A Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, defende que o consumo de bebidas com açúcar adicionado poderia diminuir de uma forma substancial se estes produtos fossem devidamente tributados.
Pelos cálculos do braço regional da Organização Mundial da Saúde, OMS, com um aumento de 25% no preço das bebidas açucaradas, através de uma alta de impostos, poderia haver uma redução de 34% no consumo dessas bebidas.
Doenças
A diretora da Opas, Carissa Etienne lembrou que as bebidas com açúcar adicionado contribuem muito para o sobrepeso e a obesidade. Estas condições podem causar doenças cardíacas, diabetes e outras enfermidades crónicas graves.
Defende ainda que reduzir o consumo dessas bebidas melhoraria a saúde e que impostos especiais de consumo são uma ferramenta eficaz para atingir essa meta. Em tempo de pandemia, Etienne apontou que políticas eficazes como a tributação desses produtos tornaram-se ainda mais urgentes.
O estudo recente da Opas menciona provas científicas indicando que pessoas com sobrepeso ou obesas, ou que sofram de diabetes e doenças cardíacas, têm maior probabilidade de desenvolver casos graves da Covid-19.
O continente Americano apresenta as taxas mais altas de sobrepeso ou obesidade no mundo, chegando a afetar 64% dos homens e 61% das mulheres. No Brasil, a prevalência nos homens é de 59,4% e nas mulheres 57,1%.
“Vitória Tripla”
Falando sobre o efeito prático dos impostos especiais de consumo em bebidas açucaradas, o chefe do Departamento de Doenças Crónicas e Saúde Mental da Opas, Anselm Hennis, disse que a medida geraria uma vitória tripla para os países.
O especialista afirmou que os resultados não seriam apenas na receita, mas também na melhora da saúde e, ao mesmo tempo, na baixa de custos a longo prazo e perdas de produtividade por causa de doenças relacionadas ao sobrepeso e à obesidade.
Hennis considera que essa tributação seria usada como uma fonte imediata de receita fiscal em resposta à pandemia, para financiar planos de recuperação económica ou apoiar o avanço dos países para a cobertura universal de saúde.
Mais de 73 países já implementam impostos sobre bebidas açucaradas, uma medida que “tem sido cada vez mais adotada por governos pelo mundo todo”.
Consumo Nacional
Nas Américas, 21 Estados aplicam impostos especiais de consumo em nível nacional, enquanto sete áreas sob a jurisdição dos Estados Unidos fazem a tributação em nível local.
O estudo ressalta que nas Américas o motor para a adoção da medida foram metas fiscais e não o papel que a tributação pode desempenhar na proteção da saúde.
O relatório detalha que à medida que mais governos adotam e melhoram os impostos sobre bebidas açucaradas, a expectativa é que reduza a carga de doenças não transmissíveis.
Fonte: ONU News
O acesso universal a alimentos seguros é um requisito fundamental para a Agenda 2030 para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. E ainda assim, estima-se que 600 milhões de pessoas a cada ano adoecem por comerem alimentos contaminados e 420.000 delas morrem.
Alimentos seguros também são essenciais para o desenvolvimento económico e o comércio internacional de alimentos. A definição e medição de indicadores de segurança alimentar contribuíram significativamente para melhorar e comunicar o progresso na obtenção da segurança alimentar. Considerando o sucesso, em vários países da região da Ásia e do Pacífico solicitaram à Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) que fornecesse orientação sobre o desenvolvimento de indicadores de segurança alimentar.
Após uma análise abrangente e uma consulta técnica sobre o tema, um projeto piloto foi desenvolvido em quatro países para estabelecer indicadores de inocuidade dos alimentos que se ajustassem aos contextos e objetivos de seus países. O projeto piloto confirmou a utilidade dos indicadores de inocuidade dos alimentos no fortalecimento dos sistemas nacionais de controlo de alimentos.
Em contraste com outros tipos de indicadores, os indicadores de segurança alimentar não foram considerados adequados para avaliar as capacidades entre os países. O guia regional para desenvolver indicadores de inocuidade dos alimentos visa fornecer aos países assessoria técnica para o desenvolvimento de indicadores nacionais de inocuidade dos alimentos que atendam aos objetivos específicos de cada país. Ao ler o guia, as autoridades competentes em segurança alimentar estarão equipadas com instrumentos e dicas baseadas na experiência para desenvolver e usar indicadores de segurança alimentar de forma eficaz e adaptá-los aos contextos de seus países.
Pode consultar o documento aqui.
Fonte: FAO
O país está a ter uma evolução positiva a nível de eficiência energética. É o que diz o relatório Energy Efficiency Watch Survey 2020 do Fórum Europeu, que revela que o país registou a maior subida no ranking que avalia o nível de progresso na implementação de políticas de eficiência energética, estando atualmente em 7º lugar. Em 2015, Portugal ocupava a 21ª posição do ranking.
De acordo com a Adene – Agência para a Energia e com os dados do estudo, este salto qualitativo justifica-se pela evolução positiva na indústria, nos transportes e nos edifícios. Destaca-se a etiquetagem de produtos, nos requisitos para o desempenho de edifícios e na certificação de edifícios.
Somos ainda o Estado Membro da União Europeia com melhor avaliação da forma como a eficiência energética está a ser abordada ao nível do debate público.
A recuperação económica é apontada como uma oportunidade pelos especialistas, a qual a União Europeia deve aproveitar para acelerar as políticas e a transição para a energia verde, complementando assim a estratégia de uma recuperação económica ambientalmente mais sustentável.
Fonte: Greensavers
As exportações de vinhos portugueses cresceram 13% no primeiro trimestre, em comparação com o período homólogo, para mais de 200 milhões de euros, segundo dados da ViniPortugal hoje divulgados.
“O primeiro trimestre de 2021 foi bastante positivo para as exportações de vinhos portugueses, em comparação com o mesmo período de 2020. […] O primeiro trimestre de 2021, registou um aumento de 13% nas exportações comparativamente com o período homólogo de 2020, tendo ultrapassado os 200 milhões de euros”, indicou, em comunicado, a ViniPortugal.
Por mercado, Finlândia foi o país que registou o maior aumento percentual, com um acréscimo de 42,20% até março (3,38 milhões de euros).
Segue-se a Polónia, que avançou 37,74% (7,15 milhões de euros), a Noruega, com mais 32,21% (3,32 milhões de euros) e a Dinamarca que ganhou 24,11% (3,57 milhões de euros).
Já entre os países terceiros, destacam-se as exportações de vinhos portugueses para o Brasil (+38,5%) e Reino Unido (+9,41%), com 15,51 milhões de euros e 14,04 milhões de euros, respetivamente.
De acordo com os dados da associação, as exportações para a China representaram 3,93 milhões de euros, ou seja, mais 35,61% face ao primeiro trimestre de 2020.
No sentido inverso, Angola e Japão registaram decréscimos de, respetivamente, 31,87% e 13,50%.
“Estamos bastante satisfeitos por sentir que o mercado voltou novamente a mexer. Este grande crescimento que se sentiu neste primeiro trimestre permite-nos avizinhar um ano de 2021 favorável, não só para a abertura de novos mercados, como para o crescimento progressivo das exportações para os nossos principais mercados”, afirmou, citado no mesmo documento, o presidente da ViniPortugal, Frederico Falcão.
A ViniPortugal é uma associação interprofissional para a promoção de vinhos de Portugal.
Fonte: Agroportal
A dieta alimentar tem uma grande influência não só na saúde do próprio, como na dos que o rodeiam. Com cada vez mais indicações dos impactos que os produtos de origem animal têm no ambiente e no Planeta, muitas pessoas estão a optar por dietas vegan – e a adaptar os seus filhos à mesma.
Surge agora um novo estudo, da Universidade de Helsínquia, na Finlândia, que investiga os efeitos metabólicos da dieta vegana em crianças pequenas com idades entre os 1 e os 7 anos.
Ao compararem os resultados com os das crianças que seguiam uma dieta onívora e vegetariana, os cientistas concluíram que as crianças vegan tinham níveis mais baixos de vitamina A e D, de colesterol LDL e HDL, de aminoácidos essenciais e de ácido docosahexaenóico. Por outro lado, não se encontraram diferenças nos níveis de vitamina B12 e de iodo, e os níveis de folato eram mais altos.
O estudo conclui três pontos essenciais, que as famílias devem ter especial atenção à carência de vitamina A e D nas crianças, que as recomendações dietéticas veganas provenientes de estudos em adultos não podem ser adaptadas em crianças, e que devem ser desenvolvidos mais estudos sobre dietas vegan nos primeiros anos de vida das crianças, para que seja possível garantir a saúde das mesmas.
Fonte: Greensavers
A Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIM-BSE) iniciou largadas do parasitóide ‘Torymus sinensis’, em toda a área de intervenção, com o objetivo de diminuir o grau de infestação da vespa das galhas do castanheiro.
A iniciativa insere-se numa candidatura conjunta ao PDR 2020, no âmbito da Operação 8.1.3 “Prevenção da floresta contra agentes bióticos e abióticos”, enquadrada no sistema florestal do castanheiro e tem como objetivo a luta biológica contra a vespa das galhas do castanheiro (‘Dryocosmus kuriphilus’).
A CIM-BSE pretende realizar este ano 311 largadas nos municípios que integram a candidatura: Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Gouveia, Guarda, Manteigas, Mêda, Pinhel, Sabugal, Trancoso e Covilhã.
Fonte: Agroportal
A Associação dos Produtores de Leite de Portugal (Aprolep) pediu a intervenção do Presidente da República no que diz respeito aos preços do leite, redução das ajudas da PAC e à imagem negativa do setor, segundo um comunicado.
Na nota, a associação saudou uma visita de Marcelo Rebelo de Sousa a uma sociedade agrícola, em Esposende, tendo pedido “a atenção e intervenção do Senhor Presidente da República sobre alguns dos temas que mais preocupam os agricultores e produtores de leite”.
A associação realça o preço do leite e os custos de produção, destacando que “em fevereiro de 2021, o preço médio ao produtor foi 30 cêntimos/kg, o terceiro mais baixo da Europa. Não temos qualquer indicação de subida desse preço”, enquanto “em dezembro de 2020 o preço da ração começou a subir”.
“Este aumento das rações representou um aumento nos custos de dois cêntimos por litro de leite, sem qualquer compensação até ao momento. Isto causa uma grande revolta, preocupação e desânimo entre os produtores de leite”, lamenta a Aprolep.
O organismo pede ainda atenção para a redução das ajudas da Política Agrícola Comum (PAC), salientando que este instrumento tem contribuído para mitigar o preço baixo do leite, ao longo dos anos.
No entanto, no final de 2020, a associação diz ter sido confrontada “com perspetivas que apontam uma enorme redução dessas ajudas anuais”, sendo que “tem sido apontada pelo Ministério da Agricultura a hipótese de compensar essa redução com um ajuste dos pagamentos ligados e a introdução de ‘eco-regimes’, mas nada está definido e a preocupação do setor é grande face à incerteza sobre o orçamento disponível para essas medidas”.
Para a Aprolep, é também preocupante “a imagem negativa da agricultura e da pecuária nas escolas e na comunicação social”, lamentando que os agricultores sejam “injustamente acusados de ser a principal fonte de poluição do solo, das águas e de maltratar os animais”.
“As vacas são apontadas como causadoras do aquecimento global, mas os dados da Agência Portuguesa do Ambiente mostram que a agricultura representa apenas 10% da emissão de Gases de Efeito de Estufa (GEE), metade dos quais na pecuária. As vacas leiteiras são apenas 16% do total de bovinos existentes em Portugal, pelo que as emissões do setor devem representar menos de 1% das emissões do nosso país”, garante a Aprolep.
Fonte: Agroportal
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) procedeu, através da Unidade Regional do Sul – Unidade Operacional de Santarém, ao cumprimento de um mandado de busca e de apreensão não domiciliário, numa indústria de curtumes localizada no concelho de Alcanena e na sequência de uma investigação por crime de Poluição.
No decurso da operação, por suspeita da prática de deposição de resíduos de curtumes, foram realizadas várias escavações no solo, com recurso a uma retroescavadora, onde foi possível comprovar a existência, em dois terrenos adjacentes à indústria, de indícios de enterro de raspas azuis e verdes, bem como lamas provenientes das lagoas existentes, com eventual contaminação dos lençóis freáticos.
Nestas diligências no solo, foi confirmada a deposição incontrolada de resíduos orgânicos (peles), lamas e, ainda, resíduos de construção e demolição (RCD). Com estas aberturas, a maioria das valas acabou por ficar submersa com água, que brotava do solo (aquíferos), com cheiro e coloração, indiciando uma eventual contaminação dos solos.
Assim, foram efetuadas colheitas de solo e de água (4 amostras de solo e 2 de água) para a devida análise laboratorial e consequente elaboração do respetivo parecer, no âmbito do processo crime em curso.
Nesta ação de inspeção, a ASAE contou com a colaboração da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), do Instituto da Soldadura e Qualidade e ainda da Câmara Municipal de Alcanena.
Fonte: ASAE
Yvan Bourgnon é um velejador francês que nas suas travessias pelos mares encontrava enormes manchas de lixo plástico. Bourgnon e a equipa decidiram então agir e criar o projeto SeaCleaners. E, para combater a poluição plástica, projetaram o Manta, um veleiro de grandes dimensões que se alimenta de plástico.
A embarcação de 56 metros será capaz de recolher, processar e recuperar grandes quantidades de resíduos plásticos do oceano. Construído em aço de baixo carbono, o Manta possui um sistema de propulsão híbrido elétrico. O barco pode mover-se a baixa velocidade, entre os 2 e os 3 nós, e atinge uma velocidade máxima de mais de 12 nós.
A embarcação também poderá ser usada para emergências em áreas extremamente poluídas após desastres naturais como ciclones ou tsunamis. Quando os resíduos são trazidos para bordo existe uma unidade de triagem manual que faz a separação de acordo com o tipo de material encontrado. Depois, os plásticos são cortados em pequenos pedaços e encaminhados para uma unidade de conversão de resíduos em energia, onde até 95% do material é convertido em eletricidade através de um processo de pirólise – e esta energia alimenta todo o equipamento elétrico do Manta.
Mais de metade das embalagens de pesticidas ficaram por recolher em 2020, representando cerca de 480 toneladas, alertou a associação ambientalista Zero em comunicado.
No balanço, a associação considera que os resultados do Sistema Integrado de Gestão de Embalagens e Resíduos em Agricultura (Valorfito), 15 anos depois de ser criado, continuam a ser “embaraçosos”.
A organização nota que o Valorfito indicou valores recorde de recolha em 2020, mas acrescenta que na realidade mais de metade das embalagens de pesticidas não foi recolhida e que as 480 toneladas são o valor mais alto desde 2012.
Segundo os números agora divulgados pela Zero venderam-se no ano passado 935 toneladas de embalagens de pesticidas (mais 137 toneladas do que em 2019). Destas foram recolhidas 452 toneladas, não se sabendo o destino das restantes 52%.
“O sistema de recolha continua aquém da meta de 50% cumprida em 2018, não chegando aos 55% de objetivo mínimo definido para 2020 e muito longe da ´ambiciosa´ meta de 60% de recolha prevista para este ano de 2021”, diz-se no comunicado.
A Zero refere que segundo a lei a recolha de pesticidas não constitui custo para o utilizador final, que no ato de compra deve ser informado dos procedimentos e deve receber os meios para acomodar essas embalagens e resíduos que sobrem. E todos os estabelecimentos de venda são obrigados a receber essas embalagens.
“Apesar de o utilizador final estar obrigado a proceder à entrega das embalagens e dos resíduos de pesticidas nos locais determinados, não existe qualquer consequência que incorra do incumprimento desta obrigação”, alerta-se no comunicado.
E depois, por falta de fiscalização, não há controlo no cumprimento dos princípios da Proteção Integrada, que são obrigatórios e que no essencial implicam que só em último caso se devem usar pesticidas. O próprio Plano de Ação Nacional para o Uso Sustentável de Produtos Fitofarmacêuticos (PANUSPF) vigente (2018-2023) o reconhece, diz a Zero, que exige o cumprimento da lei e que seja revista a licença à entidade que gere a Valorfito.
É preciso, diz a Zero, que as metas de recolha de embalagens de produtos perigosos se situem num valor próximo dos 100% em 2022, devendo haver um mecanismo entre vendedor e consumidor para que o utilizador do produto não possa comprar novos produtos sem entregar as anteriores embalagens.
E é preciso, diz ainda a organização, mais fiscalização e que se criem penalizações para quem não entrega as embalagens.
Fonte: Agroportal
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