontrado em todo o mundo e não entendemos totalmente o seu impacto no ecossistema oceânico ou na saúde humana. É por isso que é importante aprender mais sobre este problema e desenvolver formas eficazes de mitigá-lo”, sublinha Eric Chassignet.
Fonte: Greensavers
O Serviço de Avisos Agrícolas é um serviço nacional do Ministério da Agricultura que tem por finalidade emitir avisos agrícolas.
Neste circular 7/2021 são emitidos os avisos agrícolas para:
ACTINÍDEA – PSA
PEQUENOS FRUTOS – POLINIZADORES
POMÓIDEAS – PEDRADO, MONILIOSE E ENTOMOSPORIOSE DO MARMELEIRO, BICHADO
PRUNÓIDEAS – MONILIOSE NAS CEREJEIRAS; LEPRA DO PESSEGUEIRO
ORNAMENTAIS – MÍLDIO E TRAÇA DO BUXO
Pode consultar o documento aqui.
Fonte: Agroportal
A Unidade de Controlo Costeiro da GNR apreendeu 459 litros de vinho por falta de rótulo e documento de acompanhamento, em Estarreja, no distrito de Aveiro, informou hoje aquela força militar.
Em comunicado, a GNR esclarece que no âmbito de uma fiscalização, realizada na segunda-feira, os militares da Guarda detetaram uma viatura que transportava diversas caixas que continham 612 garrafas de vinho verde.
“No decorrer das diligências policiais verificou-se que as garrafas de vinho não ostentavam a rotulagem obrigatória bem como o respetivo documento de acompanhamento dos produtos sujeitos a impostos especiais de consumo, sendo que o transporte de vinhos ou produtos vitivinícolas carece de documentação de acompanhamento obrigatória, o que levou à apreensão da mercadoria no valor estimado de 1.836 euros”, refere a mesma nota.
Ainda segundo a GNR, foi identificado um homem de 64 anos, tendo sido elaborado um auto de contraordenação cuja coima pode ascender aos 10.000 euros.
Fonte: Agroportal
É hoje apresentado pelo Município de Viseu, em parceria com a To Be Green, na Escola Secundária Alves Martins, um novo programa que visa reduzir o impacto ambiental das máscaras de proteção na cidade.
O projeto vai promover a reciclagem das máscaras e prevenir o descarte das mesmas. Numa primeira fase, serão colocados os primeiros contentores de recolha na Escola Secundária Alves Martins, mas posteriormente a iniciativa será alargada a outros estabelecimentos do concelho.Por outro lado, o projeto envolve ainda outras dimensões que visam promover a economia circular, nomeadamente ao nível do vestuário.
A apresentação do mesmo vai-se realizar esta tarde, pelas 15:30 horas, e conta com a presença da Presidente da Câmara Municipal de Viseu, Conceição Azevedo, e da Vereadora da Educação e Ação Social, Cristina Brasete.
Fonte: Greensavers
O futuro do retalho alimentar é digital, assim o diz a eMarketer, que lançou, recentemente o estudo “10 Key Digital Trends for 2021”, e onde, entre outras conclusões, destaca que, na venda online de alimentos, a experimentação evolui para um hábito de consumo.
Em 2020, o comércio eletrónico, e particularmente no alimentar, cresceu significativamente, fruto da pandemia. Dando como exemplo o mercado norte-americano, a consultora indica que os alimentos e bebidas foram, de longe, as categorias que mais cresceram, ao nível do e-commerce, no ano passado. Nesse sentido, dada a sua ainda relativamente baixa penetração e elevado crescimento das vendas, o alimentar será a próxima grande próxima oportunidade no e-commerce.
Apesar de considerar que alguns comportamentos poderão regredir, a eMarketer perspetiva que, em 2021, muitos consumidores comprem online os seus alimentos e demais mercearia com maior frequência. A começar, devido à duração que já leva a crise pandémica. Passado mais de um ano desde o seu início, houve já tempo para que os consumidores consolidassem os novos hábitos, como a compra online. Citando, uma vez mais dados do mercado norte-americano, a eMarketer nota que 58% dos shoppers manifesta-se confortável com a utilização de ferramentas digitais nas suas compras de base alimentar, percentagem que sobe para 71% entre a Geração Z e os Millennials.
De acordo com a consultora, outro dos motivos por que as compras de alimentos online serão mais frequentes reside no facto de ser uma experiência positiva para o consumidor médio. Não só permite poupar tempo, como é percecionada como mais segura e, ainda, quando se opta pela entrega ao domicílio, permite economizar nos combustíveis e em parqueamento.
Passa a palavra
Tendo em conta as experiências positivas, o “passa a palavra” funcionará também como uma alavanca para encorajar outros consumidores a testarem as compras de alimentos online, em 2021. Só nos Estados Unidos da América, o número de compradores de alimentos online irá crescer dos 131,6 milhões, de 2020, para 137,9 milhões, em 2021. Mais 4,8%. Entre 2019 e 2020, este número cresceu 42,6%.
De igual modo, neste mesmo mercado, as vendas de alimentos online irão crescer 17,8%, este ano, o que significa que os shoppers irão comprar mais 11% do que em 2020.
Fonte: Grande Consumo
A primeira edição da fase regional do concurso “European Food Gifts” contou com a adesão de três dezenas de produtores, sendo que cerca de 20 produtos serão apresentado a concurso.
A abertura formal do concurso será realizada pela Secretária de Estado da Valorização do Interior, Isabel Ferreira, e contará ainda com a presença do Diretor da Direção Regional da Agricultura e Pescas do Centro, Fernando Martins, reiterando a importância desta iniciativa para a valorização dos produtos endógenos e dos territórios de baixa densidade.
A iniciativa “European Food Gifts ” é desenvolvida, anualmente, pela região distinguida pelo Instituto Internacional de Gastronomia, Arte, Cultura e Turismo (IGCAT) como Região Europeia de Gastronomia. Este ano essa distinção foi atribuída à Região de Coimbra, que vai organizar o evento e acolher produtos alimentares endógenos e artesanais ligados à gastronomia de todas as regiões da Europa que pertencem ao IGCAT.
O objetivo principal desta iniciativa passa por promover cadeias alimentares e sistemas de consumo locais mais sustentáveis, identificando os melhores e mais inovadores produtos alimentares concebidos e produzidos a nível regional, que protejam a diversidade cultural e alimentar.
Os produtos a concurso, que podem ser comestíveis ou não comestíveis, devem obedecer a uma série de critérios como a autenticidade e ligação profunda ao território, o fabrico artesanal, a sustentabilidade, a portabilidade, entre outros, que serão avaliados por um júri de peritos.
O júri é composto por sete elementos que irão avaliar os produtos a concurso e determinar quais os vencedores nas diversas categorias: Branding mais criativo; Embalagem mais sustentável; Melhor narrativa; Melhor degustação; Melhor Promoção da Região; Melhor inovação em design tradicional e Melhor Interpretação Contemporânea de Artesanato tradicional.
No final serão ainda selecionados quatro vencedores gerais – dois produtos comestíveis e 2 produtos não comestíveis – para representarem a Região de Coimbra na final europeia que terá lugar dias 22 e 23 de julho na Região de Coimbra.
Fonte: Notícias de Coimbra
Ontem celebrou-se o Dia da Produção Nacional, uma data que reforça a importância de tudo o que é produzido no país e que sensibiliza a população para optar pelo consumo destes produtos ou serviços.
Quando escolhemos o que é nacional, estamos a contribuir para a economia, para a criação de emprego e para o aumento da competitividade das empresas, valorizando o que é produzido em Portugal mesmo além fronteiras. Por outro lado, ao consumirmos o que é local acabamos também por reduzir a nossa pegada ambiental, porque não necessitamos de recorrer a produtos importados. No fundo, está-se a contribuir para o país como um todo.
O “Portugal Sou Eu” é um programa que valoriza a produção nacional através de um selo, que dá a conhecer a origem dos produtos. Existem em todo o território nacional vários estabelecimentos com a distinção “Estabelecimento Aderente Portugal Sou Eu”, que confirma a venda dos mesmos no seu interior.
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