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Muitos dos alimentos que usamos fazem uma longa viagem desde climas exóticos até à bancada das nossas cozinhas. Mas o seu trajecto não tem de terminar aí – podemos conceder-lhes algumas tarefas extra antes de os condenar ao caixote do lixo. Saiba como através das dicas seguintes.

O que fazer com as borras de café?

     1.Amaciar a pele

 Esfregue-se com um esfoliante corporal feito de pó de café, óleo de coco e um pouco de açúcar mascavado. Massaje esta fórmula pela pele suavemente enquanto toma duche, enxaguando no final.

     2.Cuide das flores

Use borras de café na cobertura do solo de plantas como rosas, azaléias, rododendros, hortênsias e camélias. As borras melhoraram a acidez natural e os nutrientes que contêm o solo.

    3.Afastar as formigas

Salpique borras de café em torno das áreas infestadas de formigas, de forma a detê-las.

    4.Deter os gastrópodes

As borras podem ser também utilizadas para repelir caracóis e lesmas – para isso, polvilhe as áreas problemáticas.

    5.Simplifique a limpeza da lareira

Antes de limpar a lareira, polvilhe-a com borras de café usado humedecidas, que irão fazer pesar as cinzas e eliminar, assim, as nuvens de fumo e pó.

    6.Faça uma pintura a sépia

Mergulhe saquinhos de borras de café em água quente e use como tinteiro em tecido, papel, ou outro material, e consiga uma pintura em tons de castanho.

     7.Manter os gatos longe das plantas

Mantenha os gatos afastados do seu jardim usando uma mistura de cascas de laranja e borras de café, colocada em torno das plantas.

     8.Incentivar o crescimento das cenouras

Para aumentar a colheita de cenouras, misture as sementes com borras de café secas antes de as semear. O volume extra faz com que as sementes pequeninas sejam mais fáceis de manusear, enquanto o aroma do café pode nutrir o solo e ajudar a afastar pragas.

  O que fazer com as folhas e saquinhos de chá?

      9.Picadas e queimaduras

Sacos de chá frios aliviam em situações de picadas de insectos e queimaduras leves, incluindo queimaduras solares. Para irritações de pede em geral, pode usar folhas de chá usadas, mergulhando-as antes em água.

    10.Acalme os seus olhos

O tanino, presente no chá, tem efeitos anti-inflamatórios, daí que saquinhos frios sejam frequentemente utilizados em olhos inchados (o frio também ajuda a resolver o inchaço.)

      11.Alimentar o jardim

Use as folhas do chá como alimento para as plantas do jardim. O chá verde é rico em nitrogénio e, como bónus, as suas folhas podem repelir pragas e insectos. Esta dica é também útil para plantas de casa, por isso adicione folhas de chá usadas à água com que as rega.

     12.Melhore as plantas de vaso

Nas plantas de vaso, coloque alguns sacos de chá usados ​​na parte superior da camada de drenagem, antes de adicionar terra. Os sacos de chá irão ajudar a reter a água e a filtrar alguns nutrientes para o meio de envasamento.

      13.Neutralize o cheiro da caixa do gato

Polvilhe folhas de chá usadas e secas na caixa da areia do seu gato, para ajudar a reduzir o mau cheiro.

      14.Acabe com os odores de outros animais de estimação

Polvilhe a alcofa, cama, casota do cão ou outros lugares malcheirosos com folhas usadas secas de chá verde e elimine o mau odor.

      15.Refresque o tapete

Coloque folhas de chá secas sobre o tapete, esmague-as levemente, deixe descansar cerca de 10 minutos e depois aspire-o. Isto irá refrescar o tapete e aromatizar o seu aspirador de pó. Esta dica é especialmente útil se tiver animais de estimação.

     16.Cuide do cão

Em último caso, uma pilha de folhas de chá são um deleite para os cães se rebolarem. Além disso, o cheiro e brilho que dão ao pêlo são óptimos.

     17.Esteiras e camas frescas

No sudeste asiático, é comum lavar os colchões de palha em banheiras de água para onde o chá foi adicionado. O chá funciona como um desinfectante, por isso pode aplicar este método em tapetes de ioga e colchões de ar.

     18.Guardar no frigorífico

Se não tiver bicarbonato de sódio, use sacos ou folhas de chá verde usados e secos numa tigela pequena e aberta no seu frigorífico, de forma a ajudar a absorver odores.

      19.Lave as mãos

Livre as mãos de odores de alimentos (alho, cebola, etc.), esfregando-as com folhas de chá verde molhadas, um aromatizante instantâneo.

     20.Desinfecte superfícies da cozinha

Esfregue folhas de chá molhadas sobre tábuas de corte e outras superfícies para remover os odores dos alimentos.

Saiba ainda como conseguir obter folhas secas de chá usado:

Quando terminar de preparar o seu chá, coloque as folhas num escorredor. Pressione-as para que saia a maior quantidade de água possível, e em seguida, espalhe as folhas sobre papel. Deixe-as secar cuidadosamente, virando-as várias vezes durante o processo. Tenha em atenção que o chá molhado deixa manchas, por isso se estiver a usar folhas de chá molhadas sobre ou perto de uma superfície porosa, certifique-se de que faz este processo primeiro num outro lugar.

Fonte: Greensavers

O Grupo Parlamentar do PAN – Pessoas-Animais-Natureza conseguiu o acolhimento do Governo, em sede de discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2021, de uma medida que visa agravar a taxa de IVA dos adubos sintetizados e fertilizantes não-orgânicos de 6% para 13% em 2021, com o objetivo de fomentar a prática da agricultura em modo biológico.

É sabido que algumas práticas agrícolas, como as fertilizações, têm um impacto significativo no meio ambiente, em especial sobre os solos, a vegetação e a qualidade das águas. Os problemas de poluição causados por fertilizantes refletem-se não só sobre o ambiente, mas também sobre a saúde humana e sobre a qualidade dos produtos agrícolas.

Consulte a proposta de alteração na integra, aqui.

Fonte: Agroportal

A persistente e agravada situação pandémica tem provocado uma inibição do consumo e uma drástica redução da faturação. O inquérito mensal da AHRESP, relativo ao mês de outubro, vem revelar uma intenção de requerer insolvência de 41% das empresas de restauração e 19% das empresas de alojamento.

Ao nível do emprego, 47% das empresas de restauração e 27% das empresas de alojamento indicaram que já efetuaram despedimentos desde o início da pandemia.

A faturação do mês de outubro foi devastadora, com mais de 43% das empresas de restauração e bebidas a registarem quebras homólogas acima dos 60%. No alojamento turístico, mais de 36% das empresas registaram quebras homólogas de faturação acima dos 90%.

 

Manutenção do emprego

Como consequência da forte redução de faturação, cerca de 14% das empresas de restauração e bebidas não conseguiram efetuar o pagamento dos salários em outubro e 11% só o fez parcialmente. Cerca de 23% das empresas assumem que não vão conseguir manter todos os postos de trabalho até ao final do ano.

No alojamento turístico, 23% das empresas não registaram qualquer ocupação no mês de outubro e 30% indicou uma ocupação máxima de 10%. Para o mês de novembro, cerca de 50% das empresas estimam uma taxa de ocupação zero e mais de 24% perspetiva uma ocupação máxima de 10%. Para os meses de dezembro e janeiro, a estimativa de ocupação zero agrava-se, sendo referida por mais de 57% das empresas.

Como consequência da forte redução de faturação, cerca de 21% das empresas não conseguiram efetuar o pagamento dos salários em outubro e 9% só o fez parcialmente. Mais de 15% das empresas assumem que não vão conseguir manter todos os postos de trabalho até ao final do ano.

Estes resultados nacionais, quer da restauração e bebidas, quer do alojamento turístico, não evidenciam diferenças significativas entre as várias regiões.

 

Programa de Emergência

Perante os resultados evidenciados neste inquérito, a AHRESP elaborou e apresentou um Programa de Emergência, com 10 medidas para salvar empresas e postos de trabalho. A associação considera que, com as novas restrições em grande parte do território português, o funcionamento das atividades económicas será necessariamente agravado, sendo, por isso, ainda mais urgente a disponibilização de medidas para estes sectores. Exemplo desse agravamento são os dados publicados pelo INE, referentes ao terceiro trimestre (período normal de maior empregabilidade), revelando que a restauração e o alojamento perderam 49.200 postos de trabalho face ao mesmo período de 2019.

Fonte: Grande Consumo

Durante o mês de DEZEMBRO, decorre mais um período obrigatório de Declarações de Existências de Suínos (DES), conforme Aviso PCEDA (Plano de Controlo e Erradicação da Doença de Aujeszky), da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária.

A declaração das existências de suínos poderá ser efetuada diretamente pelo produtor na Área Reservada do portal do IFAP, ou em qualquer departamento dos Serviços de Alimentação e Veterinária Regionais ou ainda nas organizações de agricultores protocoladas com o IFAP, através do Modelo 800/DGV desmaterializado.

Para o efeito, deverão ser seguidas as instruções constantes no Portal da DGAV.

Fonte: DGAV

Uma empresa tecnológica portuguesa lançou um equipamento 100% português, denominado Ara, que mede de forma instantânea a temperatura corporal e deteta o uso de máscara. O equipamento, composto por um ecrã de sete polegadas, feito de raiz em Portugal com o objetivo de “concorrer com o mercado chinês para salvaguardar a saúde pública no combate à Covid-19”, realça a empresa com 15 anos de experiência no desenvolvimento de soluções de sinalética digital e interativas.

“O objetivo é disponibilizar a tecnologia para todos os espaços públicos, nomeadamente escolas, edifícios públicos, universidades, lojas e serviços, aumentando o sentimento de segurança nestes locais”. A solução dispõe de notificações visuais e sonoras que alertam caso se verifique uma não conformidade quer da temperatura quer do uso de máscara.

“Estamos capazes de entregar de forma rápida um equipamento fiável e que funciona como uma ferramenta de controlo e redução da propagação do vírus”, afirma o co-fundador do grupo. “O ARA evita também a situação intimidatória de ter alguém a ‘apontar-nos’ um termómetro”, acrescenta.

A empresa estima que a procura por este tipo de soluções aumente, sobretudo no mercado europeu e nos EUA.

Fonte: Hipersuper

O tempo seco e o cancelamento de certames devido à pandemia da covid-19 são os principais problemas que afetam a produção e a venda de castanha em Marvão, no Alto Alentejo, lamentaram hoje os produtores.

“Este ano está tudo complicado, a produção quebrou cerca de 50% devido ao tempo, choveu, mas foi fora das épocas do que deveria chover e esta última castanha precisava de chuva”, disse hoje à agência Lusa o produtor e empresário José Mário.

O microclima da Serra de São Mamede, propício à produção de castanha, já levou a que as entidades que tutelam o setor considerassem a castanha de Marvão como de “origem protegida”.

Numa zona do distrito de Portalegre onde predominam nos campos as espécies Bária e Clarinha, o mesmo produtor indicou que, apesar dos “contratempos” que estão a enfrentar, o calibre da castanha é “razoável” este ano.

A pandemia da covid-19 também dificultou a atividade dos produtores que escoavam grande parte do seu produto para feiras e festas, na maioria promovidas por municípios e juntas de freguesias.

“Não há Feira da Castanha de Marvão, os outros eventos não se fazem, eu tinha clientes que me pediam mil quilos e agora pedem quinhentos quilos, como é o caso de câmaras e juntas de freguesia que tinham eventos e não fazem”, lamentou.

Apesar destes problemas, José Mário garantiu que se “tem vendendo” castanhas a um preço a rondar os dois euros o quilo [calibre 32] e que a sua produção está “quase despachada”.

Contactado pela Lusa, o produtor Mário Galego explicou que a produção “não está má”, mas que o calibre da castanha é “complicado” devido, “provavelmente”, ao tempo seco.

“O escoamento está muito complicado, está a vender-se com mais dificuldade, não há feiras, não há nada e estamos a preparar para enviar para a indústria que é o único escoamento que temos neste momento”, acrescentou.

Para minimizar o impacto económico negativo junto dos produtores, a Câmara de Marvão está a promover este mês uma iniciativa gastronómica dedicada à castanha em 16 restaurantes aderentes do concelho.

O evento “Mês Gastronómico da Castanha”, que começou no domingo e vai decorrer até ao dia 29 deste mês, pretende promover Marvão enquanto “destino gastronómico de eleição” e está integrado no conjunto de iniciativas intitulado “Mês da Castanha em Marvão”.

Segundo a autarquia, o principal objetivo da iniciativa gastronómica é “incentivar a utilização da castanha de Marvão, classificada como produto de Denominação de Origem Protegida (DOP), na gastronomia, motivando a sua inclusão nas ementas e pratos típicos dos restaurantes do concelho”.

As iniciativas integradas no “Mês da Castanha em Marvão” visam “minimizar, tanto quanto possível, o impacto económico negativo” do cancelamento da edição deste ano da Feira da Castanha – Festa do Castanheiro, em Marvão, devido à pandemia de covid-19.

Fonte: Agroportal

As autoridades francesas renovaram os alertas sobre o consumo de cogumelos selvagens, após centenas de casos de envenenamento nos últimos meses.

A Agência Francesa para Alimentos, Saúde e Segurança Ocupacional e Ambiental (ANSES) informou que os centros de controlo de venenos registaram um aumento acentuado de casos, desde o início da temporada de colheita de cogumelos no início do outono, especialmente nas últimas semanas.

Os riscos de envenenamento incluem a confusão de um tipo comestível com uma espécie tóxica ou o consumo de cogumelos comestíveis em más condições, com má cozedura ou que foram armazenados incorretamente. A maioria dos casos é devido à colheita errada, mas ocasionalmente são devido à compra em mercado/loja, ou ao consumo num restaurante.

Estatísticas de intoxicação mais recentes

Desde julho de 2020, os centros de controlo de intoxicações registaram 732 casos de intoxicação, incluindo cinco pessoas em estado grave.

A confusão entre as espécies por vezes acontece por meio do uso de aplicativos de reconhecimento de fungos em smartphones, que identificam incorretamente os cogumelos, segundo a ANSES.

Em 2019, mais de 2.000 casos foram notificados aos centros de controlo de intoxicações entre julho e dezembro. Enquanto a maioria dos envenenamentos foram menores, houve 24 casos de alta gravidade com prognóstico de risco de vida e três mortes. Mais da metade de todos os casos ocorreram em outubro, quando as condições climatéricas combinando chuva, humidade e temperaturas mais baixas favoreceram o crescimento e a colheita de cogumelos selvagens.

Os sintomas são principalmente digestivos e incluem dor abdominal, náuseas, vómitos e diarreia. O início da doença varia e geralmente ocorre algumas horas após o consumo, mas pode demorar mais e ultrapassar 12 horas. As pessoas devem tomar nota da hora da última refeição e o início dos primeiros sintomas, e manter quaisquer sobras de cogumelos selvagens para identificação.

Este tipo de envenenamento pode ter consequências graves para a saúde, como distúrbios digestivos graves, complicações renais ou danos no fígado que podem exigir hospitalização ou levar à morte.

O mesmo problema em outro lugar

Em outubro deste ano, o Ontario Poison Center alertou o público sobre os perigos da colheita de cogumelos após um aumento nas chamadas. O aumento incluiu casos em que as pessoas tiveram de ser hospitalizadas após consumir cogumelos selvagens. Em setembro, o centro recebeu 72 ligações diretamente relacionadas a exposições a cogumelos, em comparação com 38 em setembro de 2019.

No mesmo mês, funcionários da cidade italiana de Sassari detetaram três casos de envenenamento por cogumelos selvagens. O primeiro envolveu uma criança que comeu cogumelos porcini comestíveis. A segunda intoxicação foi causada pelo consumo em quantidades excessivas de cogumelos da espécie Leucopaxillus lepistoides. O terceiro caso ocorreu após ingestão de Amanita phalloides e a paciente necessitou de tratamento hospitalar.

Autoridades em Hong Kong investigaram suspeitas de envenenamento relacionado ao consumo de cogumelos selvagens em setembro. Um menino de cinco anos e uma mulher de 47 anos desenvolveram náuseas, vómitos e diarreia por cerca de uma hora após consumir cogumelos em casa. Um mês antes, uma mulher de 54 anos relatou náuseas, dor abdominal e diarreia uma hora depois de cozinhar cogumelos em casa e necessitar de tratamento hospitalar.

Em maio, uma série de envenenamentos graves ocorreram em Victoria, Austrália, devido aos cogumelos Death Cap e Yellow-colored. A temporada de cogumelos na Austrália do Sul coincidiu com mais pessoas em casa e houve um aumento nas ligações para a linha direta de informações sobre venenos daqueles que buscavam ajuda após comer cogumelos selvagens. No total, 21 das 30 chamadas em 2020 envolveram crianças pequenas e cinco foram encaminhadas para o hospital.

Fonte: Food Safety News

 

As especiarias são comercializadas há séculos e continuam a ser extremamente populares. Mas como garantir a qualidade e autenticidade dos produtos? A euronews visitou uma loja de especiarias, na Bélgica. O proprietário do comércio aposta na venda de produtos de qualidade mas tem consciência que a fraude é um risco frequente.

"Geralmente, há fraudes em especiarias muito caras, por exemplo no açafrão, que é uma especiaria que vale tanto como o ouro. O que gera um grande interesse. Os pós também são alvo de fraudes porque podem ser mais facilmente falsificados. É por isso que fazemos os nossos próprios pós, compramos as especiarias inteiras e somos nós que as moemos”, explicou Alexandre Veuve, dono de uma loja de especiarias.

Sabia que:

  • A canela é uma das mais antigas especiarias do mundo.
  • A pimenta é a especiaria mais comercializada.
  • O açafrão é a especiaria mais cara.
  • A Índia é o maior produtor mundial de especiarias.
  • As especiarias são uma grande fonte de vitaminas e minerais.
  • A Adulteração é um risco para a economia e para a saúde.

- Em que consistem a maioria das fraudes?

  • Substituir uma especiaria por outra, por exemplo, substituir os óregãos por folhas de oliveira.
  • Tornar as especiarias mais atrativas com o uso de corantes, por exemplo, colorir a paprica.

Unidade europeia anti-fraude

Joint Research Centre, em Geel, acolhe a unidade anti-fraude alimentar da União Europeia.

Os cientistas analisam amostras de especiarias com base em tecnologias de ponta. Uma das ferramentas mais eficazes é a análise de ADN. O mapa genético de cada especiaria permite detetar a eventual presença de materiais biológicos externos. O uso de vegetais mais baratos ou a adição de corantes são o tipo de fraude mais frequentes.

"Um exemplo é o açafrão: encontrámos amostras que não eram de açafrão. A análise da sequência de ADN mostrou que se tratava de outra especiaria que vendida como açafrão. Outro exemplo é a curcuma (açafrão das Índias). Encontrámos uma amostra que era na realidade colorau em pó, que foi colorido para parecer curcuma", contou Antoon Lievens, Biólogo Molecular, Unidade de Detecção e Prevenção de Fraudes, do Joint Research Center da UE.

A eficácia da espectroscopia

A espectroscopia é um método extremamente eficaz. Não exige uma preparação especial das amostras e dá uma resposta rápida. As amostras podem ser testadas no país de importação ou no local onde são postas à venda.

“A espectroscopia baseia-se na incidência de um raio de luz na amostra, que faz vibrar as moléculas. Obtemos um espectro dessas moléculas. Quando analisamos um alimento puro, obtemos um espectro puro desse alimento. Em caso de adulteração, o espectro, a vibração da molécula, é diferente", explicou Jone Omar, cientista química da Unidade de Detecção e Prevenção de Fraudes.

A fluorescência de raios-X

Outra técnica utilizada é a fluorescência de raios-X que revela a eventual presença de matérias inorgânicas, como a areia ou a argila. Quando se deteta uma adulteração, o caso é encaminhado para a inspecção.

"Uma das medidas é o envio de inspetores à empresa, ver a contabilidade e os documentos de transporte, para estabelecer a cadeia de rastreabilidade, para rastrear o produto até à origem", afirmou Franz Ulberth, Chefe da Unidade de Detecção e Prevenção de Fraudes, do Joint Research Centre da UE.

Fonte: Euronews

 

O estudo conclui que Portugal é o pior dos 15 países do Mediterrâneo no que diz respeito à pegada alimentar.

Portugal importa 73% dos alimentos e é o país mediterrânico com a maior pegada alimentar per capita, conclui um estudo da Universidade de Aveiro (UA) divulgado esta segunda-feira.

"A alimentação pesa 30% na pegada ecológica dos portugueses, mais do que os transportes ou o consumo de energia, percentagem que faz de Portugal o país mediterrânico com a maior pegada alimentar per capita", referem os investigadores.

De acordo com os dados constantes daquele trabalho científico, a "Pegada Ecológica" nacional, por habitante, é superior à biocapacidade do país ou do próprio planeta.

"Significa que, se todas as pessoas no mundo consumissem como os portugueses, precisaríamos de 2,3 planetas Terra" refere o estudo, revelando que 20% dizem respeito aos transportes e 10% à habitação.

"A pegada alimentar avalia em hectares globais (gha) a quantidade de recursos naturais que necessitamos para produzir o que comemos num ano. Sabendo que o país tem anualmente um 'orçamento natural' de 1,28 gha por habitante [valor de 2016], percebemos que só para nos alimentarmos 'gastamos' 1,08gha, ou seja, 84% desse orçamento", aponta Sara Moreno Pires, professora do Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território da UA.

Segundo a investigadora, grande parte da biocapacidade necessária para a alimentação da população portuguesa provém de outros países, como Espanha, França, Ucrânia ou mesmo China e Senegal, o que implica uma pressão e uma dependência desses ecossistemas.

"Portugal é, por esses motivos, o pior país de 15 países do Mediterrâneo no que diz respeito à pegada alimentar", alerta.

Portugal é o terceiro maior consumidor de pescado do mundo, com cerca de 61,7 quilos consumidos por pessoa em 2017, e 60% da biocapacidade para produzir esse pescado vem de outros países, sendo Espanha um dos principais parceiros comerciais.

"A elevada intensidade da pegada ecológica de peixes como o atum, espadarte e bacalhau e a sua força cultural na alimentação portuguesa salientam ainda mais o impacto elevado do consumo de peixe na pegada alimentar", destaca o trabalho.

O estudo identifica a dependência da biocapacidade de países estrangeiros (como a Espanha, França, Brasil, ou mesmo a China) para produzir recursos alimentares, de modo a satisfazer a procura dos portugueses, sendo as categorias mais dependentes as de "pão e cereais" (em que se importa quase 90% dos hectares globais necessários à sua produção), "açúcar, mel, doces e chocolate" (com um importação na ordem dos 80%) ou "gorduras alimentares" (com cerca de 73%).

Para além da relação comercial com países europeus, o estudo aponta a dependência de países como Uruguai na carne, África Ocidental e Senegal no peixe, EUA no leite e produtos lácteos, Argentina, Canadá e Brasil nas gorduras alimentares ou frutos, e China nos frutos e nos vegetais.

O estudo intitulado "Transição alimentar sustentável em Portugal: uma avaliação da pegada das escolhas alimentares e das lacunas nas políticas de alimentação nacionais e locais", assinado por investigadores da UA e da Global Footprint Network, conclui pela insustentabilidade dos padrões alimentares dos portugueses e a ainda frágil estrutura de políticas públicas para inverter essa tendência.

Para além de Sara Moreno Pires, assinam o trabalho pela Universidade de Aveiro Armando Alves e Filipe Teles.

Fonte: SIC Notícias

O primeiro-ministro francês, Jean Castex, anunciou no passado domingo em entrevista televisiva que as grandes superfícies comerciais francesas não vão poder vender bens não essenciais a partir de terça-feira. O objetivo da medida passa por evitar um clima de competição desleal numa altura em que todos os serviços não essenciais encerraram, devido ao segundo confinamento nacional, anunciado por Emmanuel Macron na passada sexta-feira.

“Situação dramática”. É assim que os pequenos comerciantes descrevem a sua condição, depois de verem os seus espaços encerrar, principalmente numa época que antecede ao Natal. Após ter-se reunido com várias associações de defesa do comércio local e das grandes cadeias de supermercados, o Governo francês decidiu que “por equidade” se deva proibir a venda de bens que não sejam de primeira necessidade em grandes superfícies.

Sindicatos de comerciantes mostraram-se a favor da decisão, mas frisam que o importante seria a reabertura das lojas. Mas o primeiro-ministro francês já veio esclarecer: “Nós não vamos rever as medidas anunciadas [de um novo confinamento]. Não é definitivamente o tempo certo. É muito cedo. Não vai haver reabertura e todos os donos de negócios e todos nós temos de ser vigilantes e temos de respeitar o confinamento”.

Apesar do levantamento do confinamento estar previsto para 1 de dezembro, o ministro das finanças francês, Bruno Le Maire, prometeu que ia rever a situação a 12 de novembro: “Podemos reabrir várias lojas se a situação de saúde permitir”, dá conta a imprensa local. E também anunciou 20 milhões de euros de ajudas suplementares para os comerciantes obrigados a fechar.

O encerramento de lojas não essenciais não ocorreu em todo o país. Alguns autarcas de pequenas cidades francesas, como Perpignan, Brive, Beaune, entre outras, desafiaram o poder central e decidiram que não iam fechar as lojas devido à desigualdade face às grandes superfícies e às vendas de comércio online. O ministro das finanças francês criticou a atitude de “alguns autarcas irresponsáveis que contrariam as ordens tomadas pelo Estado” e afirmou que não estavam a “ajudar os comerciantes”, mas “a pôr em risco a saúde dos franceses”.

Embora a atitude de alguns autarcas tenha gerado a indignação ao governo, o primeiro ministro francês reconheceu, no entanto, que as proibições de venda de bens não essenciais nas grandes superfícies poderá não ser suficiente e considerou que os grandes beneficiários desta decisão poderão ser as vendas online.

França anunciou um novo confinamento na passada sexta-feira, que previa o encerramento de todos os serviços não essenciais, incluindo livrarias, restaurarantes, entre outros, devido ao aumento de casos do novo coronavírus — O país atingiu os 45.570 casos no passado domingo e 231 mortes.

Fonte: Observador