Desde finais de julho, têm sido detetados vários casos de infeção por vírus da gripe aviária de alta patogenicidade (GAAP) em aves selvagens, nomeadamente gaivotas, recolhidas nos seguintes locais:
A confirmação de casos de GAAP em aves selvagens não afeta o estatuto sanitário de Portugal que se se mantém como país livre de GAAP em aves de capoeira.
Perante a evidência de circulação do vírus da GAAP, a DGAV apela a todos os detentores de aves que cumpram com rigor as medidas de biossegurança e as boas práticas de produção avícola, que permitam evitar contactos diretos ou indiretos entre as aves domésticas e as aves selvagens. Devem ser reforçados os procedimentos de higiene de instalações, equipamentos e materiais, bem como o rigoroso controlo dos acessos aos estabelecimentos onde são mantidas as aves.
Informa-se ainda que deve ser evitada a manipulação de aves selvagens doentes ou encontradas mortas.
No caso de serem encontradas aves selvagens mortas ou doentes em ambiente natural, devem ser contactados os serviços locais da DGAV da área respetiva a fim de possibilitar a recolha de amostras para testagem. A lista de contactos dos serviços pode ser consultada no portal da DGAV em https://www.dgav.pt/informacaoutil/content/contactos/.
Em alternativa, pode ser utilizada a aplicação ANIMAS, disponível em https://animas.icnf.pt/.
A GAAP é uma doença de notificação obrigatória pelo que qualquer suspeita deve ser comunicada de forma imediata à DGAV.
Fonte: DGAV
A DGAV procede à divulgação do Despacho n.º 39/G/2024 – Estabelecimento de 4 Zonas Demarcadas em Erradicação para a Flavescência Dourada (Grapevine Flavescence dorée phytoplasma) e publicação da Lista de Freguesias onde o inseto vetor Scaphoideus titanus Ball está presente, com a respetiva classificação de risco de disseminação da doença.
Fonte: DGAV
A DGAV publica a Lista de pesticidas a pesquisar nas águas destinadas a consumo humano, conforme previsto no decreto-lei n.º 69/2023 de 21 de agosto.
Esta lista, preparada em articulação com a Agência Portuguesa do Ambiente, I.P. e com a Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos, contém indicação, por Região Administrativa do território continental, do conjunto de pesticidas que, pelas suas características de persistência e mobilidade, apresentam potencial para serem detetados nas massas de água superficiais e subterrâneas destinadas à produção de água para consumo humano e, nessa circunstância, podem eventualmente ser encontradas à torneira do consumidor.
A lista tem em consideração, os resultados do controlo produzidos pelas Entidades Gestoras, à água tratada e, ainda, monitorização de águas superficiais e subterrâneas fornecidos pela APA nos anos transatos.
Consulte a Lista de pesticidas a pesquisar nas águas destinadas a consumo humano.
Fonte: DGAV
No seguimento de pareceres científicos, onde a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) concluiu sobre a segurança de novos alimentos, a Comissão autorizou a colocação no mercado de 6 novos alimentos, tendo sido publicados 6 regulamentos que alteram o Regulamento de Execução (UE) 2017/2470 – Lista da União.
Com a publicação de 5 regulamentos, a Lista da União foi ainda alterada, no que refere às condições de utilização, às especificações e aos requisitos de rotulagem de novos alimentos anteriormente autorizados.
Mantenha-se informado e consulte os novos regulamentos.
Regulamento de Execução (UE) 2024/2036 da Comissão, de 29 de julho de 2024, que autoriza a colocação no mercado de 2’-fucosil-lactose produzida por uma estirpe derivada de Escherichia coli W (ATCC 9637) como novo alimento e que altera o Regulamento de Execução (UE) 2017/2470.
Regulamento de Execução (UE) 2024/2049 da Comissão, de 30 de julho de 2024, que autoriza a colocação no mercado de óleo de Schizochytrium limacinum (TKD-1) como novo alimento e que altera o Regulamento de Execução (UE) 2017/2470.
Regulamento de Execução (UE) 2024/2101 da Comissão, de 30 de julho de 2024, que autoriza a colocação no mercado de óleo de Schizochytrium sp. (CABIO-A-2) como novo alimento e que altera o Regulamento de Execução (UE) 2017/2470
Regulamento de Execução (UE) 2024/2047 da Comissão, de 29 de julho de 2024, que autoriza a colocação no mercado de sementes e farinha de sementes de Vigna subterranea (L.) Verdc. como alimento tradicional de um país terceiro e que altera o Regulamento de Execução (UE) 2017/2470.
Regulamento de Execução (UE) 2024/2061 da Comissão, de 30 de julho de 2024, que autoriza a colocação no mercado de sumo dos caules da planta Angelica keiskei (sumo do caule da ashitaba) como novo alimento e que altera o Regulamento de Execução (UE) 2017/2470.
Regulamento de Execução (UE) 2024/2102 da Comissão, de 30 de julho de 2024, que altera o Regulamento de Execução (UE) 2017/2470 no que se refere às condições de utilização do novo alimento 2’-fucosil-lactose e às especificações do novo alimento 2’-fucosil-lactose produzida com uma estirpe derivada de Escherichia coli BL-21.
Regulamento de Execução (UE) 2024/2044 da Comissão, de 29 de julho de 2024, que altera o Regulamento de Execução (UE) 2017/2470 no que se refere às especificações e às condições de utilização do novo alimento biomassa da levedura Yarrowia lipolytica.
Regulamento de Execução (UE) 2024/2046 da Comissão, de 29 de julho de 2024, que altera o Regulamento de Execução (UE) 2017/2470 no que se refere aos requisitos específicos de rotulagem do novo alimento proteína parcialmente hidrolisada obtida a partir de resíduos de malte de cevada (Hordeum vulgare) e de arroz (Oryza sativa).
Regulamento de Execução (UE) 2024/2048 da Comissão, de 29 de julho de 2024, que altera o Regulamento de Execução (UE) 2017/2470 no que se refere às especificações e às condições de utilização do novo alimento extrato proteico de rins de porco.
Regulamento de Execução (UE) 2024/2062 da Comissão, de 30 de julho de 2024, que altera o Regulamento de Execução (UE) 2017/2470 no que se refere às especificações do novo alimento óleo rico em DHA e EPA de Schizochytrium sp..
Fonte: DGAV
A ASAE anunciou, esta sexta-feira, a apreensão de 631 kg de moluscos bivalves vivos e crustáceos, designadamente berbigão, ameijoa, sapateiras, santolas e ostras, bem como equipamentos diversos de apoio à atividade, num valor total de 16.708 euros – foi ainda “instaurado um processo-crime por desobediência, tendo ainda sido determinada a detenção imediata do representante legal, para apresentação à autoridade judiciária competente”.
Em comunicado, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica destacou que, “através da Unidade Regional do Sul – Unidade Operacional de Santarém”, levou a cabo “uma operação de fiscalização, no âmbito do combate a ilícitos criminais contra a saúde pública, direcionada a um estabelecimento de depuração e expedição de moluscos bivalves vivos e depósito de produtos de pesca vivos, que após ter sido fiscalizado e, em desobediência, manteve a sua atividade em funcionamento, sem estar devidamente licenciado para o efeito, no concelho das Caldas da Rainha”.
O organismo refere ainda que “com esta intervenção e face aos resultados da ação de fiscalização realizada no início do mês de julho, foram apreendidas 3,1 toneladas de moluscos bivalves vivos neste operador económico”. “De salientar ainda que foi mantida a determinação de suspensão da atividade face à ausência de licenciamento, ausência de Número de Controlo Veterinário e incumprimento dos requisitos de manuseamento de moluscos bivalves”, indica o comunicado.
Fonte: Executive Digest
Na sequência de um parecer científico da EFSA (Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos) sobre a avaliação dos riscos para saúde pública relacionado com a presença de níquel nos géneros alimentícios e na água potável e tendo em conta dados de ocorrência recentes, a Comissão vem estabelecer teores máximos nos géneros alimentícios.
A fim de permitir que os operadores económicos se preparem para as novas regras agora introduzidas, os novos limites só são aplicáveis a partir de 1 de julho de 2025 e os géneros alimentícios enumerados no anexo do Regulamento (UE) 2024/1987, que tenham sido legalmente colocados no mercado antes de 1 de julho de 2025 ou 1 de julho de 2026, dependendo da categoria em que se inserem, podem permanecer no mercado até à respetiva data de durabilidade mínima ou data-limite de utilização.
Mantenha-se informado. Consulte o novo diploma aqui.
Fonte: DGAV
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), realizou, nas últimas semanas, de norte a sul do País, uma operação de fiscalização, direcionada à comercialização de suplementos alimentares, designadamente, ervanárias, lojas de “produtos naturais”, supermercados, entre outros, tanto na vertente física como online, incluindo redes sociais, com o objetivo de verificar o cumprimento das normas legais aplicáveis a estes géneros alimentícios que se destinam a complementar e/ou suplementar um regime alimentar.
Como balanço da ação, assinala-se a fiscalização de 125 operadores económicos, tendo sido instaurados 12 processos de contraordenação, destacando-se como principais infrações, a falta de tradução para a língua portuguesa das menções obrigatórias, a comercialização de suplementos alimentares em incumprimento das regras de rotulagem, apresentação e publicidade, a falta de preços em bens, a falta do livro de reclamações em formato eletrónico, a falta de mera comunicação prévia, entre outras.
Foram ainda apreendidos 150 kg de suplementos alimentares por inconformidades na rotulagem, tudo num valor aproximado de 4.150,00 Euros.
Fonte: ASAE
O aumento dos custos do azeite conduz a um crescimento do mercado paralelo, em que produtos com base de óleo são vendidos com rótulos falsificados.
A UE registou um número recorde de potenciais casos de fraude e rotulagem incorreta de azeite no primeiro trimestre deste ano. Em causa estão as pressões inflacionistas que levam ao aumento do mercado paralelo deste produto básico de cozinha, refere o The Guardian.
Mas o que leva exatamente ao aumento do preço do azeite, que mais do que duplicou desde 2018? Em primeiro lugar, a produção atingida por condições meteorológicas extremas causadas pela crise climática e outros fatores.
Com isto, aumentou também o número de “notificações transfronteiriças da UE” a propósito de rotulagem incorrecta, potenciais fraudes e casos de segurança envolvendo azeites contaminados.
Em 2018, no primeiro trimestre, a UE recebeu alertas para 15 casos, enquanto este ano o número aumentou para 50 no mesmo período. E aqui podem nem estar contempladas todas as ocorrências, já que estes valores não incluem casos nacionais e a verdadeira dimensão da fraude é provavelmente maior.
No total, das 182 notificações de fraude e não conformidade de azeite enviadas à UE desde o início de 2023, 54 diziam respeito a produtos da Itália, 41 da Espanha e 39 da Grécia.
E há risco para os consumidores, já que vários produtos adulterados chegam a ser comercializados? Um porta-voz da Comissão Europeia frisa que o maior número de notificações no sistema não indica "um risco exacerbado" para os consumidores.
"O número anual mais elevado de notificações é a prova de um melhor intercâmbio entre as autoridades competentes dos Estados-Membros e da sua vigilância em relação à fraude na cadeia agroalimentar", refere.
“A Comissão tem tolerância zero em relação à fraude. Com vista a fornecer aos consumidores azeite de boa qualidade na UE, a Comissão organiza seminários anuais e promove a colaboração entre os países da UE para garantir que estes controlos sejam corretamente aplicados e assegura o intercâmbio de informações relevantes para quem trabalha com azeite", é ainda explicado.
Fonte: 24.Sapo
Chamam-lhes “produtos químicos eternos” devido ao tempo que permanecem no corpo humano e no meio ambiente, as substâncias perfluoroalquil e polifluoroalquil, ou PFAS, são uma preocupação crescente para a saúde.
Presentes no sangue de cerca de 98% dos americanos, as substâncias químicas que perturbam as hormonas são tão preocupantes que, em julho de 2022, as Academias Nacionais de Ciências, Engenharia e Medicina estabeleceram níveis de preocupação de “nanogramas” e apelaram à realização de testes em indivíduos de alto risco, incluindo bebés e adultos mais velhos.
Em abril, a Agência de Proteção do Ambiente dos EUA (EPA) anunciou medidas históricas destinadas a controlar rigorosamente os níveis de cinco dos PFAS mais estudados na água potável do país, uma das vias de exposição humana. A contaminação também pode advir da presença de PFAS em embalagens de alimentos, têxteis resistentes a manchas e milhares de produtos de consumo, como utensílios de cozinha, tampões e cosméticos.
No entanto, um novo estudo analisa mais de perto uma outra via de possível exposição, pouco estudada - a existência de PFAS em pesticidas utilizados no controlo de pragas agrícolas e residenciais, incluindo tratamentos contra pulgas para animais de estimação.
“Este é realmente o primeiro estudo nos EUA a analisar de forma abrangente a forma como os pesticidas podem estar a contribuir para a contaminação global por PFAS”, afirmou Alexis Temkin, coautora do estudo publicado na quarta-feira na revista Environmental Health Perspectives. É toxicologista sénior do Environmental Working Group, ou EWG, uma organização de defesa do ambiente e da saúde com sede em Washington, DC.
Alimentos básicos como maçãs, milho, couve, espinafres, morangos e trigo são frequentemente pulverizados com pesticidas que contêm PFAS, disse o coautor David Andrews, cientista sénior e diretor-adjunto de investigações do Grupo de Trabalho Ambiental.
“Estes pesticidas são aplicados em dezenas de milhões de campos agrícolas nos Estados Unidos em quantidades bastante elevadas e estão a contribuir para a contaminação por PFAS”, afirmou Andrews. “O uso desses pesticidas também pode explicar parcialmente parte da contaminação não identificada por PFAS que os cientistas vêem ocorrendo em nossos cursos d'água”.
Os pesticidas PFAS são também utilizados em tratamentos contra pulgas para animais de estimação e em sprays para matar insectos em casa, de acordo com a investigação conduzida por cientistas do EWG, do Centro para a Diversidade Biológica em Tucson, Arizona, e dos Funcionários Públicos para a Responsabilidade Ambiental em Silver Spring, Maryland.
“Um dos pesticidas referidos (no documento) é o fipronil. Este pesticida está presente em produtos específicos contra pulgas/carrapatos que podem ser aplicados em animais de estimação! Não sabia que se tratava de um PFAS”, afirmou, por correio eletrónico, o toxicologista ambiental Dr. Jamie DeWitt, diretor do Pacific Northwest Center for Translational Environmental Health Research da Oregon State University.
“O estudo fornece provas empíricas da extensão dos PFAS nos pesticidas”, disse DeWitt, que não esteve envolvido na investigação.
É necessária mais supervisão
Apesar da presença de PFAS, os produtos químicos não são frequentemente considerados nos esforços governamentais de regulamentação de pesticidas ou nas avaliações toxicológicas de pesticidas, disse Stephanie Eick, epidemiologista ambiental e reprodutiva e professora assistente na Universidade Emory, em Atlanta. Também ela não esteve envolvida no novo estudo.
“A regulamentação relativa a pesticidas está atualmente desatualizada e é ineficaz, pelo que esta descoberta da presença de PFAS nas formulações de pesticidas representa uma nova oportunidade para a EPA dos EUA melhorar a validade científica da avaliação do risco dos pesticidas, de modo a captar melhor os cenários de exposição do mundo real”, afirmou Eick num comentário publicado com o estudo.
Tal como tem feito com outros contributos científicos, a Agência de Proteção Ambiental irá analisar o novo relatório e continua “empenhada em abordar os riscos dos PFAS de todas as fontes, incluindo os pesticidas”, disse um porta-voz da EPA à CNN por correio eletrónico.
Além disso, a EPA tomou “medidas significativas” nos últimos anos para compreender e abordar os PFAS nos pesticidas, incluindo a remoção de 12 ingredientes PFAS do fabrico de pesticidas, acrescentou o porta-voz.
O Conselho Americano de Química, uma associação industrial, disse à CNN que os pesticidas estão entre os produtos mais rigorosamente regulamentados nos Estados Unidos.
“Precisaríamos de tempo para analisar de perto, mas parece que estes investigadores estão a incluir muitos pesticidas como PFAS que não o são”, disse Tom Flanagin, diretor sénior de comunicações de produtos do ACC.
Embora os trabalhadores agrícolas e outras pessoas que trabalham com ou perto de pesticidas estejam em maior risco, a exposição aos pesticidas é generalizada. Mais de 90% da população dos EUA tem quantidades detectáveis de pesticidas na urina ou no sangue, de acordo com as estimativas.
PFAS ajuda os pesticidas a durar mais tempo
Os autores do estudo submeteram pedidos de acesso de informação a várias agências governamentais estaduais e federais nos EUA, incluindo a EPA.
A análise revelou que 66, ou 14%, de todos os ingredientes activos dos pesticidas são PFAS, que são intencionalmente adicionados para melhorar a capacidade do produto para eliminar as pragas, disse Andrews.
“Adicionam componentes PFAS aos pesticidas porque isso também aumenta a estabilidade do pesticida nos campos”, disse Andrews. “O pesticida tem menos probabilidades de se decompor tão rapidamente e, por isso, pode manter-se eficaz durante um período de tempo mais longo sem ser reaplicado.”
Os pesticidas também contêm ingredientes inertes, que não matam as pragas, mas são adicionados como “portadores do ingrediente ativo, como uma cápsula que transporta um medicamento”, disse Rainer Lohmann, professor da Escola de Pós-Graduação em Oceanografia da Universidade de Rhode Island, que estuda as fontes de PFAS. Ele não esteve envolvido no estudo.
Os ingredientes inertes não precisam ser divulgados no rótulo do produto, disse Andrews. A análise revelou que oito ingredientes inertes aprovados pela EPA eram PFAS, incluindo o produto químico antiaderente Teflon. Em fevereiro, a EPA propôs a remoção do Teflon dos produtos pesticidas.
A análise também descobriu que quase um terço dos novos ingredientes aprovados pelas agências federais para uso em pesticidas na última década continha PFAS, provavelmente devido à longevidade e outros benefícios, disse Temkin.
“O registro de pesticidas que precisam de PFAS está aumentando”, explica Temkin. “Isto parece ser uma tendência”.
Recipientes que criam PFAS
Outra fonte incomum de PFAS vem dos próprios recipientes de pesticidas como resultado de uma reação química, disse Andrews.
“O flúor gasoso é colocado num recipiente de plástico e o flúor reage com a superfície para a tornar mais estável”, afirmou. “A EPA descobriu que essa reação cria subprodutos - PFAS de cadeia longa, como o PFOA e o PFOS, que foram proibidos”.
Estima-se que 20% a 30% dos recipientes de plástico que contêm pesticidas e fertilizantes são fluorados e podem lixiviar PFAS para o conteúdo, de acordo com o jornal.
Depois de saber pela primeira vez em 2020 sobre a possível contaminação de PFAS em recipientes de pesticidas de plástico fluorado, a EPA desenvolveu novas maneiras de detetar PFAS em níveis baixos em recipientes e produtos de pesticidas, disse um porta-voz.
“A reação química não se restringe apenas aos recipientes de pesticidas”, disse Andrews. “Aplica-se a alguns recipientes de fragrâncias e outros produtos de consumo. É um grande problema que se estende para além dos pesticidas e pode ser um importante contribuinte para a forma como os PFAS de cadeia longa estão a permanecer no ambiente”.
Os produtos químicos PFAS de cadeia longa ácido perfluorooctanossulfónico, ou PFOS, e ácido perfluorooctanóico, ou PFOA, estão entre os mais estudados dos cerca de 15.000 tipos de PFAS utilizados pela indústria. Ambos os produtos químicos têm sido associados a um risco acrescido de problemas de saúde graves, como cancro, obesidade, doenças da tiroide, colesterol elevado, diminuição da fertilidade, danos no fígado e perturbações hormonais, segundo a EPA.
“Estas são fontes ocultas de PFAS que são uma fonte subestimada de contaminação dos nossos cursos de água, do ambiente e, potencialmente, dos nossos corpos”, afirmou Andrews.
Quão significativas são estas exposições? É necessária mais investigação, dizem os especialistas. No entanto, o artigo apresenta “um bom argumento de que os compostos de pesticidas fluorados contribuem em grande parte para os PFAS não reconhecidos e parecem ter uma contribuição muito maior do que o esperado anteriormente”, disse DeWitt.
“Esta investigação confirma que os PFAS fazem parte dos produtos pesticidas, quer como ingrediente ativo do pesticida, quer como contaminante introduzido a partir da embalagem do pesticida”, afirmou.
Fonte: CNN Portugal
A empresa francesa Gourmey apresentou um pedido de autorização aos reguladores da UE para o seu foie gras cultivado – marcando o primeiro pedido de venda de carne cultivada na União Europeia. A empresa também apresentou pedidos em Singapura, na Suíça, no Reino Unido e nos EUA.
O pedido da Gourmey acontece quase exatamente um ano após a Aleph Farms ter solicitado aos reguladores suíços e britânicos a venda da sua carne de bovino cultivada. Na sequência de avaliações de segurança, dois produtos de frango cultivado foram aprovados para venda nos EUA em 2023, e as entidades reguladoras autorizaram a venda de carne cultivada em Singapura em dezembro de 2020.
A carne cultivada tem como objetivo fornecer alimentos como frango, porco e marisco indistinguíveis da carne que comemos atualmente, mas produzidos em cultivadores – como os fermentadores utilizados para fazer cerveja – e não através da criação de animais.
Uma investigação revista por pares mostra que a carne cultivada pode gerar até 92% menos emissões de gases com efeito de estufa e até 94% menos poluição atmosférica, e pode utilizar até 66% menos água do que a carne convencional.
Uma vez que também pode exigir até menos 90% de terra, a carne cultivada poderia complementar a agricultura sustentável, abrindo espaço para abordagens mais respeitadoras para com a natureza e aumentando a segurança alimentar na Europa ao reduzir a dependência de culturas cultivadas no estrangeiro para alimentar os animais. Esta carne pode também ser produzida sem antibióticos, ajudando a reduzir o risco de resistência antimicrobiana.
Um inquérito recente realizado pela YouGov e encomendado pelo Good Food Institute Europe revelou que 69% dos consumidores portugueses acredita que, após a carne cultivada passar pelo sólido processo regulamentar da UE, os consumidores devem decidir se pretendem ou não comê-la. Outros 64% concordam que, se a carne cultivada entrar no mercado, deve também ser produzida em Portugal, para que a economia portuguesa possa beneficiar disso.
Antes de um produto de carne cultivada poder ser vendido na Europa, tem de ser aprovado pelas entidades reguladoras da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA). A autorização prévia à comercialização da carne cultivada é regida pelo regulamento relativo a novos alimentos, que constitui um dos enquadramentos de segurança alimentar mais sólidos do mundo.
Assim que os reguladores da UE aprovarem um produto de carne cultivada, este pode ser vendido nos 27 países da UE. O processo de aprovação incluirá uma avaliação exaustiva e baseada em evidências relativas à segurança e ao valor nutricional da carne cultivada, e estima-se que demore pelo menos 18 meses.
Assim, o foie gras cultivado da Gourmey será avaliado ao abrigo deste regulamento da UE relativo a novos alimentos. O enquadramento de autorização exaustivo e baseado em provas também permite considerar os potenciais impactos sociais e económicos do alimento em questão. A Comissão Europeia e os Estados-Membros têm um papel a desempenhar no processo de aprovação, juntamente com os peritos científicos da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos, a fim de garantir que as decisões de autorização são representativas e mantêm a adesão de todas as partes interessadas.
“É fantástico ver que foi apresentado o primeiro pedido de venda de carne cultivada na UE. Isto demonstra que a inovação alimentar pode coexistir com as nossas tradições culinárias, proporcionando aos consumidores um foie gras fabricado de uma forma que pode reduzir os impactos ambientais e as preocupações com o bem-estar dos animais, apoiar o investimento e criar empregos com futuro garantido,” comentou Seth Roberts, Senior Policy Manager do The Good Food Institute Europe. “Os peritos podem agora começar a trabalhar, utilizando um dos processos regulamentares mais rigorosos do mundo, para avaliar a segurança e as qualidades nutricionais da carne cultivada.”
Fonte: The Good Food Institute
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