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Está nas mãos dos portuenses, mas também na consciência de todos que querem uma cidade mais sustentável. A empresa municipal Porto Ambiente dá uma ajuda e disponibiliza um kit gratuito para efetuar a separação dos resíduos orgânicos, de forma simples e cómoda. Depois, basta dirigir-se a um dos novos contentores castanhos instalados junto aos ecopontos existentes na sua área de residência e depositar os resíduos.

A campanha Porto Orgânico, lançada em abril, quer atingir 60% da população nos próximos meses. Alargado a várias zonas residenciais, num total de mais de 500 contentores de proximidade instalados, o projeto está blindado a quem dele efetivamente faça parte.

Todos os contentores colocados na via pública, identificados pela cor castanha (a mesma correspondente a cada um dos 60 mil pequenos recipientes disponíveis, com sete litros de capacidade, para distribuir entre os munícipes que aderirem à iniciativa), têm controlo de acesso e abertura por cartão eletrónico de identificação.

Assim, fica o circuito fechado, em perfeita segurança. Em casa, faz-se a separação. Quando o recipiente estiver cheio, depositam-se os resíduos orgânicos nos contentores. Depois, cabe à Porto Ambiente proceder à recolha, também ela feita da forma mais sustentável possível: em quatro novas viaturas movidas a gás natural, que foram adquiridas no âmbito do projeto.

Os resíduos recolhidos são encaminhados para valorização, transformando-se num composto orgânico (Nutrimais) que serve de fertilizante natural para vários fins, com destaque para a agricultura biológica.

Em consonância com os princípios de sustentabilidade e da economia circular, a Porto Ambiente assegurou o financiamento para implementação do projeto através de duas candidaturas no âmbito do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR) e de uma outra com o projeto “CityLoops”, um financiamento do H2020.

O que pode e não pode colocar no contentor

Pode colocar no contentor dos resíduos orgânicos pão; sacos de chá e borras de café; carne ou peixe (cru ou cozinhado); manteigas e queijos; sobras de alimentos cozinhados; cascas e ovos (crus ou cozinhados); legumes, frutas com ou sem casca (incluindo citrinos).

Pelo contrário, não pode incluir nesta separação vísceras, couros e similares; leite, natas e iogurtes; conchas e cascas de marisco; beatas de cigarros; caroços; farinhas e produtos em pó; dejetos de animais; frutos de casca rija (incluindo coco); lamas; líquidos e semilíquidos; e produtos embalados.

O desperdício alimentar é um dos maiores problemas atuais e em cada refeição estima-se que sejam desperdiçados 30% dos alimentos.

Para aderir ao Porto Orgânico e solicitar o kit, basta preencher um pequeno formulário, aqui.

Figuras públicas associam-se ao projeto

A apresentadora de televisão Sónia Araújo, a ginasta olímpica Filipa Martins, mas também o músico Miguel Araújo ou a nutricionista Ana Bravo são alguns dos embaixadores do Porto Orgânico.

Associado ao Porto Orgânico foram ainda desenvolvidos dois jogos virtuais, um para crianças, e outro para adultos, em formato quiz (a ser lançado brevemente).

Fonte: Porto.

A Guardia Civil realizou duas operações contra a etiquetagem e venda fraudulenta de carnes processadas como a de porco ibérico, graças às funções que tem a seu cargo de fiscalizar o sector primário e fiscalizar a etiquetagem de produtos alimentares e bebidas. A primeira operação, levada a cabo por agentes da Seprona do Comando de Madrid durante o ano passado e que se denominou SLICE, "envolveu a detenção de seis pessoas e a investigação de outras duas. Pertencem a sete empresas alimentares localizadas nas províncias de Madrid, Córdoba, Toledo e Badajoz, que se dedicavam à manipulação e falsificação da rastreabilidade e rotulagem de embalagens de produtos cárneos.

Num armazém de Córdoba, foi detetada documentação suspeita relativa a lotes de embalagens de lombo fatiado, perna e presunto, que tinha sido preparado para comercialização como produto ibérico. A análise da documentação e da informação prestada pelas certificadoras revelou irregularidades relacionadas com uma eventual falsificação de documentos e / ou duplicação em lotes a nível nacional”.

 “Os detidos são indiciados por crimes contra a saúde pública, fraude, falsificação, contra propriedade industrial e furto relacionado ao mercado e ao consumidor”. No momento, não está provado que as empresas supostamente envolvidas tenham tramado. Na verdade, “eles não são acusados ​​de crime de organização criminosa ou de participação em organização criminosa”, apontam fontes da Guardia Civil ao Alimarket.

Desde o armazém de Córdoba, esta mercadoria fraudulenta "foi enviada, para venda em todo o país, a uma grande rede de supermercados, que desconhecia a falsidade dos produtos. Num centro logístico de Getafe (Madrid), a Seprona imobilizou 5.768 packs fatiados e noutros centros logísticos da mesma rede - localizados nas províncias de Córdoba, Toledo, Barcelona, ​​Sevilha, Málaga, Alicante, Almería, Cádiz, Saragoça e Valladolid - foram imobilizados 56.100 packs fatiados. No total, a mercadoria apreendida teria chegado no mercado o valor de € 967.000”.

Na outra ação, realizada por agentes da Seprona do Comando de Salamanca, “como supostos autores dos crimes de fraude, contra a propriedade industrial e contra os consumidores, os responsáveis ​​por uma empresa, um homem e uma mulher residentes em La Carolina ( Jaén). Em duas lojas físicas em Jaén e num site de venda direta ao público, vendiam presuntos como presunto ibérico 100% de bolota e com DO Guijuelo, anunciados por um preço significativamente inferior aos vendidos legalmente com a referida denominação, a fim de obter grandes lucros económicos ".

“Já foram apreendidas mais de mil selos e rótulos com logótipos falsificados da DO Gijuelo e de várias empresas de Salamanca, bem como sete presuntos e lombos falsamente rotulados e prontos a expedir. Os agentes constataram as seguintes irregularidades nos produtos que oferecidos no seu site para venda ao público: Faltavam os selos que protegiam os referidos produtos pela DO; nos presuntos que tinham este selo não correspondiam a um selo oficial da norma de qualidade ibérica ou da DO Guijuelo; o selo do presunto que o qualificava como presunto ibérico alimentado 100% com bolota, estava incorreto por não cumprir os padrões de qualidade ibéricos ou estipulados no DO Guijuelo; o rótulo comercial tinha o logotipo DO Guijuelo impresso; e na faixa de presunto, o certificado sanitário tinha origem numa empresa que não estava ciente nem tinha consentido tal uso.”

Fonte: Alimarket

A Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) publicou um parecer no qual concluiu, com base nas evidências disponíveis, que o dióxido de titânio (E171) já não pode ser considerado seguro quando usado como aditivo alimentar.

Na sequência de um pedido da Comissão Europeia em março de 2020, a EFSA atualizou a sua avaliação de segurança do aditivo alimentar dióxido de titânio (E 171), na qual reviu as conclusões da avaliação anterior publicada em 2016, que destacou a necessidade de mais investigação para preencher as lacunas de dados.

A avaliação foi realizada seguindo uma metodologia rigorosa considerando os muitos milhares de estudos que se tornaram disponíveis desde a avaliação anterior da EFSA em 2016, incluindo novas evidências científicas e dados sobre nanopartículas. O dióxido de titânio E 171 contém até 50% das partículas na faixa nano (ou seja, menos de 100 nanômetros) às quais os consumidores podem ser expostos.

Embora os dados científicos sobre a segurança do dióxido de titânio (E171) não sejam conclusivos, a EFSA considera que existem motivos suficientes para que o dióxido de titânio deixe de ser utilizado nos alimentos como aditivo alimentar.

Em 2019, após a França através da sua Agência de Segurança Alimentar, Ambiental e de Saúde Ocupacional (ANSES) ter publicado a revisão do risco relacionado à exposição ao aditivo alimentar dióxido de titânio, a EFSA emitiu uma declaração em que destacou que o parecer da ANSES reiterou as incertezas e lacunas de dados anteriormente identificadas pela EFSA e não apresentou conclusões que invalidassem as conclusões anteriores da Autoridade sobre a segurança do dióxido de titânio. Entretanto a França em 2020 avança para a proibição do uso deste aditivo alimentar, medida que então UE não tomou, por considerar não ter evidências cientificas suficientes com base no parecer de avaliação de risco da EFSA (2019).

Este aditivo alimentar é utilizado há mais de 50 anos e sempre foi considerado seguro face às evidencias cientificas. De acordo com a EFSA, as principais categorias de alimentos que contribuem para a exposição alimentar de E171 são produtos de padaria fina, sopas, caldos e molhos (para bebés, crianças pequenas e adolescentes); e sopas, caldos, molhos, saladas e pastas para barrar para sanduíches (para crianças, adultos e idosos). Frutos de casca rija processados são também uma categoria de alimentos relevante para os adultos e idosos.

Os consumidores podem identificar os alimentos que contêm dióxido de titânio (E171) procurando na lista de ingredientes do rótulo do alimento a indicação “corante: dióxido de titânio” ou “corante: E171”. Tal permite que o consumidor tome uma decisão de compra informada.

Uma vez que o dióxido de titânio (E171) é utilizado nos alimentos em toda a União Europeia, é necessária uma abordagem à escala europeia para definir os próximos passos na proteção a saúde dos consumidores. Os Estados-Membros reuniram com a Comissão Europeia a 18 de maio de 2021, tendo sido discutida a retirada da autorização do dióxido de titânio (E171) como aditivo alimentar. Comissão, em vista das posições dos Estados membros está a preparar a proposta legislativa para retirar a autorização de uso do dióxido de titânio (E171), que prevê apresentar ainda em junho.

A DGAV enquanto Autoridade Competente já contactou a nossa Agro-indústria que está consciente da situação e, desde 2019, tem procurado soluções alternativas na formulação dos produtos e apoia a Comissão na decisão de retirar o aditivo da lista autorizada.

Para obter mais informações, consulte as Q&A emitidas pela Comissão.

Fonte: DGAV

Câmara aderiu e em conjunto colocaram à disposição 25 hectares de terrenos para cerejais. Projetos estão em marcha.

A produção de cereja no concelho de Alfândega da Fé está a aumentar graças ao crescimento da área de pomares nos últimos anos, mediante o investimento de jovens agricultores, que estão a dar uso a cerca de 25 hectares de terrenos concessionados pela Cooperativa Agrícola, num projeto que envolveu também o município.

Os terrenos foram cedidos em 2015, a título gratuito, após ter sido lançado um concurso público para uma espécie de bolsa de terras para uso exclusivo de produção de cereja. Meia dúzia de jovens foi selecionada. A maioria mantém-se no concelho e quatro projetos avançaram. Uns estão em arranque de produção e outros ainda têm plantações recentes, mas os pomares de cerejeiras já ocupam todos os terrenos concessionados por um período de 20 anos.

Fonte: Agroportal

O secretário da Agricultura e Desenvolvimento Rural do Governo dos Açores, António Ventura, disse hoje que a exportação de animais vivos na região “nunca” vai acabar e criticou os “fundamentalismos” que humanizam os animais.

“Nos Açores, a atividade de exportação de animais em vivo não pode acabar nunca. Não pode acabar nunca porque nós temos um melhoramento genético, temos de nos afirmar como uma região exportadora de melhoramento genético”, declarou Ventura.

O secretário regional do executivo de coligação PSD/CDS-PP/PPM falava hoje em Ponta Delgada após uma reunião com a Federação Agrícola dos Açores, onde também participou o secretário dos Transportes, Mota Borges.

António Ventura destacou que a “exportação de animais de qualidade genética” será uma das “vertentes da nova pecuária” dos Açores, seja de animais para a produção de leite ou de carne.

Em 13 de maio, o líder e deputado regional do PAN/Açores, Pedro Neves, disse querer acabar com o transporte de animais da pecuária para fora da região devido às “evidentes perturbações” que uma viagem de longo curso implica.

Hoje, o secretário regional criticou o “fundamentalismo” e o “radicalismo” daqueles que defendem o fim da exportação de animais vivos.

“Há uns fundamentalismos aí que não têm conhecimento e sensibilidade para perceber que a exportação em vivo tem de continuar. Nós somos contra esse radicalismo, contra esse fundamentalismo, contra esse aproveitamento da sensibilidade dos cidadãos”, atirou.

E reforçou: “nós não podemos humanizar os animais, os animais de produção têm regras e os próprios animais de companhia têm outras regras. A exportação em vivo é algo que na região autónoma dos Açores, com este Governo Regional, é para continuar de forma afirmativa”.

António Ventura disse ainda ser “fundamental” para a fileira agrícola que exista um “sistema de transportes regular e de preços acessíveis”.

O presidente da Federação Agrícola dos Açores, Jorge Rita, considerou “fundamental” aumentar a “situação de previsibilidade” nos transportes marítimos, alertando que existem “dificuldades” nas ilhas de menor dimensão para a exportação de gado.

“Para nós, é fundamental melhorar o rendimento dos agricultores por via das suas exportações. Há ilhas que têm um impacto brutal na sua economia que tem a ver com a exportação dos seus animais vivos e abatidos”, afirmou.

Jorge Rita defendeu ainda a aplicação de indemnizações compensatórias no transporte marítimo, a cargo do Governo da República, para que “todos os produtos exportados” cheguem com o “mesmo preço a todas as ilhas” açorianas.

O secretário dos Transportes, Mário Mota Borges, reforçou que o novo “plano dos transportes marítimos de mercadorias para os Açores está a seguir o seu caminho”, referindo que “dentro deste ano” serão conhecidas as conclusões.

Questionado pela agência Lusa sobre a entrada em vigor da Tarifa Açores, Mota Borges referiu que “oportunamente” será dada uma conferência de imprensa sobre o assunto, mas não quis avançar se a conferência será realizada antes ou depois de 01 de junho.

No final de Março, o Governo Regional anunciou que a Tarifa dos Açores iria entrar em vigor em 01 de junho, permitindo que os residentes viajem via área entre as ilhas por 60 euros ida e volta, mas, para já, os preços ainda não foram atualizados na plataforma de reservas online da SATA.

Fonte: Agroportal

1,3 milhões de consumidores de whisky

  • Wednesday, 26 May 2021 10:31

O estudo TGI da Marktest quantifica, na vaga global de 2020, em um milhão e 327 mil o número de indivíduos que consumiram whisky e/ou bourbon nos últimos 12 meses, o que representa 16.1% dos residentes no Continente com 18 e mais anos.

Este valor significa que mais que um em cada seis portugueses maiores de idade consome esta bebida.

O consumo de whisky/bourbon é sobretudo segmentado por sexo, com os homens a apresentarem uma probabilidade de consumo mais de 3 vezes superior à das mulheres.

O consumo da bebida é também superior à média junto dos indivíduos com mais de 54 anos.

Os dados do TGI revelam ainda que os consumidores de whisky/bourbon beberam, em casa, uma média de duas porções da bebida no último mês.

Fonte: Grande Consumo

As aves de capoeira foram o produto agrícola cujo índice de preços mais cresceu em abril deste ano, face ao período homólogo. O crescimento de 34,8%, foi seguido por um crescimento de 27,1% nos frutos e de 25,5% no azeite a granel, como informa o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas, relativo ao mês de maio de 2021, elaborado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

A batata (+ 22,8%), as flores (+14,8%) e os ovinos e caprinos (12,8%) foram outros dos produtos agrícolas a crescer ao nível de preços.  Em comparação com o mês anterior (março), as maiores variações de preços agrícolas verificaram-se nos suínos e aves de capoeira (ambos com +11,4%), no azeite a granel (+7,8%) e nos hortícolas frescos (-7,6%).

Previsões Agrícolas

As campanhas do trigo, triticale, cevada e aveia são esperadas aumentar em 10%, face à campanha anterior, com base nas previsões agrícolas em 30 de abril. No centeio o rendimento unitário deverá manter-se próximo dos níveis alcançados no ano passado.

Quanto às culturas de primavera/verão:

  • No geral, a sua instalação foi frequentemente dificultada pela forte precipitação, o que causou atrasos nos terrenos com pior capacidade de drenagem;
  • No arroz é previsto que a área semeada fique 8% aquém da média do último quinquénio. Para esta situação contribui a manutenção das obras de reabilitação no Aproveitamento Hidroagrícola do Vale do Sado.  Estas obras, de acordo com o INE, continuaram a impedir a utilização de cerca de 3 mil hectares de canteiros;
  • No tomate para a indústria é apontado um aumento de 20% na área plantada, face à campanha anterior, com base nos dados da contratação entre a indústria transformadora e os produtores;
  • No girassol e na batata, as áreas deverão ser semelhantes às de 2020.

Nos pomares, o INE realça o início da colheita das variedades precoces de cereja. Espera-se que, após uma das piores campanhas das últimas três décadas, esta cultura deverá retomar níveis de produtividade acima das 3 toneladas por hectare. Para este fator contribuiu a polinização/vingamento que decorreu em condições meteorológicas favoráveis.

Gado, aves e coelhos abatidos

O peso limpo total de gado abatido e aprovado para consumo em março de 2021 aumentou 9,1% face ao período homólogo (+2,1% que em fevereiro), tendo sido alcançado as 45 171 toneladas.

O maior volume de abate registado em todas as espécies foi o principal fator. Os equídeos (+500%), os caprinos (+350%) e os ovinos (+128,5%) foram as espécies com maior crescimento percentual. Os bovinos (+8,2%) e os suínos (+5,8%) também sofreram aumentos.

O peso limpo total de aves e coelhos abatidos e aprovados para consumo foi 31 055 toneladas, o que representou um acréscimo de 2,5% (-4,6% em fevereiro). Foi registado um maior volume de abate nas codornizes (+48,2%), nos perus (+17,0%) e nos galináceos (+0,7%).

Produção de aves e ovos

A quantidade de frango diminuiu 17,8%. A produção foi 22 038 toneladas (+0,5% em fevereiro), tendo registado um decréscimo de 18,8% em número de cabeças (-2,3% em fevereiro). A produção de ovos de galinha para consumo foi reduzida em 7,9% (-11,4% em fevereiro), não tendo ultrapassado as 9 739 toneladas.

Produção de leite e produtos lácteos

A recolha de leite de vaca foi de 169,5 mil toneladas correspondentes a um decréscimo de 1,5% (-3,4% em fevereiro).

O volume de produtos lácteos teve uma ligeira redução de 0,8% (-5,9% em fevereiro). Para a redução contribuiu sobretudo a menor produção de leite para consumo (-4,5%), tendo a manteiga e o leite em pó registado produções inferiores (-0,4% e -6,2%, respetivamente).

Fonte: Agroportal

A organização da Fruit Attraction, feira internacional do sector das frutas e legumes, confirma o bom ritmo das inscrições para o certame que se realizará presencialmente de 5 a 7 de Outubro. Segundo o Ifema e a Fepex, o número de empresas inscritas até ao momento é muito semelhante ao de 2019 por esta altura.

«Estamos num momento de muitos factores favoráveis, prevendo-se um cenário muito positivo para a celebração presencial da Fruit Attraction 2021, unanimemente reconhecida pelo sector hortofrutícola como uma grande plataforma de marketing para o planeamento anual das campanhas», diz o director Raúl Calleja, que destaca, entre outros factores, o facto de em Espanha já terem dado início às feiras internacionais bem como em outros países europeus. Além disso, referiu ainda «a evolução positiva das taxas de vacinação na UE (que se espera que atinja 95% na área profissional em Outubro), e nos países terceiros que são destino das exportações europeias, para além da chegada de fundos de recuperação europeus, não esquecendo os dados económicos promissores do terceiro e quarto trimestres de 2021», enumerou Raúl Calleja.

Neste momento, a feira conta com a confirmação da participação de todas as áreas produtivas e Comunidades Autónomas de Espanha, bem como uma participação internacional de 28 países, para além da incorporação de 20% de novas empresas.

Jorge Brotons, presidente do Comité Organizador da feira e da Fepex, frisa: «Esta é uma edição muito importante, que coincide com o Ano Internacional das Frutas e Hortaliças declarado pela FAO, e também será muito especial para a visibilidade de um sector que se tem revelado estratégico para a economia, para o emprego e para o abastecimento alimentar da população. Por isso, estamos muito gratos pela confiança das empresas em 2021”.

Facilidades nas deslocações internacionais

A participação do Fruit Attraction será também favorecida com a redução progressiva das restrições à entrada de visitantes internacionais de áreas não pertencentes à UE, tal como foi recentemente aprovado pela União Europeia através do “Certificado Digital UE COVID ”, que entrará em vigor a partir de 1 de Julho com o objectivo de facilitar a livre circulação em todo o território europeu por parte de quem já está vacinado, ou imunizado por ter tido covid-19 nos últimos seis meses, ou tem teste negativo.

Instalada em oito pavilhões, a edição deste ano traz novidades, nomeadamente a Fresh Food Logistic, a nova plataforma do sector ao serviço da logística, transporte e gestão da cadeia de frio para alimentos frescos. Da mesma forma, os espaços para tecnologia vão crescer (Biotech Attraction; Smart Agro; Smart Water). E, como de costume, Fresh Convenience (Gama IV e V), que continuará a ser tendência este ano.

A feira também receberá startups, já que o scetor de frutas e hortaliças é um mercado-chave para fundos de investimento. Por sua vez, o abacate terá um papel de destaque nesta edição com a área Fresh & Star.

Como de costume, o espaço Innovation Hub, ao qual se associa o Innova Forum, reunirá inovação e novidades do sector. Nesta área, a feira receberá os Prémios Accelera de Inovação e Empreendedorismo.

A isto juntam-se os países importadores convidados, que este ano serão o Brasil e a Ucrânia, bem como as jornadas técnicas, onde serão abertos espaços de debate e partilha de conhecimentos sobre os mais recentes desenvolvimentos do sector.

Paralelamente ao encontro físico, a feira reunirá durante todo o ano a comunidade hortofrutícola na plataforma Fruit Attraction LIVEConnect, criada no âmbito da pandemia e que funciona como uma rede de networking e montra digital.

* Países confirmados a 25 de Maio: Alemanha; Bélgica; Bulgária; Chile; Colômbia; Costa do Marfim; Costa Rica; Equador; Espanha; Estados Unidos; França; Gana; Grécia; Itália; Quénia; Marrocos; México; Países Baixos; Polónia; Portugal; Reino Unido; República Checa; República Dominicana; República da Moldávia; África do Sul; Suécia; Turquia e Ucrânia.

Fonte: Agroportal

Várias associações (no total 24), entre as quais a CropLife Europe, a Euroseeds e a FoodDrink Europe, assinaram uma carta endereçada aos ministros do Conselho Europeu da Agricultura e Pescas a apelar para apoiar ações políticas imediatas baseadas no estudo da Comissão Europeia sobre edição genética. A carta surge no âmbito da reunião deste conselho que se irá realizar nos próximos dias 26 e 27 de maio.

Na carta, as entidades apoiam “as conclusões do estudo de que a atual legislação sobre OGM na União Europeia tem desafios de implementação óbvios e que já não é apta para o propósito”.

“Congratulamo-nos vivamente com a intenção da Comissão Europeia em iniciar a curto prazo uma ação política sobre as plantas derivadas da mutagénese direcionada e cisgénese. Esperamos que essa iniciativa política crie um ambiente mais favorável e de inovação para os produtos resultantes destes métodos de reprodução, mantendo ao mesmo tempo os elevados padrões de produção alimentar e alimentar da União Europeia”, referem as associações.

Para estas entidades é necessário que a nova legislação tenha em conta os benefícios destas técnicas e dos produtos resultantes, assim como os desafios relacionados com as trocas comerciais no mundo, principalmente face à “desvantagem competitiva [europeia] comparada com os seus homólogos num grupo de países cada vez maior com regulações mais permissivas”.

“Embora nos congratulemos com a perspetiva de novas ações políticas na área das plantas, também gostaríamos de encorajar a Comissão a iniciar oportunamente discussões com as partes interessadas relevantes na revisão da abordagem regulamentar noutros setores”, afirmam as associações na carta.

“Estas técnicas têm um grande potencial para o setor da reprodução animal e para o desenvolvimento de novos/mais desenvolvimentos e melhoria das estirpes existentes de microrganismos para apoiar a transição para sistemas alimentares mais sustentáveis”, explicam.

Fonte: Agroportal

A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, elogiou ontem a cereja de Resende e a sua melhoria, resultado de um processo de investigação, que levou a investimentos no maior produtor privado do concelho.

“A rainha dos frutos que é a cereja hoje tem uma pele completamente diferente, fruto de investigação que a torna muito mais resistente aos insetos, muito mais resistente à chuva” – apesar das chuvas de maio deste ano, “as cerejas não estão rachadas”, graças a esse “processo de investigação”, destacou Ana Abrunhosa.

A ministra deslocou-se ontem a Resende, onde assistiu à consignação da requalificação das Caldas de Arêgos e visitou a Cermouros, a maior empresa privada do setor da cereja no concelho de Resende.

“Somos o maior produtor de cereja, assumimos perto de 50% da produção no concelho e a nível nacional, como entidade privada, somos o maior produtor nacional”, disse o responsável pelo departamento agrícola e de qualidade da empresa.

Francisco Guedes explicou à ministra, no decorrer da visita às instalações, que a Cermouros tem 300 hectares no concelho de Resende, onde a cereja ocupa a maior parte do terreno, mas também tem maçã, pera, nectarinas e pêssegos e vinha.

Assim, disse, acaba a campanha da cereja, que este ano começou em 16 de abril e deverá terminar em 10 de agosto, e começa a das nectarinas e pêssegos e a empresa funciona o ano inteiro, com as diversas culturas.

Esta unidade é, desde os finais de 2017, parceira da Câmara Municipal de Resende e da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real, num projeto de investigação para a melhoria da qualidade do produto, que foi submetida a uma candidatura para a obtenção de apoio financeiro e que vai resultar num manual de boas práticas.

Desde então, explicou Francisco Guedes, “a linha do uso de produtos químicos tem vindo a descer e a curva do uso de minerais está a crescer”, o que acaba por se refletir na cereja que “está cada vez resistente, até à picada dos insetos”, a par de uma rede protetora que a empresa está a usar nos terrenos.

“É uma malha muito fina que permite, em alguns casos, termos vários exemplos, um que nem sequer permite que entrem os insetos e outra componente que só se tapa por cima para proteger das intempéries e da chuva”, explicitou.

Um processo “bastante oneroso” e, por isso, tem vindo a ser feito de forma gradual e, neste momento, deve “estar tapado” um terço dos hectares que a empresa tem no concelho de Resende e de Valpaços, onde tem mais produções agrícolas.

“A nossa produção, a arte de produzir, é praticamente uma fábrica a céu aberto e temos de ter em conta as intempéries, o excesso de chuvas, mais granizo, gelos, etc. Essas coberturas que instalámos servem para salvaguardar as árvores e a produção”, sublinhou o responsável.

A empresa vende a cereja, essencialmente, no comércio nacional, e o “grande volume de negócios é nas grandes superfícies” do país.

A vertente comercial é, aliás, a lacuna dos produtores no concelho e, segundo o presidente da Câmara de Resende, já foi feita uma candidatura, “mas já não havia dinheiro” e agora a esperança está no próximo quadro comunitário de apoio, para “ajudar os produtores a comercializar” o seu produto.

Para já, e não havendo o tradicional festival da cereja, Garcez Trindade desafia as pessoas a deslocarem-se à sede do concelho ao fim de semana onde há produtores a vender o fruto, no espaço onde acontece a feira.

“Tivemos de garantir que as pessoas que fazem a apanha não estavam infetadas. A Câmara desenvolveu um plano, juntamente com as autoridades locais, de modo a testar semanalmente, praticamente, as pessoas”, contou.

Os produtores que estarão a vender a cereja são testados na sexta-feira e, “até à data, não houve nenhum caso” positivo ao vírus SARS-CoV-2, que provoca a covid-19, e, por isso, está “garantida a qualidade e a sanidade do produto”, concluiu Garcez Trindade.

Fonte: Agroportal