A associação Deco denunciou, esta quinta-feira, que as embalagens de produtos para cabelo da nova gama da Fructis podem ser confundidas com saquetas de fruta para crianças e lembrou que a lei proíbe "imitações perigosas".
A denúncia foi enviada ao Infarmed e à ASAE, disse à agência Lusa fonte da associação de defesa do consumidor, segundo a qual a lei não está a ser respeitada. Em causa, as novas embalagens da gama de cuidados para o cabelo "Hair Booster" (Proteína, Vitamina C e Aminoácido) da marca Fructis, da Garnier, comercializada pela L'Oréal.
"Segundo a legislação nacional e europeia, é proibido o fabrico, importação, exportação ou comercialização de produtos conhecidos por 'imitações perigosas', como cosméticos suscetíveis de serem confundidos com géneros alimentícios. Assim, estão proibidos produtos que, não sendo alimentares, possam, de alguma forma, induzir os consumidores em erro pelo seu aspeto, acondicionamento, rotulagem ou cor", refere a Deco Proteste.
Apesar de o rótulo indicar "Manter fora do alcance das crianças pequenas sem supervisão" e "Não ingerir", os alertas "parecem ser insuficientes", dado a aparência da embalagem ser muito semelhante à de uma saqueta de fruta, sublinhou a mesma fonte.
Contactada pela Deco, a L'Oréal afirmou que as embalagens em forma de bolsa flexível são cada vez mais comuns na indústria cosmética, devido ao impacto ambiental e que é muito provável um aumento deste formato em diferentes categorias de produtos.
A empresa alegou ainda que as embalagens não contêm qualquer referência a alimentos e que é necessária "uma certa força" para as abrir, ao contrário das bolsas para alimentos.
A gama de produtos em causa tem uma forma, cor e volume que, na opinião da Deco, "pode ser facilmente confundível com bolsas de fruta para crianças", que as podem abrir e ingerir: "A quantidade de produto para cabelo contida na embalagem dá para várias utilizações. Logo, a partir da primeira utilização, já não será precisa muita força para abrir o bocal da embalagem, o que o torna mais acessível a uma criança".
Além da Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e do Infarmed, a Deco deu também conhecimento do caso à Direção-Geral do Consumidor.
Fonte: Jornal de Notícias
A situação epidemiológica da Peste Suína Africana (PSA) na Europa e no mundo tem sido agravada devido ao elevado número de focos de PSA em javalis, em especial na Itália, Polónia e Grécia. Acresce que, fora da UE mas ainda na Europa, verificou-se que a PSA foi introduzida na Albânia e no Montenegro.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) desde 2005, 80 países e territórios notificaram a presença ou suspeita de PSA à OMSA, 32 em África, 2 nas Américas, 22 na Ásia, 23 na Europa e 1 na Oceânia.
Atendendo ao agravamento da situação, a Direção Geral de Alimentação e Veterinária emitiu a nota informativa n.º 1/2024/PSA que tem como objetivo sensibilizar todos os intervenientes para que reforcem as medidas preventivas de forma a evitar a introdução do vírus da PSA em território nacional, bem como de relembrar que é obrigatória a notificação de qualquer suspeita ou ocorrência de PSA em suínos e javalis.
No mapa de focos pode conhecer a distribuição espacial dos focos de PSA na Europa, desde o início de 2024 e acompanhar a sua evolução AQUI.
A DGAV apela ainda para o uso da aplicação de Notificação Imediata de Mortalidade de Animais Selvagens (ANIMAS) para a notificação de javalis encontrados mortos em espaços naturais, que se encontra acessível em https://animas.icnf.pt.
A informação sobre o ANIMAS está disponível no portal da DGAV e no vídeo sobre a ANIMAS – Plataforma – YouTube.
A DGAV solicita a colaboração de todos os interessados para a mais ampla divulgação da nota informativa n.º 1/2024/PSA.
Encontra-se disponível no Portal da DGAV informação adicional sobre a Peste Suína Africana.
Fonte: DGAV
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), através da sua Unidade Nacional de Informações e Investigação Criminal (UNIIC), executou mandados de busca, domiciliários e não domiciliários, no âmbito de um inquérito em investigação, pela prática do crime de fraude sobre mercadorias, no distrito de Viseu.
Em resultado da operação, direcionada à verificação da autenticidade e qualidade dos produtos alimentares, foram apreendidos 9.505 litros de óleo alimentar e mais de 8 mil rótulos, parte dos quais com as menções “azeite virgem” ou “azeite virgem extra”, 1.150 litros de produto vínico, que se suspeita tratar-se de vinho licoroso, por falta de rotulagem e falta de registo no Instituto da Vinha e do Vinho, I.P, e ainda 33 litros de mel, sem rotulagem.
O valor total da apreensão ascendeu a 22.300,00 Euros. Para deteção de eventuais práticas fraudulentas, foram ainda efetuadas colheitas de amostras do produto - óleo alimentar, para análise no Laboratório de Segurança Alimentar da ASAE, a nível sensorial e análise físico-química bem como da verificação dos requisitos legais aplicáveis à rotulagem do produto.
Fonte: ASAE
O excesso de peso (incluindo a obesidade) e os hábitos alimentares inadequados estão entre os principais determinantes da perda de anos de vida saudável dos portugueses contribuindo, respetivamente, para 8,3% e 7,5% do total de mortes em Portugal em 2021. São os dados mais recentes do Global Burden Disease Study, de 2021.
O excesso de peso (incluindo a obesidade) e os hábitos alimentares inadequados estão entre os principais determinantes da perda de anos de vida saudável dos portugueses contribuindo, respetivamente, para 8,3% e 7,5% do total de mortes em Portugal em 2021.
Estes são os principais resultados dos dados mais recentes (2021) divulgados pelo Global Burden Disease Study (GBD) e publicados hoje num relatório produzido pelo Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável.
O GBD Study é um estudo internacional que recolhe de forma sistemática informação proveniente de 204 países cujo objetivo é o de fornecer informações sobre as doenças e os fatores de risco que mais contribuem para a mortalidade e para a perda de anos de vida saudável. O estudo é coordenado pelo Institute for Health Metrics and Evaluation da Universidade de Washington e conta com a colaboração da Direção-Geral da Saúde (DGS).
O elevado consumo de carne vermelha, carnes processadas e sal, bem como o consumo insuficiente de cereais integrais, fruta e hortícolas foram os comportamentos alimentares inadequados que mais contribuíram para que os portugueses vivessem menos anos com saúde, no ano de 2021.
Além da alimentação inadequada e do excesso de peso, outros determinantes da saúde, indiretamente relacionados com o modo como comemos – tais como glicose plasmática elevada e a hipertensão arterial – são considerados os principais responsáveis em Portugal pelo aparecimento de doenças como a diabetes, neoplasias e doenças cardiovasculares e renais e pela mortalidade associada.
Foram encontradas diferenças entre homens e mulheres, sendo o contributo do excesso de peso para a carga da doença em Portugal superior nas mulheres (IMC elevado contribuiu para 8,3% do total de DALYs nas mulheres vs 6,5% nos homens).
O estudo permite, também, analisar os últimos 20 anos (até 2021) e perceber que a pré-obesidade e a obesidade foram os fatores de risco que mais aumentaram a sua contribuição para da carga da doença em Portugal, contrariamente à tendência de diminuição observada para quase todos os outros fatores de risco. Nestes últimos 20 anos verificou-se um aumento de 28% no contributo do excesso de peso para a perda de anos de vida saudável e de 14% para o total de mortes associadas ao IMC elevado.
No mesmo período em análise, o elevado consumo de bebidas açucaradas (+37%), o elevado consumo de carne vermelha (+23%) e de carnes processadas (+22%), bem como o baixo consumo de hortícolas (+22%), foram os fatores de risco alimentar para os quais se verificou um maior aumento do seu contributo para a perda de anos de vida saudável.
Estes dados reforçam a necessidade de intensificar os esforços para a implementação de medidas na área da prevenção e tratamento da obesidade. Reforçam ainda a relevância das medidas de saúde pública que a DGS tem vindo apoiar tecnicamente ao longo dos últimos anos, nomeadamente: o imposto especial de consumo sobre as bebidas açucaradas e as restrições à publicidade destas bebidas dirigida a menores de 16 anos, bem como a limitação da frequência da oferta de carne vermelha e de carnes processadas em espaços públicos, como as escolas e as instituições do Serviço Nacional de Saúde.
O relatório com os dados mais detalhados pode ser consultado aqui.
Fonte: Nutrimento
Investigadores do Instituto de Tecnologia da Geórgia desenvolveram um processo eletroquímico inovador que poderá proporcionar uma nova defesa contra infeções bacterianas sem contribuir para o problema crescente da resistência aos antibióticos.
Uma nova técnica tira partido das propriedades antibacterianas naturais do cobre e cria estruturas semelhantes a agulhas de tamanho nanométrico na superfície do aço inoxidável para matar eficazmente bactérias nocivas como a E. coli e a Staphylococcus.
O estudo foi apresentado num artigo publicado esta terça-feira na revista small.
O processo é prático e económico, reduzindo potencialmente a dependência de desinfetantes químicos e antibióticos em hospitais, cozinhas e outros ambientes onde a contaminação da superfície pode levar a doenças graves.
Este desenvolvimento é particularmente significativo, dada a ameaça global à saúde representada pelas infeções resistentes aos medicamentos, salienta o LBV.
Um relatório da OMS publicado em 2019 concluiu que essas infeções foram diretamente responsáveis por 1,27 milhões de mortes e contribuíram para cerca de 5 milhões de mortes adicionais, e classificou este tipo de infeções entre as principais causas de morte em todos os grupos etários.
A eliminação de bactérias Gram-positivas sem produtos químicos é relativamente simples, mas as bactérias Gram-negativas representam um desafio substancial devido às suas membranas celulares espessas e multicamadas. Se estas bactérias persistirem nas superfícies, podem multiplicar-se rapidamente.
Anuja Tripathi, investigadora da Georgia Tech e primeira autora do estudo, tinha como objetivo desenvolver uma superfície bactericida sem antibióticos e eficaz contra bactérias Gram-negativas e Gram-positivas.
Tripathi e os seus colegas conceberam uma abordagem em duas vertentes que não só supera estes desafios como também impede as bactérias de desenvolverem resistência aos medicamentos.
Em primeiro lugar, utilizaram um método eletroquímico para gravar a superfície do aço inoxidável, criando estruturas nanométricas semelhantes a agulhas que perfuram as membranas celulares das bactérias.
Num processo eletroquímico subsequente, depositaram iões de cobre na superfície do aço. O cobre interage com as membranas celulares bacterianas e acaba por as comprometer, aumentando a eficácia antibacteriana.
“O aço inoxidável nanotexturizado pode matar bactérias Gram-negativas e Gram-positivas, mas queríamos aumentar a atividade antibacteriana em superfícies que possam estar altamente contaminada”, explica Tripathi.
O aço inoxidável nanotexturizado revestido a cobre demonstrou um aumento significativo na atividade antibacteriana, atingindo uma redução de 97% em E. coli Gram-negativa e uma redução de 99% em Staphylococcus epidermidis Gram-positiva.
Apesar das propriedades antibacterianas conhecidas do cobre, a sua utilização generalizada para o controlo da contaminação de superfícies tem sido limitada pelo custo.
O método de Tripathi, que aplica apenas uma fina camada de iões de cobre ao aço inoxidável, é económico e mantém uma elevada atividade antibacteriana.
A abordagem de dupla ação tem aplicações promissoras em ambientes médicos. O aço inoxidável assim modificado pode ser utilizado para ferramentas comuns que se contaminam facilmente, como tesouras e fórceps, bem como para superfícies de elevado contacto, como maçanetas de portas, grades e lavatórios.
Estas são áreas onde o aço inoxidável já é predominante e onde a contaminação bacteriana é uma preocupação significativa, particularmente em hospitais e outros ambientes partilhados.
O processo eletroquímico desenvolvido por Tripathi e os seus colegas também pode ser útil na indústria alimentar.
A investigadora sugere que esta técnica poderia ser integrada nos processos industriais existentes, onde os métodos de revestimento eletroquímico já são utilizados para recipientes de armazenamento de alimentos feitos de aço inoxidável.
No futuro, a investigação irá explorar a eficácia do aço inoxidável nanotexturizado revestido a cobre contra outras células nocivas.
Tripathi está particularmente interessado no seu potencial de utilização em implantes médicos para prevenir infecções. Dada a sua eficácia contra a E. coli, um agente patogénico notório, continua esperançada nas suas aplicações mais vastas.
“Se conseguirmos eliminar eficazmente a E. coli, temos boas hipóteses de erradicar muitas bactérias de superfície”, conclui a investigadora.
Fonte: ZAP.aeiou
"Não é prático", "arranha" e "levam com a tampa no nariz", é assim que as tampas acopladas são descritas pelos consumidores
Está farto de abrir garrafas de plástico e de ficar com a tampa colada? Não dá jeito nenhum prende-se no nariz ou dificulta o momento de beber. São tampas acopladas, um tema que tem gerado controvérsia nas redes sociais, mas ao qual é melhor começarmos mesmo a habituar-nos.
Para tentar reduzir o impacto do plástico no meio ambiente, a Comissão Europeia percebeu que existiam vários produtos que contribuem em grande número para o lixo que vai parar aos oceanos, sendo um dos principais as tampas de plástico, consideradas altamente poluentes. Em 2018, Bruxelas anunciou medidas para combater a utilização excessiva de plásticos de utilização única, dando início ao fim das tampas de plástico separadas das garrafas.
A medida tem como objetivo fazer com que as tampas sejam recicladas junto com as garrafas, de modo a que não se percam e acabem no mar. Na diretiva 2019/904, é possível ler que "os Estados-Membros garantem que os produtos de plástico de utilização única (...) que possuam cápsulas e tampas de plástico apenas possam ser colocados no mercado se as cápsulas e tampas permanecerem fixadas aos recipientes durante a fase de utilização prevista do produto”.
A data limite para as marcas aderirem a esta medida é 3 de julho de 2024 e abrange todas as garrafas com capacidade inferior a três litros. Aquelas que têm uma capacidade superior, como os garrafões de água, ainda não terão este sistema por serem vendidas em número reduzido. Este novo sistema inclui garrafas de água, pacotes de leite, garrafas de sumo ou refrigerantes e pacotes de bebida vegetal. Por isso, embora já possamos ver Coca-Cola, Sprite ou tantas outras marcas de bebida - água, refrigerantes e outros -, ainda é possível que outras não tenham este mecanismo.
O modelo de tampas é escolhido por cada marca, sendo uma decisão individual, o único requisito é que seja acoplada à garrafa.
Antes de a medida ser tomada, Bruxelas teve de analisar o impacto dos microplásticos a nível ambiental, nos humanos e como as tampas eram um problema. Foi então que os eurodeputados perceberam que, muitas vezes, as tampas perdiam-se porque não eram depositadas no local correto e eram levadas para os oceanos. Ao chegarem ao mar, começam a entrar em decomposição e a libertar microplásticos, fator prejudicial para o ecossistema marítimo. Deste modo, concluíram que ao acoplar a tampa à garrafa, a probabilidade de os dois componentes serem descartados de forma correta é maior.
“A União deverá incentivar todos os produtores a limitar rigorosamente os microplásticos nas suas fórmulas”, pode ler-se na diretiva.
Apesar de não ser um tema ainda muito falado, nas redes sociais tem tendência a gerar opiniões negativas. Nas redes sociais X e Reddit são vários os utilizadores que dizem que o sistema “não é prático”, “arranha”, e que “levam com a tampa no nariz”.
A Deco Proteste afirma que, até ao momento, não recebeu reclamações sobre esta decisão, no entanto, a medida ainda não entrou em vigor na totalidade.
Fonte: CNN Portugal
"Pedaços duros de cereais" verificaram-se no Reino Unido, Espanha e Itália. O mesmo produto também está à venda em Portugal
A marca Kellogg's está a retirar o novo produto Corn Flakes Cocoa do mercado devido a “um defeito de qualidade”. A situação verificou-se no Reino Unido, Espanha e Itália, sendo que os reguladores destes países também já emitiram notas a avisar os consumidores.
Alguns consumidores reclamaram de “pedaços duros de cereais” que podem causar danos dentários ou risco de asfixia, o que levou as autoridades a pedirem a suspensão da comercialização do produto.
“A formação de aglomerados de cereais durante a produção pode ser uma ocorrência normal e geralmente partem-se quando comidos ou colocados no leite”, afirmou um porta-voz da marca. No entanto, não é o que os consumidores verificam. "É importante dizer que o risco de ferimentos causados pelos pedaços duros de cereal de chocolate é mínimo, mas não estamos dispostos a comprometer a qualidade ou segurança", acrescentou a mesma fonte, citada pelo jornal The Guardian.
Em Espanha o alerta foi lançado pela Agência Espanhola de Segurança Alimentar e Nutrição, que explicou tudo através de uma publicação na rede social X.
Apesar de não ser prejudicial para a saúde, a Food Standards Agency, o regulador britânico, considera que o produto é “impróprio para consumo”, alertando quem já tenha adquirido o alimento para contactar a marca. “Se comprou o produto acima, não o coma. Em vez disso, descarte o produto e entre em contacto com a Kellogg’s” pode ler-se no site.
Os Corn Flakes Cocoa foram lançados em janeiro em Portugal, Espanha, Reino Unido, Irlanda, Bélgica e Itália, como um produto com um "toque moderno", segundo a marca, e que "é algo que toda a família irá gostar". A CNN Portugal contactou a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) para esclarecer o que está a ser feito em Portugal, mas não obteve qualquer resposta.
A Kellogg's confirmou que outras variedades de cereais não foram afetadas e podem ser consumidas normalmente.
Até ao momento não há registos de incidentes.
Fonte: CNN Portugal
Nove pessoas foram hospitalizadas esta quinta-feira à noite depois de um alerta para intoxicação alimentar na unidade hoteleira Inatel no Luso, concelho da Mealhada, distrito de Aveiro, adiantaram à Lusa fontes das forças de segurança.
O alerta para o incidente foi dado pelas 21 horas de quinta-feira depois do jantar, referiu fonte da GNR de Aveiro.
Um total de 18 pessoas apresentaram sintomas, de acordo com a mesma fonte.
Já fonte do Comando Sub-regional da Região de Coimbra referiu que após um alerta para intoxicação, nove pessoas foram transportadas para os Hospitais da Universidade de Coimbra.
Todas as vítimas foram consideradas leves.
Para o local foram destacados 29 operacionais, apoiados por 16 viaturas, entre elementos dos bombeiros, INEM e GNR.
Fonte: Jornal de Notícias
Os investigadores revelaram que quase 100 pessoas ficaram doentes num surto de Salmonella associado à meloa cantaloupe no final de 2023.
Em setembro de 2023, a Agência de Segurança Sanitária do Reino Unido (UKHSA) identificou casos de Salmonella Saintpaul em Inglaterra, Escócia e País de Gales. Foram registadas outras pessoas doentes em Portugal na sequência de um alerta do Reino Unido.
No total, foram identificados 98 casos, 93 no Reino Unido e cinco em Portugal, e quase metade tinha menos de 10 anos, de acordo com o estudo da revista Epidemiology and Infection.
As informações sobre o incidente no Reino Unido foram partilhadas através do sistema EpiPulse do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) no final de outubro de 2023. Este sistema revelou casos noutros países.
O ECDC confirmou à Food Safety News que dois casos tinham sido registados na Dinamarca.
Embora noutros países se tenham registado infeções por Salmonella Saintpaul, não foi possível estabelecer uma ligação microbiológica ou epidemiológica com o surto.
Os jovens foram os principais afetados
A maioria dos doentes vivia em Inglaterra, mas a Escócia tinha dez e o País de Gales cinco, com datas de receção da amostra de 28 de setembro a 30 de novembro de 2023.
Os casos tinham uma idade média de 20 anos, variando de 10 meses a 89 anos; 28% tinham menos de 5 anos e 43% tinham menos de 10 anos. Quase dois terços eram do sexo feminino.
Cinco pessoas doentes foram identificadas em Portugal, com datas de amostragem de 4 a 24 de outubro de 2023. A idade dos doentes variava entre os 2 e os 8 anos e 80 por cento eram do sexo feminino.
A investigação do surto incluiu um estudo de caso controlo. Entre os 25 casos do Reino Unido incluídos no estudo, 13 relataram sangue nas fezes e cinco foram hospitalizados.
Cem controlos foram recrutados através de um painel de pesquisa de mercado. A análise da exposição alimentar nos casos e controlos identificou uma forte associação com o consumo de meloa.
O consumo de meloa foi relatado por 13, ou seja, 52% dos casos, em comparação com 24, ou seja, 24% dos controlos.
Não foi possível obter amostras de meloa para testes microbiológicos. Devido a factores como o rápido fim do surto e o curto prazo de validade das meloas, não foram tomadas medidas de controlo da saúde pública, como a recolha de produtos. Estão em curso investigações de rastreio alimentar sobre a origem dos produtos.
No Reino Unido, as cadeias de abastecimento de fruta fresca registam variações sazonais, o que pode explicar a subida e descida acentuadas do surto, afirmaram os cientistas.
Pistas apontam para a meloa como fonte
Investigações epidemiológicas mais alargadas forneceram provas adicionais de uma ligação à meloa. Todos os cinco casos confirmaram o consumo de melão nas entrevistas iniciais de formulação de hipóteses, e três referiram ter comido meloa.
Dos três estabelecimentos de ensino frequentados por algumas pessoas doentes, todos eles serviram melão na semana anterior ao início dos sintomas. Dois confirmaram que tinham servido meloa.
Dez casos forneceram também dados do cartão de fidelidade de um supermercado do mesmo retalhista. Três comunicaram o consumo de meloa em questionários específicos. A informação sobre a compra de sete dos casos revelou que tinham comprado meloa antes do início dos sintomas.
“A análise epidemiológica fornece provas de uma ligação com a meloa. À luz deste e de outros grandes surtos recentes de Salmonella ligados ao consumo de melão, a meloa e outras variedades de melão devem ser consideradas como potenciais fontes de infeção durante futuros surtos de Salmonella", disseram os investigadores.
Fonte: Food Safety News e Qualfood
A União Europeia emitiu um alerta sanitário através do Sistema de Alerta Rápido para Alimentos e Rações da União Europeia (Rasff), após a deteção de ovas de pescada contaminadas com anisakis, um parasita potencialmente perigoso, numa ação de controlo fronteiriço em Espanha.
Embora o produto tenha sido imediatamente retirado do mercado, a agência não descarta a possibilidade de outros lotes terem escapado aos controlos e chegado aos mercados europeus.
O Rasff classificou o alerta como “grave”, mas não forneceu detalhes adicionais sobre a origem exata das ovas de pescada infetadas, apenas que provêm de Marrocos. A agência também não revelou o destino do produto ou a passagem de fronteira onde o parasita foi detetado, mantendo a confidencialidade habitual nestes casos.
O Anisakis é um parasita que pode ser encontrado em peixes e cefalópodes (lulas, polvos, chocos), causando distúrbios digestivos e reações alérgicas que podem ser graves. A informação foi confirmada pela Agência Espanhola de Consumo, Segurança Alimentar e Nutrição (Aecosan), dependente do Ministério da Saúde.
A infeção ocorre quando alimentos contaminados são ingeridos crus ou em preparações que não eliminam o parasita. Para evitar a ingestão de parasitas, é essencial tomar precauções ao comprar e preparar peixe.
Recomendações para Evitar a Contaminação
Compra e Preparação: Adquirir peixe que já tenha sido limpo e sem vísceras. Caso contenha vísceras, estas devem ser removidas o mais rápido possível.
Métodos de Cozedura: Utilizar métodos de cozedura que garantam a eliminação do parasita, como cozinhar, fritar, assar ou grelhar, assegurando que o peixe atinge uma temperatura mínima de 60ºC durante pelo menos um minuto.
Preparação de Crustáceos: Preparar crustáceos (lagosta, camarão, caranguejo) bem cozidos ou grelhados.
Consumo de Peixe Cru: Se optar por consumir peixe cru ou em preparações que não eliminam o parasita, é recomendado congelar o peixe previamente a uma temperatura adequada para matar o anisakis.
A União Europeia continua a monitorizar a situação e a colaborar com as autoridades nacionais para garantir que produtos contaminados sejam identificados e retirados do mercado.
Os consumidores são aconselhados a seguir as recomendações de segurança alimentar e a estar atentos a possíveis avisos adicionais emitidos pelas autoridades de saúde.
“As manifestações clínicas mais frequentes são distúrbios gástricos (infeção com a larva) ou reações alérgicas (químicos libertados pelo parasita no peixe)”, descreve a ASAE.
Os sintomas da infeção com a larva surgem normalmente uma a duas horas após o consumo do peixe contaminado e incluem cólicas abdominais e vómitos. “No estômago a larva em movimento provoca ulcerações com náuseas, vómitos e dor epigástrica, algumas vezes com hematémese (vómito com sangue). As larvas podem migrar para a parte superior atacando a orofaringe e causando sensação de formigueiro ou prurido e tosse podendo mesmo ocorrer a excreção de nemátodos. No intestino delgado, causam granulocitose eosinófila (aumento anormal do número de eosinófilos no sangue) e os sintomas podem ser semelhantes aos de uma apendicite. Os casos severos implicam a remoção física do nemátodo por intervenção cirúrgica”, clarificam as autoridades portuguesas sobre este parasita.
Mas, para quem é alérgico, as boas práticas de confeção podem não ser suficientes.
“No caso das reações alérgicas, mesmo depois de bem cozinhado um peixe contaminado pode colocar em risco a saúde humana uma vez que, durante a infeção do peixe, os parasitas produzem compostos aos quais alguns indivíduos são alérgicos. Estes indivíduos podem apresentar reações anafiláticas severas após consumo de peixe que foi infetado por estes parasitas. Estas reações são difíceis de identificar, confundindo-se, por exemplo, com as reações alérgicas ao peixe ou ao marisco”, acrescenta a ASAE.
Fonte: Executive Digest
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