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A clara de ovo da galinha é uma fonte de proteína muito utilizada em todo o mundo, especialmente na indústria alimentar. Só em 2020, foram consumidas cerca de 1,6 milhões de toneladas.

A questão da avicultura e a crescente expansão desta produção tem um peso nos recursos e na sustentabilidade do Planeta. Uma nova investigação da Universidade de Helsínquia e do Centro de Investigação Técnica VTT da Finlândia, sugere que a biotecnologia pode ser a chave para criar uma alternativa mais amiga do ambiente.

No estudo, agora publicado na Nature, os autores sugerem que produzir a proteína da clara de ovo, a ovalbumina, através da fermentação por fungos Trichoderma reesei, reduz as emissões de gases com efeito de estufa (GEE) entre 31% e 55%, e evita a utilização do solo em quase 90%, comparativamente à produção animal. Este processo tem como base a fermentação de precisão, que garante a produção de alimentos através de microrganismos.

“O gene que carrega o projeto da ovalbumina é inserido por ferramentas biotecnológicas modernas no fungo, que então produz e secreta a mesma proteína produzida pelas galinhas. A proteína ovalbumina é então separada das células, concentrada e seca para criar um produto funcional final”, explica Emilia Nordlund do Centro de Pesquisa Técnica VTT da Finlândia.

Embora estes métodos de cultivo consumam mais eletricidade, a utilização de energia renováveis pode reduzir ainda mais o seu impacto ambiental. “No futuro, quando a produção tiver como fonte a energia de baixo carbono, a fermentação de precisão tem o potencial de reduzir o impacto em até 72% [das emissões de GEE]”, explica a investigadora Natasha Järviö, da Universidade de Helsínquia.

Fonte: Greensavers

Os Açores preveem começar a implementar, este ano, um plano estratégico para a vitivinicultura, a 10 anos, que visa aumentar a produção e dar mais visibilidade aos vinhos da região, revelou hoje o secretário regional da Agricultura.

“Pretende-se mais exportação de vinhos, mais produção, mais capacidade de transformação, mais mão de obra, mais ciência, mais ligação à terra e mais criação de emprego em todas as ilhas”, afirmou, em declarações à Lusa, o secretário regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural, António Ventura, à margem de uma reunião com a direção da Adega Cooperativa dos Biscoitos, na ilha Terceira.

O Plano Estratégico da Vitivinicultura para a Região Autónoma dos Açores, que será colocado a consulta pública, durante o mês de janeiro, será posteriormente aprovado em Conselho de Governo e deverá começar a ser implementado em 2022.

Segundo António Ventura, o documento, que recebeu contributos de meia centena de personalidades, integra “18 medidas e 58 ações, a realizar nos próximos 10 anos”.

“Pretende recuperar o tempo perdido e perspetivar no futuro um desenvolvimento que tem a ver com a criação de emprego, com a fixação de pessoas e com a diversificação económica, apostando na vinha, no vinho e nos produtos”, frisou.

Entre as principais medidas do plano, o secretário regional da Agricultura destacou a criação de um livro branco para o enoturismo e a criação da “Rota dos Vinhos dos Açores”.

“Há cada vez mais turistas a procurar, a apreciar e a comprar o vinho e a referenciar as zonas pela produção de vinho”, sublinhou.

O governante disse ainda esperar que o Instituto da Vinha e do Vinho seja “aprovado o mais rapidamente possível” e que possa entrar em funcionamento “este ano”.

“Este organismo irá planear, orientar e operacionalizar todas estas políticas e este plano estratégico”, apontou.

António Ventura realçou, por outro lado, a criação do Observatório da Vinha e do Vinho, entidade que deverá acompanhar a execução do plano, elaborando ainda relatórios sobre os programas VITIS (Regime de Apoio à Reestruturação e Reconversão da Vinha) e sobre a sustentabilidade do setor vitivinícola na região.

O organismo deverá ainda elaborar “contas de cultura” para diferentes ambientes edafoclimáticos da cultura da vinha nos Açores e avaliar o impacto sócio-económico da produção.

Poderá também fazer sugestões sobre a experimentação, vulgarização e formação profissional, sobre a promoção e comercialização dos produtores vitivinícolas regionais e sobre a divulgação do enoturismo regional.

“Há necessidade de cursos de formação, de podas, por exemplo, de enxertias, de colheita… A ligação forte às escolas profissionais, ao ensino regular e, especificamente, dentro da secretaria, é fundamental implementar”, avançou António Ventura.

O secretário regional da Agricultura adiantou que está a ser considerada também a criação de “majorações, formação e até, provavelmente, importação de mão de obra”.

Para o presidente da Adega Cooperativa dos Biscoitos, Ricardo Rodrigues, este plano é importante para “alavancar” um setor, que tem “evoluído bastante” nos últimos anos.

“Nós achamos que é um fator extremamente importante para alavancar um setor que durante muitos anos esteve esquecido. Achamos que a vitivinicultura tem a importância de ser mais um setor para a diversidade do que a região pode oferecer, quer a nível turístico, quer a nível da qualidade dos produtos que podemos apresentar”, apontou.

Na área vitivinícola dos Biscoitos, na ilha Terceira, tem-se registado um aumento de novos produtores, mas o foco deve ser, sobretudo, a aposta na qualidade do produto, a pensar em “nichos” de mercado, defendeu Ricardo Rodrigues.

“É nisso que nós nos podemos diferenciar, apresentando um produto com qualidade, que se consiga identificar onde é produzido”, sublinhou.

Fonte: Agroportal

Estima-se que mais de 75% das doenças emergentes a nível mundial sejam zoonóticas.
Estas doenças são responsáveis por cerca de 2,5 bilhões de casos de doenças e 2,7 milhões de mortes em todo o mundo/ano.
Algumas destas doenças, podem ser contraídas através de VETORES ARTRÓPODES, tais como mosquitos, carraças ou pulgas
O aquecimento global possibilita a criação de novos habitats induzindo a deslocação de muitas espécies animais, incluindo vetores artrópodes para regiões historicamente livres da sua presença, potenciando por isso a expansão de diversas doenças infeciosas, por exemplo, Doença do Nilo Ocidental, do Dengue, do Zika ou da Febre Amarela.

O VÍRUS DO NILO OCIDENTAL é considerado um vírus zoonótico que afeta equinos, aves e pessoas, e que foi identificado pela primeira vez em Portugal na década de 1960;
O VÍRUS BAGAZA foi detetado em Portugal em 2021, em perdizes. Virus transmitido por mosquitos, tem ainda a potencialidade de causar encefalites em humanos.
Dado o carácter zoonótico de muitas doenças transmitidas por artrópodes, o conceito de UMA SÓ SAÚDE (que pressupõe um esforço de interdisciplinaridade e de cooperação entre as áreas da Saúde Animal, Saúde Pública e Saúde Ambiental),torna-se essencial na prevenção e na gestão dos surtos de doença nos animais e nas pessoas.
Saiba mais (vídeo)

Fonte: DGAV

O Governo francês vai testar vacinas contra a gripe das aves, que afeta dezenas de explorações agrícolas no país e sensibilizar a União Europeia para a sua homologação como forma de travar epidemias recorrentes, foi divulgado.

De acordo com a agência EFE, o ministro da Agricultura francês convocou, para quarta-feira, uma reunião com os profissionais do setor para determinar as áreas onde será iniciado o processo de testagem da vacina e os procedimentos a adotar naquela operação.

Julien Denormandie, que falava aos jornalistas, na sexta-feira, à margem de uma visita à região de Landes, uma das mais afetadas pela gripe das aves, sublinhou que “a França é o primeiro país da Europa a iniciar a testagem da vacina”.

“Depois será necessário obter a homologação a nível europeu e, para isso, terei de conseguir convencer os outros Estados membros da importância da vacinação”, sublinhou Denormandie.

Para o ministro da Agricultura francês, a vacina “não tem de ser um assunto tabu”, por considerar que atualmente “há soluções, a longo prazo, para impedir o aparecimento destas epidemias”.

Segundo dados de sexta-feira disponíveis na página oficial do Ministério da Agricultura de França na Internet, estavam reportados 82 focos de infeção em explorações agrícolas, a maioria na região dos Pirenéus Atlânticos, Landas e Gers, junto à fronteira com Espanha.

Os primeiros casos de aves doentes em França foram detetados no final de novembro, junto à fronteira com a Bélgica.

Em dezembro, foi confirmado o primeiro foco de infeção numa exploração de patos, na região de Gers.

Desde 2015, França enfrenta a quarta vaga desta epidemia. Entre outubro de 2020 e a primavera de 2021, registaram 492 focos de infeção em explorações agrícolas.

Para travar a propagação da doença foram abatidos 3,5 milhões de aves, no sudoeste do país, sobretudo patos.

Segundo o ministro da Agricultura francês, a situação atual da epidemia é “muito grave”, ainda que esteja longe do cenário que o país vivia há um ano, mas que vão ser novamente acionados apoios aos agricultores afetados.

Fonte: Agroportal

A Freight Farms é uma empresa especializada em máquinas de hidroponia capazes de produzir entre duas a quatro toneladas de vegetais por ano, que podem ser colocadas em qualquer lugar porque não precisam nem de sol nem de solo.
 
Segundo o MIT Technology Review, Jaime Silverstein é parte agricultor, parte cientista, e trabalha num contentor de transporte em Boston.
 
Estes contentores a que a empresa chama de Leafy Green Machines (máquinas de folhas verdes) estão equipados com equipamento de hidroponia suficiente para produzir até quatro toneladas de vegetais por ano, independentemente do tipo de clima ou localização onde são instaladas.Isto é possível devido à forma como a hidroponia funciona.
 
Com esta técnica de cultivo sem solo, as plantas recebem todos os nutrientes de que precisam através da água.
 
As raízes podem estar imersas num líquido ou num substrato inerte. A luz provém de lâmpadas, pelo que não é necessário estarem expostas ao sol.Mas a empresa não tem só os olhos postos na possibilidade de fornecer um meio para fazer crescer vegetais em zonas onde o clima agreste é inimigo do cultivo. Um dos objetivos em que estão a trabalhar juntamente com a NASA é ver até que ponto esta tecnologia pode ser usada para cultivar comida no espaço.
 
Fonte: Greensavers
 

Devido ao crescente número de focos de Gripe Aviária em Portugal, a DGAV promove uma Sessão de Esclarecimentos Online, via MSTeams, com participação de diversos especialistas da DGAV.

Esta iniciativa decorre dia 12 de janeiro, das 14:00 às 17:00h, com o seguinte programa:

  • Yolanda Vaz, Diretora de Serviços de Proteção Animal
    Caracterização da Doença em Portugal – Sintomatologia, Sinais Clínicos

  • Renata Carvalho, Médica Veterinária da Divisão de Epidemiologia e Saúde Animal
    Medidas Preventivas em Exploração – Biossegurança

  • Cláudia Moedas e Miguel Lamela, Chefes de Divisão das DAV Ribatejo e DAV Oeste
    Medidas Aplicáveis em Exploração em Caso de Foco

  • Susana Santos, Médica Veterinária da Divisão de Controlo da Cadeia Alimentar
    Medidas Aplicáveis em Estabelecimento em Caso de Foco

  • Isabel Mousinho, Chefe de Divisão de Internacionalização e Mercados
    Comércio Internacional

  • Ana Caria, Chefe de Divisão de Epidemiologia e Saúde Animal
    Indemnizações


Para se inscrever e ver o programa aceda ao link.

Fonte: DGAV

‘Não desperdiçar, reutilizar e valorizar’ é o lema do Shell4BioA, um projeto de investigadores portugueses que pretende transformar os resíduos de casca de camarão em novos produtos. A equipa pertence ao Laboratório Associado para a Química Verde (LAQV-REQUIMTE) da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP).

As cascas de camarão podem ser muito úteis. Então, porquê desperdiçá-las e despejá-las em aterros? “São ricas em azoto, oferecendo uma excelente oportunidade para obter vários tipos de aminas de uma forma sustentável e que atualmente apenas são produzidas na indústria a partir de petróleo”, afirma a investigadora e responsável pelo projeto, Andreia Peixoto.

Numa primeira fase, as cascas de camarão cedidas pela empresa portuguesa Mar Cabo são processadas em água pressurizada a altas temperaturas, transformando-se num extrato de resíduo sólidos. Como explica a FCUP, “Após tratamentos térmicos, pode ser usado como catalisador que vai acelerar reações químicas para a transformação sustentável da quitina e derivados em aminas”.

A ideia é combater o desperdício e promover a reutilização dos resíduos, dando-lhes um novo propósito. Através de métodos sustentáveis, será possível produzir produtos como detergentes, fármacos e até plásticos.
Fonte: Greensavers
O ano de 2021 terminou com o Índice de Preço dos Alimentos da Organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO) a atingir 125,7 pontos, o valor mais alto dos últimos dez anos. Esta média anual só foi superior em 2011, quando se registou um valor de 131,9 pontos.O preço dos alimentos subiu 28.1% comparativamente ao ano homólogo, tendo todos os índices de cereais, óleo vegetal, lacticínios, açúcar e carne, registado uma média mais alta.
 
Apesar destes valores, o mês de dezembro teve uma redução dos preços internacionais em todos os índices, exceto no dos lacticínios, que continuam a aumentar desde agosto, principalmente devido à grande procura global de importação e à restrita oferta de exportação das regiões produtoras. Neste último setor, deu-se um aumento dos preços de 16,9% face a 2020.
 
No setor dos cereais, deu-se um aumento de 27.2% dos preços, em relação a 2020, a maior média de que há registo desde 2012. O arroz foi o cereal que mais viu os preços cair em 2021 – a grande disponibilidade de exportação levou à competição dos fornecedores e consequente redução dos preços.
 
No caso dos óleos vegetais, atingiu-se um recorde anual, com um aumento dos preços em 65,8%, comparativamente a 2020. A média de 164,8 pontos superou todos os registos deste setor desde 2004. Embora o óleo de palma e de girassol tenham apresentado uma descida, os de óleo de soja e colza mantiveram-se quase inalterados.Já no setor da carne, registou-se um valor 12,7% acima do ano anterior, destacando-se a carne ovina com o maior aumento dos preços. Seguem-se neste aumento as carnes bovina e de aves, no entanto, a carne suína apresentou uma contínua queda dos preços, descendo pela sexta vez no mês de dezembro.
 
Por último, o setor do açúcar teve também um aumento de 37,5% dos preços, em relação a 2020, o maior de que há registo desde 2016. A redução da produção de açúcar no Brasil e o aumento da procura levou à subida dos preços.

Fonte: Greensavers

 

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) realizou, durante a época festiva, operações de fiscalização com o objetivo de verificar o cumprimento das regras de higiene e segurança alimentar e de qualidade dos géneros alimentícios e dos principais produtos alimentares que estão, tradicionalmente, na mesa dos portugueses, durante o período que se inicia com os preparativos para o Natal e se encerra com a celebração do Dia de Reis.

Durante as ações dirigidas essencialmente aos estabelecimentos de pastelaria com fabrico próprio, panificação, supermercados, hipermercados, talhos, mercados locais e lojas gourmet, foram verificadas as condições de higiene, o cumprimento das regras de fabrico, rotulagem dos produtos, conformidade das matériasprimas utilizadas e respetiva rastreabilidade, a temperatura dos produtos e condições de conservação, os requisitos específicos aplicáveis aos géneros alimentícios mais comercializados e ainda as regras de concorrência, preços, livro de reclamações e licenciamento da atividade.

Como balanço assinala-se a fiscalização de 464 operadores económicos, tendo sido instaurados 70 processos de contraordenação, destacando-se como principais infrações, o incumprimento dos requisitos gerais e específicos de higiene, o incumprimento dos requisitos relativamente aos processos previstos nos princípios da Análise de Perigos e Controlo de Pontos Críticos (HACCP), a falta de controlo metrológico de pesos, a violação dos deveres gerais da entidade exploradora do estabelecimento de restauração e bebidas, a falta de mera comunicação prévia, entre outras.

Durante a operação procedeu-se ainda, à suspensão de atividade de 5 operadores económicos, à apreensão de 450 litros de azeite, cerca de 10 toneladas de frutas e produtos hortícolas frescos e 7 instrumentos de pesagem, tudo num valor global aproximado de 7.930,00 €.

A ASAE, enquanto órgão de polícia criminal e autoridade de fiscalização de mercado, executa operações diariamente para verificação do cumprimento da regulamentação vigente. No contexto atual, a incidência de fiscalização manter-se-á, necessariamente, intensificada nas matérias relacionadas com a situação inerente à pandemia de COVID-19, bem como todas as que se manifestam relevantes no âmbito da segurança alimentar e económica.

Fonte: ASAE

 

A Ordem dos Médicos Veterinários (OMV) apresenta a evolução das doenças zoonóticas nos últimos 30 anos.

Saiba mais sobre o trabalho realizado pela OMV na promoção de «Uma Só Saúde», também em articulação com outras entidades, no endereço https://www.omv.pt/.

Veja o vídeo.

Fonte: DGAV